Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ) Curso de Graduação em Administração MILK RUN: UM SISTEMA PARA O DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO Itaperuna/RJ 2018 MILK RUN: UM SISTEMA PARA O DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Administração do Centro Universitário São José de Itaperuna, como requisito final para a obtenção do título de Licenciado em Administração. Orientadora: Armênia Arantes Guimarães. Itaperuna/RJ 2018 MILK RUN: UM SISTEMA PARA O DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Administração do Centro Universitário São José de Itaperuna, como requisito final para a obtenção do título de Licenciado em Administração. Orientadora: Armênia Arantes Guimarães. Itaperuna, novembro de 2018. Banca examinadora: ____________________________________________________ Professora Mestra Armênia Arantes Guimarães. - orientadora UNIFSJ – Itaperuna-RJ ____________________________________________________ Professor Esp. Hudson Costa de Oliveira UNIFSJ – Itaperuna-RJ ____________________________________________________ Professor Esp. Jorge Junio UNIFSJ – Itaperuna-RJ Sumário Introdução ................................................................................................................... 5 1 Contexto histórico da logística .................................................................................. 6 2 Conceituação de Logística ....................................................................................... 8 3 Cadeia de Suprimento .............................................................................................. 9 4 A Importância do transporte para a logística empresarial ...................................... 12 5 Conceito de Milk Run ............................................................................................. 13 5.1 Vantagens do sistema Milk Run ....................................................................... 14 6 Metodologia ............................................................................................................ 15 7 Considerações Finais ............................................................................................. 17 8 Referências ............................................................................................................ 18 5 Milk run: Um sistema para o desenvolvimento logístico Armênia Arantes Guimarães1 Resumo: O termo Milk Run, derivado do idioma inglês que traduzido significa. “corrida do leite” surgiu devido ao movimento de entregas de leite, onde obedeciam rigidamente as coletas com dias e horas marcadas. Para a logística, trata-se de um método de abastecimento junto às fabricas, onde um único veículo tem a função de recolher toda a mercadoria e determinados fornecedores com horário estabelecidos, diminuindo custos para melhor atender o seu consumidor final, a empresa com o sistema tem um controle certo de rota, sabendo ao certo dia e hora que o caminhão irá passar em determinada localidade. O objetivo do presente artigo se concentra em revisar a literatura existente sobre o tema Milk Run a acadêmicos e gestores, a fim de maximizar seus resultados logísticos com a aplicação do sistema. Através da pesquisa, possível e concluir que o sistema Milk Run possui grande mudanças para a melhoria para a empresa, o funcionamento estar ligado diretamente com áreas de planejamento, programação e controle da produção nas empresas envolvidas. E por fim, constatou-se que muitas empresas utilizam esse sistema, mas desconhece a sua nomenclatura, embora esteja ganhando espaço na logística recentemente, é visto com grande importância para a economia empresarial, visando à redução de custos logísticos e a competitividade empresarial. Palavras-chave: Sistema Milk Run; transporte; logística; cadeia de suprimentos. Introdução A utilização do sistema Milk Run auxilia o gestor logístico controlar as rotas e buscar melhores soluções para o setor logístico e auxiliar na gestão de possíveis eventualidades externas. Esse artigo pretende auxiliar outros acadêmicos em administração e gestores que estejam interessados em aplicar esse sistema nas organizações. Dentro “deste cenário de evolução” do mercado competitivo, a implantação do sistema Milk Run vem se tornando essencial para os gestores logísticos no desenvolvimento das empresas, tendo base no cenário atual da economia pelo qual o país esta vivendo, tendo base na gestão de riscos que uma organização pode sofrer. O trabalho visa responder ao seguinte questionamento: De que forma o sistema Milk Run auxilia o gestor logístico na tomada de decisão do processo de transporte nas empresas e no gerenciamento de rotas? Tendo como objetivo central deste