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Prévia do material em texto

CABO FRIO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CABO FRIO 
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Agente Administrativo
EDITAL Nº 03/2020
SL-040OT-20
CÓD: 7891122036441
DICA
Como passar em um concurso público?
Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro 
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa 
encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução 
preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
Então mãos à obra!
• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter 
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você 
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma 
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, 
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não 
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É 
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha 
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto 
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque 
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses 
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais 
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma 
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é 
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
Se prepare para o concurso público
O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se 
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre 
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do 
certame.
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua 
rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até 
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior 
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras 
disciplinas.
Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante 
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você, 
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante 
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso 
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
DICA
Motivação
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo 
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência. 
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação:
• Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir 
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes 
com seu sucesso.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação 
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances 
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br 
Vamos juntos!
ÍNDICE
Língua Portuguesa 
1. Organização Textual: Interpretação Dos Sentidos Construídos Nos Textos Verbais E Não Verbais; Características De Textos Descritivos, 
Narrativos E Dissertativos; Elementos De Coesão E Coerência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Aspectos Semânticos E Estilísticos: Sentido E Emprego Dos Vocábulos; Tempos E Modos Do Verbo; Uso Dos Pronomes; Metáfora, 
Antítese, Ironia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. Aspectos Morfológicos: Reconhecimento, Emprego E Sentido Das Classes Gramaticais Em Textos; Elementos De Composição Das Pa-
lavras; Mecanismos De Flexão Dos Nomes E Dos Verbos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
4. Processos De Constituição Dos Enunciados: Coordenação, Subordinação; Concordância Verbal E Nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5. 5. Sistema Gráfico: Ortografia; Regras De Acentuação; Uso Dos Sinais De Pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Informática 
1. Ms Windows 7/8/8.1/10 Br:Conceitos, Características, Ícones, Atalhos De Teclado, Uso Dos Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Msoffice 2016/2019 Br (Word, Excel, Powerpoint) X Libreoffice Versão 6.3 Ou Superior (Writer, Calc, Impress) - Conceitos, Características, 
Ícones, Atalhos De Teclado, Uso Do Software E Emprego Dos Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3. Redes De Computadores, Internet E Web. Conceitos, Características, Meios De Transmissão, Topologias, Padrões, Cabos Utp X Stp, 
Conectores, Sites De Pesquisa, Browsers, Correio Eletrônico, Webmail, Redes Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4. Segurança: Conceitos, Características, Proteção De Equipamentos, De Sistemas, Em Redes E Na Internet. Firewall. Vírus. 
Backup . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
História do Município de Cabo Frio 
1. Origem da região de Cabo Frio. Primeiras ocupações e inicio do povoamento. Evolução histórica e administrativa. Habitantes, confli-
tos, edificações, atividades econômicas. O declínio no final do século XIX, e a retomada da economia no século XX, com o surgimento 
de novos segmentos de atividades. A emancipação de distritos e a afirmação do turismo na segunda metade dos anos 1900. . . . 01
2. Situação atual: Aspectos físicos e geográficos do Município: clima, relevo, população, localização (região e microrregião), área, lim-
ites municipais, distritos, características urbanas, atividades econômicas predominantes. Patrimônio natural, cultural, histórico e ar-
quitetônico. Atrações turísticas, culturais e de lazer, datas comemorativas e destaques do Município. Personalidades históricas e 
contemporâneas. Posição do Município na divisão regional turística do Estado e sua classificação no Mapa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
3. Aspectos e indicadores sociais, econômicos e financeiros.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4. Serviços municipais. Organização e estrutura administrativa organizacional básica da Prefeitura Municipal: Órgãos de administração 
direta e indireta. Posição no contexto regional e relacionamento com os municípios vizinhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Conhecimentos Específicos
Agente Administrativo
1. Conhecimentos Sobre Administração E Organização. 1.1. Funções De Planejamento, Organização, Direção E Controle: Conceitos, 
Características, E Forma De Desenvolvimento Nos Níveis Estratégico, Tático E Operacional. 1.2. Ambiente Nas Organizações: Mudança, 
Inovação E Cultura Organizacional; Motivação E Liderança. 1.3. Estruturas Organizacionais: Tipos, Natureza, Finalidades; Critérios 
De Departamentalização, Tipos De Atividades Segundo Os Órgãos Da Estrutura; Níveis Hierárquicos; Diferenciação Horizontal E 
Vertical 1.4. Planejamento: Tipos De Planos, Etapas, E Estruturação. 1.5. Controle: Características E Fases. Tipos De Controle: Técnicas 
Qualitativas E Quantitativas. Controle Preventivo, Simultâneo E Posterior. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Aspectos Gerais Da Administração Municipal De Cabo Frio, Segundo A Legislação De Organização Administrativa Em Vigor: 
Princípios, Tipos De Órgãos, Vinculações, Funções Principais. Cargos E Funções De Confiança. Entidades De Administração 
Indireta Do Município. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3. Atos Administrativos: Conceito, Elementos, Classificação E Espécies, Conteúdos E Utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
4. Gestão De Documentos: 4.1. Funções Arquivísticas (Identificação, Classificação E Avaliação); Tipos De Arquivos E Ciclo Vital Dos 
Documentos. Instrumentos Técnicos De Gestão: Plano De Classificação De Documentos E Tabela De Temporalidade: Conceito E 
Objetivos; Instrumentos E Procedimentos De Eliminação, Transferência E Recolhimento De Documentos E Respectivos Procedimentos. 
4.2. Controle De Acesso E Grau De Sigilo De Documentos, Conforme Sua Classificação; Prazos De Restrição De Acesso E Sua Vigência; 
Competências E Critérios Para A Determinação Do Grau De Sigilo. 4.3. Processos E Procedimentos Processuais E Legais De Atos 
Administrativos. Conhecimentos Básicos Sobre Protocolo E Suas Funções; Formação E Andamento De Processos; Autuação, Instrução, 
Tramitação; Abertura E Encerramento De Volumes, Anexação, Juntada Por Anexação E Apensação, Desapensação, Desentranhamento, 
Desmembramento, Acautelamento, Encerramento, Reabertura, Extinção E Reativação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
ÍNDICE
5. 5. Gestão Patrimonial De Bens Móveis: Formas De Incorporação E Alienação E Seus Fatos Geradores; Movimentação; Modalidades De 
Controle Físico; Avaliação E Reavaliação; Depreciação; Inventários E Auditoria; Conceitos Sobre Recebimento, Identificação, Carga E 
Tombamento, Termo De Responsabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
6. 6. Conhecimentos Sobre Licitações: Princípios, Modalidades E Suas Peculiaridades. Comissão De Licitação: Finalidades, Composição, 
Funções E Responsabilidades. Fases Do Processo Licitatório. Contratos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
7. 7. Conhecimentos Sobre Orçamento Público: Princípios, Ciclo Orçamentário, Etapas, Processo Orçamentário. Leis Do Plano Plurianual, 
Diretrizes Orçamentárias, Orçamento Anual. Conceitos Sobre Programas, Ações, Atividades, Projetos, Operações Especiais. Receita E 
Despesa Classificação E Tipos. Recursos Orçamentários E Extra Orçamentários. Execução Orçamentária. Crédito Suplementar, Especial, 
Extraordinário, Reserva De Contingência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
LÍNGUA PORTUGUESA
1. 1. Organização Textual: Interpretação Dos Sentidos Construídos Nos Textos Verbais E Não Verbais; Características De Textos Descriti-
vos, Narrativos E Dissertativos; Elementos De Coesão E Coerência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. 2. Aspectos Semânticos E Estilísticos: Sentido E Emprego Dos Vocábulos; Tempos E Modos Do Verbo; Uso Dos Pronomes; Metáfora, 
Antítese, Ironia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. 3. Aspectos Morfológicos: Reconhecimento, Emprego E Sentido Das Classes Gramaticais Em Textos; Elementos De Composição Das 
Palavras; Mecanismos De Flexão Dos Nomes E Dos Verbos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
4. 4. Processos De Constituição Dos Enunciados: Coordenação, Subordinação; Concordância Verbal E Nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5. 5. Sistema Gráfico: Ortografia; Regras De Acentuação; Uso Dos Sinais De Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
LÍNGUA PORTUGUESA
1
1. ORGANIZAÇÃO TEXTUAL: INTERPRETAÇÃO DOS 
SENTIDOS CONSTRUÍDOS NOS TEXTOS VERBAIS E 
NÃO VERBAIS; CARACTERÍSTICAS DE TEXTOS DESCRI-
TIVOS, NARRATIVOS E DISSERTATIVOS; ELEMENTOS 
DE COESÃO E COERÊNCIA. 
Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje-
tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é 
importantesaber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o 
texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido 
completo. 
A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e 
de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci-
ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua 
interpretação.
A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do 
conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que 
está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta-
ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper-
tório do leitor.
Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, 
é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi-
suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido 
de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar 
expressões, gestos e cores quando se trata de imagens. 
Dicas práticas
1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con-
ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa-
rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, 
adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações.
2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca 
por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe-
cidas.
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon-
te de referências e datas.
4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de 
opiniões.
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques-
tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin-
tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de 
acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do 
texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto 
que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor 
quando afirma que...
Tipologia Textual
A partir da estrutura linguística, da função social e da finali-
dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele 
pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas 
classificações.
Tipos textuais
A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali-
dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se 
apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão 
específico para se fazer a enunciação. 
Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas característi-
cas:
TEXTO NARRATIVO
Apresenta um enredo, com ações 
e relações entre personagens, que 
ocorre em determinados espaço e 
tempo. É contado por um narrador, 
e se estrutura da seguinte maneira: 
apresentação > desenvolvimento > 
clímax > desfecho 
TEXTO DISSERTATIVO-
ARGUMENTATIVO
Tem o objetivo de defender 
determinado ponto de vista, 
persuadindo o leitor a partir do 
uso de argumentos sólidos. Sua 
estrutura comum é: introdução > 
desenvolvimento > conclusão. 
TEXTO EXPOSITIVO
Procura expor ideias, sem a 
necessidade de defender algum 
ponto de vista. Para isso, usa-
se comparações, informações, 
definições, conceitualizações 
etc. A estrutura segue a do texto 
dissertativo-argumentativo.
TEXTO DESCRITIVO
Expõe acontecimentos, lugares, 
pessoas, de modo que sua finalidade 
é descrever, ou seja, caracterizar algo 
ou alguém. Com isso, é um texto rico 
em adjetivos e em verbos de ligação.
TEXTO INJUNTIVO
Oferece instruções, com o objetivo 
de orientar o leitor. Sua maior 
característica são os verbos no modo 
imperativo.
Gêneros textuais
A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe-
cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir 
da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo 
não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual, 
podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o 
padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as-
sim como a própria língua e a comunicação, no geral.
Alguns exemplos de gêneros textuais:
• Artigo
• Bilhete
• Bula
• Carta
• Conto
• Crônica
• E-mail
• Lista
• Manual
• Notícia
• Poema
• Propaganda
• Receita culinária
• Resenha
• Seminário
Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em 
determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex-
to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária, 
por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali-
dade e à função social de cada texto analisado. 
LÍNGUA PORTUGUESA
2
LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL
Chamamos de Linguagem a habilidade de expressar nossas 
ideias, sentimentos e opiniões. Trata-se de um fenômeno comu-
nicativo. Usamos vários tipos de linguagens para comunicação: si-
nais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais. A 
linguagem pode ser:
Verbal: usa as palavras para se comunicar.
Não verbal: usa outros meios de comunicação, que não sejam 
as palavras. Por exemplo: linguagem de sinais, placas e sinais de 
trânsito, linguagem corporal, figura, expressão facial, etc.
Linguagem verbal Linguagem não verbal
bilhetes;
cartas;
decretos;
diálogo
e-mails;
entrevistas;
filmes;
jornais
literatura;
livros;
ofícos;
poesias;
prosas;
reportagens;
sites;
telefonemas;
...
apítos;
bandeiras;
cores;
desenhos;
expressões faciais;
figuras;
gestos;
imagens;
logotipos;
luzes;
pinturas;
placas;
posturas corporais;
semáforos;
sinais de trânsito;
sinais
sirenes;
...
Existe também a Linguagem mista, que é o uso simultâneo 
dos dois tipos de linguagem para estabelecer a comunicação. Ela 
ocorre quando por exemplo dizemos que sim e ao mesmo tempo 
balançamos a cabeça. Está também presente em histórias em quad-
rinhos, em charges, em vídeo, etc.
A Língua é um instrumento de comunicação, que possui um 
caráter social: pertence a um conjunto de pessoas, que podem agir 
sobre ela. Cada pessoa pode optar por uma determinada forma de 
expressão. Porém, não se pode criar uma língua específica e querer 
que outros falantes entendam. 
Língua é diferente de escrita. A escrita é um estágio posterior 
de uma língua. A língua falada é mais espontânea, acompanhada 
pelo tom de voz e algumas vezes por mímicas. A língua escrita é um 
sistema mais rígido, não conta com o jogo fisionômico, mímicas e o 
tom de voz. No Brasil, todos falam a língua portuguesa, mas existem 
usos diferentes da língua por diversos fatores. Dentre eles: Fatores 
Regionais, Fatores Culturais, Fatores Contextuais, Fatores Profissio-
nais e Fatores Naturais.
A Fala é o uso oral da língua. Trata-se de um ato individual, 
onde cada um escolhe a forma que melhor se expressa. Assim, há 
vários níveis da fala. Devido ao caráter individual da fala, pode-se 
observar dois níveis:
- Coloquial-Popular: nível da fala mais espontâneo, onde não 
nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as 
regras formais.
- Formal-Culto: normalmente utilizado pelas pessoas em situ-
ações formais. É necessário um cuidado maior com o vocabulário e 
seguir as regras gramaticais da língua.
Vejamos agora alguns exemplos de textos não verbais:
 
 
Linguagem intencional: Toda vez que nos depararmos com um 
texto despretensioso ou seja sem nenhum objetivo podemos julgar 
que há algum tipo de pretensão. Para cada tipo de intenção existe 
uma forma distinta de linguagem. Por isso, uma declaração de amor 
é feita de jeito e uma entrevista de emprego de outra. 
Não é difícil distinguir os tipos de linguagens, pois falada ou 
escrita, só pode ser verbal. Sempre que a comunicação precisar de 
uma estrutura gramatical adequada para ser entendida, ela será 
uma linguagem verbal.
COESÃO E COERÊNCIA
A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpre-
tação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os 
componentes do texto, de modo que são independentes entre si. 
Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente, 
e vice-versa. 
Enquanto a coesão tem foco nas questões gramaticais, ou seja, 
ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência dizrespeito 
ao conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias. 
Coesão
A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de co-
nectivos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obtida 
a partir da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (anteci-
pa um componente).
Confira, então, as principais regras que garantem a coesão tex-
tual:
LÍNGUA PORTUGUESA
3
REGRA CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS
REFERÊNCIA
Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos) – 
anafórica
Demonstrativa (uso de pronomes demonstrativos e 
advérbios) – catafórica
Comparativa (uso de comparações por semelhanças)
João e Maria são crianças. Eles são irmãos.
