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modelo TCC Milk Run- Logística

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Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ) 
Curso de Graduação em Administração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MILK RUN: UM SISTEMA PARA O DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itaperuna/RJ 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MILK RUN: UM SISTEMA PARA O DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca Examinadora do 
Curso de Administração do Centro 
Universitário São José de Itaperuna, 
como requisito final para a obtenção do 
título de Licenciado em Administração. 
 
Orientadora: Armênia Arantes 
Guimarães. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itaperuna/RJ 
2018 
 
 
 
 
 
MILK RUN: UM SISTEMA PARA O DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca Examinadora do 
Curso de Administração do Centro 
Universitário São José de Itaperuna, 
como requisito final para a obtenção do 
título de Licenciado em Administração. 
 
Orientadora: Armênia Arantes 
Guimarães. 
 
 
 
 
 
Itaperuna, novembro de 2018. 
 
 
Banca examinadora: 
 
 
____________________________________________________ 
Professora Mestra Armênia Arantes Guimarães. - orientadora 
UNIFSJ – Itaperuna-RJ 
 
 
____________________________________________________ 
Professor Esp. Hudson Costa de Oliveira 
UNIFSJ – Itaperuna-RJ 
 
 
____________________________________________________ 
Professor Esp. Jorge Junio 
UNIFSJ – Itaperuna-RJ 
 
 
 
 
Sumário 
 
Introdução ................................................................................................................... 5 
1 Contexto histórico da logística .................................................................................. 6 
2 Conceituação de Logística ....................................................................................... 8 
3 Cadeia de Suprimento .............................................................................................. 9 
4 A Importância do transporte para a logística empresarial ...................................... 12 
5 Conceito de Milk Run ............................................................................................. 13 
5.1 Vantagens do sistema Milk Run ....................................................................... 14 
6 Metodologia ............................................................................................................ 15 
7 Considerações Finais ............................................................................................. 17 
8 Referências ............................................................................................................ 18 
 
 
5 
 
Milk run: Um sistema para o desenvolvimento logístico 
 
 
Armênia Arantes Guimarães1 
 
 
Resumo: O termo Milk Run, derivado do idioma inglês que traduzido significa. 
“corrida do leite” surgiu devido ao movimento de entregas de leite, onde obedeciam 
rigidamente as coletas com dias e horas marcadas. Para a logística, trata-se de um 
método de abastecimento junto às fabricas, onde um único veículo tem a função de 
recolher toda a mercadoria e determinados fornecedores com horário estabelecidos, 
diminuindo custos para melhor atender o seu consumidor final, a empresa com o 
sistema tem um controle certo de rota, sabendo ao certo dia e hora que o caminhão 
irá passar em determinada localidade. O objetivo do presente artigo se concentra em 
revisar a literatura existente sobre o tema Milk Run a acadêmicos e gestores, a fim 
de maximizar seus resultados logísticos com a aplicação do sistema. Através da 
pesquisa, possível e concluir que o sistema Milk Run possui grande mudanças para 
a melhoria para a empresa, o funcionamento estar ligado diretamente com áreas de 
planejamento, programação e controle da produção nas empresas envolvidas. E por 
fim, constatou-se que muitas empresas utilizam esse sistema, mas desconhece a 
sua nomenclatura, embora esteja ganhando espaço na logística recentemente, é 
visto com grande importância para a economia empresarial, visando à redução de 
custos logísticos e a competitividade empresarial. 
Palavras-chave: Sistema Milk Run; transporte; logística; cadeia de suprimentos. 
 
