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EDO - HIDRODINÁMICA DOS CORPOS - Parte II

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SUMÁRIO 
 
 
3 ESCOAMENTO ESTUARINO ................................................................................ 3 
3.1. MARÉ ASTRONÔMICA ................................................................................. 5 
3.1.1. Técnicas de medição de maré (marégrafos) ................................ 5 
3.1.2. Geração da maré, componentes fundamentais 
astronômicas .................................................................................................................. 6 
4 ESCOAMENTO COSTEIRO ................................................................................... 6 
4.1 DESCRIÇÃO DAS ONDAS OBSERVADAS NO MAR EM 
DIFERENTES ESCALAS ................................................................................................... 7 
4.1.1 Geração de ondas de gravidade ....................................................... 7 
4.2 TÉCNICAS DE MEDIÇÃO E DE ANÁLISE DE ONDAS DE 
GRAVIDADE ........................................................................................................................ 8 
4.3 DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO ESCOAMENTO .......... 8 
4.3.1 Ondas estacionárias e progressivas ............................................... 8 
4.4 CONCEITOS DE PROPAGAÇÃO DAS ONDAS, 
ARREBENTAÇÃO DE ONDAS, CIRCULAÇÃO COSTEIRA E 
TRANSPORTE LITORÂNEO ............................................................................................ 9 
4.4.1 Conceitos de propagação das ondas .............................................. 9 
4.4.2 Arrebentação das ondas ..................................................................... 9 
4.4.3. Circulação Costeira e Transporte Litorâneo .............................. 11 
5 CIRCULAÇÃO DAS ÁGUAS NOS OCEANOS ................................................ 12 
5.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS GERAIS DOS OCEANOS, 
MOVIMENTOS DO GLOBO TERRESTRE, CIRCULAÇÃO DA 
ATMOSFERA E INTERAÇÃO OCEANO-ATMOSFERA, FEIÇÕES 
BATIMÉTRICAS E PLACAS TECTÔNICAS, CIRCULAÇÃO E VÓRTICES 
OCEÂNICOS E CORRENTES OCEÂNICAS DO BRASIL ........................................ 12 
6 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 15 
7 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 16 
 
 
3 
 
 
3 ESCOAMENTO ESTUARINO 
 
De acordo com Pritchard (1997) um estuário é um corpo de água 
costeiro, semifechado, o qual possui uma ligação livre com o mar aberto e no 
interior do qual a água do mar se dilui de forma mensurável, com água doce 
proveniente de drenagem terrestre. 
Segundo o Zona Costeira, os estuários estão divididos com relação ao 
gradiente de salinidade em: 
 
 zona estuarina fluvial, região mais interna do estuário fortemente 
relacionada com o aporte fluvial com salinidades menores que 1; 
 
 a zona estuarina média apresenta salinidades variando de 1 a 35, onde 
ocorre a intensa mistura entre as águas salgadas e doces; e 
 
 a zona estuarina costeira ou desembocadura onde predomina marés, 
ondas e correntes. 
 
Camilla Caricchio define que a circulação no interior do estuário é 
determinada por essas forçantes marinhas e fluviais, além do tamanho e forma 
da bacia. 
Na figura 1, podemos observar um esquema geomorfológico de um 
estuário, elaborado por Miranda, Castro & Kjerfve. 
 
 
4 
 
 
Figura 1 - Esquema geomorfológico de um estuário 
 
Fonte: Miranda, Castro & Kjerfve, 2002 
 
 
Quanto à classificação os estuários são divididos quanto ao domínio por 
ondas ou por marés. 
Os dominados por ondas apresentam caracteristicamente de um pontal 
arenoso transversal à desembocadura e uma energia baixa na porção média, 
onde há a tendência ao acúmulo de lama. Já os de maré apresentam barras 
arenosas longitudinais ao fluxo fluvial e canais meandrantes na porção 
intermediária (Zona Costeira). 
 
5 
 
 
3.1. MARÉ ASTRONÔMICA 
 
A maré astronômica é definida por um fenômeno caracterizado pela 
subida e descida periódicas do nível do mar e de outros corpos de água que 
tem uma ligação com o mesmo (estuários, lagunas, etc.). Esse tipo de maré 
resulta da atração gravitacional exercida pela Lua e pelo Sol sobre a Terra. 
A tábua de marés fornece a altura da maré astronômica na maré baixa e 
na maré alta e a hora em que elas ocorrem em um lugar específico. A caráter 
de conhecimento, a tabua de mares no Brasil, é elaborada pela Diretoria de 
Hidrografia e Navegação da Marinha (DHN). 
 