Fiz todas as tarefas, exceto esta: colonização 
africana.
Mais um ano igual aos outros...
SUBSTITUIÇÃO Substituição de um termo por outro, para evitar repetição
Maria está triste. A menina está cansada de ficar 
em casa.
ELIPSE Omissão de um termo No quarto, apenas quatro ou cinco convidados. (omissão do verbo “haver”)
CONJUNÇÃO Conexão entre duas orações, estabelecendo relação entre elas
Eu queria ir ao cinema, mas estamos de 
quarentena.
COESÃO LEXICAL
Utilização de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos 
ou palavras que possuem sentido aproximado e 
pertencente a um mesmo grupo lexical.
A minha casa é clara. Os quartos, a sala e a 
cozinha têm janelas grandes.
Coerência
Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sentido, e seguem uma linha clara de raciocínio. 
Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garantir a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:
• Princípio da não contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto. 
• Princípio da não tautologia: a ideia não deve estar redundante, ainda que seja expressa com palavras diferentes.
• Princípio da relevância: as ideias devem se relacionar entre si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumentação.
• Princípio da continuidade temática: é preciso que o assunto tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.
• Princípio da progressão semântica: inserir informações novas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à progressão 
de ideias.
Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomendáveis para garantir a coerência textual, como amplo conhecimento 
de mundo, isto é, a bagagem de informações que adquirimos ao longo da vida; inferências acerca do conhecimento de mundo do leitor; e 
informatividade, ou seja, conhecimentos ricos, interessantes e pouco previsíveis.
2. ASPECTOS SEMÂNTICOS E ESTILÍSTICOS: SENTIDO E EMPREGO DOS VOCÁBULOS;
TEMPOS E MODOS DO VERBO; USO DOS PRONOMES; METÁFORA, ANTÍTESE, IRONIA. 
A fonética e a fonologia é parte da gramática descritiva, que estuda os aspectos fônicos, físicos e fisiológicos da língua.
Fonética é o nome dado ao estudo dos aspectos acústicos e fisiológicos dos sons efetivos. Com isso, busca entender a produção, a 
articulação e a variedade de sons reais.
Fonologia é o estudo dos sons de uma língua, denominados fonemas. A definição de fonema é: unidade acústica que não é dotada de 
significado, e ele é classificado em vogais, semivogais e consoantes. Sua representação escrita é feita entre barras (/ /).
É importante saber diferencias letra e fonema, uma vez que são distintas realidades linguísticas. A letra é a representação gráfica dos 
sons de uma língua, enquanto o fonema são os sons que diferenciam os vocábulos (fala). 
Vale lembrar que nem sempre há correspondência direta e exclusiva entre a letra e seu fonema, de modo que um símbolo fonético 
pode ser repetido em mais de uma letra.
É muito importante saber a diferença entre os fonemas e as letras. Fonema é um elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que 
representa o fonema. Nem sempre o número de fonemas de uma palavra corresponde ao número de letras que usamos para escrevê-la. 
Exemplos:
coçar = 5 letras
/k/ /o/ /s/ /a/ /r/ = 5 fonemas
máximo = 6 letras
/m/ /á/ /s/ /i/ /m/ /o/ = 6 fonemas
acesso = 6 letras
/a/ /c/ /e/ /s/ /o/ = 5 fonemas
chute = 5 letras
/x/ /u/ /t/ /e/ = 4 fonemas
Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes.
Vogais: fonemas que vieram das vibrações das cordas vocais onde a produção a corrente de ar passa livremente na cavidade bucal. 
As vogais podem ser orais e nasais.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Orais: a corrente de ar passa apenas pela cavidade bucal. São: 
a, é, ê, i, ó, ô, u. Exemplos: pé, ali, pó, dor.
Nasais: a corrente de ar passa pela cavidade bucal e nasal. A 
nasalidade pode ser indicada pelo til (~) ou pelas letras n e m. Exem-
plos: mãe, lindo, pomba.
As vogais podem também ser tônicas ou átonas, dependendo 
da intensidade com que são pronunciadas. A vogal tônica é pronun-
ciada com mais intensidade: café, jogo. A vogal átona é pronunciada 
com menor intensidade: café, jogo.
Semivogais: temos as letras “e”, “i”, “o”, “u”, representadas 
pelos fonemas /e/, /y/, /o/, /w/, quando formam sílaba com uma 
vogal. Exemplo: “memória” a sílaba “ria” apresenta a vogal “a” e a 
semivogal “i”.
Quadro de Vogais e Semivogais
Consoantes: fonemas onde a corrente de ar, emitida para sua pro-
dução, tem que forçar passagem na boca. Estes fonemas só podem ser 
produzidos com a ajuda de uma vogal. Exemplos: mato, cena.
Encontros Vocálicos
Ditongos: encontro de uma vogal e uma semivogal na mesma 
sílaba. Exemplos: cai (vogal + semivogal = ditongo decrescente – a 
vogal vem antes da semivogal); armário (semivogal + vogal = diton-
go crescente – a vogal vem depois da semivogal).
Tritongos: encontro de semivogal + vogal + semivogal na mes-
ma sílaba. Exemplo: Paraguai.
Hiatos: sequência de duas vogais na mesma palavra, mas que 
são de sílabas diferentes, pois nunca haverá mais que uma vogal na 
sílaba. Exemplos: co-e-lho, sa-í-da, pa-ís.
Encontro Consonantal
Acontece quando há um grupo de consoantes sem vogal inter-
mediária. Exemplos: pedra, planície, psicanálise, ritmo.
Dígrafos
Dígrafos são duas letras representadas por um só fonema. São 
dígrafos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc ; incluem-se também am, an, em, 
en, im, in, om, on, um, un (que representam vogais nasais), gu e qu 
antes de ”e” e ‘i” e também ha, he, hi, ho, hu e, em palavras estran-
geiras, th, ph, nn, dd, ck, oo etc. 
Os dígrafos podem ser:
- Consonantais: Encontro de duas letras que representam um 
fonema consonantal. Os principais são: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, 
gu e qu.
Exemplos: chave, chefe, olho, ilha, unha, dinheiro, arranhar, 
arrumação.
- Vocálicos: Encontro de uma vogal seguida das letras m ou n, 
que resulta num fonema vocálico. Eles são: am, an; em, en; im, in; 
om, on e um, un. Vale lembrar que nessa situação, as letras m e n 
não são consoantes; elas servem para nasalizar as vogais.
Exemplos: amplo, anta, temperatura, semente, empecilho, tinta.
Atenção: nos dígrafos, as duas letras representam um só fone-
ma; nos encontros consonantais, cada letra representa um fonema.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL.
A colocação dos pronomes oblíquos átonos é um fator impor-
tante na harmonia da frase. Ela respeita três tipos de posição que 
os pronomes átonos me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes podem 
ocupar na oração:
Próclise - o pronome é colocado antes do verbo.
Mesóclise - o pronome é colocado no meio do verbo.
Ênclise - o pronome é colocado depois do verbo.
Próclise
- Orações negativas, que contenham palavras como: não, nin-
guém, nunca.
Não o vi ontem.
Nunca o tratei mal.
- Pronomes relativos, indefinidos ou demonstrativos.
Foi ele que o disse a verdade.
Alguns lhes custaram a vida.
Isso me lembra infância.
- Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais, a 
não ser que haja vírgula depois do advérbio, pois assim o advérbio 
deixa de atrair o pronome.
Ontem me fizeram uma proposta.
Agora, esqueça-se.
- Orações exclamativas e orações que exprimam desejo que 
algo aconteça.
