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IMUNIZAÇÕES VACINAS – PNI: BCG Hepatite B Pentavalente Pnm-10 MnC VORH VIP VOP Febre amarela Tríplice viral Hepatite A Tetraviral (tríplice + varicela) HPV Composição: AGENTES VIVOS Agentes autorreplicativos Agentes de baixa patogenidade, mas eventualmente podem causar doença Contraindicação: - Imunodeprimidos - Gestantes (risco teórico de infecção fetal) BCG VORH VOP Febre amarela Tríplice viral Tetraviral Obs.: Exceções: Febre amarela, tríplice viral e tetraviral = eventualmente podem ser administradas em pacientes infectados pelo HIV. Antes, deve ser considerada a situação imunológica de cada um. Eventualmente, a vacina contra febre amarela poderá ser administrada em gestantes. AGENTES NÃO VIVOS Não causam doença (o que podemos ter é a apresentação de efeitos adversos) Obs.: vacina contra influenza – agente não vivo Hepatite B Pentavalente Pnm-10 MnC VIP Hepatite A HPV REGRAS PERÍODO DE LATÊNCIA =intervalo de tempo entre a administração da vacina e a produção de anticorpos (nesse período o indivíduo ainda não está protegido) Febre amarela = período de latência de 10 dias NÃO HÁ INTERVALO MÁXIMO(algumas vacinas são administradas em várias doses >> quando somos vacinados pela primeira vez, são formadas céls de memória >> nas administrações subsequentes, o objetivo é a estimulação das céls de memória – que permanecem no organismo por tempo indefinido >> logo, não há necessidade de se reiniciar o esquema vacinal a partir da primeira dose em casos de esquemas incompletos) AS VACINAS PODEM SER ADMINISTRADAS SIMULTANEAMENTE (exceto: febre amarela e tri/ tetraviral>> intervalo de 30 dias entre as vacinas é recomendado) FALSAS CONTRAINDICAÇÕES: Doenças comuns benignas (resfriado, diarreia não grave,.) Desnutrição (ainda que grave) Relato de alergia não grave à dose prévia (contraindicação = anafilaxia prévia) Uso de corticoide em dose baixa (prednisona <2mg/kg/dia) História familiar de eventos adversos CALENDÁRIO VACINAL Ao nascer BCG, hepatite B 2 meses Pentavalente Poliomielite – VIP Pneumocócica – 10 Rotavírus– VORH 3 meses Meningococo sorogrupo C – MnC 4 meses Pentavalente Poliomielite – VIP Pneumocócica – 10 Rotavírus – VORH 5 meses Meningococo sorogrupo C – MnC 6 meses Pentavalente Poliomielite - VIP 9 meses Febre amarela (em áreas recomendadas) 12 meses Tríplice viral Pneumocócica – 10 Meningococo sorogrupo C – MnC 15 meses DTP (difteria, tétano e coqueluche) Poliomielite – VOP Hepatite A Tetraviral 4 anos DTP Poliomielite – VOP Febre amarela (em áreas recomendadas) VOP e Influenza durante as campanhas BCG M. bovis atenuado Proteção contra FORMAS GRAVES (TB miliar e meningite tuberculosa) Administração = via intradérmica (inserção inferior do deltoide direito) a administração de forma errada aumento o risco de eventos adversos Contraindicação/ adiamento: o Peso < 2 kg o Doença de pele disseminada (pode não conter a replicação do M. bovis>> doença disseminada pelo agente) o Contato domiciliar com bacilífero>> nesse caso ele não recebe a BCG, e inicia tratamento com isoniazida RN de mãe com HIV = deve ser vacinado !! Revacinar: ausência de cicatriz seis meses após! Criança <5 anos e que não tenha cicatriz revacinar! HEPATITE B Composição = Ag de superfície (HBsAg) Indivíduo vacinado = anti-HBs (marcador de vacinação) Aplicação: nas primeiras 