3.1.1. Técnicas de medição de maré (marégrafos) 
 
Na definição de Nuno Crato, os marégrafos são boias ligadas a um 
registro. Um rolo de papel estpa ligado a um tambor que gira devagar, 
enquanto uma caneta marca nesse papel o nível da boia. Essa caneta está 
mergulhada em um tubo para que entre em contato com a água do mar apenas 
pelo fundo. Sendo assim, as boias ficam protegidas das ondas e das 
oscilações mais rápidas das águas, filtrando-se apenas o ruído. 
É necessário registrar por um longo período as observações, para assim 
conseguir calcular o nível médio da água do mar, reduzindo ou eliminando o 
efeito das ondas, restando as oscilações mais lentas, provocadas pelos ventos, 
correntes e marés. 
O sinal medido pelos marégrafos não é composto apenas pela maré 
astronômica, podendo-se obter outros tipos de registros, como elevação do 
nível dos oceanos. Fenômenos importantes como a elevação do nível dos 
oceanos e derretimento do gelo de calotas polares podem ser obtidos através 
de registos precisos e contínuos por longos períodos. 
Os marégrafos, atuando em frequências diferentes, também consegue 
estudar mares meteorológicas, seiches e outras variações que são menos 
frequentes ao nível do mar. 
Segundo Candella (2008), no Brasil, o modelo de marégrafo que mais foi 
utilizado, era o modelo analógico, que possui uma boia e um contrapeso, tenso 
6 
 
 
seu registro em papel. No entanto, sua precisão é pequena para a correta 
utilização em estudos mais apurados e requer cuidados especiais durante a 
sua operação, especialmente na troca dos maregramas. Seus dados ainda 
passam pelo processo de digitalização, aumentando o tempo envolvido. 
Os marégrafos mais modernos possuem acumuladores digitais de 
dados, que simplifica e agiliza as medições. Há variação desde a tradicional 
boia e contrapeso, aos mais sofisticados que utilizam radar.(CANDELLA). 
 
Figura 2 – Estação maregráfica do IEAPM no Porto do Forno, em Arraial do Cabo/RJ 
 
Fonte: Candella, 2008 
3.1.2. Geração da maré, componentes fundamentais astronômicas 
 
4 ESCOAMENTO COSTEIRO 
 
As ação das ondas são reduzida devido à estreita passagem (boca do 
estuário) e baixa profundidade, impedindo a entrada de grandes ondas. As 
correntes observadas em estuários são primariamente causadas pela ação das 
7 
 
 
marés e fluxo dos rios, geralmente confinadas a canais, onde podem atingir 
altas velocidades. 
 
4.1 DESCRIÇÃO DAS ONDAS OBSERVADAS NO MAR EM DIFERENTES 
ESCALAS 
As ondas do mar são formadas com a ação do vento, em todas as 
direções possíveis, que ao soprar por longas distâncias, empurrando a água 
até gerar as ondulações. Esse tipo de onda é classificado como mecânica, uma 
vez que precisa de um meio de propagação. (Joab Junior) 
Ou seja, quanto menor a profundidade do oceano, mais lenta será a 
onda do mar, enquanto que, quanto mais próxima à costa, menor será a sua 
velocidade de propagação. As ondas são desviadas de suas direções de 
propagação pelo fenômeno da refração, gerado pela diminuição da 
profundidade do oceano com a aproximação da praia (Joab Junior). 
As ondas naturais, chamadas de irregulares ou randômicas, no mar 
compreendem um espectro de períodos, rumos e alturas de ondas. O espectro 
de frequência, S (v), fornece a distribuição da energia da onda como função da 
frequência angular v = 2p/T. Os espectros medidos no mar podem ser 
aproximados por duas formas extremas: ondasplenamente desenvolvidas em 
águas profundas e pico mais definido, que se aplica à agitação na plataforma 
continental. Essa última condição é mais apropriada quando se analisam 
situações costeiras para estudos de processos litorâneos, pois as ondas 
“sentem” o fundo e, portanto, o sedimento “sente” a onda. 
 
