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ATIVIDADE I – COLETA DE PAPANICOLAU O câncer de colo de útero pode ser prevenido pelo exame de Papanicolau ou exame de prevenção. Na maioria dos casos o câncer tem uma evolução lenta, passando por fases pré-clínicas, detectáveis e curáveis. De todos os tipos de câncer, é o que apresenta altos índices de prevenção e de cura, atingindo quase 100% quando diagnosticado precocemente. Para detectá-lo precocemente, deve ser realizado o exame citológico ou Papanicolau, que é um método muito eficaz, seguro e de baixo custo. Programa Viva Mulher: tinha como objetivo formar uma rede nacional integrada para o diagnóstico precoce do câncer de colo de útero por meio do exame de Papanicolau. Através das ações do programa, fica garantido o tratamento adequado da doença e de suas formas precursoras. A realização do Papanicolau é simples e rápida. Orientações: · Não ter relações sexuais 48 horas que · Não fazer o uso de duchas, medicamentos ou exames intravaginais antecedem o · Não estar no período de menstruação exame Materiais: · Mesa ginecológica / mesa auxiliar · 1 espéculo · Espátula · Escova de coleta endocervical · Lâmina e frasco recipiente com álcool / fixador celular Procedimento: 1. Com a paciente em posição ginecológica, fazer uma rápida inspeção da vulva e períneo, observando a presença de algumas lesões significativas tipo úlceras ou verrugas. 2. Exponha o introito vaginal, abrindo os grandes lábios com os dedos polegar e indicador. 3. Inicie a introdução do espéculo, fazendo um leve movimento rotatório. 4. Introduza o espéculo até o fundo da vagina, abra-o para visualizar o colo do útero. 5. Após a visualização, realize a coleta com a espátula, girando-a sobre o colo. 6. Esfregue o material colhido em uma parte da lâmina. 7. Pegue em seguida a escova, gire-a após introduzi-la no orifício externo do colo. 8. Esfregue o material colhido na outra parte da lâmina. 9. Introduza rapidamente a lâmina no frasco com álcool ou aplique o fixador spray para evitar o ressecamento do material. 10. Retire o espéculo. Observações: · O exame deve ser realizado 1 vez por ano. · Após 2 resultados normais, feitos em intervalo de 1 ano, o exame poderá ser refeito a cada 3 anos. · O exame pode ser colhido pelo enfermeiro e até pelo auxiliar de enfermagem. LEITURA I – CAPITULO 3 – CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO · Parte interna: canal cervical ou endocérvice – revestida por epitélio colunar simples. · Parte externa: tem contato com a vagina – ectocérvice – revestida por epitélio escamoso e estratificado. Entre os dois epitélios encontra-se a junção escamoculunar – linha que pode estar tanto na ecto como na endocérvice, dependendo da situação hormonal da mulher. Na fase reprodutiva, situa-se no nível do orifício externo ou fora (ectopia ou eversão). Observação: zona de transformação – localiza mais de 90% das lesões precursoras ou malignas do colo de útero. O câncer de colo de útero é caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente e podendo invadir estruturas e órgãos contíguos ou a distância. · Carcinoma epidermoide: epitélio escamoso – 80% dos casos. · Adenocarcinoma: epitélio glandular – mais raro. Relação entre HPV e colo de útero. O HPV causa o desenvolvimento do câncer de colo de útero (?) – somente um fator necessário, mas não é suficiente para causa. Tabagismo aumenta o risco para o desenvolvimento do câncer de colo de útero. · Baixo grau: lesões não são consideradas precursoras. · Alto grau: potencial de progressão. O HPV se manifesta de forma assintomática (maioria das pessoas), com lesões subclínicas visíveis apenas após a aplicação de reagentes (ácido acético / lugol) em técnica de colposcopia. Lesões clínicas: únicas / múltiplas, restritas / difusas, tamanho variável, planas / exofiticas – conhecidas como condiloma acuminado, verrugas genital ou crista de galo. Localização: vulva, períneo, região perianal, vagina e colo do útero. As lesões precursoras do câncer de colo de útero são assintomáticas e podem ser detectadas por exames periódicos como Papanicolau e ser confirmadas pela colposcopia. No estágio invasor, os sintomas são sangramento vaginal, leucorréia e dor pélvica, podendo estar associada com queixas urinárias e intestinais. No exame especular, pode ser evidenciado sangramento, tumoração, ulceração e necrose. No toque vaginal, mostra alterações na forma, tamanho, consistência e mobilidade do colo e estrutura. Prevenção primária: diminuição do risco de contágio pelo HPV. · Preservativos · Vacinas – bivalente e quadrivalente Prevenção secundária: diagnóstico precoce e rastreamento. · Exame citopatológico. 1. Recrutamento da população alvo pelo sistema de informação de base populacional. 2. Adoção de recomendações baseadas em evidências científicas, que inclui a definição da população alvo e do intervalo entre as coletas, assim como elaboração de guias clínicos para o manejo dos casos suspeitos. 3. Recrutamento das mulheres em falta com o rastreamento. 4. Garantia de abordagem necessária para as mulheres com exames alterados. 5. Educação e comunicação. 6. Garantia de qualidade dos procedimentos realizados em todos os níveis de cuidado. Observações: · O método de rastreamento é o exame citopatológico com intervalo de 3 anos após os exames negativos com intervalo atual. · O início da coleta deve ser aos 25 anos para as mulheres que já tiveram atividade sexual. · O exame deve seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa idade, as mulheres tiveram pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos 5 anos. · Para mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame, deve-se realizar 2 exames com intervalo de 1 a 3 anos. Se ambos forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais. A oferta de exames pelo SUS atualmente seria suficiente para a cobertura da população feminina na faixa etária prioritária, porém observa-se que grande parte dos exames são ofertados como repetição desnecessária, em intervalos menores do que o recomendado.
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