Deus nos ajude.
Espero que me dês uma boa notícia.
- Orações com conjunções subordinativas.
Exemplos:
Embora se sentisse melhor,saiu.
Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.
- Verbo no gerúndio regido da preposição em.
Em se tratando de Brasil, tudo pode acontecer.
Em se decidindo pelo vestido, opte pelo mais claro.
- Orações interrogativas.
Quando te disseram tal mentira?
Quem te ligou?
Mesóclise
É possível apenas com verbos do Futuro do Presente ou do Fu-
turo do Pretérito. Se houver palavra atrativa, dá-se preferência ao 
uso da Próclise.
Encontrar-me-ei com minhas raízes.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Encontrar-me-ia com minhas raízes.
Ênclise
Usa-se a Ênclise quando o uso da Próclise e Mesóclise não fo-
rem possíveis. A colocação de pronome depois do verbo é atraída 
pelas seguintes situações:
- Verbo no imperativo afirmativo.
Depois de avaliar, chamem-nos.
Ao iniciar, distribuam-lhes as senhas!
- Verbo no infinitivo impessoal.
Preciso apresentar-te a minha irmã.
O seu pior pesadelo é casar-se.
- Verbo inicia a oração.
Disse-lhe a verdade sobre nosso amor.
Arrepiei-me com tal relato.
- Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois regido pela 
preposição em usa-se a Próclise).
Vivo perguntando-me como pode ser tão falso.
Faço muitos apontamentos, perguntando-lhe o motivo do fin-
gimento.
Com Locução Verbal
Todos os exemplos até agora têm apenas um verbo atraindo o 
pronome. Vejamos como fica a colocação do pronome nas locuções 
verbais (seguindo todas as regras citadas anteriormente).
- Ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal 
nas locuções verbais em que o verbo principal está no infinitivo ou 
no gerúndio.
Devo chamar-te pelo primeiro nome.
Devo-lhe chamar pelo primeiro nome.
- Caso não haja palavra que atraia a Próclise, Ênclise é usada 
depois do verbo auxiliar onde o verbo principal está no particípio.
Foi-lhe dito como deveria impedir isso.
Tinha-lhe feito as malas para que partisse o mais rápido possível.
FIGURAS DE LINGUAGEM
As figuras de linguagem são recursos especiais usados por 
quem fala ou escreve, para dar à expressão mais força, intensidade 
e beleza.
São três tipos:
Figuras de Palavras (tropos);
Figuras de Construção (de sintaxe);
Figuras de Pensamento.
Figuras de Palavra
É a substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego 
figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contigui-
dade), seja por uma associação, uma comparação, uma similarida-
de. São as seguintes as figuras de palavras:
Metáfora: consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão 
em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude 
da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende 
entre elas certas semelhanças. Observe o exemplo:
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Pessoa)
Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta 
estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu 
pensamento.
Comparação: é a comparação entre dois elementos comuns; 
semelhantes. Normalmente se emprega uma conjunção comparati-
va: como, tal qual, assim como.
“Sejamos simples e calmos
Como os regatos e as árvores” 
Fernando Pessoa
Metonímia: consiste em empregar um termo no lugar de ou-
tro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. 
Observe os exemplos abaixo:
 
-autor ou criador pela obra. Exemplo: Gosto de ler Machado de 
Assis. (Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)
-efeito pela causa e vice-versa. Exemplo: Vivo do meu trabalho. 
(o trabalho é causa e está no lugar do efeito ou resultado).
- continente pelo conteúdo. Exemplo: Ela comeu uma caixa de 
bombons. (a palavra caixa, que designa o continente ou aquilo que 
contém, está sendo usada no lugar da palavra bombons).
-abstrato pelo concreto e vice-versa. Exemplos: A gravidez deve 
ser tranquila. (o abstrato gravidez está no lugar do concreto, ou 
seja, mulheres grávidas).
 
- instrumento pela pessoa que o utiliza. Exemplo: Os microfones 
foram atrás dos jogadores. (Os repórteres foram atrás dos jogadores.)
- lugar pelo produto. Exemplo: Fumei um saboroso havana. 
(Fumei um saboroso charuto.).
- símbolo ou sinal pela coisa significada. Exemplo: Não te afas-
tes da cruz. (Não te afastes da religião.).
- a parte pelo todo. Exemplo: Não há teto para os desabrigados. 
(a parte teto está no lugar do todo, “o lar”).
- indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: O homem foi à Lua. 
(Alguns astronautas foram à Lua.).
- singular pelo plural. Exemplo: A mulher foi chamada para ir às 
ruas. (Todas as mulheres foram chamadas, não apenas uma)
- gênero ou a qualidade pela espécie. Exemplo: Os mortais so-
frem nesse mundo. (Os homens sofrem nesse mundo.)
- matéria pelo objeto. Exemplo: Ela não tem um níquel. (a ma-
téria níquel é usada no lugar da coisa fabricada, que é “moeda”).
Atenção: Os últimos 5 exemplos podem receber também o 
nome de Sinédoque.
Perífrase: substituição de um nome por uma expressão para 
facilitar a identificação. Exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de 
Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo.
Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de 
antonomásia.
Exemplos:
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Sinestesia: Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as 
sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplo: 
No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (si-
lêncio = auditivo; negro = visual)
Catacrese: A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um 
termo específico para designar um conceito, toma-se outro “empres-
tado”. Passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido ori-
ginal. Exemplos: “asa da xícara”, “maçã do rosto”, “braço da cadeira” .
Figuras de Construção
Ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao 
significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expres-
sividade que se dá ao sentido. São as mais importantes figuras de 
construção:
Elipse: consiste na omissão de um termo da frase, o qual, no 
entanto, pode ser facilmente identificado. Exemplo: No fim da co-
memoração, sobre as mesas, copos e garrafas vazias. (Omissão do 
verbo haver: No fim da festa comemoração, sobre as mesas, copos 
e garrafas vazias).
Pleonasmo: consiste no emprego de palavras redundantes 
para reforçar uma ideia. Exemplo: Ele vive uma vida feliz.
Deve-se evitar os pleonasmos viciosos, que não têm valor de 
reforço, sendo antes fruto do desconhecimento do sentido das pa-
lavras, como por exemplo, as construções “subir para cima”, “entrar 
para dentro”, etc.
Polissíndeto: repetição enfática do conectivo, geralmente o “e”. 
Exemplo: Felizes, eles riam, e cantavam, e pulavam, e dançavam.
Inversão ou Hipérbato: alterar a ordem normal dos termos ou 
orações com o fim de lhes dar destaque:
 “Justo ela diz que é, mas eu não acho não.” (Carlos Drummond 
de Andrade)
“Por que brigavam no meu interior esses entes de sonho não 
sei.” (Graciliano Ramos)
Observação: o termo deseja realçar é colocado, em geral, no 
início da frase.
Anacoluto: quebra da estrutura sintática da oração. O tipo mais 
comum é aquele em que um termo parece que vai ser o sujeito da 
oração, mas a construção se modifica e ele acaba sem função sintá-
tica. Essa figura é usada geralmente para pôr em relevo a ideia que 
consideramos mais importante, destacando-a do resto. Exemplo: 
O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem.
A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo 
Castelo Branco)
Silepse: concordância de gênero, número ou pessoa é feita 
com ideias ou termos subentendidos na frase e não claramente ex-
pressos. A silepse pode ser:
- de gênero. Exemplo: Vossa Majestade parece desanimado. (o 
adjetivo desanimado concorda não com o pronome de tratamento 
Vossa Majestade, de forma feminina, mas com a pessoa a quem 
esse pronome se refere – pessoa do sexo masculino).
