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PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE Po r t a r i a G M / M S n º 5 2 9 / 2 0 1 3 M I N I S T É R I O D A S A Ú D E F U N D A Ç Ã O O S WA L D O C R U Z A G Ê N C I A N A C I O N A L D E V I G I L Â N C I A S A N I TÁ R I A R E B R A E N S P Dra. Simone Rossignolo http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html “O cuidado à saúde, que antes era simples, menos efetivo e relativamente seguro, passou a ser mais complexo, mais efetivo, porém potencialmente perigoso” B R E V E H I S T Ó R I C O No final do século passado, Donabedian: 7 PILARES QUALIDADE EM SAÚDE: eficácia, efetividade, eficiência, otimização, aceitabilidade, legitimidade e equidade. No início deste século, Instituto de Medicina (IOM) dos Estados Unidos da América (EUA): 6 ATRIBUTOS DA QUALIDADE: efetividade, eficiência, equidade centralidade no paciente; oportunidade do cuidado Segurança do paciente. V A M O S V E R . . . . . . . . • Processos históricos com a criação PNSP; • Resoluções envolvidas PNSP; • Conceitos e definições teóricos PNSP - Gestão “A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2004, demonstrando preocupação com a situação, criou a World Alliance for Patient Safety= Patient Safety Program. Objetivos: 1- Organizar os conceitos sobre segurança do paciente; 2-propor medidas para reduzir os riscos; 3- mitigar os eventos adversos B R E V E H I S T Ó R I C O OMS PRIORIZOU 2 DESAFIOS GLOBAIS 2- Promover uma cirurgia mais segura, pela adoção de uma lista de verificação antes, durante e após o ato cirúrgico 1- Reduzir a infecção associada ao cuidado em saúde, por meio da campanha de higienização das mãos E M R E D E N A C I O N A L . . . Fatos Adolescente de 12 anos morreu após ter vaselina injetada no lugar de soro Adolescente morreu em Campinas após reações alérgicas ao contraste de uma tomografia, que estava realizando no hospital Vera Cruz. O que é mais seguro andar de avião ou ser internado? A N T E C E D E N T E S N O B R A S I L 1999- Programas de Acreditação 2002- Rede Sentinela: trabalham com gerenciamento de risco sobre três pilares: busca ativa de eventos adversos, notificação de eventos adversos e uso racional das tecnologias em saúde. 2008- Rebraensp: Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente 2009- Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária (Vigipos); P O R T A R I A S / M S – R E S O L U Ç Ã O D A D I R E T O R I A C O L E G I A D A / R D C Portaria GM/MS nº 529/2013 (abril)- institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP); RDC/Anvisa nº 36/2013 (julho)- institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências; Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013 aprovam os protocolos básicos de segurança do paciente. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente, MS/Anvisa, 2014 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2095_24_09_2013.html P r o g r a m a N a c i o n a l d e S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e - P N S P CONCEITOS TEÓRICOS Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013 PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013: DEFINIÇÕES Perigo Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinação destes. Risco Combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um determinado evento perigoso. Resumindo: Perigo é a fonte geradora e o Risco é a exposição a esta fonte. R I S C O X P E R I G O EXEMPLO: Para entender melhor esses conceitos, imagine a seguinte situação: um trabalhador está lavando um piso escorregadio. Neste caso, o perigo é o piso escorregadio . O risco é a possibilidade de acontecer uma queda durante a execução do trabalho. O risco, portanto, é a consequência do perigo — se não existir perigo, não existe risco. R I S C O X P E R I G O A c u l t u r a d e s e g u r a n ç a c o m o u m a q u e s t ã o t r a n s v e r s a l e m u l t i p r o f i s s i o n a l 18 O conceito de que o profissional da Saúde não erra está disseminado na sociedade e particularmente entre os profissionais da Saúde. Desde a graduação, tem-se a errada noção de que os “bons profissionais da saúde não erram”, ou de que “basta ter atenção que não há