4.1.1 Geração de ondas de gravidade 
 
Para Hines (1960) as irregularidades dos ventos na alta atmosfera são 
associadas aos modos de propagação de ondas de gravidade internas na 
atmosfera e o gradiente de pressão. Segundo WRASSE, as ondas de 
gravidade podem ser descritas através da teoria da perturbação de primeira 
ordem, que é válida para movimentos ondulatórios com pequena amplitude. A 
velocidade do fluido deve ser muito menor que a velocidade de fase da onda, 
resultando na filtragem das interações de ordem superior entre ondas de 
8 
 
 
diferentes comprimentos e períodos. Depois que as ondas se dispersam e se 
encontram distantes de seu centro de geração, são denominados de “swell” ou 
ondulações. 
 
4.2 TÉCNICAS DE MEDIÇÃO E DE ANÁLISE DE ONDAS DE GRAVIDADE 
As ondas produzidas no oceano por ação de ventos são geradas com 
um amplo espectro de ondas e não com condas com períodos e alturas fixas. A 
adição de trens de ondas simples, que são as ondas que ocorrem em situações 
intermediárias, resulta em um padrão irregular, com alturas variáveis e sem 
periodicidade. 
A análise de ondas de uma determinada região é realizada através da 
aquisição de dados medidos em campo de altura e período das ondas. Para 
entender o comportamento das ondas no mar, utilizam-se dados estatísticos 
que descrevem o que ocorre em uma determinada região do mar. Para isso, 
deve-se fazer observações ao longo dos anos. Esse tipo de registro é realizado 
através do ondometros. Para esses registros periódicos, são necessários reunir 
dados de 20 minutos a meia hora com intervalos de cerca de três horas para 
capturar variações do mar ao longo dos dias. Com esse registro, pode-se 
extrair as alturas cava-crista e posteriormente confeccionar um histograma de 
frequência relativa por altura e finalmente calcular a média do terço das 
maiores alturas, obtendo a altura em 1/3 e um período Tp. 
 
4.3 DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO ESCOAMENTO 
 
4.3.1 Ondas estacionárias e progressivas 
 
As ondas estacionárias são as que ocorrem da superposição de ondas 
periódicas iguais e de sentidos contrários. Quando ocorre interferência 
construtiva e destrutiva, elas apresentam pontos que vibram, assim como 
outros que não vibram. É possível produzir esse tipo de onda em uma corda 
com extremidades fixas (cordas de violão), por exemplo. Já em ondas 
9 
 
 
progressivas, a cada ponto da onda vibra com mesma amplitude, a 
exemplo do som produzido através da nossa fala. 
 
4.4 CONCEITOS DE PROPAGAÇÃO DAS ONDAS, ARREBENTAÇÃO DE 
ONDAS, CIRCULAÇÃO COSTEIRA E TRANSPORTE LITORÂNEO 
 
4.4.1 Conceitos de propagação das ondas 
 
Em física, aprendemos que onda é definida como uma perturbação que 
se propaga no espaço ou em qualquer outro meio, podendo ser classificadas 
em relação à natureza, direção e energia de propagação. 
 Em relação a natureza, são classificadas em mecânicas e 
eletromagnéticas. As ondas mecânicas são as que precisam de um meio 
material para se propagar, a exemplo das ondas na água, as ondas sonoras e 
ondas feita em um pedaço de corda. Já as eletromagnéticas, não precisam de 
um meio material para que se propague, tendo a luz como exemplo de uma 
onda eletromagnética. 
Considerando a classificação das ondas a partir da direção de vibração, 
podemos defini-las em transversais, que é quando as partículas do meio de 
propagação vibram perpendicularmente à direção da propagação de ondas, e 
as longitudinais que ocorrem quando as partículas do meio de propagação 
vibram na mesma direção que a onda se propaga. As ondas nos líquidos são 
classificadas como ondas mistas, pois são ao mesmo tempo transversais e 
longitudinais. 
Por fim, temos a classificação quanto à direção de propagação, sendo 
classificadas em unidimensionais, quando a propagação é em apenas uma 
direção, e as bidimensionais, onde a propagação ocorre em duas direções, que 
é o caso da onda gerada por uma perturbação na água. 
 