- de número. Exemplo: O pessoal ficou apavorado e saíram cor-
rendo. (o verbo sair concordou com a ideia de plural que a palavra 
pessoal sugere).
- de pessoa. Exemplo: Osbrasileiros amamos futebol. (o sujeito 
os brasileiros levaria o verbo na 3ª pessoa do plural, mas a concor-
dância foi feita com a 1ª pessoa do plural, indicando que a pessoa 
que fala está incluída em os brasileiros).
Onomatopeia: Ocorre quando se tentam reproduzir na forma 
de palavras os sons da realidade.
Exemplos: Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.
Miau, miau. (Som emitido pelo gato)
Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar. 
As onomatopeias, como no exemplo abaixo, podem resultar da 
Aliteração (repetição de fonemas nas palavras de uma frase ou de 
um verso).
“Vozes veladas, veludosas vozes,
volúpias dos violões, vozes veladas,
vagam nos velhos vórtices velozes
dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” 
(Cruz e Sousa)
Repetição: repetir palavras ou orações para enfatizar a afirma-
ção ou sugerir insistência, progressão:
 “E o ronco das águas crescia, crescia, vinha pra dentro da ca-
sona.” (Bernardo Élis)
“O mar foi ficando escuro, escuro, até que a última lâmpada se 
apagou.” (Inácio de Loyola Brandão)
Zeugma: omissão de um ou mais termos anteriormente enun-
ciados. Exemplo: Ele gosta de geografia; eu, de português. (na se-
gunda oração, faltou o verbo “gostar” = Ele gosta de geografia; eu 
gosto de português.).
Assíndeto: quando certas orações ou palavras, que poderiam se li-
gar por um conectivo, vêm apenas justapostas. Exemplo: Vim, vi, venci.
Anáfora: repetição de uma palavra ou de um segmento do 
texto com o objetivo de enfatizar uma ideia. É uma figura de cons-
trução muito usada em poesia. Exemplo: Este amor que tudo nos 
toma, este amor que tudo nos dá, este amor que Deus nos inspira, 
e que um dia nos há de salvar
Paranomásia: palavras com sons semelhantes, mas de signi-
ficados diferentes, vulgarmente chamada de trocadilho. Exemplo: 
Comemos fora todos os dias! A gente até dispensa a despensa.
Neologismo: criação de novas palavras. Exemplo: Estou a fim do 
João. (estou interessado). Vou fazer um bico. (trabalho temporário).
Figuras de Pensamento
Utilizadas para produzir maior expressividade à comunicação, 
as figuras de pensamento trabalham com a combinação de ideias, 
pensamentos.
Antítese: Corresponde à aproximação de palavras contrárias, 
que têm sentidos opostos. Exemplo: O ódio e o amor andam de 
mãos dadas.
Apóstrofe: interrupção do texto para se chamar a atenção de 
alguém ou de coisas personificadas. Sintaticamente, a apóstrofe cor-
responde ao vocativo. Exemplo: Tende piedade, Senhor, de todas as 
mulheres.
Eufemismo: Atenua o sentido das palavras, suavizando as ex-
pressões do discurso Exemplo: Ele foi para o céu. (Neste caso, a ex-
pressão “para a céu”, ameniza o discurso real: ele morreu.)
Gradação: os termos da frase são fruto de hierarquia (ordem 
crescente ou decrescente). Exemplo: As pessoas chegaram à festa, 
sentaram, comeram e dançaram.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Hipérbole: baseada no exagero intencional do locutor, isto é, expressa uma ideia de forma exagerada.
Exemplo: Liguei para ele milhões de vezes essa tarde. (Ligou várias vezes, mas não literalmente 1 milhão de vezes ou mais).
Ironia: é o emprego de palavras que, na frase, têm o sentido oposto ao que querem dizer. É usada geralmente com sentido sarcástico. 
Exemplo: Quem foi o inteligente que usou o computador e apagou o que estava gravado?
Paradoxo: Diferente da antítese, que opõem palavras, o paradoxo corresponde ao uso de ideias contrárias, aparentemente absurdas. 
Exemplo: Esse amor me mata e dá vida. (Neste caso, o mesmo amor traz alegrias (vida) e tristeza (mata) para a pessoa.)
Personificação ou Prosopopéia ou Animismo: atribuição de ações, sentimentos ou qualidades humanas a objetos, seres irracionais 
ou outras coisas inanimadas. Exemplo: O vento suspirou essa manhã. (Nesta frase sabemos que o vento é algo inanimado que não suspira, 
sendo esta uma “qualidade humana”.)
Reticência: suspender o pensamento, deixando-o meio velado. Exemplo:
“De todas, porém, a que me cativou logo foi uma... uma... não sei se digo.” (Machado de Assis)
Retificação: consiste em retificar uma afirmação anterior. Exemplos: O médico, aliás, uma médica muito gentil não sabia qual seria o 
procedimento.
3. ASPECTOS MORFOLÓGICOS: RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS CLASSES GRAMATICAIS EM TEXTOS; 
ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO DAS PALAVRAS; MECANISMOS DE FLEXÃO DOS NOMES E DOS VERBOS. 
CLASSE DE PALAVRAS
Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes 
morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in-
terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.
Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.
CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS
ADJETIVO Expressar características, qualidades ou estado dos seresSofre variação em número, gênero e grau
Menina inteligente...
Roupa azul-marinho...
Brincadeira de criança...
Povo brasileiro...
ADVÉRBIO Indica circunstância em que ocorre o fato verbalNão sofre variação
A ajuda chegou tarde.
A mulher trabalha muito.
Ele dirigia mal.
ARTIGO Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido)Varia em gênero e número
A galinha botou um ovo.
Uma menina deixou a mochila no ônibus.
CONJUNÇÃO Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos)Não sofre variação
Não gosto de refrigerante nem de pizza.
Eu vou para a praia ou para a cachoeira?
INTERJEIÇÃO Exprime reações emotivas e sentimentosNão sofre variação
Ah! Que calor...
Escapei por pouco, ufa!
NUMERAL Atribui quantidade e indica posição em alguma sequênciaVaria em gênero e número
Gostei muito do primeiro dia de aula.
Três é a metade de seis.
PRONOME Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivoVaria em gênero e número
Posso ajudar, senhora?
Ela me ajudou muito com o meu trabalho.
Esta é a casa onde eu moro.
Que dia é hoje?
PREPOSIÇÃO Relaciona dois termos de uma mesma oraçãoNão sofre variação
Espero por você essa noite.
Lucas gosta de tocar violão.
SUBSTANTIVO Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc.Flexionam em gênero, número e grau.
A menina jogou sua boneca no rio.
A matilha tinha muita coragem.
VERBO
Indica ação, estado ou fenômenos da natureza
Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo, 
número, pessoa e voz. 
Verbos não significativos são chamados verbos de ligação
Ana se exercita pela manhã.
Todos parecem meio bobos.
Chove muito em Manaus.
A cidade é muito bonita quando vista do 
alto.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Substantivo
Tipos de substantivos
Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo 
com os conceitos apresentados abaixo:
• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. 
Ex: mulher; gato; cidade...
• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para 
especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte... 
• Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, 
para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mes-
ma espécie. Ex: matilha; enxame; cardume...
• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de 
outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; ca-
chorro; praça...
• Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designan-
do sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede; 
imaginação...
• Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: 
livro; água; noite...
• Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedrei-
ro; livraria; noturno...
• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radi-
cal). Ex: casa; pessoa; cheiro...
• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais 
de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol...
Flexão de gênero
Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um 
dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino. 
O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino 
e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmenteo final da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / 
menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / 
acentuação (Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou pre-
sença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora).
