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Antropometria – UC 8 Peso Com base nos padrões do NCHS e de Santo André na década de 1970, pode-se correlacionar o peso medido com o esperado, definindo um índice de adequação denominado peso para a idade (P /I): Comprimento ou estatura Agravos de saúde repercutem diretamente sobre o comprimento (criança deitada) ou a estatura (ou envergadura). A velocidade de crescimento no primeiro ano é a maior da vida pós-natal, em torno de 25 cm. Dos 2 aos 12 anos, pode-se calcular a estatura média em relação à idade pela fórmula: Comparando-se a estatura atual com a esperada (percentil 50) para a mesma idade e sexo, podemos obter o índice de adequação estatura para a idade (E/I), segundo a fórmula: IMC O IMC é a relação entre o peso medido (em quilogramas) e a estatura (em metros) elevada ao quadrado. Circunferência craniana Deve-se tomar como referência a glabela como limite anterior e o polo occipital como o posterior, com o cuidado de não incluir nessa medida parte do pavilhão auricular. A fita métrica deverá ser mantida justa à superfície cutânea, sem pressão excessiva. Circunferência braquial Posicionar a fita métrica entre o olecrano e o acrômio, com o braço estendido sobre o lado do corpo, na posição de pé. Dobra tricipital Com os braços dispostos ao lado do corpo, pinça-se com o dedo indicador e o polegar a região média dorsal do braço (entre o acrômio e o olecrano), e mede-se o ponto pinçado. Dobra subescapular Abaixo do ângulo inferior da escápula, utilizando os dedos indicador e polegar em forma de pinça, define-se a dobra cutânea a ser medida. Parâmetros em percentil Estatura/idade Peso/idade IMC/idade Uma criança no percentil 3 significa que esse menino(a), comparando-se sua mensuração com a do mesmo sexo e idade, tem + 97% de crianças com a mensuração superior a sua e + 3% inferior a sua, dentro de uma faixa normal. O percentil 50 é o ponto central (mediana) da série de estaturas crescentes, e metade das crianças está acima e a outra metade abaixo desse ponto. A estatura correspondente ao percentil 50 numa população saudável com crescimento adequado é também o valor mais frequente observado nessa população. Consideram-se valores aceitáveis para uma população aqueles compreendidos entre os percentis 3 e 97, que correspondem a 94%da população estimada, refletindo a variabilidade do potencial genético entre indivíduos saudáveis. O mesmo raciocínio para estatura se aplica ao peso. Escore Z Representa a distância, medida em unidades de desvio padrão, que os vários valores daquele parâmetro podem assumir na população em relação ao valor médio que ela apresenta. Parâmetros de gráficos em escore Z: Estatura/idade Peso/idade IMC/idade O escore Z de um parâmetro individual, qualquer que seja: peso, estatura, perímetro cefálico, etc., é a relação da diferença entre o valor medido naquele indivíduo e o valor médio da população de referência, dividida pelo desvio padrão da mesma população, representado pela fórmula: Um escore Z positivo significa que o valor da medida do indivíduo é maior do que a média da população de referência, enquanto um escore Z negativo corresponde a um valor menor que a média. Por definição, o percentil corresponde à proporção da área total sob a curva de Gauss que se situa à esquerda do ponto que ele delimita, o que, no caso da distribuição de indivíduos por algum de seus parâmetros (peso, estatura, etc.), define a porcentagem de indivíduos situados abaixo daquele ponto. Por exemplo: à esquerda do percentil 3 (escore Z -1,881) situa-se 3% da área total sob a curva, ou, dito de outra forma, se a curva representar a distribuição, por ordem crescente de estatura, de um conjunto de indivíduos de mesma idade e sexo, significa que apenas 3% dos indivíduos normais terão uma estatura inferior àquela correspondente ao P 3. No caso de a estatura de um indivíduo corresponder a P 90 (escore Z = 1,282), isso significará que 90% dos indivíduos de mesmo sexo e idade têm estatura menor que a dele. Numa distribuição normal, a média e a mediana (P 50) da distribuição têm o mesmo valor. Na primeira medição, observar a posição do peso em relação aos pontos de corte superior e inferior: • Acima do percentil 97: classificar como sobrepeso; •Entre os percentis 97 e 3: faixa de normalidade nutricional; •Entre os percentis 1 O e 3: classificar como risco nutricional; •Entre os percentis 3 e O, 1: classificar como peso baixo; •Abaixo do percentil O, 1: classificar como peso muito baixo. Nas medições seguintes, observar a posição e também o sentido do traçado da curva de crescimento da criança: a) Posição da linha que representa o traçado de crescimento da criança: entre os percentis 97 e 