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Asma: Sintomas e Diagnóstico

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Asma
A asma é uma doença crônica e heterogênea provocada por inflamação das vias aéreas. É caracterizada pela existência de sintomas respiratórios, tais como: sibilância, falta de ar, aperto no peito e tosse, que variam ao longo do tempo e de intensidade, associados a uma limitação do fluxo aéreo expiratório variável (medido através de um exame que se chama espirometria). 
A asma, também denominada de asma brônquica ou bronquite asmática, é das doenças respiratórias crónicas mais comuns em todo o mundo e com maior aumento de incidência nos últimos trinta anos. Estima-se que uma em cada vinte pessoas sofra de asma.
A asma é provocada por uma complexa relação entre fatores genéticos e ambientais, tais como: infeções víricas, alérgenos e agentes ocupacionais que influenciam não só o seu aparecimento como a sua progressão.
As causas ou “gatilhos” que desencadeiam frequentemente as crises são as seguintes:
· Infeções víricas (constipações);
· Exercício físico;
· Exposição a alérgenos;
· Mudanças no clima;
· Risos;
· Substâncias irritantes (fumo, poluição ou cheiros fortes).
Asma alérgica
A asma alérgica ou asma atópica é o fenótipo de asma mais facilmente reconhecido, que muitas vezes começa na infância – (asma infantil), e está associada a história do passado e/ou familiar de doença atópica, tal como o eczema, rinite alérgica ou alergia a alimentos ou medicamentos.
O exame da expectoração induzida desses doentes, antes do tratamento, muitas vezes, revela inflamação eosinofílica das vias aéreas. Os doentes com este tipo da asma geralmente respondem bem ao tratamento com corticosteróides inalados (popularmente denominados de “bomba para asma”).
Este tipo de asma também foi denominada de asma extrínseca. A divisão entre asma intrínseca e asma extrínseca foi efectuada pela primeira vez em 1947 por Rakeman, no entanto, atualmente são termos que caíram em desuso.
Asma não alérgica
Alguns adultos têm asma que não está associada com a alergia. O perfil celular da expectoração desses doentes pode ser neutrofílica, eosinofílica ou conter apenas algumas células inflamatórias. Os doentes com asma não alérgica, muitas vezes, não respondem tão bem ao tratamento com corticosteróide inalado. Este tipo de asma é também denominada asma intrínseca.
Asma de inicio tardio (adulto)
Alguns adultos, especialmente mulheres, apresentam-se com asma, pela primeira vez na idade adulta. Na maioria dos casos, tende a ser não-alérgica, e muitas vezes necessitam de doses mais elevadas de corticoides ou são relativamente refratários a este tratamento.
Asma com obstrução fixa
Alguns doentes com asma de longa data desenvolvem limitação fixa do fluxo aéreo, devida à inflamação persistente e consequente “cicatrização” da parede das vias respiratórias.
Existem sinais e sintomas respiratórios típicos de asma e quando presentes, aumentam a probabilidade de estarmos na presença de um doente asmático:
· Mais de um sintoma (sibilos, falta de ar, tosse, aperto no peito), especialmente em adultos. Os sibilos são popularmente denominados de “pieira”, “chiadeira”, “gatos”, “farfalheira”, entre outros;
· Os sintomas, muitas vezes, pioram à noite ou no início da manhã; daí ser muitas vezes denominada por asma nocturna;
· Os sintomas variam ao longo do tempo e de intensidade;
· Os sintomas são desencadeados por infeções víricas (constipações), exercício físico, exposição a alérgenos, mudanças no clima, risos e substâncias irritantes (fumo, poluição ou cheiros fortes).
Todavia, as características que a seguir apresentamos reduzem a probabilidade de que se tratem de sintomas respiratórios associados à asma:
· Tosse isolada, sem outros sintomas respiratórios;
· Produção crônica de expectoração - a tosse asmática é caracteristicamente seca;
· Falta de ar associada a tonturas, sensação de desmaio ou formigueiro nas mãos e nos pés (parestesia). Esta situação associa-se mais a asma emocional ou crise histérica;
· Dor no peito;
· Dispneia induzida pelo exercício com a inspiração ruidosa (diferente da asma induzida pelo exercício físico).
O diagnóstico da asma é baseado na identificação da associação de um padrão característico de sintomas respiratórios como pieira, falta de ar (dispneia), aperto torácico e tosse, com a documentação de uma limitação do fluxo aéreo expiratório variável (através de um exame de espirometria).
Se possível, a espirometria de apoio diagnóstico de asma deve ser efetuada quando surgem os sintomas iniciais, pois os sintomas de asma, de uma forma geral podem melhorar espontaneamente ou com tratamento. Torna-se mais difícil confirmar o diagnóstico de asma quando o doente já iniciou o tratamento. 
A asma em idosos é de mais difícil diagnóstico devido à má percepção da limitação do fluxo aéreo. Além disso, existe uma aceitação da dispneia como sendo “normal” na velhice, associada à redução da atividade física. A presença de outras doenças também complica o diagnóstico, ou seja, os sintomas de pieira, falta de ar e tosse que pioram no exercício ou à noite, podem ser causados por doença cardiovascular ou insuficiência ventricular esquerda, que são comuns nesta faixa etária – denominada asma cardíaca. Neste grupo etário, uma história clínica cuidadosa e um bom exame objetivo, complementado com um Raio x (RX) de Tórax e um electrocardiograma (ECG), irão auxiliar o médico no diagnóstico. Nesta faixa etária, a asma é muitas vezes confundida com a Doença Pulmonar Obstrutiva crónica (DPOC).
As exacerbações de asma são uma causa frequente de emergência médica. Estes “ataques” ou “crises” de asma são caracterizados por alguns sintomas como um aumento progressivo de dispneia (“falta de ar”), tosse e pieira. Habitualmente, este 
agravamento decorre durante horas ou dias, mas por vezes é rápido e requer tratamento imediato. As infeções respiratór
ias, especialmente virais e o contacto com alergénios são as causas que habitualmente precipitam estas crises.
O tratamento de um “ataque ou crise de asma” tem por base a correção da causa subjacente (eventualmente antibiótico no caso de infeção). Não devendo ser prescritos, por rotina, broncodilatadores (?2 agonistas) e a redução da inflamação brônquica (corticosteroides). O tipo de tratamento e a forma de o administrar vai depender da gravidade da exacerbação (endovenoso, comprimidos, Xarope...). Apenas em situações muito graves deve ser utilizada a forma de aerossol por nebulizadores.
Perante uma “crise de asma” o doente deve fazer o estipulado no plano de ação escrito efectuado pelo seu médico pneumologista. Neste plano, deve constar o número de inalações de SOS e os sinais de alarme para telefonar ou recorrer à consulta urgente.

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