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Percepção na Psicologia

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Zita Nascimento Orlando
Tema: Percepcao 
Licenciatura em Psicologia
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica
Maxixe
2021
Resolução de Exercícios
R: As aptidões de um psicólogo são:  
Habilidade Verbal: a habilidade de interagir com as pessoas é fundamental para o Habilidade Empática E Acolhimento: Empatia  é a capacidade psicológica de sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação.
Formação Académica, Conhecimento Técnico-Científico: Para o exercício dessa profissão, aprofundar o estudo na abordagem teórica que orienta o trabalho técnico do psicólogo é imprescindível.
O Código De Ética Dos Profissionais De Psicologia: Conforme o Código de Ética Profissional dos psicólogos, este profissional deve ser: sincero, prudente e deve garantir a solidez da fundamentação objectiva e científica das suas intervenções.
R: Os nossos modelos mentais determinam o sucesso mas também determinam o fracasso, os modelos mentais são capazes de provocar verdadeiros estragos em nossa vida pessoal e profissional. Entretanto, não se deve ignorá-los, apenas tome cuidado para evitar prejulgamentos concebidos com base apenas em valores que podem fazer parte de uma cultura e não de outra.
R: A relação entre os processos cognitivos e o comportamento é de dependência, enquanto o comportamento espelha a reacção dos processos cognitivos, os processos cognitivos constroem as ideias que são representados pelo comportamento, isto é, o comportamento é a acção dos processos cognitivos.
R: segundo Bruner a personalidade do professor é de um professor mediador e não conhecedor.
R: A psicologia cognitiva estuda a cognição, os processos mentais que a memória, percepção, e conhecimento. A finalidade é processamento e a capacidade para armazenar, transformar e aplicar o conhecimento, sendo um amplo leque de processos mentais.
Os aspectos básicos da teoria de Ausubel são: Estrutura cognitiva, Aprendizagem significativas, aprendizagem por descoberta e aprendizagem por recepção.
Conceito de Percepção
Percepção é a acção específica de uma das faculdades essenciais presentes em todas as almas, a faculdade de perceber, e, deste modo, também é uma acção essencial, que nunca deixa de se efectivar
Segundo STERNBER (2000), Percepção é o conjunto de processos psicológicos pelos quais as pessoas reconhecem, organizam, sintetizam e fornecem significação (no cérebro), às sensações recebidas dos estímulos ambientais (nos órgãos dos sentidos).
Para Leão (2006), falar sobre percepção seria remeter, necessariamente à suposição do real, sendo o real aquilo que é percebido, o que reflectiria a posição empirista.
Segundo DAVIDOFF (2001), “a percepção é um processo complexo que depende tanto do meio ambiente como da pessoa que o percebe.” 
A percepção é o processo de organizar e interpretar os dados sensoriais recebidos para desenvolver a consciência de si mesmo e do ambiente (DAVIDOFF, 1976/ 1983). 
DAVIDDOFF (1983) observa que seres de espécies diferentes, diferem e reagem sua percepção de formas diferentes. Tanto na visão, no olfacto e até mesmo na audição. Portanto, a percepção é um processo individualista. 
A percepção pode definir-se como a capacidade de captar, processar e dar sentido de forma activa à informação que alcança os nossos sentidos. Quer dizer, a percepção é o processo cognitivo que nos permite interpretar o nosso meio-envolvente através dos estímulos que captamos através dos órgãos sensoriais.
A percepção envolve várias actividades cognitivas. Exemplos: 
A atenção - uma enorme quantidade de estímulos compete por atenção e apenas uma pequena porção deles é seleccionada, sendo que, no início do processo perceptivo, decide-se para o que direccionar a atenção. 
A memória - armazenamento momentâneo dos dados que se apresentam, assim como lembranças de experiências passadas.
O processamento de informações - decisão sobre que dados prestar atenção a seguir, comparação de situações passadas com a presente, interpretações e avaliações. 
Deve-se ainda destacar que esses processos cognitivos são inter-relacionados e envolvem outros aspectos como a consciência e a linguagem. 
Tipos de percepção 
TOSSETO (2005) estudou alguns tipos de percepção: visual, táctil, hepática (tatocinestésica).
A percepção é um processo complexo que nos permite nos relacionar com o mundo ao nosso redor e está dividido em cinco sentidos:
- Percepção visual: capacidade de interpretar as informações que a luz do espectro visível traz aos nossos olhos. A área do cérebro responsável pelos estágios básicos da percepção visual é o córtex occipital (córtex visual primário V1 e córtex visual secundário V2).
