Para ser feito uma análise da linha do tempo histórica da psicologia, é preciso pontuar os tempos e seus devidos acontecimentos de forma cronológica. • Período Pré-Socrático (séc. VI-I a.C.) • Período Socrático • Idade Média (séc. V-XV) • Renascimento (1400-1600) • Empirismo/Associacionismo (séc. XVII-XIX) • Psicofísica (séc. XIX) • Início da Psicologia científica (séc. XIX) • Estruturalismo (1867-1927) • Funcionalismo (1842-1910) “A preocupação do homem com as chamadas atividades subjetivas é tão antiga quanto as primeira formas do pensamento racional, ou seja, quando o homem pensa acerca do mundo, dos outros homens e de si mesmo, elabora ideias psicológicas, ideias que se referem a processos individuais e subjetivos, como, por exemplo, as percepções e as emoções.” Conceito de Psicologia: Psique (alma, mente); Logos (estudo, ciência). Etimologicamente, psicologia significa: “estudo da alma”. “ A Psicologia tem suas raízes na filosofia, surgindo da necessidade que o homem teve de pensar-se e explicar-se a si próprio além de ter de transmitir essa busca a sociedade, portanto, seu fundamento é a reflexão sobre o homem e, como as demais ciências, deriva de um conjunto de determinações históricas ligadas a grandes pensadores, como os gregos.” Agora pode-se dar início a sua linha cronológica. Período Pré-Socrático Neste período a humanidade precisou sofrer uma grande transformação, que foi a forma de expressar seu pensamento, ele passou a ser teórico. Alguns nomes precisam ser ressaltados com o objetivo de mostrar como os pré-socráticos foram fundamentais para o desenvolvimento da racionalidade humana, são eles: Pitágoras; Hipócrates; Demócrito; Heráclito; Parmênides. Grandes obras foram “criadas”, mas ressaltar as conquistas que foram estabelecidas é de fundamental importância, a liberdade do pensamento racional, incitou a curiosidade humana a pensar sobre sua própria existência, a observação dos fenômenos da natureza (mapeamento das estrelas do céu) e a própria estrutura corporal, na tentativa de entender a vida e a morte, mesmo que o pensamento mítico tivesse bastante influencia, os pensadores ousaram formular perguntas e estabelecer conexões com os fenômenos naturais. Contribuições para a Psicologia • Inicio da concepção de percepção e da representação mental dos objetos (Demócrito) • A valorização da observação e da visão holística do ser (Hipócrates) • Psicometria (Pitágoras) • Período Socrático Neste período houve grandes pensadores, mas alguns de certa importância: Sócrates, Aristóteles e Platão. Foi com Sócrates que a psicologia na antiguidade ganhou consistência com algumas de suas perguntas em relação ao homem, “O que é a essência do homem?”, que ele mesmo respondeu, “o homem é a sua alma e alma com razão”, nessa época a sociedade iniciava o Império de Roma, então ela já se expandia de uma forma bem mais desenvolvida, o povo, as riquezas adquiridas, e com isso eles precisaram de uma nova organização social, um molde de conceitos, de ser pensado através da Psicologia, que hoje chamamos de democracia, tudo graças a Psicologia. Sócrates dizia que a principal característica do homem é a razão, e isso o diferenciava de um animal, e a razão controla os instintos do homem. Platão definiu o lugar da razão no corpo e constava que a alma se encontrava na cabeça. Então esses estímulos psicológicos, mudaram e mudam a sociedade atualmente, a psicologia teve um grande papel na construção do homem. Contribuições com a Psicologia • Racionalismo • Método de análise conceitual • A autorreflexão e questionamento das verdades • Valor da razão Idade Média O cristianismo se desenvolveu nesta época e começou a surgir, e junto com ele, a monopolização do saber, baseado no conhecimento da igreja católica, então a psicologia viveu esse período, voltada ao pensamento religioso, pois a igreja limitava isso de acordo com seus dogmas. Com