4.4.2 Arrebentação das ondas 
 
Ao atingirem a linha da costa, as ondas são chamadas de “ondas 
incidentes ou gravitacionais”, sofrendo transformações devido à sua interação 
10 
 
 
com o fundo marinho. Conforme há aproximação da costa, as ondas situadas 
na parte frontal entram em águas rasas, diminuindo a velocidade. Sendo assim, 
as ondas que se posicionam atrás, começam a engavetar, diminuindo a 
distância entre as ondas. A água e a energia de cada onda concentram-se em 
uma estreita faixa, e as ondas empinam, tornam -se instáveis e eventualmente 
quebram. Quando atingem uma profundidade equivalente a aproximadamente 
1,3 vezes sua altura, as ondas quebram. Em águas profundas, precisam 
ultrapassar a razão de 1/7 entre altura e comprimento para que a onda quebre. 
O fenômeno da arrebentação das ondas é normalmente associado à 
desagregação da sua estrutura e ao aparecimento muito rápido de uma forte 
turbulência. 
Figura 1 – Alteração do perfil da onda com a profundidade 
 
Fonte: Hidrodinâmica das Ondas do Mar 
 
Tipos de arrebentação de ondas: 
 
 Mergulhante: ao se aproximar da linha da arrebentação, a onda 
“mergulha” abruptamente e quebra com violência, formando um tubo 
dissipando sua energia de forma rápida numa porção pequena no perfil da 
praia. 
 Progressiva/deslizante: dissipam sua energia de forma gradual ao longo 
de uma extensa porção do perfil da praia. 
 Ascendente: por conta da alta declividade do o perfil, não há exatamente 
a quebra da onda, fazendo com que a onda avance sobre a face da praia e 
interaja com o refluxo das ondas precedentes. 
11 
 
 
A razão pela qual as ondas arrebentam pode ser explicada por dois 
critérios: o da velocidade limite e o da forma limite. O primeiro critério 
estabelece que a arrebentação ocorre quando a velocidade orbital das 
partículas na crista atinge a celeridade da onda. Quando isso acontece, as 
partículas tendem a transpor o próprio perfil da onda, que entrará em colapso. 
Já no segundo critério, pelo fato de a parte superior do perfil propagar-se 
com velocidade maior do que a parte inferior, o perfil torna-se fortemente 
assimétrico, ou seja, a arrebentação começa quando alguma parte da frente da 
onda torna-se vertical. A parte superior do perfil alcança a parte mais baixa, 
deixando a frente praticamente vertical, após o que a onda acaba por transpor 
a parte inferior, projetando-se de forma volumosa sobre a massa d’água e 
constituindo o processo de arrebentação mergulhante. 
 
4.4.3. Circulação Costeira e Transporte Litorâneo 
 
Muehe (1998) define que as ondas constituem um dos processos 
marinhos mais efetivos no selecionamento e redistribuição dos sedimentos 
depositados nas regiões costeiras e plataforma continental interna, o que 
contribui para orientar a alocação e o assentamento das atividades humanas e 
identificação de áreas de instabilidade do relevo. 
 O clima de ondas é a principal variável indutora dos processos costeiros 
de curto e médio prazos, sendo ele o responsável pelo transporte de 
sedimentos nos sentidos longitudinal e transversal à linha de costa. A energia 
das ondas, a intensidade e recorrência das tempestades comandam a 
dinâmica dos processos de erosão e acumulação na interface continente-
oceano e fundo submarino. A morfologia resultante depende de fatores 
adicionais como tipo e disponibilidade de sedimentos, geologia, variação do 
nível relativo do mar e modificações geoidais (FONTES). 
Os ventos também são elementos importantes da morfogênese 
litorânea. Através desse fenômeno, partículas de areia e poeira são 
transportadas e posteriormente depositadasformando as dunas costeiras, 
contribuindo também em outros processos da dinâmica costeira como a 
geração de ondas e correntes que quando associadas às marés, estabelecem 
12 
 
 
o padrão de circulação das águas marinhas das zonas litorâneas e 
sublitorâneas (FONTES). 
 
5 CIRCULAÇÃO DAS ÁGUAS NOS OCEANOS 
 
5.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS GERAIS DOS OCEANOS, MOVIMENTOS 
DO GLOBO TERRESTRE, CIRCULAÇÃO DA ATMOSFERA E 
INTERAÇÃO OCEANO-ATMOSFERA, FEIÇÕES BATIMÉTRICAS E 
PLACAS TECTÔNICAS, CIRCULAÇÃO E VÓRTICES OCEÂNICOS E 
CORRENTES OCEÂNICAS DO BRASIL 
 
