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Raphaela Carvalho – 2024.2 
SISTEMA DE CONDUÇÃO 
O impulso é gerado por células que 
apresentam automatismo no nodo sinoatrial, 
que tem localização subepicárdica próxima a 
abertura da VCS. Esse impulso é distribuído 
primeiramente para os átrios e para o nodo 
atrioventricular, seguindo pelos feixes direito e 
esquerdo de His até alcançar as fibras de 
Purkinje no ápice cardíaco. O tempo 
aproximado que o impulso demora para chegar 
até o nodo AV é de aproximadamente 0,2 
segundos (o que corresponde a um quadrado 
grande inteiro ou 5mm no ECG). 
 
*Os ramos finais das fibras de Purkinje vão em 
direção a musculatura papilar para promover 
sua contração e levar a abertura da valva AV. 
 
TRAÇADO ELETROCARDIOGRÁFICO 
O traçado é a representação gráfica das fases 
dinâmicas (contração de átrios e ventrículos) e 
elétricas (caminho do impulso elétrico através 
do sistema de condução) do ciclo cardíaco. 
As ondas possuem amplitude mensurável em 
mV, os segmentos são regiões isoelétricas 
(linha reta sem amplitude mensurável ou 
amplitude = 0) e os intervalos compreendem 
uma ou mais ondas junto com um segmento. 
 
Onda P: despolarização e contração atrial. B4 
(bulha pré-sistólica) – foco mitral. 
Intervalo PR: deslocamento do impulso do 
nodo sinusal até o AV, passando pelas fibras 
interatriais. Não é chamado intervalo PQ 
porque a onda Q fisiologicamente pode não 
estar presente, enquanto a R sempre está. 
Complexo QRS: despolarização e contração 
ventricular. B1 (bulha sistólica) – foco mitral e 
tricúspide. 
Intervalo QT: ciclo completo de despolarização 
(contração) e repolarização (relaxamento) 
ventricular. 
Segmento ST: período refratário absoluto 
ventricular (ventrículos ainda contraindo). 
Onda T: período refratário relativo ventricular 
(ventrículos começando a relaxar – canais de 
 
sódio voltando a conformação fechada). B2 
(bulha diastólica) – foco aórtico e pulmonar. 
→ B3 é um sopro mesodiastólico, ou seja, no 
meio da diástole. Compreende o período 
entre a onda T e P. 
→ Do fim da onda T até o início do próximo 
QRS, os ventrículos podem ser 
despolarizados por qualquer estímulo. 
→ Durante a onda T os ventrículos estão PRR, 
o que faz com que algumas fibras consigam 
ser excitadas, desencadeando contração 
assíncrona e isolada do resto do ventrículo. 
Ao mesmo tempo, esse período os átrios 
estão em diástole e conseguem ser 
excitados também. Essa despolarização no 
período “errado” leva a uma fibrilação atrial. 
→ O ponto J serve para identificar alterações 
do segmento ST. 
Quanto ao tempo, cada quadradinho de 1mm 
corresponde a 0,04s, enquanto o quadrado 
maior que corresponde a 5mm ou a 25 
quadradinhos de 1mm, totalizando 0,2s. 
Com isso, foi observado que a direção vertical 
dos quadradinhos corresponde a amplitude, 
medida em mV, e a direção horizontal indica o 
tempo, em segundos. 
Lembrando que sempre deve-se contar o tempo 
ou uma onda a partir da linha isoelétrica. A 
amplitude total do QRS por exemplo não segue 
essa regra. 
 
A deflexão positiva tem 0,35 mV porque a partir 
da linha de base foram contados 3,5 
quadradinhos e cada um deles corresponde a 
0,1mV. Enquanto a deflexão negativa tem 1,45 
mV porque foram contados 14,5 quadradinhos. 
 
Nesse exemplo temos um QRS de amplitude = 
1,8 mV porque temos 18 quadradinhos de 0,1 
mV. O tempo de 0,14s é resultado da 
multiplicação de 0,04 (tempo de cada 
quadradinho) x 3,5 quadradinhos (no eixo 
horizontal). 
 
DEVE-SE ANALISAR EM UM ECG: 
 Ritmo; 
 Frequência e amplitude das ondas; 
 Mensuração e duração das ondas e 
intervalos; 
 Regularidades nos intervalos e complexos. 
Exemplo: 
As características de uma onda P normal são 
frequência de 60-100/min, ritmo regular, forma 
constante, amplitude de aproximadamente 2,5 
 
mV (25 quadradinhos verticais), duração de 
0,11 segundos (aproximadamente 3 
quadradinhos horizontais), positiva (para cima) 
em D1, D2, AVF, V5 e V6 e invertida em AVR. 
 
DERIVAÇÕES 
Existem derivações de 3 tipos: 
 Bipolares: D1, D2 e D3. 
 Unipolares: AVR, AVL e AVF. 
 Precordiais: V1, V2, V3, V4, V5 e V6. 
Em situação emergencial é recomendado fazer 
16 derivações (2 extras) por segurança e a nível 
ambulatorial 12 derivações já são suficientes.

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