isso, os pensadores desse período eram: Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, exatamente por serem cristãos e seguirem o que a igreja permitia. Santo Agostinho, influenciado por Platão, falava sobre uma divisão entre alma e corpo, e acreditava que o homem teria sede não só pela razão, mas também de Deus. E São Tomás de Aquino, baseado em Aristóteles e sua distinção entre essência e existência, mas reformulou dizendo que o homem na sua essência buscava a perfeição em sua existência, mas relacionada a Deus, o único capaz de unir a essência e existência. E ele ainda quis buscar argumentos racionais para justificar os atos religiosos da igreja. Contribuições com a Psicologia • A divisão de intelecto (São Tomás de Aquino) • Introspecção (Santo Agostinho) Renascimento Marca a transição para a sociedade moderna e se da um processo de valorização ao homem, a ciência começa a ganhar espaço, novos valores sociais e econômicos surgem, só que mais voltados para o interesse humanista, pois já haviam se “libertado” do absolutismo da religião no período de idade média. Descartes apresenta uma ideia de que o homem é formado por uma substancia física (corpo) e uma substancia pensante, que não seria o espirito, abrindo caminho para o estudo da anatomia, até então proibida pela igreja. E esse avanço na construção do pensamento, propiciou o conhecimento cientifico. Autores de destaque: Copérnico (Heliocentrismo); Galileu-Galilei (Heliocentrismo e inicio da visão mecanicista do universo); Descartes (Dualismo psicofísica/ Visão mecanicista) Contribuições para a Psicologia • Mecanicismo; Reducionismo; Determinismo; • Visão mecanicista do universo e do ser humano; • Método Experimental e científico. Empirismo/ Associacionismo O associacionismo é uma corrente da psicologia que teve início no Reino Unido a partir do século XIX. No entanto, filósofos empiristas dos séculos XVII e XVII já haviam estabelecidos as bases desta corrente. Filósofos como Locke e Hume, além de psicólogos como Skinner e Pavlov são alguns dos maiores expoentes do associacionismo. Seguindo a linha tradicional do empirismo, que admite que todo conhecimento vem da experiência, portanto, dos sentidos, Locke busca compreender qual a gênese, a função e os limites do entendimento humano. Para isso, critica a noção cartesiana de sujeito como substância. “A mente é uma tabula rasa”, já diria Aristóteles, que é retomado aqui para evidenciar que nada não existe na mente que não estivesse antes nos sentidos. De acordo com Locke, a mente é como uma cera passiva, desprovida de conteúdo, em que os dados da sensibilidade vão imprimindo ali as ideias que podemos conhecer. Os principais autores desse movimento: Locke; Berkeley; Hume; Hartley; James Mill; Stuart Mill Contribuições para a Psicologia • As leis da associação de Hume; • Concepção do sujeito como uma mente ativa, dada por Stuart Mill; • O mentalismo, reducionismo, atomismo e mecanicismo; • O inicio da concepção de sistema nervoso, dada por Hartley ao falar das vibrações dos átomos no cérebro. Psicofísica A psicofísica que emergia durante o Séc. XIX, possibilitou avanços na anatomia e fisiologia, contribuindo para a psicologia na medida em que houveram estudos sobre o sistema nervoso, sensação e percepção. A ciência nesse período era um enfoque nos estudos sobre o sistema nervoso e cérebro no geral, contribuindo para o estudo científico da mente, o qual dará origem a psicologia experimental. Os principais autores desse período foram: Muller; Fritish; Franz Gall; Weber; Hemlotz; Fechner; e outros. Contribuições para a Psicologia • Demonstração da importância da sensação e percepção para o relacionamento entre o mundo exterior e o mundo mental, através de conceitos como a mínima diferença perceptível, tempo de reação e limiar diferencial. • Avanços nos estudos do sistema nervoso, impulsos nervoso, massa cinzenta e