A tectônica global constitui-se no grande mecanismo responsável pela 
movimentação e distribuição das bacias oceânicas. Ao longo do tempo 
geológico, em situações distintas de distribuição de massas continentais e dos 
oceanos, a circulação oceânica foi diferente da atual, levando ao 
desenvolvimento de processos oceanográficos e de deposição de sedimentos 
diferentes dos atuais. Além disso, a movimentação das placas tectônicas 
permitiu o desenvolvimento das grandes unidades do relevo oceânico. Assim, 
os processos tectônicos estabeleceram a distribuição da maior parte dos 
principais tipos de sedimentos (terrígenos, biogênicos, autigênicos e 
vulcanogênicos) e a sua distribuição pela circulação oceânica (Fontes). 
No artigo de Fontes, há a explicação que a circulação oceânica global 
possui duas componentes: a superficial, que é controlada pelo vento, e a 
termoalina, pelas diferenças de densidade da água do mar. Ambas são 
primeiramente controladas pela energia solar. 
Ao ler o trabalho de Mendes e Soares (2007), entendemos que os 
oceanos e a atmosfera são fluídos e estão em mútuo contato físico. Assim, 
além de terem comportamentos semelhantes, há interação entre eles. Dentre 
os principais movimentos podemos citar: as ondas, as marés e as correntes 
marítimas. Na interface atmosfera-oceano, a circulação atmosférica provoca na 
superfície do mar modificações no que se refere à temperatura, salinidade e 
densidade, exemplo de processos como a evaporação. 
13 
 
 
Existe um balanço energético que transfere o calor recebido pela linha 
do equador para os polos, através da atmosfera e dos oceanos. O equilíbrio 
térmico causado por esse balanço energético é um fator importante também na 
geração das grandes correntes oceânicas no planeta. E que através dessas 
correntes marinhas, os oceanos contribuindo com 10% à 20% da distribuição 
de calor no planeta como um todo, levam energia do equador para os polos. O 
vento e a densidade a água influenciam nas correntes ou massas de água em 
movimento. (Mendes, Soares, 2007). 
Freitas explica que as correntes marítimas são massas menores de 
água que se deslocam por distintas direções, mas que ao manter suas 
características de cor, salinidade e temperatura, elas seguem sem se misturar. 
Esse deslocamento ocorre pela ação dos ventos e também pelo movimento de 
rotação da Terra. Por causa disso, as correntes marítimas realizam 
deslocamentos distintos de acordo com os hemisférios em que se encontram. 
No hemisfério Norte as corrente seguem no sentido horário e no hemisfério Sul 
desloca no sentido anti-horário. 
As alterações locais dos ciclos de marés envolvem a interação entre 
forma e dimensões das bacias oceânicas com o efeito da Força de Coriolis, 
que está relacionada com a rotação da Terra. Nos estuários e baías ocorrem 
movimentos horizontais da coluna d’água, na forma de correntes de maré, 
resultantes do empilhamento e amplificação das marés oceânicas, ocorrendo 
em inundações periódicas das planícies de maré e dos manguezais. (Fontes). 
 Segundo Mendes e Soares (2007) a corrente que atua do Brasil sobre a 
plataforma ou próxima a região da borda, é a principal corrente superficial 
brasileira. Esta corrente flui para o sul ao longo da costa leste do continente 
sul-americano, onde encontra a corrente das Malvinas, nessa região as duas 
correntes afastam-se da costa, fluindo em direção leste. O encontro da corrente 
do Brasil origina a região denominada Convergência Subtropical do Atlântico 
Sul. Pra complementar as informações anteriores, Fontes exemplifica que a 
região oceânica próxima à borda da plataforma, aparece a Água Tropical 
(Corrente do Brasil), morna e salgada, que está situada sobre a Água Central 
do Atlântico Sul, fria e menos salgada, que no verão pode aflorar em diversos 
14 
 