3, corresponde ao caminho da saúde; b) Sentido do traçado da curva da criança (ascendente, horizontal ou descendente), desenhada em linha contínua a partir da ligação de dois ou mais pontos com intervalos não superiores a 2 meses. Intervalos maiores devem ser desenhados com linha pontilhada para chamar a atenção Crescimento e desenvolvimento embriofetal Sabe-se atualmente que o feto reage ainda dentro do útero, por sua própria dinâmica de maturação. Formas de Mensuração de Crescimento Pré-natal a) Data da Última Menstruação (DUM): Regra de Naegele: Adicionar à data da DUM 7 dias e somar 9 meses (ou diminuir 3 meses). Exemplo: DUM: 02/08/2008 Data provável do parto (DPP): 09/05/2009 (40 semanas). b) Altura de Fundo de Útero c) Ultrassonografia: Biometria compreende a medida do diâmetro biparietal, diâmetro occipitofrontal e diâmetro biparietal para cálculo da circunferência cefálica ( CC), circunferência abdominal ( CA) e comprimento de fêmur (F) e úmero. Fórmula para cálculo do peso fetal: d) Perfil biofísico fetal e vitalidade fetal: Observação de movimentos fetais, volume de líquido amniótico e verificação de batimentos cardíacos fetais em repouso. Crescimento e desenvolvimento neonatal (0 a 28 dias\ Métodos Somatoneurológicos de Avaliação da Idade Gestacional no RN A idade gestacional (IG) pode ser obtida através de métodos somatoneurológicos tais como o de Capurro ou de Ballard, descrito. Exemplo: IG: 29(31 - 2)+30+31 +30+31 +31+28+11 = 221 divididos por 7 I G = 31 semanas e 3 dias. Classificação do RN de Acordo com a Idade Gestacional PRÉ-TERMO Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), antes de 37 semanas de gestação. Segundo a Academia Americana de Pediatria (AAP), antes de 38 semanas de gestação (incluindo a 37.ª completa= 37 semanas e 6 dias). TERMO RN em um período compreendido entre 37 e 41 semanas e 6 dias de gestação. PÓS-TERMO RN após a 42.ª semana de gestação, produto de gestação superior a 294 dias ou 42 semanas. Clifford (1943) descreveu três estágios de pós-maturidade, que ainda vigoram: Estágio I- Ocorreria dentro de 7 dias após o pós-termo. O RN encontra-se magro, enfraquecido e malnutrido. A pele demonstra ausência de verniz, adquire um aspecto apergaminhado e aparência enrugada. Esses RN s mostram- se com aspecto mais maduro que os a termo e têm a fácies de alerta. Dificilmente ocorre o óbito, porém apresentam 30% de morbidade. Estágio II - Ocorre até 14 dias do pós-termo. E caracterizado pela presença de mecônio em pele, membrana placentária e cordão umbilical. A mortalidade encontra-se em 35%, e a morbidade, em torno de 65% Estágio III - Ocorre até 21 dias após o pós-termo. Inclui todos os sinais vistos anteriormente, além da impregnação da pele, cordão umbilical e unhas do RN. A mortalidade e a morbidade são extremamente elevadas. RN Apropriado, Grande ou Pequeno para a Idade Gestacional Considera-se limite inferior o percentil 10 em todas as curvas de percentil. O limite superior, embora com algumas restrições, pode ser considerado o percentil 90. Os neonatos são classificados em: • Pré-termo grande, apropriado ou pequeno para a idade gestacional •Termo grande, apropriado ou pequeno para a idade gestacional •Pós-termo grande, apropriado ou pequeno para a idade gestacional •GIG: Grande para a idade gestacional: RN acima do percentil 90 • AIG: Apropriado para a idade gestacional: RN situado entre os percentis 10 e 90 • PIG: Pequeno para a idade gestacional: RN que fica abaixo do percentil 10. Tipo 1 ou proporcional ou simétrico - Os fetos são afetados desde o início da gravidez (1.0 trimestre), proporcionando peso, perímetro cefálico e comprimento baixos no mesmo percentil. Tipo II ou intermediário - Ocorre algum problema entre 27 e 30 semanas de gravidez, levando a modelos de desnutrição de caracterização pouco precisa. Tipo III ou desproporcional ou assimétrico - As alterações ocorrem durante as últimas duas ou três semanas de gestação, com modificações somente no peso (comprimento e perímetro cefálico se estabelecem dentro do normal para a idade gestacional). Quando imaginamos um PIG desproporcional ou assimétrico a termo, imediatamente surge o seguinte quadro: idade gestacional de 37 a 40 semanas, comprimento de 50 cm, perímetro cefálico de 34 cm e peso inferior a 2.500 g. Formas de Mensuração do Crescimento Pós-natal PESO •Peso ao Nascimento: Peso do recém-nascido com 1 a 2 horas de vida, isto é, antes que uma perda de peso, que é significativa após o parto, tenha ocorrido. • Classificação segundo OMS: Peso entre 3.000 e 3.999 g - RN com peso adequado Peso menor que 2.500 g - RN com baixo peso Peso menor que 1.000 g - RN com extremo baixo peso Peso menor que 1.500 g - RN com muito baixo peso Peso maior ou igual a 4.000 g - RN macrossômico • Técnica de pesagem de O a 23 meses: criança deitada ou sentada. COMPRIMENTO • Ao nascer, em torno de 50 cm. • Técnica de mensuração de O a 23 meses: criança deitada. PERÍMETRO CEFÁLICO O maior diâmetro ocorre ao nascimento, e o perímetro cefálico médio, nessa ocasião, é de 35 cm (meninos) e de 34 cm (meninas). PERÍMETRO TORÁCICO O perímetro torácico deve ser medido ao nível dos mamilos, estando a criança deitada e em posição respiratória média (entre a inspiração e a expiração completas). PERÍMETRO ABDOMINAL Medido pela circunferência em nível da cicatriz umbilical, lateralmente. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL (1 MÊS A 2 ANOS) PESO • Aos 15 dias recupera peso de nascimento e reflexos primitivos • Primeiros dias de vida: perda de 10% de seu peso de nascimento • Ganho de peso no primeiro trimestre: 20-30 g/dia Primeiro trimestre: 700 g/mês (25 g/dia) Segundo trimestre: 600 g/ mês (20 g/ dia) Terceiro trimestre: 500 g/mês (15 g/dia) Quarto trimestre: 400 g/ mês (10 g/ dia) • 4 a 5 meses: dobra o peso de nascimento • 1 ano: triplica o peso de nascimento • 2 anos: quadruplica o peso de nascimento • Durante segundo ano: aumenta 2,5 kg • Técnica de pesagem de 1 mês a 2 anos: criança deitada, sentada ou em pé Comprimento • Nascimento: 50 cm • Primeiro semestre: 15 cm • Segundo semestre: 10cm • Durante segundo ano: 12 cm • Técnica de mensuração de O a 23 meses: criança deitada. Perímetro Cefálico Ao nascimento: 35 cm. Primeiro ano: aumenta em média 12 cm - 2 cm ao mês durante o primeiro trimestre, 1 cm ao mês no segundo trimestre e 0,5 cm ao mês durante o segundo semestre de vida. Segundo ano: aumenta em torno de 2 cm. Valores menores ou maiores do que os limites de norma�idade, bem como o menor ou maior aumento detectado por medidas seriadas, são indicativos de situações de risco e, portanto, passíveis de investigação diagnóstica. As deformidades da caixa craniana podem decorrer de vícios de postura, aumentos exagerados do volume cerebral, quedas ou outros traumatismos da região. CRESCIMENTO DA CRIANÇA (DE 2 A 10 ANOS) Peso Pré-escolar (2 a 5 anos): 2 kg/ano Escolar (6 a 12 anos): 3,5 kg/ano Comprimento ou Estatura Aos 4 anos: atinge 1 metro Pré-escolar: 6-8 cm/ ano Escolar: 6 cm/ ano Até a puberdade: 5-6 cm/ ano Estatura estimada (cm) =Idade (anos) X 6 + 77 Perímetro Torácico A valorização de medidas torácicas observadas deve ser feita comparando-se o valor obtido, o ritmo de crescimento e a relação com outras medidas antropométricas. A inspeção dinâmica do tórax deve complementar esse dado. A partir dos 2 anos de idade, o perímetro torácico passa a ser maior do que o cefálico, apresentando tendência a achatamento anteroposterior e alargamento no plano transverso. Dos 6 aos 11-13 Anos • Poucas alterações corporais: alongamento e preenchimento • Maior organização do sistema sensório-motor • Crescimento dos membros maior que o do tronco • Meninos: pernas e braços mais alongados • Meninas: quadril maior e coxas grossas • Período pré-púbere: 11 anos para as meninas e 13 anos para os meninos. O crescimento pode ser representado por dois tipos de curvas: a curva de distância ou de crescimento longitudinal e a curva de velocidade de crescimento. O estado nutricional recebe o padrão de referência de acordo com o NCHS. Com base no índice PIE, os seguintes estados nutricionais podem ser definidos: CRESCIMENTO DO PRÉ-ADOLESCENTE E DO ADOLESCENTE (12 A 18 ANOS) Pré-adolescência Início das diferenciações de peso e estatura Aos 11 anos: meninas- 147 cm e 40 kg meninos - 145 cm e 36 kg Aumento anual na altura (< 8 cm) Ganho de peso anual (<3 kg) Puberdade: Transformações próprias da adolescência Feminino - 9 a 13 anos e Masculino - 10 a 14 anos. Modificações: Estirão de crescimento ponderoestatural. Desenvolvimento do aparelho reprodutor: gônadas, órgãos de reprodução e caracteres sexuais secundários. Mudanças da composição corporal em relação a quantidade e distribuição de gordura, crescimento do esqueleto e da musculatura. Desenvolvimento do sistema cardiorrespiratório, predominantemente no sexo masculino, com resultante desenvolvimento da força e resistência. Puberdade: ganham de 20 a 25% de sua altura final e 50%do seu peso adulto. Fases do Estirão Puberal Fase de crescimento estável- 4 a 6 cm/ano Fase de aceleração gradativa do crescimento até atingir um maximo. Maior pico de velocidade de crescimento: Meninas: entre 11 e 12 anos - 8-9 cm/ano Meninos: entre 13 e 14 anos - 10 cm/ano Fase de desaceleração do crescimento com término do crescimento e alcance da altura final. Meninas: entre 15 e 16 anos Meninos: entre 17 e 18 anos
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