estudo, apresentar a utilização do sistema Milk Run no setor logístico para 1 Professora Mestre orientadora pelo Centro Universitário São José. armenia_guimaraes@hotmail.com. 6 gerar vantagens competitivas, levando em conta o ambiente externo e o gerenciamento de riscos, realizando revisão de bibliografias sobre o sistema logístico Milk Run, apresentando as vantagens na utilização desse sistema, com intuído de realizar as considerações sobre o tema e sua importância. A respeito da metodologia, de acordo com Vergara (2012), o presente trabalho pode ser definido por dois critérios: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, constituirá de pesquisa descritiva, expondo suas ideias voltadas ao sistema Milk Run. Quanto aos meios de investigação, será realizada uma pesquisa bibliográfica referente ao assunto apresentado. O artigo será estruturado com as seguintes seções: revisão de literatura contendo o contexto histórico da logística, conceituação de logística e o sistema Milk Run, suas aplicações, vantagens, conceitos de cadeia de suprimentos, transportes e gerenciamento de risco, a metodologia e as considerações finais. 1 Contexto histórico da logística Esta seção visa relatar a conceituação acerca do contexto histórico da logística de acordo com a visão dos autores Novaes e Bowersox: De acordo com Novaes (2007, p.41), o surgimento da logística aconteceu logo depois da Segunda Guerra Mundial quando as empresas procuravam suprir as demandas existentes no mercado, tais como bebidas, automóveis e eletrodomésticos, levando em conta os benefícios de determinada situações. Novais (2007) relata também que não existia na época, um sistema tecnológico de comunicação parecido como os dos dias atuais, o consumidor não tinha variedades de produtos, apenas os existentes na loja. Hoje, com as facilidades de comunicação e de processamentos de dados, o custo de efetuar um pedido e pouco expressivo, em muito caso. Naquela época havia também uma preocupação das empresas com os custos logísticos, mas a visão era estritamente corporativa, cada empresa tentando reduzir ao máximo seu custo, mesmo com o detrimento dos outros elementos da cadeia de suprimentos (NOVAES, 2007). Segundo Bowersox (2001), na década de 50 foi o renascimento da logística, pois anteriormente realizavam as tarefas de logística de forma mais prática e não havia nenhuma teoria nem pensamentos relacionados à logística integrada. 7 Bowersox (2001) relata também o seguinte: “Nas décadas seguintes, começaram a ocorrer mudanças na prática de gerenciamento logístico. Não era possível ignorar a presença da emergente tecnologia de informação no terreno fértil da logística”. Bowersox (2001) também menciona sobre o inicio dos programasde computadores no inicio da tecnologia quantitativa que contribuíram para a melhoria do desenvolvimento da logística, no auxílio de pedidos, controle de estoques, estimativas, transporte e outros. Ainda para o autor, havia um segundo ponto importante, o ambiente econômico, a logística área quem vem crescendo com relação o aumento da produtividade. Assim a junção de prestação econômica e a tecnologia ocorrem ate o tempo de hoje. Para Bowersox (2001) o terceiro obstáculo de amparo da logística foi o retorno do investimento inicial, muitos dos profissionais encontraram contratempos na logística integrada, pois os executivos da época, ultilizavam administração funcional. E assim Bowersox (2001) finaliza sobre os obstáculos e fatores citados: Esses fatores básicos, somados à resistência natural a mudança, foram a causa para que nem todos os esforços iniciais no sentido de implementar princípios logísticos tivessem sucesso. Várias tentativas de implementar conceitos novos fracassaram. O pretenso profissional de logística era normalmente visto como um construtor de império em proveito próprio. De acordo com Novaes (2007), as operações militares estavam ligadas essencialmente ao conceito de Logística. Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o deslocamento, na hora certa, de munição, viveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha (NOVAES, 2007 ). O mesmo fato também ocorreu nas empresas da época, quando a indústria necessitava transportar seus produtos dos depósitos para as lojas, para o cliente final, realizando armazenagens das matérias-primas a fim de manter um estoque seguro para a fabricação planejada (NOVAES, 2007). 