O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma for-
ma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto 
ao gênero a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o 
acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epi-
ceno (refere-se aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e 
comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo).
É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com 
alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, 
trazendo alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fru-
to X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao 
órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é 
o termo popular para um tipo específico de fruto. 
Flexão de número
No português, é possível que o substantivo esteja no singu-
lar, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar 
(Ex: bola; escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores 
quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último repre-
sentado, geralmente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra. 
Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de 
modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do 
contexto, pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis).
Variação de grau
Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado 
substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumenta-
tivo e diminutivo. 
Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza 
ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino 
pequeno). 
Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou di-
minuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho).
Novo Acordo Ortográfico
De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portugue-
sa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de 
pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes 
geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas 
e festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou 
abreviaturas.
Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana, 
meses, estações do ano e em pontos cardeais.
Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula 
é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber, 
disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em pala-
vras de categorização.
Adjetivo
Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-
-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem 
flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e 
o singular (bonito) e o plural (bonitos). 
Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles 
que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua naciona-
lidade (brasileiro; mineiro).
É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjun-
to de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. 
São formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:
• de criança = infantil
• de mãe = maternal
• de cabelo = capilar
Variação de grau
Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfa-
ses), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e su-
perlativo.
• Normal: A Bruna é inteligente.
• Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente 
que o Lucas.
• Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente 
que a Bruna.
• Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto 
a Maria.
• Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inte-
ligente da turma.
• Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos 
inteligente da turma.
• Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.
• Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima.
Adjetivos de relação
São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem so-
frer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, 
isto é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além 
disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufi-
xação de um substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno).
Advérbio
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um ad-
jetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a 
tabela abaixo:
LÍNGUA PORTUGUESA
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CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS
DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes
DE TEMPO ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei-ramente
logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de 
noite
DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto
DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos
DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas
DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum
DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe
Advérbios interrogativos
São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:
• Lugar: onde, aonde, de onde 
• Tempo: quando
• Modo: como
• Causa: por que, por quê 
Grau do advérbio
Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos.
• Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto
• Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que
• Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que
• Superlativo analítico: muito cedo
• Superlativo sintético: cedíssimo
Curiosidades
Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso 
de alguns prefixos (supercedo).
Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) e 
ordem (ultimamente; depois; primeiramente).
Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um sentido 
próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designação (eis); de 
realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou melhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí). 
Pronomes
Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado, 
ele pode ser classificado da seguinte maneira:
• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...).
• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, nossos...)
• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...)
• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questionamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...)
• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...)
• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...)
• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...)
Colocação pronominal
Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la, 
no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo).
Veja, então, quais as principais situações para cada um deles:
• Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demonstrati-
vos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbosno gerúndio antecedidos por “em”.
Nada me faria mais feliz.
• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio não 
acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal.
Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.
• Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração.
Orgulhar-me-ei de meus alunos.
LÍNGUA PORTUGUESA
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DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou orações, nem após ponto-e-vírgula.
Verbos
Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro pos-
suem subdivisões.
Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é 
passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando). 
• Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do pre-
sente, futuro do pretérito.
• Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito imperfeito, futuro.
Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre flexão em 
tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no particípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”.
• Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.
• Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro.
As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem, aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando, fa-
zendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particípio) ou 
advérbio (gerúndio).
Tipos de verbos
Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em:
Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar, vender, abrir...)
• Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas terminações quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...)
• Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser, ir...)
• Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais (falir, banir, colorir, adequar...)
• Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sempre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...)
• Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar, 
acontecer...)
• Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)
• Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se, pen-
tear-se...)
• Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, estar, ter, haver, ir...)
• Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si próprios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)
• De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...)
Vozes verbais
As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes: 
• Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro)
• Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto)
• Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago)
Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva-
lente ao verbo “ser”.
Conjugação de verbos
Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são 
aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem.
• 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...)
• 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...)
• 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...)
Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo:
LÍNGUA PORTUGUESA
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Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar
LÍNGUA PORTUGUESA
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Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor
Preposições
As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre 
essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição 
em determinadas sentenças).
LÍNGUA PORTUGUESA
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Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, 
per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, entre.
Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, du-
rante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.
Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, 
defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc.
Ao conectar os termos das orações, as preposições estabele-
cem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de:
• Causa: Morreu de câncer.
• Distância: Retorno a 3 quilômetros.
• Finalidade: A filha retornou para o enterro.
• Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura.
• Modo: Os rebeldes eram colocados em fila.
• Lugar: O vírus veio de Portugal.
• Companhia: Ela saiu com a amiga.
• Posse: O carro de Maria é novo.
• Meio: Viajou de trem. 
Combinações e contrações
Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras pa-
lavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e 
havendo perda fonética (contração).
• Combinação: ao, aos, aonde
• Contração: de, dum, desta, neste, nisso
Conjunção
As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabe-
lecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante 
de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois 
reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e 
interpretação de textos, além de ser um grande diferencial no mo-
mento de redigir um texto.
Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e 
conjunções subordinativas.
Conjunções coordenativas
As orações coordenadas não apresentam dependência sintáti-
ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma 
função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em 
cinco grupos:
• Aditivas: e, nem, bem como.
• Adversativas: mas, porém, contudo.
• Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer.
• Conclusivas: logo, portanto, assim.
• Explicativas: que, porque, porquanto.
Conjunções subordinativas
As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação 
de dependência entre a oração principal e a oração subordinada. 
Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido) 
se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. 
Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes:
• Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas 
substantivas, definidas pelas palavras que e se.
• Causais: porque, que, como.
• Concessivas: embora, ainda que, se bem que.
• Condicionais: e, caso, desde que.
• Conformativas: conforme, segundo, consoante.
• Comparativas: como, tal como, assim como.
• Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que. 
• Finais: a fim de que, para que. 
• Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que.
• Temporais: quando, enquanto, agora.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Ao estudar a estrutura das palavras, estamos penetrando seu 
íntimo e conhecendo as várias partes que formam um todo acaba-
do e repleto de significado. Uma palavra é formada por unidades 
mínimas que possuem significado, que são chamadas elementos 
mórficos ou morfemas.
A palavra “maquininhas”, por exemplo, possui quatro morfe-
mas: 
maquin inh a s
Base do 
significado
Indica grau 
diminutivo
Indica gênero 
feminino
Indica 
plural
Raiz
Origem das palavras. É onde se concentra a significação das 
palavras. 
Exemplo: Raiz (carr- raiz nominalde carro). 
Os morfemas que constituem as palavras são: radical, desinên-
cia, vogal temática, afixos, vogais e consoantes de ligação.
Radical 
É a forma mínima que indica o sentido básico da palavra. Com 
o radical formamos famílias de palavras.
Exemplos:
Moço – moça – moçada – mocinha – moçoila - remoçar
Desinência
Elementos colocados no final das palavras para indicar aspec-
tos gramaticais. As desinências são de dois tipos:
- nominal: indica o gênero (masculino/feminino) e o número 
(singular/plural) dos substantivos, adjetivos pronomes e numerais.
Exemplo: menino, menina, meninos, meninas.
- verbal: indica a pessoa (1ª, 2ª e 3ª), o número (singular/plu-
ral), o tempo e o modo (indicativo, presente...).
Exemplo: amássemos
 am- (radical)
 -á- (vogal temática)
 - sse- (desinência modo subjuntivo e de tempo perfeito)
 -mos (desinência de primeira pessoa e de número plural)
Vogal temática 
É o que torna possível a ligação entre o radical e a desinência.
Observe o verbo dançar:
Danç: radical
A: vogal temática
R: desinência de infinitivo.
