Atividade Objetiva 1_ Antropologia_ Identidade e Diversidade PARTE 2

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10/04/2021 Atividade Objetiva 1: Antropologia: Identidade e Diversidade
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Atividade Objetiva 1
Entrega 18 abr em 23:59 Pontos 1 Perguntas 5
Disponível 1 mar em 0:00 - 18 abr em 23:59 aproximadamente 2 meses
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0,2 / 0,2 ptsPergunta 1
Leia o texto a seguir:
“Um estudo dos primórdios da colonização portuguesa no Brasil revela
mesmo que a música esteve historicamente presente à formação da nova
sociedade. Foi em grande parte com a atração de seus hinos e cantos
que os padres jesuítas tornaram possível a obra de catequese dos
indígenas, o que desde logo transformava a música em um dos
instrumentos da colonização”.
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José Ramos Tinhorão. Música popular de índios, negros e mestiços.
Petrópolis: Editora Vozes, 1973, p.9.
A partir da análise de José Ramos Tinhorão, é possível afirmar que:
 
Os jesuítas não estiveram relacionados com o projeto de colonização no
território brasileiro, pois seus interesses eram totalmente contrários aos
interesses de Portugal.
 
Os índios que estavam localizados no território brasileiro não tinham
nenhuma relação com a música, portanto o projeto de colonização dos
jesuítas desconsiderou esse aspecto em suas tentativas de doutrinação.
 
Os jesuítas se empenharam em desenvolver maneiras sobrepor a religião
cristã sobre os índios além da violência física, a exemplo da importância
que a música desempenhou para a sedução dos indígenas pelos
religiosos europeus.
Correto!Correto!
Correta. As incessantes tentativas de catequização dos índios pelos 
jesuítas contaram com diversos artifícios de convencimento, a 
exemplo da música que, como afirma Tinhorão, exercia fascínio 
sobre os indígenas, atraindo-os para a doutrinação religiosa.
 
Os padres jesuítas desconsideraram os interesses culturais dos indígenas
e se valeram exclusivamente da violência física para fazer valer sua
religião.
 
O gosto musical dos índios sempre esteve muito distante dos padrões
estéticos europeus, de modo que nunca houve nenhum intercâmbio
cultural entre tais povos.
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0,2 / 0,2 ptsPergunta 2
Leia as afirmações abaixo:
I. Em seus usos mais específicos, a cultura designa uma série de
processos estudados com atenção, que foram se tornando cada vez mais
importantes para se compreender as características de pensamentos,
ações e sentimentos que diferenciam os grupos humanos. 
 
II. Independente das diferentes manifestações humanas, a antropologia
considera haver uma cultura universal que caracteriza a humanidade.
 
III. Quando nos referimos à compreensão das diferenças dos outros em
relação à nossa identidade cultural, estamos pensando em termos de
mitologia.
 
IV. De maneira geral, o termo mito designa uma narrativa que está
associada a eventos de fundação de determinados agrupamentos
humanos, de início incerto e que foram incorporados ao imaginário
desses mesmos grupos sociais. 
 
Está correto o que se afirma em:
 I e IV Correto!Correto!
 I, III e IV 
 I, II e IV 
 II, III e IV 
 II e III 
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Resposta correta. Apenas as alternativas I e IV estão corretas. A
alternativa II apresenta um erro, pois a antropologia não acredita
haver uma cultura universal, mas manifestações diversas. A
alternativa III, por sua vez, os mitos não são utilizados para
diferenciação identitária em relação ao outro, mas para a
construção interna da identidade social. A alternativa refere-se ao
conceito antropológico de alteridade.
 