8 2 Conceituação de Logística De acordo com o CLM (Council of Logisitic Management (2012)), conceituação da logística pode ser definida da seguinte forma, “é o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente o fluxo e armazenagem de produtos, serviços e cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor.” A figura a seguir relata o triângulo do planejamento em relação às principais atividades de logística/gerenciamento da cadeia de suprimento, mostrando o objetivo de serviço ao cliente e suas estratégias. Figura 1: O triângulo do planejamento em relação às principais atividades de logística/gerenciamento da cadeia de suprimentos. Fonte: Ballou, 2015. No entanto para Ballou (2015), a definição de logística empresarial assume a responsabilidade dos setores de movimentação e armazenagem em uma determinada indústria, facilitando a transação dos produtos desde o ponto de origem até o consumidor final, com o objetivo de proporcionar ao cliente níveis de serviços eficientes com o melhor custo benefício. Existem algumas atividades que são de importância primária para a obtenção dos objetivos logísticos de custo e nível de serviço, para Ballou (2015), essas atividades são compreendidas em: transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos. Ainda sobre a visão de Ballou (2015), existem algumas atividades de apoio que são suportes para as atividades primárias, das quais se destacam: 9 Armazenagem; Manuseio de materiais; Embalagem de proteção; Obtenção; Programação de produtos; Manutenção de informação; Figura 2: Relações entre as atividades logísticas primárias e apoio Fonte: Ballou, 2015 Conforme apresentado na Figura 2, é evidenciado as ideias mencionadas acima a respeito da integração entre as atividades primárias e as atividades de apoio. 3 Cadeia de Suprimento A seção sobre a cadeia de suprimento submete a uma pesquisa mostrando o ponto de vista de autores renomados acerca da abordagem do tema. Segundo Ballou (2006) a cadeia de suprimentos é composta por grupos de funções úteis como, por exemplo, o controle de estoque, transporte e outros o qual inicia desde o processo de compra da matéria-prima até o consumidor final. Na visão de Martins (2006) a definição sobre a cadeia de suprimento ocorre da seguinte forma: 10 Conceito de integração da empresa com todas as firmas da cadeia de suprimento: fornecedores, clientes e provedores externos de meios logísticos compartilham informações e planos necessários para tornar o canal mais eficiente e competitivo. Este compartilhamento é mais profundo, acurado e detalhado do que na tradicional e conflitante relação comprador/vendedor. De acordo com Novaes (2007) a cadeia de suprimento é todo o processo que compreende desde a origem da matéria prima, transitando na fabricação dos elementos passando pela confecção da mercadoria, revendedores e varejistas que por fim chegam ao cliente final. Novaes (2007) afirma que “quando se fala na cadeia de suprimentos, pensa- se imediatamente no fluxo de materiais, formado por insumos, componentes e produtos acabados”. Ainda para Novaes (2007), a cadeia de suprimentos é compreendida do fornecedor do material de produção remetida a criação de um artefato específico até o cliente final, tendo um processo de produção, o autor menciona também os elementos que compõem a cadeia de suprimentos, tais como: Suprimentos da manufatura; Manufatura; Distribuição física; Varejo; Consumo; Transporte. A cadeia de suprimentos apresenta variações dependendo do tipo de produto e da forma de comércio (NOVAES, 2007). A figura 3 Ballou simboliza o trajeto de fonte de abastecimento ao cliente final. 11 Figura 3: Atividades logísticas na cadeia de suprimentos imediata da empresa. Fonte: Ballou, 2015 Para Chopra (2003), não inclui somente os fornecedores e fabricantes, na CS e uma junção de fatores envolvidos, como transportadora, varejista, depósito e ate o próprio cliente. Todo o processo e considera indireta ou diretamente para a solicitação do pedido do consumidor final. Rede Logística/Cadeia de suprimentos, para Simchi-Levi, (2010) compõe-se das matérias-primas ao estoque de produtos acabados até o consumidor final, passando para cada setor, fornecedores, depósitos, centro de distribuição, varejista e centros de produção. No entanto Pires (2010) refere-se à cadeia de suprimentos como uma companhia independente tem como responsabilidade de aquisição, elaboração e liberação de determinado serviço/produtos ao consumidor final. Figura 4: Cadeia de suprimentos imediata a empresa. Fonte: Ballou, 2015 12 4 A Importância do transporte para a logística empresarial Na seção a seguir será descrito a importância do transporte para uma empresa e os tipos de modais existentes. O principal objetivo do transporte é o de movimentar produtos de um a local origem até um determinado destino, estando o produto em forma de materiais, componentes, subconjuntos, produtos semiacabados ou produtos acabados. O mesmo utiliza recursos temporais, recursos financeiros com gastos externos para a contratação de um serviço terceirizado, além