Propriedades dos Materiais_ parte 2

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Propriedades dos 
Materiais Dentários 
Parte 2 
 
Bibliografia: 
Phillips – Materiais Dentários (Anusavice) 
Capítulos: 2-3-8 (11ª Edição) 
MATERIAIS DENTÁRIOS 
São materiais utilizados com a finalidade de: 
 
prevenção 
 restauração de estruturas dentárias 
perdidas ou parte delas 
acessórios 
MATERIAIS DENTÁRIOS 
 Preventivos: 
 flúor, selante. 
 
 Restauradores diretos: 
amálgama, resina composta, ionômero 
de vidro. 
Resina composta Amálgama 
MATERIAIS DENTÁRIOS 
 Restauradores indiretos: 
Ligas metálicas, cerâmicas, resinas. 
 
 
 
Próteses unitárias 
Ponte fixa Prótese total 
Prótese removível 
MATERIAIS DENTÁRIOS 
Acessórios: 
 
Materiais de moldagem, gessos, ceras, 
revestimentos 
 
 
Mat. moldagem Gesso Cera 
Uso Seleção 
 
Conhecimento das propriedades: 
 
 Físicas 
 Mecânicas 
 Químicas 
 Biológicas 
 
 
Estrutura da matéria 
“O desempenho dos materiais dentários, 
seja qual for a sua natureza, está na 
dependência de sua estrutura atômica.” 
 
“As reações físicas e químicas dos átomos 
em conjunto determinam as propriedades 
de um material.” 
Ligações atômicas 
Primárias 
Secundárias 
Metálicas 
 
Ligações primárias 
 Iônica: gesso; cimento fosfato 
de zinco 
 
 Covalente: resinas 
 
 Metálica: ouro 
Ligação iônica 
Ligação covalente 
Ligação metálica 
Caracteriza-se pela formação de uma 
“nuvem eletrônica” 
Ligações secundárias 
(forças de Van der Waals) 
Estrutura da matéria 
Sólidos cristalinos 
 
Sólidos não cristalinos 
 (líquidos super-resfriados) 
Sólidos cristalinos 
Grade espacial 
Ligações primárias ou secundárias 
 
Sólidos cristalinos 
Ligas 
Amálgama 
Ouro 
 Alumina 
 
Constantes físicas definidas 
Sólidos não-cristalinos 
Distribuição aleatória dos átomos 
 
Ceras 
Godivas 
Vidros 
resinas 
 
Sólidos não-cristalinos 
Amolecem à medida que a 
temperatura aumenta 
 
Temperatura de transição vítrea (Tg): 
aumento da mobilidade molecular 
 
Abaixo da Tg - perda de fluidez 
 
Cristalino X Amorfo 
Adesão 
Adesão: 
Força com que as moléculas de uma 
substância se aderem às moléculas de 
outra substância, quando estão em íntimo 
contato por suas interfaces. 
(Moléculas iguais: coesão) 
Adesão 
 Química: 
o material reage quimicamente com a 
superfície dentária 
 Mecânica: 
o material se imbrica mecanicamente à 
superfície dentária 
 
Adesão mecânica 
 
Adesivo no esmalte dental 
 
 
 
Cimentação de prótese 
Adesão química 
FOP-MD 
COO- 
H 
COO- 
Ca+2 
Substrato dental 
Poliácido 
Ponte de 
hidrogênio 
Ligação 
iônica 
Adesivo 
 Material utilizado para 
promover a adesão 
 
Aderente 
 Substrato sobre o qual o 
adesivo é aplicado 
Adesão e União 
Importância da adesão 
Infiltração marginal: 
Dor 
Manchas 
Cáries recorrentes 
Irritação pulpar 
 
Adesão e União 
Requisitos para a adesão: 
 
 Alta energia superficial 
 
 
Adesão e União 
Impurezas: placa, saliva, flúor, etc. 
 
 Reduzem a energia superficial 
 
 
Impurezas 
Adesão e União 
Superfície limpa 
 
 Alta energia superficial 
Bom molhamento 
 (capacidade do adesivo de escoar sobre o 
aderente) 
 
 
 
Ângulo de contato 
Ângulo formado entre o adesivo e o aderente na sua 
interface 
Bom molhamento = zero 
Nenhum molhamento= 180 ° 
Ângulo de contato em diferentes 
superfícies 
Propriedades físicas 
Baseadas nas leis da: 
mecânica 
ótica 
eletricidade 
termodinâmica 
Viscosidade 
Resistência do material a forças que 
tentam movê-lo 
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Viscosidade 
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Importância da 
viscosidade 
Determina a melhor maneira de se manipular 
 um material 
 
Dá idéia do tempo de trabalho do material 
Tempo de manipulação 
 Tempo de Trabalho 
 Tempo de Presa 
T. Manipulação 
 
T. de trabalho 
 
Tempo de presa 
30 “ 
2 min 
4 min 
Creep 
Determina a melhor maneira 
de se manipular um material 
Dá idéia do tempo de trabalho 
 
Escoamento dos materiais metálicos 
quando eles estão 
 próximos a sua temperatura de fusão 
e sofrem a ação de forças. 
 