- Percepção auditiva: capacidade de receber e interpretar as informações que chegam aos nossos ouvidos através das ondas da frequência audível transmitida pelo ar ou por outros meios (som). A área do cérebro responsável pelos estágios básicos da percepção auditiva é o lobo temporal (córtex auditivo primário A1 e córtex auditivo secundário A2).
- Percepção táctil, somatossensorial ou háptica: Capacidade de interpretar as informações de pressão e vibração recebidas na superfície da nossa pele. A área do cérebro responsável pelos estágios básicos da percepção háptica é o lobo parietal (córtex somatossensorial primário S1 e córtex somatossensorial secundário S2).
- Percepção olfactiva: Capacidade de interpretar as informações de produtos químicos dissolvidos no ar (cheiro). As áreas cerebrais responsáveis ​​pelos estágios básicos da percepção olfactiva são o bolbo olfactivo (córtex olfativo primário) e o córtex piriforme (córtex olfactivo secundário).
- Percepção de sabor: capacidade de interpretar as informações de produtos químicos dissolvidos na saliva (sabor). As áreas cerebrais responsáveis ​​pelos estágios básicos da percepção olfativa são as áreas gustativas primárias G1 (giro pós-central inferior, lobo parietal ventral, ínsula anterior, opérculo fronto-parietal medial) e as áreas gustativas secundárias G2 (córtex orbitofrontal caudolateral e córtex cingulado anterior) 
Além dos sentidos clássicos, hoje em dia sabe-se que existem outros tipos de percepção:
- Percepção espacial: Capacidade para ser consciente da sua relação com o meio-envolvente no espaço que nos rodeia. Está associada à percepção visual, háptica e kinestésica.
- Percepção da forma: Capacidade para extrair informação sobre os limites e o aspecto de uma entidade através do contorno e do contraste. Está associada à percepção visual e háptica.
- Percepção vestibular ou do equilibrio: Capacidade para interpretar a força da gravidade de acordo com a posição relativa da nossa cabeça com respeito ao chão. Ajuda-nos a manter o equilibrio e a controlar a postura. Está associada à percepção auditiva.
- Termocepção, termorrecepção ou percepção térmica: Capacidade para interpretar a temperatura sobre a superfície da nossa pele. Está associada à percepção háptica.
- Nocicepção ou percepção da dor: Capacidade para interpretar os estímulos da temperatura muito alta e muito baixa, a presença das substâncias químicas daninas, assim como os estímulos de alta pressão. Está associada à percepção háptica e a termocepção.
- Prurito ou percepção do picor: Capacidade para interpretar os estímulos urticantes sobre a superfície dos tecidos corporais. Está associada à percepção háptica.
- Propiocepção: Capacidade para interpretar a informação da posição e estado dos nossos músculos e tendões do nosso corpo, o que nos permite saber em que zona do espaço temos cada zona do nosso corpo e se temos uma postura ou outra. Está associada à percepção vestibular e háptica.
- Interiocepção, cenestesia ou percepção cenestésica: Capacidade para interpretar as sensações que indicam o estado dos nossos órgãos internos.
Percepção temporal: Capacidade para interpretar as mudanças na estimulação, de maneira que se possam organizar no tempo.
- Percepção cinestésica ou kinestésica: Capacidade para interpretar a informação sobre o movimento e da velocidade no nosso meio-envolvente ou sobre o nosso próprio corpo.Está associada à percepção visual, espacial, temporal, háptica, interoceptiva, propioceptiva e vestibular.
- Percepção quimioestésica: Capacidade para interpretar as substâncias químicas dissolvidas na saliva que codificam sabores fortes. Está associada à percepção gostativa, mas diferencia-se de ambas porque aplica estructuras diferentes.
- Percepção do campo magnético ou magnetorrecepção: Capacidade para interpretar a informação dos campos magnéticos. Este sentido está mais desenvolvido em alguns animais, como as pombas mensageiras. Mesmo assim, descobriu-se que os humanos têm material magnético no etmoides (osso do crânio na altura do nariz), pelo que se postula que os humanos possam ter certa capacidade de magnetocepção.
Fases da percepção
A percepção não é um processo unitário e é realizada espontaneamente, mas deve haver uma série de fases para a captura correcta dos estímulos. Como a percepção é um processo activo, precisamos seleccionar, organizar e interpretar essas informações destacam-se as seguintes fases:
- Selecção: a quantidade de estímulos aos quais estamos expostos diariamente excede a nossa capacidade. Por isso, temos que filtrar e escolher quais informações devemos perceber. Esta selecção é feita com base em nossa atenção, experiências, necessidades e preferências.