Introdução 
 
A utilização do sistema Milk Run auxilia o gestor logístico controlar as rotas e 
buscar melhores soluções para o setor logístico e auxiliar na gestão de possíveis 
eventualidades externas. 
Esse artigo pretende auxiliar outros acadêmicos em administração e gestores 
que estejam interessados em aplicar esse sistema nas organizações. Dentro “deste 
cenário de evolução” do mercado competitivo, a implantação do sistema Milk Run 
vem se tornando essencial para os gestores logísticos no desenvolvimento das 
empresas, tendo base no cenário atual da economia pelo qual o país esta vivendo, 
tendo base na gestão de riscos que uma organização pode sofrer. 
O trabalho visa responder ao seguinte questionamento: De que forma o 
sistema Milk Run auxilia o gestor logístico na tomada de decisão do processo de 
transporte nas empresas e no gerenciamento de rotas? Tendo como objetivo central 
deste estudo, apresentar a utilização do sistema Milk Run no setor logístico para 
 
1
 Professora Mestre orientadora pelo Centro Universitário São José. 
armenia_guimaraes@hotmail.com. 
6 
 
gerar vantagens competitivas, levando em conta o ambiente externo e o 
gerenciamento de riscos, realizando revisão de bibliografias sobre o sistema 
logístico Milk Run, apresentando as vantagens na utilização desse sistema, com 
intuído de realizar as considerações sobre o tema e sua importância. 
A respeito da metodologia, de acordo com Vergara (2012), o presente 
trabalho pode ser definido por dois critérios: quanto aos fins e quanto aos meios. 
Quanto aos fins, constituirá de pesquisa descritiva, expondo suas ideias voltadas ao 
sistema Milk Run. Quanto aos meios de investigação, será realizada uma pesquisa 
bibliográfica referente ao assunto apresentado. 
O artigo será estruturado com as seguintes seções: revisão de literatura 
contendo o contexto histórico da logística, conceituação de logística e o sistema Milk 
Run, suas aplicações, vantagens, conceitos de cadeia de suprimentos, transportes e 
gerenciamento de risco, a metodologia e as considerações finais. 
 
1 Contexto histórico da logística 
 
Esta seção visa relatar a conceituação acerca do contexto histórico da 
logística de acordo com a visão dos autores Novaes e Bowersox: 
De acordo com Novaes (2007, p.41), o surgimento da logística aconteceu 
logo depois da Segunda Guerra Mundial quando as empresas procuravam suprir as 
demandas existentes no mercado, tais como bebidas, automóveis e 
eletrodomésticos, levando em conta os benefícios de determinada situações. Novais 
(2007) relata também que não existia na época, um sistema tecnológico de 
comunicação parecido como os dos dias atuais, o consumidor não tinha variedades 
de produtos, apenas os existentes na loja. 
 
Hoje, com as facilidades de comunicação e de processamentos de 
dados, o custo de efetuar um pedido e pouco expressivo, em muito 
caso. Naquela época havia também uma preocupação das empresas 
com os custos logísticos, mas a visão era estritamente corporativa, 
cada empresa tentando reduzir ao máximo seu custo, mesmo com o 
detrimento dos outros elementos da cadeia de suprimentos 
(NOVAES, 2007). 
 
Segundo Bowersox (2001), na década de 50 foi o renascimento da logística, 
pois anteriormente realizavam as tarefas de logística de forma mais prática e não 
havia nenhuma teoria nem pensamentos relacionados à logística integrada. 
7 
 
Bowersox (2001) relata também o seguinte: “Nas décadas seguintes, começaram a 
ocorrer mudanças na prática de gerenciamento logístico. Não era possível ignorar a 
presença da emergente tecnologia de informação no terreno fértil da logística”. 
Bowersox (2001) também menciona sobre o inicio dos programasde 
computadores no inicio da tecnologia quantitativa que contribuíram para a melhoria 
do desenvolvimento da logística, no auxílio de pedidos, controle de estoques, 
estimativas, transporte e outros. Ainda para o autor, havia um segundo ponto 
importante, o ambiente econômico, a logística área quem vem crescendo com 
relação o aumento da produtividade. Assim a junção de prestação econômica e a 
tecnologia ocorrem ate o tempo de hoje. 
Para Bowersox (2001) o terceiro obstáculo de amparo da logística foi o 
retorno do investimento inicial, muitos dos profissionais encontraram contratempos 
na logística integrada, pois os executivos da época, ultilizavam administração 
funcional. 
E assim Bowersox (2001) finaliza sobre os obstáculos e fatores citados: 
 
 
Esses fatores básicos, somados à resistência natural a mudança, 
foram a causa para que nem todos os esforços iniciais no sentido de 
implementar princípios logísticos tivessem sucesso. Várias tentativas 
de implementar conceitos novos fracassaram. O pretenso 
profissional de logística era normalmente visto como um construtor 
de império em proveito próprio. 
 
