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1 Emanuelly Lopes Cardoso Estratificação do Risco Cardiovascular Risco CV global = avaliado em cada individuo hipertenso auxilia na terapêutica + análise prognóstica Identificação de indivíduos hipertensos que estão mais predispostos às CV (IAM + AVE) orientação terapêutica mais agressiva Evitar utilizar apenas um único escore de risco para basear as decisões terapêuticas Modelos multifatoriais de ER utilizados para classificação individual mais precisa Informar ao paciente seus FR pode melhorar a eficácia da terapêutica para redução do risco global Estimar indicadores + utilizar termos relacionados ao envelhecimento (idade vascular ou idade cardiometabólica) auxilia na estratégia para modificação dos FR A estratificação do risco CV no paciente hipertenso é baseada em 2 estratégias: a) 1ª estratégia objetivo = determinar o risco global diretamente relacionado à hipertensão classificação depende dos: ↳ Níveis da PA ↳ FR associados ↳ LOAs ↳ Presença de DCV ou doença renal b) 2ª estratégia objetivo = determinar o risco de um individuo desenvolver DCV em geral nos próximos 10 anos ** Essa forma de avaliação não é específica para o paciente hipertenso pode ser realizada em qualquer indivíduo entre 30 e 74 anos + a HA é o principal FRCV ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR ADICIONAL Identificação de DCV prévia + doença renal + DM = ↑ o risco de eventos CV futuros independente dos valores da PA Avaliação do risco CV depende de informações obtidas na anamnese + exame físico + exames complementares objetivando a identificação de: ↳ Coexistência de outros fatores ↳ Presença de LOAs da hipertensão ↳ Diagnóstico de DCV ou doença renal já estabelecida Para facilitar + acelerar o processo de classificação de risco CV adicional pode-se seguir o Fluxograma de classificação de risco CV adicional no paciente hipertenso Em determinados casos a classificação inicial pode ser modificada de acordo com o melhor ou pior controle dos níveis pressóricos Endereços eletrônicos para cálculo da estimativa da idade vascular ou cardiometabólica recomendados por sociedades americanas, canadenses e britânicas: 1. www.framinghamheartstudy.org/risk-functions/ cardiovascular-disease/10-year-risk.php 2. www.nhs.uk/Conditions/nhs-health-check/Pages/ check-your- heart-age-tool.aspx 3. cardiometabolicage.com Fatores de risco cardiovascular na avaliação do risco adicional no hipertenso Sexo masculino Dislipidemia - Colesterol total > 190 mg/dl - LDL-colesterol > 115 mg/dl - HDL-c < 40 mg/dl (homens) ou < 46 mg/dl (mulheres) - Triglicerídeos > 150 mg/dl Idade - Homens ≥ 55 anos - Mulheres ≥ 65 anos Resistência à insulina - Glicemia plasmática em jejum: 100-125 mg/dl - TOTG: 140-199 mg/dl em 2 horas - Hemoglobina glicada: 5,7-6,4% Historia de DCV prematura em parentes de 1º grau - Homens < 55 anos - Mulheres < 65 anos Obesidade - IMC ≥ 30 kg/m2 - CA ≥ 102 cm (homens) ou ≥ 88 cm nas mulheres Tabagismo LOA na avaliação do risco adicional no hipertenso Hipertrofia ventricular esquerda ITB < 0,9 EMI da carótida > 0,9 mm ou placa carotídea Doença renal crônica estágio 3 VOP carótido-femoral > 10 m/s Albuminúria entre 30-300 mg/24h ou relação albumina-creatinina urinária 30-300 mg/g Doença CV e renal estabelecida para avaliação do risco adicional no hipertenso Doença cerebrovascular - AVE isquêmico - Hemorragia cerebral - Ataque isquêmico transitório Doença da artéria coronária Angina estável ou instável Doença arterial periférica sintomática dos membros inferiores Infarto do miocárdio Doença renal crônica estágio 4 ou albuminúria > 300mg/24h Revascularização do miocárdio: percutânea (angioplastia) ou cirúrgica Retinopatia avançada hemorragias + exsudatos + papiledema IC com fração de ejeção reduzida ou preservada 2 Emanuelly Lopes Cardoso Fluxograma de classificação de risco CV adicional no paciente hipertenso ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL Estratificação de risco CV baseada em 3 etapas é recomendada na V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção de Aterosclerose + na I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular + pode ser adotada para os pacientes hipertensos IDENTIFICAÇÃO DE DOENÇA ATEROSCLERÓTICA OU DE SEUS EQUIVALENTES Identificação da presença de doença aterosclerótica, clinicamente evidente ou na forma subclínica, ou de seus equivalentes como DM e DRC Se positiva indivíduo é imediatamente classificado como de alto risco chance de apresentar um primeiro ou um novo evento CV em 10 anos é superior a 20% Doença aterosclerótica e de seus equivalentes ↳ Doença aterosclerótica (clinicamente evidente): arterial coronária, cerebrovascular ou obstrutiva periférica ↳ Aterosclerose subclínica significativa documentada por método diagnóstico ↳ Procedimentos de revascularização arterial ↳ Diabetes mellitus tipos 1 e 2 ↳ Doença renal crônica ↳ Hipercolesterolemia familiar ANÁLISE DO ESCORE DE RISCO GLOBAL Individuo não se enquadra em nenhuma das condições da etapa 1 próxima fase = estimativa do Escore de Risco Global (ERG) ↳ Estima o risco do individuo apresentar um evento CV em 10 anos Distribuição dos pontos é diferenciada para mulheres e homens ERG < 5% = baixo risco ↳ Exceto pacientes com história familiar de doença CV prematura reclassificado para risco intermediário Homens com ERG entre 5-20% + Mulheres com ERG entre 5- 10% = risco intermediário Homens com ERG > 20% + Mulheres com ERG > 10% = alto risco RECLASSIFICAÇÃO DO RISCO CONFO RME PRESENÇA DE FATORES AGRAVANTES Pacientes de risco intermediário que apresentem fatores agravantes são reclassificados para alto risco Fatores agravantes do risco CV História familiar de DAC prematura em parente de 1º grau - Homens < 55 anos - Mulheres < 65 anos Proteína C-reativa ultrassensível > 2 mg/l Diagnóstico de SM conforme critérios IDF EMI de carótidas > 1,0 mm Microalbuminúria (30-300 mg/g creatinina) ou albuminúria > 300 mg/g creatinina Escore de cálcio coronário > 100 ou percentil 75 para idade e sexo HVE ITB < 0,9 CONCLUSÃO Ainda não existe uma forma validada no Brasil de avaliação do risco CV Algumas mulheres jovens tendem a uma estimativa de risco mais baixa do que a real + homens mais idosos são geralmente identificados como de alto risco, mesmo sem FR relevantes A utilização de mais de uma forma de classificação permite uma melhor compreensão do risco CV no paciente hipertenso Fluxograma para estimativa do risco cardiovascular global
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