- Organização: Uma vez que sabemos o que temos que perceber, tentamos agrupar os estímulos para que mais tarde seja mais fácil dar-lhes significado. Na percepção existe uma sinergia, pois o conjunto percebido não pode ser reduzido às características dos estímulos isoladamente. De acordo com as Leis da Gestalt, a organização dos estímulos não é feita ao acaso, mas sim seguimos critérios específicos.
- Interpretação: Quando já organizamos os estímulos seleccionados, damos sentido a eles, completando a percepção deles. Mais uma vez, a interpretação dos estímulos será modulada pela experiência e expectativas da pessoa.
Outros modelos Gestálticos reforçam o papel da pessoa no processo da percepção, assinalando uma sucessão de três etapas:
- Formulação de uma hipótese sobre o que vamos perceber. Isto será o que guia a selecção, organização e interpretação dos estímulos.
- Entrada da informação sensorial.
- Contraste da hipótese prévia com a informação sensorial recebida.
A Agnosia e outros transtornos associados a problemas na percepção
Em algumas circunstâncias, a percepção pode não reflectir a realidade, sem implicar nenhuma patologia. Essas "falhas" podem ser uma ilusão ou uma alucinação. A ilusão refere-se a uma interpretação errónea de um estímulo externo real, enquanto a alucinação consiste numa percepção erróneas sem a presença de um estímulo externo real. Esses fenómenos podem ocorrer sem patologia, causada pelas características fisiológicas ou cognitivas do sistema ou por estados alterados (uso de substâncias ou sono), principalmente. Um exemplo de ilusão seria conhecido ilusões ópticas fortes (percebe duas cores iguais de maneira diferente, percebe o movimento numa imagem estática etc.). As alucinações mais comuns seriam as hipnagógicas (quando está adormecendo e percebe uma figura, um som ou sensação de que está a ser tocado), as hipnopómpicas (as mesmas sensações, mas quando está acordando) e aqueles derivados do uso de drogas alucinogênicas (como LSD ou cogumelos alucinógenos, que geralmente causam alucinações mais elaboradas). No entanto, ilusões e alucinações também podem ser patológicas, relacionadas à esquizofrenia, episódios de psicose, ilusões.
A percepção também pode alterar-se através do dano dos órgãos sensoriais (por exemplo, um golpe no olho), nas vias que levam a informação sensorial ao cérebro (por exemplo, um glaucoma) ou nas áreas cerebrais encarregues da percepção (por exemplo, uma lesão no cortéx occipital). Um dano em qualquer destes três pontos vai alterar de alguma forma a percepção normal dos estímulos.
O transtorno mais conhecido da percepção é, provavelmente, a Agnosia. Este transtorno origina uma dificuldade para dirigir e controlar a percepção, assim como a conduta em geral. Há diferentes tipos: Agnosia visual perceptiva (podem ver as partes de um objecto, mas há uma incapacidade para entender o objecto como um todo) e Agnosia visual associativa (podem entender o objecto como um todo, mas não podem saber de que objecto se trata) É difícil entender a experiência perceptiva das pessoas com estes transtornos porque, mesmo que "vejam", a sensação que têm é a de estar cegos. Além disso, há transtornos ainda mais específicos, como a Acinetopsia (incapacidade de ver movimento), Acromatopsia (incapacidade de ver cores), Prosopagnosia (incapacidade de reconhecer caras familiares), agnosia auditiva (incapacidade de reconhecer um objecto através do ouvido, e tratando-se de informação verbal, a pessoa com agnosia não reconheceria a linguagem como tal), amusia (incapacidade para reconhecer ou reproduzir tons ou ritmos musicais). Estes transtornos são provocados por um dano cerebral, quer seja por um ictos, um Traumatismo Crâneoencefálico (TCE) ou, mesmo, uma doença neurodegenerativa.
Referências bibliográficas
DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. Editora Pearson Makron Books, São Paulo, 2001.
LEÃO, A. Compreendendo a Atmosfera de Relacionamento Sob a Ótica da Fenomenologia da Percepção: Um Estudo de Caso de um Relacionamento Diádico. In: Encontro de Marketing da Anpad., Anais do II EMA, Disponível em: http://www.anpad.org.br/ema2006_trabs_apres_e_frame.html
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. Editora Artmed. Porto Alegre, 2000.
TOSETTO, A. Percepção visual e háptica de comprimentos de linha apresentados em diferentes formas. Dissertação de Mestrado apresentada à. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, disponível em: http://www.teses.usp.br/teses//tde-03112005- 092433/ 19-04-2006, 2005.
TURATO, E. Tratado da Metodologia da Pesquisa Clínico-Qualitativa, Petrópolis: Vozes,
2003.

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