 
De acordo com Novaes (2007), as operações militares estavam ligadas 
essencialmente ao conceito de Logística. 
 
 
Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia 
militar, os generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que 
providenciasse o deslocamento, na hora certa, de munição, viveres, 
equipamentos e socorro médico para o campo de batalha (NOVAES, 
2007 ). 
 
 
O mesmo fato também ocorreu nas empresas da época, quando a indústria 
necessitava transportar seus produtos dos depósitos para as lojas, para o cliente 
final, realizando armazenagens das matérias-primas a fim de manter um estoque 
seguro para a fabricação planejada (NOVAES, 2007). 
 
8 
 
2 Conceituação de Logística 
 
De acordo com o CLM (Council of Logisitic Management (2012)), 
conceituação da logística pode ser definida da seguinte forma, “é o processo de 
planejar, implementar e controlar eficientemente o fluxo e armazenagem de 
produtos, serviços e cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, 
com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor.” 
A figura a seguir relata o triângulo do planejamento em relação às principais 
atividades de logística/gerenciamento da cadeia de suprimento, mostrando o 
objetivo de serviço ao cliente e suas estratégias. 
 
Figura 1: O triângulo do planejamento em relação às principais atividades de logística/gerenciamento 
da cadeia de suprimentos. 
Fonte: Ballou, 2015. 
 
No entanto para Ballou (2015), a definição de logística empresarial assume a 
responsabilidade dos setores de movimentação e armazenagem em uma 
determinada indústria, facilitando a transação dos produtos desde o ponto de origem 
até o consumidor final, com o objetivo de proporcionar ao cliente níveis de serviços 
eficientes com o melhor custo benefício. 
Existem algumas atividades que são de importância primária para a obtenção 
dos objetivos logísticos de custo e nível de serviço, para Ballou (2015), essas 
atividades são compreendidas em: transportes, manutenção de estoques e 
processamento de pedidos. 
Ainda sobre a visão de Ballou (2015), existem algumas atividades de apoio 
que são suportes para as atividades primárias, das quais se destacam: 
9 
 
 Armazenagem; 
 Manuseio de materiais; 
 Embalagem de proteção; 
 Obtenção; 
 Programação de produtos; 
 Manutenção de informação; 
 
Figura 2: Relações entre as atividades logísticas primárias e apoio 
Fonte: Ballou, 2015 
 
Conforme apresentado na Figura 2, é evidenciado as ideias mencionadas 
acima a respeito da integração entre as atividades primárias e as atividades de 
apoio. 
 
3 Cadeia de Suprimento 
 
A seção sobre a cadeia de suprimento submete a uma pesquisa mostrando o 
ponto de vista de autores renomados acerca da abordagem do tema. 
Segundo Ballou (2006) a cadeia de suprimentos é composta por grupos de 
funções úteis como, por exemplo, o controle de estoque, transporte e outros o qual 
inicia desde o processo de compra da matéria-prima até o consumidor final. 
Na visão de Martins (2006) a definição sobre a cadeia de suprimento ocorre 
da seguinte forma: 
 
10 
 
Conceito de integração da empresa com todas as firmas da cadeia 
de suprimento: fornecedores, clientes e provedores externos de 
meios logísticos compartilham informações e planos necessários 
para tornar o canal mais eficiente e competitivo. Este 
compartilhamento é mais profundo, acurado e detalhado do que na 
tradicional e conflitante relação comprador/vendedor. 
 