Creep estático 
Creep dinâmico 
Creep 
Amálgama convencional – baixo teor de cobre 
Valamento marginal 
Estética 
 Estética 
Cor 
Propriedade física baseada 
nas leis da ótica 
Luz 
Radiação eletromagnética visível 
ao olho humano 
(400 a 700 nm) 
Comprimento de onda 
determina a cor 
Luz 
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As três dimensões da 
cor: 
Matiz 
Luminosidade 
Saturação 
Matiz 
Comprimento de onda dominante na distribuição espectral 
Luminosidade 
Brilho 
Claridade 
Luminosidade (valor) 
Brilho 
Claridade 
Luminosidade 
Brilho 
Claridade 
http://www.flickr.com/photos/sandra_moraes/19299776/
Saturação (croma) 
Grau de intensidade da cor 
Pureza da cor 
Vermelho + branco = róseo 
Vermelho + preto = marrom 
http://www.flickr.com/photos/sandra_moraes/19299776/
Percepção da cor 
Depende: 
 
 Do objeto 
 Do observador 
 Do iluminante 
 
http://www.flickr.com/photos/sandra_moraes/19502753/
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Metamerismo 
O objeto apresenta diferentes cores 
sob diferentes iluminantes 
Qual o iluminante ideal? 
É aquele que apresenta a mais 
completa distribuição espectral 
Qual o iluminante ideal? 
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Escolha da cor em 
odontologia 
Escala de cores 
Fluorescência 
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ESCALA DE CORES 
Cuidados na escolha da cor 
Cuidados na escolha da cor 
Utilizar, se possível, 2 fontes de luz (luz 
solar e luz artificial apropriada); 
Evitar maquiagem (batom etc); 
 
Cuidados na escolha da cor 
Evitar roupas estampadas; 
Evitar luz do dia no início da manhã e 
no final da tarde; 
 
Cuidados na escolha da cor 
Apagar a luz do refletor; 
 
 
Consultar outras pessoas (paciente, 
protético, colegas) 
 
Propriedades térmicas 
Baseadas nas leis da termodinâmica: 
 
 Condutividade térmica 
Coeficiente de expansão térmica 
linear 
 
Condutividade térmica 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Tooth_section_international.png
 
Coeficiente de expansão 
térmica linear 
 
Ideal: CETL do dente = CETL da restauração 
Propriedades elétricas 
Baseadas nas leis da eletricidade 
 
 
Circuito elétrico causado pela existência 
de metais diferentes em contato, na 
cavidade oral. 
 
Conseqüências: corrosão eletroquímica e choque 
Galvanismo 
Possível caminho de uma 
corrente galvânica na boca 
Propriedades biológicas 
Biocompatibilidade 
 
Requisito de qualquer biomaterial 
 
Depende: 
Das condições do hospedeiro 
Das propriedades do material 
Do contexto em que o material é usado 
Reações biológicas aos 
materiais 
 
 
Toxicidade 
Inflamação 
Alergia 
Mutagenicidade 
 
Tipos de testes 
 
 
In vitro 
Em animais 
De aplicação (homens ou 
animais) 
 
In vitro 
 
 
Fora do organismo 
Tubos de ensaio 
Culturas de células 
 
Diretos 
Indiretos (barreiras) 
In vitro 
 
 
Rápidos 
Baratos 
Fácil padronização 
 
Podem não ser relevantes para o uso in vivo 
Em animais 
 
 
Sensibilização 
Toxicidade sistêmica 
Carcinogenicidade 
Mutagenicidade 
 
 
Expõe o animal sem considerar o uso final do material 
Em animais 
 
 
Capaz de permitir que um sistema 
biológico intacto responda ao material 
 
 
Caros 
Difíceis de controlar 
Longa duração 
Dúvidas qto. à representatividade do animal 
Testes de aplicação 
 
 
Em animais ou humanos; 
Teste em situação similar ao uso do 
material na prática clínica 
 
 
Complexos; 
Difícil controle e interpretação; 
Muito caros; 
Longa duração; 
Responsabilidades legais 
Como selecionar o material 
adequado? 
Propriedades estéticas? 
Propriedades mecânicas? Propriedades biológicas?