da utilização dos recursos ambientais, uma vez que o transporte é um dos maiores consumidores de energia (combustível e óleo lubrificante), além de causar dados ambientais em consequência de engarrafamentos, poluição do ar e poluição sonora (BOWERSOX, 2001, p.279). Pozo (2010, p.167) refere que a maior importância para uma organização é a entrega, como se fosse o conector para todos os departamentos para melhor responder ao consumidor, os dois setores ligados diretamente ao transporte são recebimento e entrega. Nazário (2012) relata que há cinco tipos de modais para o transporte básico e a escolha do modal adequado varia do volume de tráfegos e quilometragem. Ferroviário; Aéreo; Hidroviário; Rodoviário; Duto viário; Embora envolva um custo muito alto, a armazenagemde produtos em veículos pode ser justificado por uma perspectiva de melhor desempenho ou custo total, quando são considerados os custos de carga e descarga, restrições de capacidades ou de possibilidade de aumento dos tempos de viagem e de espera. (BOWERSOX, 2001, p.280). Ballou (2001 p.129) afirma que não havendo um sistema de transportes de qualidade, a extensão do negócio fica restrita, já se existir um bom sistema de transporte pode-se ampliar os negócios. Para a logística uma boa rota utilizando sistema Milk Run, Bowersox e Closs (2001 p. 279) cita que o proposito geral do transporte é o mover determinada item desde local de origem ate o consumidor final, fazendo com menor custo e aproveitando o máximo dos tempos. 13 5 Conceito de Milk Run A seção seguir citará o conceito Milk Run com olhar de autores que escreveu grande obra sobre o sistema que vem ganhando espaço na logística empresarial. Milk Run vem da língua Inglesa, que no português que quer dizer “corrida do leite”. Milk Run surgiu na Inglaterra devido ao antigo método de entrega do leite, no qual havia dia e hora estabelecidos para suas coletas e assim também para Pirres (2004), o sistema Milk Run é uma ação da logística destinada ao abastecimento para indústrias pasteurizadas do leite onde um único veiculo recolhe todos os materiais dos fornecedores com horário marcado objetivando a redução de custos. Entretanto para Pires (2004) o sistema Milk Run tem como proposito principal moderar gastos logísticos e de distribuição através do controle de rotas e adaptação de turnos, bem como o aumento da confiança no processo. A ideia deste padrão é ter um conjunto de suprimentos com normas e horários já definidos para a arrecadação de materiais juntos aos fornecedores. O sistema Milk Run manifestou nas indústrias de leite para juntar os preceitos na cadeia de suprimentos, nesse esquema cada produtor deixa sua matéria-prima (leite) estabelecida para as coletas, respeitando os horários, respeitando as normas de entrega dos produtos, utilizando embalagens apropriadas para o armazenamento da matéria. Com isso, a arrecadação executada com sistema a coleta do leite, onde a fábrica e os colaboradores preencham lacunas te tempo com a arrecadação da matéria prima assim afirma para Moura (2000). Figura 5: Sistema Convencional e Sistema Milk Run. Fonte: Moura e Botter (2002) A figura 5 apresenta os dois tipos de sistema de entregas, o convencional, onde os fornecedores tem a consciência da entrega com responsabilidade na data 14 solicitada, fazendo que o produto final adquira uma porcentagem a mais devido ao custo do transporte, no Sistema Milk Run a empresa é a principal responsável pela coleta do produto, onde um único veículo recolhe de outros fornecedores com horários pré-definidos, fazendo com que os custos se reduzam ao máximo no transporte, onde todos os fornecedores dividem o mesmo transporte, fazendo a diminuição no custo do transpote. Delmo e Botter (2002) relata que em muitas organizações, há um colaborador logístico que realiza coletas pré-determinadas, e também relata que há empresas que escolhe o método de coleta com as frotas da própria instituição para saber ao certo os custos. 5.1 Vantagens do sistema Milk Run O sistema Milk Run é relatado por muitos autores como uma causa que ampara e desenvolve consideravelmente a política Junt in time (sistema de administração da produção que determina que tudo deve ser produzido, transportado ou comprado na hora exata) na cadeia de suprimentos. (TAO, ZHAO e ZHU, 2016) sucedendo como atribuição das vantagens atingidas com a introdução desse recurso. Quando as indústrias utilizam essa ferramenta os fornecedores há uma meta de entrega, pois tem que executar seus pedidos de acordo com prazo estabelecidos respeitando os lotes definidos, se não cumprirem as coletas pode perder credibilidade. Diante da visão de Delmo e Botter (2002) destacam em seus projetos as principais vantagens do Milk