De acordo com Novaes (2007) a cadeia de suprimento é todo o processo que 
compreende desde a origem da matéria prima, transitando na fabricação dos 
elementos passando pela confecção da mercadoria, revendedores e varejistas que 
por fim chegam ao cliente final. 
Novaes (2007) afirma que “quando se fala na cadeia de suprimentos, pensa-
se imediatamente no fluxo de materiais, formado por insumos, componentes e 
produtos acabados”. 
Ainda para Novaes (2007), a cadeia de suprimentos é compreendida do 
fornecedor do material de produção remetida a criação de um artefato específico até 
o cliente final, tendo um processo de produção, o autor menciona também os 
elementos que compõem a cadeia de suprimentos, tais como: 
 Suprimentos da manufatura; 
 Manufatura; 
 Distribuição física; 
 Varejo; 
 Consumo; 
 Transporte. 
A cadeia de suprimentos apresenta variações dependendo do tipo de produto 
e da forma de comércio (NOVAES, 2007). 
A figura 3 Ballou simboliza o trajeto de fonte de abastecimento ao cliente final. 
11 
 
 
Figura 3: Atividades logísticas na cadeia de suprimentos imediata da empresa. 
Fonte: Ballou, 2015 
 
Para Chopra (2003), não inclui somente os fornecedores e fabricantes, na CS 
e uma junção de fatores envolvidos, como transportadora, varejista, depósito e ate o 
próprio cliente. Todo o processo e considera indireta ou diretamente para a 
solicitação do pedido do consumidor final. Rede Logística/Cadeia de suprimentos, 
para Simchi-Levi, (2010) compõe-se das matérias-primas ao estoque de produtos 
acabados até o consumidor final, passando para cada setor, fornecedores, 
depósitos, centro de distribuição, varejista e centros de produção. 
No entanto Pires (2010) refere-se à cadeia de suprimentos como uma 
companhia independente tem como responsabilidade de aquisição, elaboração e 
liberação de determinado serviço/produtos ao consumidor final. 
 
Figura 4: Cadeia de suprimentos imediata a empresa. 
Fonte: Ballou, 2015 
12 
 
4 A Importância do transporte para a logística empresarial 
 
Na seção a seguir será descrito a importância do transporte para uma 
empresa e os tipos de modais existentes. 
 
O principal objetivo do transporte é o de movimentar produtos de um 
a local origem até um determinado destino, estando o produto em 
forma de materiais, componentes, subconjuntos, produtos 
semiacabados ou produtos acabados. O mesmo utiliza recursos 
temporais, recursos financeiros com gastos externos para a 
contratação de um serviço terceirizado, além da utilização dos 
recursos ambientais, uma vez que o transporte é um dos maiores 
consumidores de energia (combustível e óleo lubrificante), além de 
causar dados ambientais em consequência de engarrafamentos, 
poluição do ar e poluição sonora (BOWERSOX, 2001, p.279). 
 
Pozo (2010, p.167) refere que a maior importância para uma organização é a 
entrega, como se fosse o conector para todos os departamentos para melhor 
responder ao consumidor, os dois setores ligados diretamente ao transporte são 
recebimento e entrega. Nazário (2012) relata que há cinco tipos de modais para o 
transporte básico e a escolha do modal adequado varia do volume de tráfegos e 
quilometragem. 
 Ferroviário; 
 Aéreo; 
 Hidroviário; 
 Rodoviário; 
 Duto viário; 
 
Embora envolva um custo muito alto, a armazenagemde produtos 
em veículos pode ser justificado por uma perspectiva de melhor 
desempenho ou custo total, quando são considerados os custos de 
carga e descarga, restrições de capacidades ou de possibilidade de 
aumento dos tempos de viagem e de espera. (BOWERSOX, 2001, 
p.280). 
 