erro”, poucos se dão conta que errar é humano. Não se pode organizar os serviços de Saúde sem considerar que os profissionais vão errar. Errar é humano. Cabe ao sistema criar mecanismos para evitar que o erro atinja o paciente. AMBIENTE ESTRESSANTE Síndrome do esgotamento Profissional (burn out) fatores contribuintes do erro e dos eventos adversos A c u l t u r a d e s e g u r a n ç a c o m o u m a q u e s t ã o t r a n s v e r s a l e m u l t i p r o f i s s i o n a l 19 DEFINIÇÃO ERRO (OMS) “Falha na execução de uma ação planejada de acordo com o desejado ou o desenvolvimento incorreto de um plano” ERROS ATIVOS X LATENTES Ativos são atos inseguros cometidos por quem está em contato direto com o sistema; Latentes são atos ou ações evitáveis dentro do sistema, que surgem a partir da gestão Um erro ativo pode ser, por exemplo, uma troca de medicamento no momento da administração, e um erro latente, a falta de medicamento no hospital UMA ABORDAGEM SISTÊMICA PARA GERENCIAR O ERRO OU A FALHA Quando não há camadas de queijo (barreiras), os buracos se comunicam. O vetor, mostrado na figura, representa que o risco não encontrou barreira e atingiu o paciente. As barreiras que impedem que o risco atinja o paciente podem ser: profissionais atualizados; uso de protocolos clínicos; uso de check l ist cirúrgico; protocolos de higiene das mãos; dose unitária de medicamentos etc. ERROS X BARREIRAS: M O D E L O Q U E I J O S U I Ç O GESTOR Portaria GM/MS nº 529/2013 (abril)- institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) institui CIPNSP Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente Composto por : titular e suplentes, dos seguintes órgãos e entidades http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html I - Ministério da Saúde I I - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ); I I I - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); IV - Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); V - Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); VI - Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS); VII - Conselho Federal de Medicina (CFM); P A R T I C I P A N T E S D O C I P N S P Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente Composto por : titular e suplentes, dos seguintes órgãos e entidades PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013 OBJETIVO GERAL: O PNSP tem por objetivo geral contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013 4 EIXOS Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). 1- Estímulo a uma prática assistencial segura; por meio da implantação da gestão de risco e de Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde 2- Envolvimento do cidadão na sua segurança; 3- Inclusão do tema no ensino; 4- Incremento de pesquisa sobre o tema E I X O 1 25 EIXO 1- 1) OS PROTOCOLOS EIXOS DO PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE 1. Identificação de pacientes; 2. Prática de higiene das mãos em estabelecimentos de Saúde; 3. Cirurgia segura; 4. Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; 5. Prevenção de quedas; 6. Prevenção de úlceras por pressão; 7. Comunicação no ambiente dos estabelecimentosde Saúde; 8. Transferência de pacientes entre pontos de cuidado; e 9. Uso seguro de equipamentos e materiais. Esses protocolos constituem instrumentos para construir uma prática assistencial segura e são componentes obrigatórios dos planos (locais) de segurança do paciente dos estabelecimentos de Saúde, a que se refere à RDC nº 36, de 25 de julho de 2013 da Anvisa PRECONIZADO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE Protocolos Básicos de Segurança do Paciente EIXO 1- 2) Planos (locais) de segurança do paciente dos estabelecimentos de Saúde 1. Tipo de Incidente 2. Consequências para o Doente 3. Características do Doente 4. Características do Incidente 5. Fatores Contribuintes /Perigos 6. Consequências Organizacionais 7. Deteção 8. Fatores Atenuantes do Dano 9. Ações de Melhoria 10. Ações para Reduzir o Risco Tem como objetivo representar um ciclo de aprendizagem e de melhoria contínua, realçando a identificação, a prevenção, a detecção e a redução do risco; a recuperação do incidente e a resiliência do sistema. EIXOS DO PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE EIXO 1- 3) Criação dos Núcleos de Segurança do Paciente (RDC 36) NSP devem estar vinculados organicamente à direção e ter: uma agenda permanente e periódica com a direção geral, a direção técnica/médica e a coordenação de Enfermagem, participar de reuniões com as demais instâncias que gerenciam aspectos da qualidade, tais como - a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, - Comissão de Revisão de Óbito, - Comissão de Análise de Prontuário, - Comissão de Farmácia e Terapêutica, - Gerência de Risco, - Gerência de Resíduos, - Núcleo de Saúde do Trabalhador, entre outras. EIXOS DO PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE EIXO 1- 4) Sistema de notificação de incidentes Considera que para um sistema de notificação de incidentes seja efetivo são necessárias as seguintes características: 1. não punitivo; 2. confidencial; 3. independente – os dados analisados por organizações; 4. resposta oportuna para os usuários do sistema; 5. orientado para soluções dos problemas notificados; 6. as organizações participantes devem ser responsivas as mudanças sugeridas EIXOS DO PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE EIXO 1- 5) Sistema de notificação de Eventos Adversos no Brasil NOTIVISA: Notificação e monitoramento de eventos adversos relacionados tanto aos produtos quanto às falhas nos processos de cuidado O sistema possibilita a opção da notificação por cidadãos (pacientes, familiares, acompanhantes e cuidadores) e pelos Núcleos de Segurança do Paciente, recentemente regulamentado pela RDC nº 36. Os dados, analisados pela Anvisa, serão divulgados de forma agregada, gerando produção de conhecimento e informação. EIXOS DO PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE E I X O 2 – 3 - 4 32 Eixo 2: Envolvimento do cidadão na sua segurança Eixo 3: Inclusão do tema segurança do paciente no ensino Eixo 4: O incremento de pesquisa em segurança do paciente EIXOS DO PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE O Programa de Segurança do Paciente em conjunto com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do MS, deve estabelecer prioridades para as pesquisas de modo a ampliar a produção e a difusão de conhecimento nesta área. B I B L I O G R A F I A S R D C/A nv isa n º 3 6 / 2 013 in st i tu i ações p ara a seg u ran ça d o p ac iente em ser v iços d e saú d e e d á ou tras p rov id ên c ias ; Portar ia GM / M S n º 5 2 9 / 2013 in st i tu i o Prog rama Nac ion a l d e S eg u ran ça d o Pac iente ( PNS P) ; Portar ia GM / M S n º 1 .3 7 7, d e 9 d e ju lh o d e 2 0 1 3 q u e a p rova o s p ro to co los b á s ico s d e seg u ran ça d o p ac iente ; Portar ia n º 2 .0 9 5, d e 2 4 d e setemb ro d e 2 0 1 3 q u e ap rova os p rotoco los b ás icos d e seg u ran ça d o p ac iente ; R D C/A nv isa n º 3 6 / 2 013 in st i tu i ações p ara a seg u ran ça d o p ac iente em ser v iços d e saú d e e d á ou tras p rov id ên c ias ; D on ab edian , A . Th e seven p i l la rs o f q u a l i ty. A rc h Path o l Lab M ed . 1 9 9 0; 1 1 4 ( 11 ) : 1115 - 8 . A nv isa ( B ras i l ) . B o let in s In format ivo - S eg u ran ça d o p ac iente e q u a l id ad e em ser v iços d e saú d e. 2 0 1 3. D isp on íve i s em: http : / / www.A nv isa . gov.br/h ots i te/ segu ran cadopac iente / doc umentos/ junho/Modulo%201 %2 0 -%20A ss i sten c ia%20 Segu ra .pdf. World Hea l th O rgan izat ion . Wor ld A l l ian c e for Pat ient S afety. F i rst G lob a l Pat ient S afety Ch a l len ge: C lean Care i s S afer Care . Gen eb ra ; 2 0 0 6 . M an u a l B ras i le i ro d e A c red i tação . D isp on íve l em: https : / / w ww.on a .org .b r/ In ic ia l . D oc u mento Referên c ia p ara o Prog rama Nac ion a l d e S eg u ran ça d o Pac iente . D i sp on íve l em: http : / / bvsms.sau de. gov.b r/bvs/ pu bl i cacoes/ doc umento_referenc ia_programa_nac iona l_s eg u ran ca .pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1377_09_07_2013.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2095_24_09_2013.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/junho/Modulo 1 - Assistencia Segura.pdf https://www.ona.org.br/Inicial N Ã O A C A B O U ! ! ! !
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