0,2 / 0,2 ptsPergunta 3
Michel de Montaigne, pensador que viveu no século XVI, escreveu certa
vez sobre os povos encontrados no novo mundo pelos navegantes
europeus:
Penso que há mais barbárie em comer um homem vivo do que em comê-
lo morto, em dilacerar por tormentos e suplícios um corpo ainda cheio de
sensações, fazê-lo assar pouco a pouco, fazê-lo ser mordido e esmagado
pelos cães e pelos porcos (como não apenas lemos mas vimos de fresca
memória, não entre inimigos antigos, mas entre vizinhos e compatriotas,
e, o que é pior, a pretexto de piedade e religião) do que em assá-lo e
comê-lo depois que está morto [...]. Portanto, podemos muito bem
chamá-los de bárbaros com relação às regras da razão, mas não com
relação a nós, que os ultrapassamos em toda espécie de barbárie.
MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
O contato com o outro também foi abordado pela quadrinista Laerte,
como demonstra a charge abaixo
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A descoberta dos chamados povos originários, aqueles que habitavam as
Américas antes da chegada do colonizador, foi um choque para o homem
europeu que, até então, acreditava ser o único habitante do planeta. Para
muitos, os índios que aqui viviam eram tão diferentes que sequer podiam
ser considerados civilizados, uma vez que seus hábitos eram muito
diferentes daqueles adotados na Europa. Desconsiderando a cultura dos
povos civilizados, os europeus passaram não só a escravizar a
população que vivia nas terras recém-colonizadas como também impor
seus hábitos culturais e sua visão de mundo por se considerarem mais
relevantes e/ou importantes. 
Para a Antropologia, conforme estudado no primeiro tópico do curso, o
conceito que melhor identifica essa forma de dominação é:
 Alteridade 
 Identificação 
 Egoísmo 
 Etnocentrismo Correto!Correto!
 Chauvinismo 
Resposta correta! Etnocentrismo é a imposição de uma visão de
mundo a outros povos, desconsiderando sua especificidade
cultural. 
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0,2 / 0,2 ptsPergunta 4
Veja com atenção o quadrinho abaixo publicado e, na sequência, leia as
afirmações publicadas abaixo:
I. O viking considera diferenças perspectivas culturais ao explicar para
seu filho que existem apenas dois tipos de pessoas no mundo;
II. O humor da tirinha reside no fato de que o viking recusa-se a adotar
outras perspectivas sociais para explicar os tipos de pessoas que existem
no mundo;
III. O viking erra ao querer dividir o mundo em duas categorias de
pessoas ao menos, uma vez que, para a Antropologia, existiriam apenas
quatro tipos sociais.
Está correto o que se afirma em:
 I e II 
 I e III 
 Apenas II Correto!Correto!
 II e III 
 Apenas III 
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Resposta correta. Ao dividir o mundo em apenas dois tipos de
pessoas - navegantes e não-navegantes- o viking considera
apenas uma perspectiva cultural, sendo que, para a Antropologia,
seria precisa levar em consideração outras tantas perspectivas
uma vez que o mundo não possui um número limitado de tipos
sociais.
0,2 / 0,2 ptsPergunta 5
Leia os textos a seguir:Texto 1:
O número de denúncias por casos de racismo e xenofobia em Portugal
atingiu seu recorde histórico, segundo dados da Comissão para a
Igualdade e contra a Discriminação Racial (CICDR) divulgados pela
imprensa portuguesa. Os brasileiros foram os que mais se queixaram de
atos xenófobos [...]. A maior parte dos casos, 38%, é referente a
discriminação racial ou étnica. Em seguida vem a discriminação pela
nacionalidade (22,3%) e pela "cor da pele" (21,8%).
Fonte: Deutsche Welle/G1 Notícias. 28 ago. 2018. Disponível em:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/28/denuncias-de-
racismo-e-xenofobia-batem-recorde-em-portugal.ghtml
(https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/28/denuncias-de-racismo-e-
xenofobia-batem-recorde-em-portugal.ghtml) . Acesso em: 05 jul. 2019.
Texto 2:
Em poucos minutos, uma fila de dezenas de venezuelanos se formou na
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/28/denuncias-de-racismo-e-xenofobia-batem-recorde-em-portugal.ghtml
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manhã desta quinta-feira em uma das ruas paralelas à rodoviária de Boa
Vista, em Roraima. No estado brasileiro que mais recebe quem foge do
flagelo no país vizinho, todos aguardavam a sua vez para retirar uma
bolsa de pães que um senhor de boina verde, que preferiu não se
identificar, distribuía com agilidade [...]. A tensão tem escalado, com
episódios de xenofobia inflamados por políticos que exploram o tema em
campanha eleitoral e por boatos contra os venezuelanos espalhados nas
redes sociais. No último fim de semana, brasileiros atacaram
acampamentos de venezuelanos em Pacaraima, a cidade a 215 km de
Boa Vista que é a principal porta de entrada dos imigrantes no Brasil.
Tudo aconteceu depois que se espalhou a história de que um
comerciante local havia sido espancado pelos estrangeiros. Estima-se
que 1.200 pessoas fugiram de volta para a Venezuela por medo.
Fonte: El País. 22 ago.2018. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/22/politica/1534965762_180606
(https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/22/politica/1534965762_180606.html)
. Acesso em 05 jul. 2019.
Com base nos textos acima e em seus conhecimentos, selecione a
resposta correta:
 
Em apenas um dos textos acima verificamos a forte presença de
discursos xenófobos referentes aos processos migratórios
contemporâneos.
 
Nos dois textos acima não é possível verificar a presença de discursos
xenófobos referentes aos processos migratórios contemporâneos.
 A xenofobia não possui nenhuma relação o etnocentrismo 
 São raros os exemplos históricos de práticas xenófobas. 
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/22/politica/1534965762_180606.html
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A xenofobia pode ser compreendida como um posicionamento que
identifica os estrangeiros como inferiores ou maus.
Correto!Correto!
A resposta está correta, a xenofobia se caracteriza por uma
desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ao meio
daquele que as ajuíza, ou pelo que é incomum ou vem de fora do
país;
O etnocentrismo pode ser definido como uma perspectiva que
define um dado grupo étnico e sua cultura como detentores de
superioridade em relação a outros grupos. Por sua vez, a
xenofobia é uma manifestação de aversão a padrões culturais que
não se encaixam no horizonte imediato de certas sociedades,
gerando uma visão preconceituosa sobre grupos estrangeiros.
Desse modo, a xenofobia está estreitamente relacionada com o
etnocentrismo, uma vez que fundamenta sua prática sobre o
princípio de que existem grupos culturais superiores e inferiores,
ou seja, define-se uma cultura como “central” – geralmente a do
próprio xenófobo – e outras como marginais, resultando em
agressões físicas e/ou violências simbólicas.
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