 
pontos do litoral brasileiro, originando a ressurgência, como a que ocorre em 
Cabo Frio (RJ). 
 Ao relacionar sobre fenômenos de interação oceânico-atmosférico, 
podemos citar o El Niño e La Niña. O El Niño representa o aquecimento 
anormal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico 
Equatorial. A La Niña apresenta características opostas ao EL Niño, e que 
caracteriza-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano 
Pacífico Tropical devido a intensificação dos ventos alíseos. Alguns dos 
impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre 
uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos significativos no tempo e 
clima devido à La Niña. (Mendes, Soares, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 
Conclui-se então que o ambiente costeiro pode ser caracterizado por 
mudanças espaciais e temporais relacionadas com os fatores geológicos, 
climáticos, biológicos e oceanográficos, resultando em uma variedade de 
feições geomorfológicas. D o ponto de vista oceanográfico, os estuários são 
regiões costeiras, parcialmente fechadas, onde há uma mistura de água doce 
com a água salgada do oceano. 
Ondas marinhas são as ondas de gravidade, formadas pela ação do 
vento na superfície marinha que transfere energia para a superfície da água. 
Essa energia, a maior parte, resulta em ondas e a pequena parte dessa 
energia que não vira onda, acaba se transformando em corrente marinha. As 
ondas quando se aproximam da costa, produzem correntes longitudinais, 
sendo importantes para o transporte de sedimentos na zona de arrebentação. 
A arrebentação é considerado fenômenos mais importantes que ocorrem 
na região costeira, pois está associado a outros processos naturais, sendo que 
os principais são as correntes costeiras e o transporte litorâneo de sedimentos. 
Conforme entendido e defendido por Fontes, o quadro morfológico do 
fundo oceânico atual está representado pelas Margens Continentais, Bacias 
Oceânicas e Cordilheira Mesoceânica ou Dorsal Oceânica, que estão 
associadas à tectônica de placas. A distribuição sedimentar nos fundos 
marinhos obedece a um padrão determinado por processos que podem ser 
geológicos, assim como podem ser oceanográficos, com escalas temporais e 
espaciais distintas. 
Para finalizar, a circulação horizontal superficial dos oceanos 
desenvolve-se a partir da fricção do vento na interação oceano-atmosfera, com 
influência de movimentos já conhecidos por todos: rotação e translação. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
7 REFERÊNCIAS 
 
BRASIL ESCOLA. Ondas. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/ondas.htm>. Acesso em 01 de junho de 
2020. 
 
CANDELLA, Rogerio Neder. Estação Maregráfica e Monitoramento do Nível 
do Mar. Disponível em: 
<http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000009/000009aa.pdf>.Acesso 
em 30 de maio de 2020. 
 
CASTELÃO, Amanda. Resumão Ecomar. UNIRIO. 2015 
 
DEFESA CIVIL ITAJAÍ. Maré astronômica e mereorologica. Disponível em: < 
https://defesacivil.itajai.sc.gov.br/boletim/3583/mare-astronomica-e-
meteorologica->. Acesso em 10 de maio de 2020. 
 
FONTES, Aracy Losano. Geomorfologia Costeira. Disponível em: < 
https://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/15490516022012Ge
omofologia_Costeira_3.pdf>. Acesso em 01 de junho de 2020. 
 
FONTES, Aracy Losano. Morfologia Submarina. Disponível em: < 
https://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/15490016022012Ge
omofologia_Costeira_2.pdf>.Acesso em 01 de junho de 2020. 
 
FREITAS, Eduardo. Movimento das águas oceânicas. Disponível em: < 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/movimento-das-aguas-
oceanicas.htm>. Acesso em 02 de junho de 2020. 
Gomes Junior, Gabriel D’Annunzio. Aprimoramento do clima de ondas do 
SMC como subsídio ao estudo da erosão no litoral de Pernambuco. 
Recife. 2015. 
 
17 
 
 
Hidrodinâmica das Ondas do Mar, capítulo 1. Disponível em: < 
https://www.passeidireto.com/arquivo/54878736/hidrodinamica-das-ondas-do-
mar-cap-1>. Acesso em 05 de junho de 2020. 
 
JOABA JUNIOR. Formação das ondas do mar. Disponível em: 
<https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/formacao-das-ondas-mar.htm>. 
Acesso em 10 de maio de 2020. 
 
MENDES, Carla; SOARES-GOMES, Abílio. CIRCULAÇÃO NOS OCEANOS 
CORRENTES OCEÂNICAS E MASSAS D’ÁGUA. UFF. 2007 
 
Ondas. Disponível em: < 
http://professor.ufabc.edu.br/~pieter.westera/Quantica_anexo_1_Ondas_texto_
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TODA MATERIA. Ondas. Disponível em: < 
https://www.todamateria.com.br/ondas/>. Acesso em 01 de junho de 2020. 
 
ULBRA. Ondas Estacionárias e Progressivas. Física Acústica Para 
Fonoaudiologia. 2014. 
 
WRASSE, C. M. Estudos de geração e propagação de ondas de 
 gravidade atmosféricas. Disponível em: <http://mtc-
m16.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/jeferson/2004/05.24.10.59/doc/publicacao.pdf>. 
Acesso em 15 de maio de 2020. 
 
ZONA COSTEIRA. Estuário Disponível em: 
<http://www.zonacosteira.bio.ufba.br/estuarios.html>. Acesso em 15 de maio de 
2020.

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