A junção do radical danç- com a desinência –r no português é 
impossível, é a vogal temática “a” que torna possível essa ligação.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Afixos 
São morfemas que se colocam antes ou depois do radical alte-
rando sua significação básica. São divididos em:
- Prefixos: antepostos ao radical.
Exemplo: impossível, desleal.
- Sufixos: pospostos ao radical.
Exemplo: lealdade, felizmente.
Vogais ou consoantes de ligação 
As vogais ou consoantes de ligação podem ocorrer entre um 
morfema e outro por motivos eufônicos, facilitando ou até possibi-
litando a leitura de uma palavra.
Exemplos: paulada, cafeteira, gasômetro.
Formação das Palavras
Há dois processos pelos quais se formam as palavras: Deriva-
ção e Composição. A diferença é que na derivação, partimos sem-
pre de um único radical, enquanto na composição sempre haverá 
mais de um radical.
Derivação: processo pelo qual se obtém uma palavra nova (de-
rivada), a partir de outra já existente, (primitiva). 
Exemplo: Terra (enterrar, terráqueo, aterrar). Observamos que 
“terra” não se forma de nenhuma outra palavra, mas, possibilitam 
a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou pre-
fixo. Sendo assim, terra e palavra primitiva, e as demais, derivadas. 
Tipos de Derivação
- Prefixal ou Prefixação: acréscimo de prefixo à palavra primiti-
va, e tem o significado alterado: rever; infeliz, desamor.
- Sufixal ou Sufixação: acréscimo de sufixo à palavra primitiva, 
pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramati-
cal: amoroso, felizmente, menininho.
A derivação sufixal pode ser:
Nominal: formando substantivos e adjetivos: riso – risonho.
Verbal: formando verbos: atual - atualizar.
Adverbial: formando advérbios de modo: feliz – felizmente.
- Parassintética ou Parassíntese: a palavra derivada resulta do 
acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por 
meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) 
e verbos. A presença de apenas um desses afixos não é suficiente 
para formar uma nova palavra.
Exemplos:
Esfriar, esquentar, amadurecer.
- Derivação Regressiva: uma palavra é formada não por acrés-
cimo, mas por redução: trabalhar – trabalho, castigar – castigo.
- Derivação Imprópria: ocorre quando determinada palavra, 
sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda 
de classe gramatical. Assim:
- Adjetivos passam a substantivos
- Particípios passam a substantivos ou adjetivos
- Infinitivos passam a substantivos
- Substantivos passam a adjetivos
- Adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que ninguém 
escutasse.
- Palavras invariáveis passam a substantivos
- Substantivos próprios tornam-se comuns
Composição: processo que forma palavras compostas, pela 
junção de dois ou mais radicais. São dois tipos:
- Justaposição: ao juntar duas ou mais palavras ou radicais, não 
há alteração fonética: televisão, quinta-feira, girassol, couve-flor. 
- Aglutinação: quando pelo menos uma das palavras que for-
mam o composto apresenta alteração em sua forma: aguardente 
(água + ardente), vinagre (vinho + acre), planalto (plano + alto).
A formação de palavras se dá a partir de processos morfológi-
cos, de modo que as palavras se dividem entre:
• Palavras primitivas: são aquelas que não provêm de outra 
palavra. Ex: flor; pedra
• Palavras derivadas: são originadas a partir de outras pala-
vras. Ex: floricultura; pedrada
• Palavra simples: são aquelas que possuem apenas um radi-
cal (morfema que contém significado básico da palavra). Ex: cabelo; 
azeite
• Palavra composta: são aquelas que possuem dois ou mais 
radicais. Ex: guarda-roupa; couve-flor
Entenda como ocorrem os principais processos de formação de 
palavras:
Derivação
A formação se dá por derivação quando ocorre a partir de uma 
palavra simples ou de um único radical, juntando-se afixos.
• Derivação prefixal: adiciona-se um afixo anteriormente à pa-
lavra ou radical. Ex: antebraço (ante + braço) / infeliz (in + feliz) 
• Derivação sufixal: adiciona-se um afixo ao final da palavra ou 
radical. Ex: friorento (frio + ento) / guloso (gula + oso)
• Derivação parassintética: adiciona-se um afixo antes e outro 
depois da palavra ou radical. Ex: esfriar (es + frio + ar) / desgoverna-
do (des + governar + ado)
• Derivação regressiva (formação deverbal): reduz-se a pala-
vra primitiva. Ex: boteco (botequim) / ataque (verbo “atacar”)
• Derivação imprópria (conversão): ocorre mudança na classe 
gramatical, logo, de sentido, da palavra primitiva. Ex: jantar (verbo 
para substantivo) / Oliveira (substantivo comum para substantivo 
próprio – sobrenomes).
Composição
A formação por composição ocorre quando uma nova palavra 
se origina da junção de duas ou mais palavras simples ou radicais.
• Aglutinação: fusão de duas ou mais palavras simples, de 
modo que ocorre supressão de fonemas, de modo que os elemen-
tos formadores perdem sua identidade ortográfica e fonológica. Ex: 
aguardente (água + ardente) / planalto (plano + alto)
• Justaposição: fusão de duas ou mais palavras simples, man-
tendo a ortografia e a acentuação presente nos elementos forma-
dores. Em sua maioria, aparecem conectadas com hífen. Ex: beija-
-flor / passatempo.
Abreviação
Quando a palavra é reduzida para apenas uma parte de sua 
totalidade, passando a existir como uma palavra autônoma. Ex: foto 
(fotografia) / PUC (Pontifícia Universidade Católica).
Hibridismo
Quando há junção de palavras simples ou radicais advindos de 
línguas distintas. Ex: sociologia (socio – latim + logia – grego) / binó-
culo (bi – grego + oculus – latim).
LÍNGUA PORTUGUESA
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Combinação
Quando ocorre junção de partes de outras palavras simples ou 
radicais. Ex: portunhol (português + espanhol) / aborrecente (abor-
recer + adolescente).
Intensificação
Quando há a criação de uma nova palavra a partir do alarga-
mento do sufixo de uma palavra existente. Normalmente é feita 
adicionando o sufixo -izar. Ex: inicializar (em vez de iniciar) / proto-
colizar (em vez de protocolar).
Neologismo
Quando novas palavras surgem devido à necessidade do falan-
te em contextos específicos, podendo ser temporárias ou perma-
nentes. Existem três tipos principais de neologismos:
• Neologismo semântico: atribui-se novo significado a uma pa-
lavra já existente. Ex: amarelar (desistir) / mico (vergonha)
• Neologismo sintático: ocorre a combinação de elementos já 
existentes no léxico da língua. Ex: dar um bolo (não comparecer ao 
compromisso) / dar a volta por cima (superar). 
• Neologismo lexical: criação de uma nova palavra, que tem 
um novo conceito. Ex: deletar (apagar) / escanear (digitalizar)
Onomatopeia
Quando uma palavra é formada a partir da reprodução aproxi-
madado seu som. Ex: atchim; zum-zum; tique-taque.
FLEXÃO NOMINAL
Flexão de número: Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de 
modo geral, admitem a flexão de número: singular e plural: animal 
– animais. 
- Na maioria das vezes, acrescenta-seS: ponte – pontes; bo-
nito – bonitos.
- Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES: éter – 
éteres; avestruz – avestruzes. O pronome qualquer faz o plural no 
meio: quaisquer
- Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES: ananás 
– ananases. As paroxítonas e as proparoxítonas são invariáveis: o 
pires − os pires, o ônibus − os ônibus
- Palavras terminadas em IL: 
átono: trocam IL por EIS: fóssil – fósseis.
tônico: trocam L por S: funil – funis.