Ballou (2001 p.129) afirma que não havendo um sistema de transportes de 
qualidade, a extensão do negócio fica restrita, já se existir um bom sistema de 
transporte pode-se ampliar os negócios. Para a logística uma boa rota utilizando 
sistema Milk Run, Bowersox e Closs (2001 p. 279) cita que o proposito geral do 
transporte é o mover determinada item desde local de origem ate o consumidor final, 
fazendo com menor custo e aproveitando o máximo dos tempos. 
13 
 
 
5 Conceito de Milk Run 
 
A seção seguir citará o conceito Milk Run com olhar de autores que escreveu 
grande obra sobre o sistema que vem ganhando espaço na logística empresarial. 
Milk Run vem da língua Inglesa, que no português que quer dizer “corrida do 
leite”. Milk Run surgiu na Inglaterra devido ao antigo método de entrega do leite, no 
qual havia dia e hora estabelecidos para suas coletas e assim também para Pirres 
(2004), o sistema Milk Run é uma ação da logística destinada ao abastecimento 
para indústrias pasteurizadas do leite onde um único veiculo recolhe todos os 
materiais dos fornecedores com horário marcado objetivando a redução de custos. 
Entretanto para Pires (2004) o sistema Milk Run tem como proposito principal 
moderar gastos logísticos e de distribuição através do controle de rotas e adaptação 
de turnos, bem como o aumento da confiança no processo. A ideia deste padrão é 
ter um conjunto de suprimentos com normas e horários já definidos para a 
arrecadação de materiais juntos aos fornecedores. 
O sistema Milk Run manifestou nas indústrias de leite para juntar os preceitos 
na cadeia de suprimentos, nesse esquema cada produtor deixa sua matéria-prima 
(leite) estabelecida para as coletas, respeitando os horários, respeitando as normas 
de entrega dos produtos, utilizando embalagens apropriadas para o armazenamento 
da matéria. Com isso, a arrecadação executada com sistema a coleta do leite, onde 
a fábrica e os colaboradores preencham lacunas te tempo com a arrecadação da 
matéria prima assim afirma para Moura (2000). 
 
Figura 5: Sistema Convencional e Sistema Milk Run. 
Fonte: Moura e Botter (2002) 
A figura 5 apresenta os dois tipos de sistema de entregas, o convencional, 
onde os fornecedores tem a consciência da entrega com responsabilidade na data 
14 
 
solicitada, fazendo que o produto final adquira uma porcentagem a mais devido ao 
custo do transporte, no Sistema Milk Run a empresa é a principal responsável pela 
coleta do produto, onde um único veículo recolhe de outros fornecedores com 
horários pré-definidos, fazendo com que os custos se reduzam ao máximo no 
transporte, onde todos os fornecedores dividem o mesmo transporte, fazendo a 
diminuição no custo do transpote. 
Delmo e Botter (2002) relata que em muitas organizações, há um colaborador 
logístico que realiza coletas pré-determinadas, e também relata que há empresas 
que escolhe o método de coleta com as frotas da própria instituição para saber ao 
certo os custos. 
 
5.1 Vantagens do sistema Milk Run 
O sistema Milk Run é relatado por muitos autores como uma causa que 
ampara e desenvolve consideravelmente a política Junt in time (sistema de 
administração da produção que determina que tudo deve ser produzido, 
transportado ou comprado na hora exata) na cadeia de suprimentos. (TAO, ZHAO e 
ZHU, 2016) sucedendo como atribuição das vantagens atingidas com a introdução 
desse recurso. 
Quando as indústrias utilizam essa ferramenta os fornecedores há uma meta 
de entrega, pois tem que executar seus pedidos de acordo com prazo estabelecidos 
respeitando os lotes definidos, se não cumprirem as coletas pode perder 
credibilidade. Diante da visão de Delmo e Botter (2002) destacam em seus projetos 
as principais vantagens do Milk Run, como a diminuição do custo de acordo com a 
utilização do espaço útil nos veículos de transporte (volume e/ou peso) e o domínio 
maior da carga, consequentemente, ira transcorrer a restrição da manutenção de 
veículos e a diminuição no período de carregamento e descarregamento. 
De acordo com Moura (2002) o modelo do sistema Milk Run apresenta 
vantagens como: moderar o gasto com frete; intensificar o giro de estoque e regular 
o fornecedor; diminuir a frota dentro da empresa; liminar o período de carregamento; 
identificar o trânsito das entregas de objetos dia-a-dia; conter o estoque dos 
fornecedores (o perfeiçoar o planejamento dos colaboradores; regulamentação das 
embalagens e restrição de irregularidades no transporte). Entretanto, ainda de 
acordo com o mesmo autor, existem algumas condições para a introdução do 
15 
 
