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Doenças Mieloproliferativas Crônicas (LMC) Clássicas

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Priscila Behrens 2021.1 
 
Doenças Mieloproliferativas Crônicas (LMC) - Clássicas 
 
 
 
Policitemia Vera: 
• Paciente com elevação da massa eritrocitária: incidental 
• Pacientes geralmente assintomáticos 
• Causa primária: quando o problema está na medula óssea e não é responsivo a 
eritropoetina, a dosagem de eritropoetina está abaixo do normal, mas a massa 
eritrocitária está alta. → especificidade de 98% 
• Causa secundária: doenças que causas hipoxemia e consequente aumento da dosagem 
de eritropoetinas, com aumento da massa eritrocitária 
• Doença que acomete mais idosos, a mediana é de 60 anos, mas, existem descrições de 
pacientes crianças como adultos. 
• Achados nos exames laboratoriais para causas primárias: 
o Hb > 18,5 para homens / > 16,5 para mulheres 
o Ht > 56% para homens / > 50% para mulheres 
• Quadro clínico: 
o Manifesta com hiperviscosidade; 
o Pletora facial; 
o Prurido aquagênico (geralmente inicia 3 anos antes do diagnóstico da 
Policitemia vera) – se manifesta como prurido quando o corpo resfria após a 
exposição à água quente; 
o Eritromelalgia – se manifesta como dor em ardência em extremidades; 
o Eventos tromboembólicos (pelo aumento da viscosidade tem tendência 
hemorrágica), podendo ser arteriais como venosos; 
o Cefaleia; 
o Turvação visual; 
o Saciedade precoce, pois é comum se encontrar esplenomegalia nesses 
pacientes. 
 
 
Priscila Behrens 2021.1 
 
 
Trombocitemia Essencial: 
• É a que possui manifestações mais tranquilas; 
• Pacientes geralmente assintomáticos (50%), que quando realizam hemograma a 
plaqueta está acima de 1 milhão; 
• Achado nos exames laboratoriais: 
o PLT > 1.000.000/mm³ 
• Nem todo evento de aumento plaquetário (trombocitose) é trombocitemia essencial, 
como exemplos: qualquer quadro de inflamação e, anemia ferropriva; 
• Doença que acomete mais idosos, a mediana é de 60 anos; 
• 1/3 das mp BCR/ABL; 
• Leucocitose é incomum, mas pode ocorrer; 
• Pacientes geralmente possuem histórico de trombose ou hemorragia 
o Doença de von Willebrand (dvW) adquirida: a quantidade de plaquetas é tão 
grande que pode funcionar como superfície de adsorção do fator de dvW 
(produzido tanto por plaquetas como endotélio) criando uma tendência 
hemorrágica; 
• Quadro clínico: 
o Alterações vasomotoras similares as da Policitemia Vera: 
▪ Cefaleia; 
▪ Vertigem; 
▪ Eritromelalgia; 
▪ Turvação visual; 
▪ Úlceras cutâneas; 
▪ Convulsões. 
o Aumento da incidência de esplenomegalia (48%) 
 
 
 
 
 
 
 
O que as LMC clássicas têm em comum: 
Todas se manifestam como a proliferação 
exagerada das células da linhagem 
mieloide. 
 
Priscila Behrens 2021.1 
 
 
Mielofibrose 
• É a que possui a pior manifestação clínica, contudo é a apresentação menos frequente; 
• Dificilmente paciente com mielofibrose é assintomático; 
• Doença que acomete mais idosos, a mediana é de 67 anos; 
• Achados nos exames laboratoriais: 
o 50% dos pacientes estarão com Hb < 10 
o 20% dos pacientes estarão com Hb < 8 **Anemia 
o Leucoeritroblastose: hematopoiese extramedular – quando no esfregaço 
apresentar formas imaturas circulando no sangue (eritoblastos, mielocitos) é 
sinal de que o sangue está sendo produzida em outro lugar que não é a medula. 
• A doença é dividida em duas fases: 
o Fase Proliferativa: apresenta leucocitose e plaquetose 
o Fase Final: apresenta leucopenia e plaquetopenia e anemia 
• Fisiopatologia: A medula óssea é substituída por fibras de reticulina, criando uma 
fibrose na medular, perdendo a capacidade de produzir o tecido sanguíneo normal; 
• Quadro clínico: 
o Esplenomegalia de grande monta (90% dos pacientes) – pode ocorrer tanto por 
uma trombose, por desenvolvimento da síndrome de hipertensão portal como 
por manifestação de produção anormal das células sanguíneas no baço; 
o Hepatomegalia (40-70% dos pacientes); 
o Astenia (70% dos pacientes); 
o Febre; 
o Dor óssea; (20% dos pacientes) 
o Sudorese noturna; 
o Citopenias – grande marcador da Mielofibrose, ao contrário das outras 
o Trombose 
▪ Toda vez que tiver um paciente com trombose abdominal inexplicada 
(principalmente em mulheres jovens), ou com Síndrome de Budd-
Chiari, ou Trombose de Veia Porta, ou Trombose de veia esplênica, ou 
Trombose de veia mesentérica, automaticamente deve-se pensar nas 
doenças mieloproliferativas – principalmente na Mielofibrose e na 
Policitemia Vera; 
Priscila Behrens 2021.1 
 
▪ Como os pacientes com Mielofibrose geralmente possuem o baço 
bastante aumentado, existe um grau de hiperesplenismo (aumento da 
função do baço) retendo as células no baço e com isso, pode não 
apresentar aumento na contagem das células, → pode apresentar uma 
trombose com hemograma normal. 
 