Run, como a diminuição do custo de acordo com a utilização do espaço útil nos veículos de transporte (volume e/ou peso) e o domínio maior da carga, consequentemente, ira transcorrer a restrição da manutenção de veículos e a diminuição no período de carregamento e descarregamento. De acordo com Moura (2002) o modelo do sistema Milk Run apresenta vantagens como: moderar o gasto com frete; intensificar o giro de estoque e regular o fornecedor; diminuir a frota dentro da empresa; liminar o período de carregamento; identificar o trânsito das entregas de objetos dia-a-dia; conter o estoque dos fornecedores (o perfeiçoar o planejamento dos colaboradores; regulamentação das embalagens e restrição de irregularidades no transporte). Entretanto, ainda de acordo com o mesmo autor, existem algumas condições para a introdução do 15 sistema: Os colaboradores precisam seguir um cronograma para entrega, não respeitando o período combinado e os padrões de qualidades exigidos, com um padrão de qualidade exigido pelo seu cliente, a localização e um fator importante, a embalagem segue um padrão que não os prejudique no transporte, os consumidores podem ter acesso ao tempos de entrega do seu produto. De acordo com Moura (2000), existem três formas de realizar o sistema Milk Run. Pelo profissional logístico: com base na proposta da organização para determinar o melhor roteiro para coletar. Terceirização da coleta: a empresa determina a qualidade e a rota da coleta. Pela organização: sendo ela a responsável por gerir a melhor rota para seus veículos de coleta, propiciando a quantia de peças para coleta em cada fornecedor. Para introduzir e instrumentalização do Milk Run, Portes et al.(2004), expõem algumas dificuldades: Contrariedades de conciliar o trabalho dos fornecedores. Operadores logísticos e organização, porem cada um tem rotinas e modelos de trabalhos distintos e cultura organizacional diferente. Administrar os imprevistos: todos os envolvidos, departamento de logística, produção, fornecedores e operadores logísticos precisam ser flexíveis e ter a competência de enfrentar os imprevistos e trabalhar com parcerias, de modo que entendam a razão do problema e auxiliar no fluxo como um todo. Compreensão das partes envolvidas: todos devem ter em mente um propósito em comum no sistema Milk Run, pois estabelece uma parceria onde todos ganham deste modo, todos precisam trabalhar de forma a manter o fluxo operacional, melhorando os processos e diminuindo os custos. Moura (2002) estabelece que para o sucesso do sistema, é necessário algumas mudanças para o dinâmico (sem programação de rotas fixas para os veículos e o planejamento de acordo com esquema mestre de produção) e as organizações devem ter um cálculo mais exato para evitar oscilações dos seus serviços. 6 Metodologia 16 Para a produção da metodologia para a realização desta investigação, iniciou- se o processo com o acesso ao periódico Capes no dia 16 de outubro de 2018 às 18h51min, o qual se encontra disponível no endereço eletrônico www.periodicos.capes.gov.br, inseriu-se a palavra chave Milk Run do qual se obteve 1704.437 resultados na busca geral, sendo realizado um novo filtro para os tipos de recursos: artigos do qual se obteve 1144.175 resultados. Prosseguindo o processo a fim de realizar um levantamento de artigos mais relevantes, realizou-se mais uma filtragem para o idioma português do qual se obteve 46 resultados. Com base nessa listagem de 46 artigos, realizou-se mais uma filtragem qualitativa para denominar a escolha dos cinco artigos mais relevantes para iniciar a pesquisa e realizar um fichamento. Os artigos analisados se concentram no período de publicação entre os anos 1998 a 2018. Tabela 1: Fichamento dos artigos relevantes para a pesquisa. Titulo Autores Ano Palavra-Chave O transportena gestão da cadeia de suprimentos e as empresas que utilizam a ferramenta MILK RUN Graziela Oste Graziano Nádia Kassouf Pizzinato Andrea Kassouf Pizzinatto Marina Ariente Isabela Oste Graziano 2010 Milk Run, Just in time, melhoramento continuo, transporte convencional, operador logístico. A prática do Milk Run no fornecimento a indústria automobilista do Brasil. Patrícia Alcântara Cardoso Mayra Yumi Jó 2008 Gestão da Cadeia de Suprimentos, Sistema Milk Run, Indústria Automobilística. Análise comparativa do sistema de coletas programadas Milk Run em uma indústria de maquinas e equipamentos Bianca Siqueira Martins Domingos Rosinei Batista Ribeiro José Glênio Medeiros de Barros Marcelo Gonzaga Sinval Ferreira de Oliveira Júnior 2012 Logística, Milk run, cadeia de suprimentos, inovação tecnológica A utilização do Milk Run em um sistema de abastecimento: Um estudo de caso Daniel Gobato Röhm Ethel Cristina Chiari da