- Palavras terminadas em EL:
átono: plural em EIS: nível – níveis.
tônico: plural em ÉIS: carretel – carretéis.
- Palavras terminadas em X são invariáveis: o clímax − os clí-
max.
- Há palavras cuja sílaba tônica avança: júnior − juniores; cará-
ter – caracteres. A palavra
Caracteres é plural tanto de caractere quanto de caráter.
- Palavras terminadas em ão fazem o plural em ãos, ães e ões. 
Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões.
Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos. Os paroxí-
tonos, como os dois últimos, sempre fazem o plural em ãos.
Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães.
Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, anões/
anãos.
Em ões ou ães: charlatões/charlatães, guardiões/guardiães, ci-
rugiões/cirurgiães.
Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, ermitões/ermi-
tãos/ermitães
- Plural dos diminutivos com a letra z. Coloca-se a palavra no 
plural, corta-se o s e acrescenta-se zinhos (ou zinhas): coraçãozinho 
– corações – coraçõe – coraçõezinhos.
- Plural com metafonia (ô - ó). Algumas palavras, quando vão 
ao plural, abrem o timbre da vogal “o”, outras não. Com metafonia 
singular (ô) plural (ó): coro-coros; corvo-corvos; destroço-destro-
ços. Sem metafonia singular (ô) plural (ô): adorno-adornos; bolso-
-bolsos; transtorno-transtornos.
- Casos especiais: aval, avales e avaiscal − cales e caiscós − co-
ses e cós – fel, feles e féis – mal e males – cônsul e cônsules.
- Os dois elementos variam. Quando os compostos são for-
mados por substantivo mais palavra variável (adjetivo, substantivo, 
numeral, pronome): amor-perfeito − amores-perfeitos; couve-flor 
− couves-flores; segunda-feira − segundas-feiras.
- Só o primeiro elemento varia. Quando há preposição no com-
posto, mesmo que oculta: pé-de-moleque − pés-de-moleque; cava-
lo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor). Quando o segundo subs-
tantivo determina o primeiro (fim ou semelhança): banana-maçã 
− bananas-maçã (semelhante a maçã); navio-escola − navios-escola 
(a finalidade é a escola).
Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos. É uma 
situação polêmica: mangas-espada (preferível) ou mangas-espa-
das. Quando dizemos (e isso vai ocorrer outras vezes) que é uma 
situação polêmica, discutível, convém ter em mente que a questão 
do concurso deve ser resolvida por eliminação, ou seja, analisando 
bem as outras opções.
- Apenas o último elemento varia. Quando os elementos são 
adjetivos: hispano-americano − hispano-americanos. A exceção é 
surdo-mudo, em que os dois adjetivos se flexionam: surdos-mudos. 
Nos compostos em que aparecem os adjetivos grão, grã e bel: grão-
-duque − grão-duques; grã-cruz − grã-cruzes; bel-prazer − bel-praze-
res. Quando o composto é formado por verbo ou qualquer elemen-
to invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais substantivo ou 
adjetivo: arranha-céu − arranha-céus; sempre-viva − sempre-vivas; 
super-homem − super-homens. Quando os elementos são repeti-
dos ou onomatopaicos (representam sons): reco-reco − reco-recos; 
pingue-pongue − pingue-pongues; bem-te-vi − bem-te-vis.
Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma alte-
ração nos elementos, ou seja, não serem iguais. Se forem verbos 
repetidos, admite-se também pôr os dois no plural: pisca-pisca − 
pisca-piscas ou piscas-piscas
- Nenhum elemento varia. Quando há verbo mais palavra 
invariável: O cola-tudo – os cola-tudo. Quando há dois verbos de 
sentido oposto: o perde-ganha – os perde-ganha. Nas frases subs-
tantivas (frases que se transformam em substantivos): O maria-vai-
-com-as-outras − os maria-vai-com-as-outras.
- São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, sem-te-
to e sem-terra: Os sem-terra apreciavam os arco-íris. Admitem mais 
de um plural: pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos; padre-nosso 
− padres-nossos ou padre-nossos; terra-nova − terras-novas ou ter-
ra-novas; salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos; xe-
que-mate − xeques-mates ou xeques-mate; fruta-pão − frutas-pães 
ou frutas-pão; guarda-marinha − guardas-marinhas ou guardas-ma-
rinha. Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras: 
LÍNGUA PORTUGUESA
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o bem-me-quer − os bem-me-queres; o joão-ninguém − os joões-
-ninguém; o lugar-tenente − os lugar-tenentes; o mapa-múndi − os 
mapas-múndi.
Flexão de Gênero: Os substantivos e as palavras que o acompa-
nham na frase admitem a flexão de gênero: masculino e feminino: 
Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário. Minha amiga direto-
ra recebeu a primeira prestação. A flexão de feminino pode ocorrer 
de duas maneiras. 
- Com a troca de o ou e por a: lobo – loba; mestre – mestra.
- Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero, muitas 
vezes com alterações do radical: ateu – atéia; bispo – episcopisa; 
conde – condessa; duque – duquesa; frade – freira; ilhéu – ilhoa; 
judeu – judia; marajá – marani; monje – monja; pigmeu – pigmeia; 
píton – pitonisa; sandeu – sandia; sultão – sultana. 
Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou seja, 
possuem uma única forma para masculino e feminino. Podem ser: 
Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo designar 
os dois sexos: a pessoa, o cônjuge, a testemunha. 
Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, podendo 
então ser masculinos ou femininos: o estudante − a estudante, o 
cientista − a cientista, o patriota − a patriota.
 Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os animais: 
O jacaré, a cobra, o polvo
O feminino de elefante é elefanta , e não elefoa. Aliá é correto, 
mas designa apenas uma espécie de elefanta. Mamão, para alguns 
gramáticos, deve ser considerado epiceno. É algo discutível. 
Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas costumam 
trocar: champanha aguardente, dó, alface, eclipse, calformicida, 
cataplasma, grama (peso), grafite, milhar libido, plasma, soprano, 
musse, suéter, preá, telefonema.
Existem substantivos que admitem os dois gêneros: diabetes 
(ou diabete), laringe, usucapião etc.
Flexão de Grau: 
Grau do substantivo
- Normal ou Positivo: sem nenhuma alteração. 
- Aumentativo: Sintético: chapelão. Analítico: chapéu grande, 
chapéu enorme etc.
- Diminutivo: Sintético: chapeuzinho. Analítico: chapéu peque-
no, chapéu reduzido etc. Um grau é sintético quando formado por 
sufixo; analítico, por meio de outras palavras.
Grau do adjetivo
- Normal ou Positivo: João é forte.
- Comparativo: de superioridade: João é mais forte que André. 
(ou do que); de inferioridade: João é menos forte que André. (ou 
do que); de igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como)
- Superlativo: Absoluto: sintético: João é fortíssimo; analítico: 
João é muito forte (bastante forte, forte demais etc.); Relativo: de 
superioridade: João é o mais forte da turma; de inferioridade: João 
é o menos forte da turma.
O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento do 
adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo ou imo) 
ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, demasiadamente, 
enorme etc. As palavras maior, menor, melhor, e pior constituem 
sempre graus de superioridade: O carro é menor que o ônibus; me-
nor (mais pequeno): comparativo de superioridade. Ele é o pior do 
grupo; pior (mais mau): superlativo relativo de superioridade. 
Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem apresentar 
dúvidas. acre – acérrimo, amargo – amaríssimo; amigo – amicíssi-
mo; antigo – antiquíssimo; cruel – crudelíssimo; doce – dulcíssimo; 
fácil – facílimo; feroz – ferocíssimo; fiel – fidelíssimo; geral – genera-
líssimo; humilde – humílimo; magro

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