Leucemia Mielóide Crônica 
• Fisiopatologia: 
o Produção aumentada e proliferação descontrolada de granulócitos maduros 
o Marcador da célula: Cromossomo Filadélfia t(9;11) (q34;q11) 
 
A junção do gene BCR com o ABL leva a uma proteína de fusão que tem uma 
quantidade aumentada de atividade de uma proteína quinase, tendo um 
aumento da produção super descontrolada das células da linhagem mieloide. 
 Existe uma proliferação descontrolada, as células não obedecem às 
sinalizações de citocinas, escapam da apoptose e, consequentemente, possuem 
uma meia vida mais longa, além da interação dessas com a matriz extracelular 
encontrar-se alterada. 
 
• Diagnóstico: 
o Cariótipo; 
o Via exame RT-PCR com pesquisa de mutação para o BCR-ABL (exame que tem 
uma sonda e ela vai se ligando a mutações específicas - P210); 
o Biópsia de MO. 
• 20 – 50% dos pacientes são assintomáticos; 
1ª alteração 
citogenética 
relacionada 
com um tipo 
de câncer 
 
Priscila Behrens 2021.1 
 
• Epidemiologia: 
o Corresponde a 15-20% das leucemias em adultos; 
o Mediana: 50 anos; 
o Fator de risco bem determinado: exposição à radiação ionizante. 
• Achados nos exames laboratoriais: 
o Desvio à esquerda no leucograma – desvio escalonado - Presença de células 
maduras e imaturas – neutrófilos, bastão, segmentado, mielócito, 
metamielócito (todas as fases de maturação dos neutrófilos); 
o Hiato leucêmico (maior quantidade de mielócito do que metamielócitos e de 
neutrófilos) 
o Leucocitose – Leucócitos > 100.000/mm³ 
o Plaquetose – Plaquetas > 400.000/mm³ 
o Basofilia e Eosinofilia 
• Quadro clínico: 
o Fadiga; 
o Perda ponderal; Sintomas Constitucionais 
o Sudorese; 
o Esplenomegalia – Paciente geralmente relata empachamento e dor em HE; 
o Anemia; 
o Leucocitose; 
o Plaquetose, mas podem estar normais em alguns casos; 
o Sangramentos – devido ao aumento de viscosidade sanguínea que leva a uma 
desregulação na concentração dos fatores de coagulação, levando à 
sangramentos. 
• A doença é dividida em três fases (Apresentação trifásica): 
o Fase Crônica: 
▪ Fase mais indolente; 
▪ Apresenta bom controle com medicamentos; 
▪ 85% ao diagnóstico. 
o Fase Acelerada: 
▪ Apresentação mais agressiva; 
▪ Pacientes que possuem alterações no cariótipo (a cada mutação, mais 
agressivo fica); 
**Pegadinha: 
Prurido não é 
S. Const. 
Priscila Behrens 2021.1 
 
▪ Leucograma começa a aumentar mais rapidamente e já possui 
descrição de blastos (10 – 19%) em sangue periférico 
o Blastos acima de 20% já se considera LM Aguda; 
▪ Difícil controle com medicação. 
o Fase Blástica: 
▪ Última fase da LMC; 
▪ Paciente sem tratamento evoluem para fase blástica entre 2 - 10 anos, 
depende das demais condições; 
▪ Nessa fase o blasto pode ser tanto mieloide como linfoide; 
▪ Antes do uso dos inibidores de tirosina quinase (ITK), os pacientes 
evoluiriam para essa fase entre 3-5 anos; 
▪ Marcadores: 
• Pelos menos 20% de blastos em SP ou em MO 
• Focos de blastos na MO ou extramedulares (ex: Sarcoma 
Granulocítico) 
• Tratamento: 
o Hidroxiuréia até confirmar diagnóstico 20 - 40mg/Kg/dia, com o intuito de 
reduzira quantidade de células, melhorar sintomas sistêmicos, esplenomegalia 
e grandes leucocitoses (acima de 100 x 10⁹) 
o Inibidores de tirosino-quinase (após confirmar diagnóstico): 
▪ O mais conhecido: Imatinibe; 
▪ Foi uma das primeiras terapias-alvo na história da oncologia; 
▪ O seu uso faz com que não necessite de quimioterapia; 
▪ Como funciona: 1º normalização do hemograma, 2º desaparecimento 
do cariótipo BCR-ABL e por fim, RT-PCR negativo.

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