sistema: Os colaboradores precisam seguir um cronograma para entrega, não 
respeitando o período combinado e os padrões de qualidades exigidos, com um 
padrão de qualidade exigido pelo seu cliente, a localização e um fator importante, a 
embalagem segue um padrão que não os prejudique no transporte, os consumidores 
podem ter acesso ao tempos de entrega do seu produto. 
De acordo com Moura (2000), existem três formas de realizar o sistema Milk 
Run. 
 Pelo profissional logístico: com base na proposta da organização para 
determinar o melhor roteiro para coletar. 
 Terceirização da coleta: a empresa determina a qualidade e a rota da coleta. 
 Pela organização: sendo ela a responsável por gerir a melhor rota para seus 
veículos de coleta, propiciando a quantia de peças para coleta em cada fornecedor. 
Para introduzir e instrumentalização do Milk Run, Portes et al.(2004), expõem 
algumas dificuldades: 
 Contrariedades de conciliar o trabalho dos fornecedores. Operadores 
logísticos e organização, porem cada um tem rotinas e modelos de trabalhos 
distintos e cultura organizacional diferente. 
 Administrar os imprevistos: todos os envolvidos, departamento de logística, 
produção, fornecedores e operadores logísticos precisam ser flexíveis e ter a 
competência de enfrentar os imprevistos e trabalhar com parcerias, de modo que 
entendam a razão do problema e auxiliar no fluxo como um todo. 
 Compreensão das partes envolvidas: todos devem ter em mente um propósito 
em comum no sistema Milk Run, pois estabelece uma parceria onde todos ganham 
deste modo, todos precisam trabalhar de forma a manter o fluxo operacional, 
melhorando os processos e diminuindo os custos. Moura (2002) estabelece que 
para o sucesso do sistema, é necessário algumas mudanças para o dinâmico (sem 
programação de rotas fixas para os veículos e o planejamento de acordo com 
esquema mestre de produção) e as organizações devem ter um cálculo mais exato 
para evitar oscilações dos seus serviços. 
 
 
 
6 Metodologia 
 
16 
 
Para a produção da metodologia para a realização desta investigação, iniciou-
se o processo com o acesso ao periódico Capes no dia 16 de outubro de 2018 às 
18h51min, o qual se encontra disponível no endereço eletrônico 
www.periodicos.capes.gov.br, inseriu-se a palavra chave Milk Run do qual se obteve 
1704.437 resultados na busca geral, sendo realizado um novo filtro para os tipos de 
recursos: artigos do qual se obteve 1144.175 resultados. Prosseguindo o processo a 
fim de realizar um levantamento de artigos mais relevantes, realizou-se mais uma 
filtragem para o idioma português do qual se obteve 46 resultados. Com base nessa 
listagem de 46 artigos, realizou-se mais uma filtragem qualitativa para denominar a 
escolha dos cinco artigos mais relevantes para iniciar a pesquisa e realizar um 
fichamento. Os artigos analisados se concentram no período de publicação entre os 
anos 1998 a 2018. 
Tabela 1: Fichamento dos artigos relevantes para a pesquisa. 
Titulo Autores Ano Palavra-Chave 
O transportena 
gestão da cadeia 
de suprimentos e 
as empresas que 
utilizam a 
ferramenta MILK 
RUN 
Graziela Oste 
Graziano 
Nádia Kassouf 
Pizzinato 
Andrea Kassouf 
Pizzinatto 
Marina Ariente Isabela 
Oste Graziano 
2010 Milk Run, Just in 
time, 
melhoramento 
continuo, 
transporte 
convencional, 
operador logístico. 
A prática do Milk 
Run no 
fornecimento a 
indústria 
automobilista do 
Brasil. 
 Patrícia Alcântara 
Cardoso 
Mayra Yumi Jó 
2008 Gestão da Cadeia 
de Suprimentos, 
Sistema Milk Run, 
Indústria 
Automobilística. 
Análise 
comparativa do 
sistema de coletas 
programadas Milk 
Run em uma 
indústria de 
maquinas e 
equipamentos 
Bianca Siqueira 
Martins Domingos 
Rosinei Batista 
Ribeiro 
José Glênio Medeiros 
de Barros 
Marcelo Gonzaga 
Sinval Ferreira de 
Oliveira Júnior 
2012 Logística, Milk run, 
cadeia de 
suprimentos, 
inovação 
tecnológica 
A utilização do Milk 
Run em um sistema 
de abastecimento: 
Um estudo de caso 
Daniel Gobato Röhm 
 Ethel Cristina Chiari 
da Silva 
José Luís Garcia 
Hermosilla 
Claudio Luis Piratelli 
2010 Milk Run, 
Kanban, 
Logística, 
Transporte 
17 
 