Silva José Luís Garcia Hermosilla Claudio Luis Piratelli 2010 Milk Run, Kanban, Logística, Transporte 17 A contribuição do sistema Milk Run para a melhoria do fluxo de materiais na cadeia de suprimentos Rinaldo César Martins Motta1 Juliano Rodrigues2 Romária Pinheiro da Silva3 Rosely Aparecida Dias de Mascarenhas4 José Glenio Medeiros de Barros Logística, Cadeia de Suprimentos, Milk Run Fonte: Elaborado pelos autores, 2018. Segundo Vergara (2012 p.41) o presente trabalho pode ser definido por dois critérios: quanto aos fins e quanto aos meios. Quantos aos fins a pesquisa pode ser: exploratória, descritiva, explicativa e metodológica, aplicada e intervencionista. Quanto aos meios de investigação pode ser: pesquisa de campo, pesquisa de laboratório, documental, bibliográfico, experimental, ex post factos, participantes, pesquisa – ação e estudo de caso. De acordo com Vergara, o presente artigo se define quanto aos fins por uma pesquisa do tipo descritiva, expondo suas ideias voltadas ao sistema Milk Run, quanto aos meios de investigação, foi realizada uma pesquisa bibliográfica referente ao assunto apresentado. 7 Considerações Finais Com a escolha do tema foi muito difícil para encontrar bibliografias relacionadas, por ser um sistema bem atual, realizou-se como base alguns sites de buscas, tais como: Periódicos Capes, Google acadêmico, e livros, filtrando alguns trabalhos de iniciação cientifica apresentados em congressos, bancas cientificas e revistas científicas que serviram de base para criação desse artigo. Após o levantamento de revisões bibliográficas sobre o assunto exposto, foi possível concluir que o sistema Milk Run possui grande complexidade, pelo seu funcionamento estar ligado diretamente com áreas de planejamento, programação e controle da produção nas empresas envolvidas. De acordo com o estudo 18 apresentado, é fruto de reflexão que envolve: equipamentos utilizados, etapas de funcionamento do sistema e pessoas envolvidas no processo. O Milk Run é uma ação da logística de distribuição que tem por finalidade a diminuição de custos logísticos racionalizando as rotas, gerando confiabilidade levando em conta a distância dos clientes aos fornecedores. Esse sistema é mais vantajoso que o tradicional. Conclui-se também que o transporte rodoviário é indispensável para a utilização do sistema Milk Run. E por fim, constatou-se que muitas empresas utilizam esse sistema, mas desconhece a sua nomenclatura, embora esteja ganhando espaço na logística recentemente, é visto com grande importância para a economia empresarial, visando à redução de custos logísticos e competitividade empresarial. 8 Referências BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. 5. Ed. Bookman, 2006. BALLOU, R. H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. Tradução de Hugo T. Y. Yoshizaki. 1. ed. 26. reimpr. São Paulo: Atlas, 2015. BOWERSOX, Donald J. e CLOSS. Logística Empresarial: O Processo de Integração da Cadeia de Suprimento. 1ª. Ed. São Paulo: Editora Atlas S.A. 2001. CHOPRA, S.; MEIMDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimento: Estratégia, Planejamento e Operação. São Paulo: Prentice Hall, 2003. GOMES. C. F. S.; RIBEIRO. P. C. C. Gestão da cadeia de suprimentos integrada á tecnologia da informação. 1. reimp. São Paulo: Cengage Learning, 2011. MARTINS, P.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2006. MOURA,D.A. Caracterização e Analise de um sistema de coleta de peça, “Milk Run”, na Industria automobilística nacional. Tese (Mestrado). Departamento de engenharia Naval e Oceania, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. São Paulo 2000. NAZÁRIO, P. Administração do transporte. In: FLEURY, P. F.; WANKE, P.; FIGUEIREDO, K. F. (Org.). Logística Empresarial: a perspectiva brasileira. 1. ed. 15. reimp. São Paulo: Atlas, 2012. cap. 4. pag. 125-132. NOVAES,A.G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de distribuição: estratégia operação e avaliação. 3.ed. Elsevier 2007. 19 PIRES, S.R. & McALLEER,M. Gestão da cadeia de Suprimentos: Conceitos, Estratégias, Praticas e Casos 2010. PIRRES, S. R. I. Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management). São Paulo: Atlas, 2004. POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010. Portal Capes, disponível em :https: www.periodicos.capes.gov.br, acessado em 16 de Outubro de 2018. SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKY, P. Cadeia de suprimentos projeto e gestão: conceitos, estratégias e estudos de caso. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. TAO, Y.; ZHAO, L.; & ZHU, D. (2016). Research on Automobile Parts Milk-Run Routing with Unload Time Window. Vergara, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
Compartilhar