A contribuição do 
sistema Milk Run 
para a melhoria do 
fluxo de materiais 
na cadeia de 
suprimentos 
Rinaldo César 
Martins Motta1 
Juliano Rodrigues2 
Romária Pinheiro da 
Silva3 
Rosely Aparecida 
Dias de 
Mascarenhas4 José 
Glenio Medeiros de 
Barros 
 Logística, Cadeia 
de Suprimentos, 
Milk Run 
Fonte: Elaborado pelos autores, 2018. 
 
Segundo Vergara (2012 p.41) o presente trabalho pode ser definido por dois 
critérios: quanto aos fins e quanto aos meios. 
 
 
Quantos aos fins a pesquisa pode ser: exploratória, descritiva, 
explicativa e metodológica, aplicada e intervencionista. Quanto aos 
meios de investigação pode ser: pesquisa de campo, pesquisa de 
laboratório, documental, bibliográfico, experimental, ex post factos, 
participantes, pesquisa – ação e estudo de caso. 
 
 
De acordo com Vergara, o presente artigo se define quanto aos fins por uma 
pesquisa do tipo descritiva, expondo suas ideias voltadas ao sistema Milk Run, 
quanto aos meios de investigação, foi realizada uma pesquisa bibliográfica referente 
ao assunto apresentado. 
 
7 Considerações Finais 
 
Com a escolha do tema foi muito difícil para encontrar bibliografias 
relacionadas, por ser um sistema bem atual, realizou-se como base alguns sites de 
buscas, tais como: Periódicos Capes, Google acadêmico, e livros, filtrando alguns 
trabalhos de iniciação cientifica apresentados em congressos, bancas cientificas e 
revistas científicas que serviram de base para criação desse artigo. 
Após o levantamento de revisões bibliográficas sobre o assunto exposto, foi 
possível concluir que o sistema Milk Run possui grande complexidade, pelo seu 
funcionamento estar ligado diretamente com áreas de planejamento, programação e 
controle da produção nas empresas envolvidas. De acordo com o estudo 
18 
 
apresentado, é fruto de reflexão que envolve: equipamentos utilizados, etapas de 
funcionamento do sistema e pessoas envolvidas no processo. 
O Milk Run é uma ação da logística de distribuição que tem por finalidade a 
diminuição de custos logísticos racionalizando as rotas, gerando confiabilidade 
levando em conta a distância dos clientes aos fornecedores. Esse sistema é mais 
vantajoso que o tradicional. Conclui-se também que o transporte rodoviário é 
indispensável para a utilização do sistema Milk Run. E por fim, constatou-se que 
muitas empresas utilizam esse sistema, mas desconhece a sua nomenclatura, 
embora esteja ganhando espaço na logística recentemente, é visto com grande 
importância para a economia empresarial, visando à redução de custos logísticos e 
competitividade empresarial. 
 
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