12h de vida objetivo: reduzir o risco de transmissão vertical(independente da situação da mãe) Mãe sabidamente portadora crônica do vírus da hepatite B Mãe HBsAg(+) RN = vacina e imunoglobulina (ideal: é que sejam feitas simultaneamente; se não for possível, a imunoglobulina pode ser feita até o 7º. Dia de vida) > 5 anos se a criança não foi vacinada: 3 doses (0-1m-6m) = lembrar que não reiniciamos o esquema vacinal CORIZA? TOSSE SECA? PENTAVALENTE (DTP + Hib + hepatite B) DTP (difteria + tétano + coqueluche): tríplice bact. celular o Toxoide diftérico e tetânico o Bacilos mortos da coqueluche Haemophilusinfluenzae tipo B - Hib (proteção contra doença invasiva por hemófilo tipo B) = sacarídeo capsular conjugado Hepatite B Eventos adversos = tipicamente relacionados com a DTP (componente Pertussis): o Febre alta (>39,5º.C) ou choro persistente (por mais de 3 horas)/ incontrolável = não modifica esquema vacina subsequente (continuará recebendo a DTP) o Episódio hipotônico-hiporresponsivo e/ou convulsão = embora seja um evento benigno, essa criança não irá mais receber a DTP, mas sim a DTPa(tríplice bacteriana acelular) - muito menos reatogênica o Encefalopatia: a criança não receberá mais o componente Pertusis, mas continuará o esquema com a dupla tipo infantil (DT) ** Essas vacinas podem ser feita até < 7 anos VIP (Salk) Poliovírus inativado Eventos adversos: reação local VOP (Sabin) Poliovírus atenuados Eventos adversos: poliomielite pelo vírus vacinal Vantagens em relação à VIP: o Indivíduo vacinado excreta o vírus vacinal no meio ambiente o Quando o paciente recebe a vacina inativada caso ele entre em contato com o vírus selvagem, embora não desenvolva a doença, ele continuará a eliminar o vírus selvagem (perpetua o ciclo de transmissão); já com VOP, desenvolve-se uma imunidade de mucosa em que ele não eliminará o vírus selvagem Contraindicações: o Imunodeficientes o Contactantes deimunodeficientes e hospitalizados Revacinar se a criança cuspir, vomitar ou regurgitar(revacinar apenas 1x) VOHR Rotavírus atenuados G1 Objetivo: reduzir incidência de formas graves (das hospitalizações por diarreia por rotavírus) Cuidado: essa vacina só tem sua segurança validade até uma determinada idade bem específica 1ª. dose: só pode ser feita até 3meses e 15 dias 2ª. dose: só pode ser feita até 7meses e 29 dias Contraindicações: o Invaginação intestinal prévia o Malformação intestinal não corrigida NUNCA REAPLICAR (mesmo que a criança cuspa, vomite ou regurgite) PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE Sacarídeos de 10 sorotipos (conjugada) MENINGOCÓCICA C Sacarídeos capsular (conjugada) Crianças não vacinadas 1-4 anos = dose única ANAFILAXIA A OVO – contraindicações: Febre amarela Influenza FEBRE AMARELA Composição: vírus atenuados Eventos adversos: o Doença neurológica o Doença visceral (pode levar ao óbito) Contraindicação: o < 6 meses o Anafilaxia a ovo o Mulheres amamentando crianças < 6 meses o Imunodeprimidos/ gestantes Em casos de surtos: pode-se antecipar a doença (mas nunca antes dos 6 meses) Indivíduo > 5 anos que nunca foram vacinados = a partir dos 5 anos a recomendação é que seja feita uma dose e um reforço 10 anos depois TRÍPLICE VIRAL Composição: vírus atenuados do SARAMPO, RUBÉOLA e CAXUMBA Observações: o Anafilaxia a ovo: não écontraindicação o Intervalo com hemoderivados – intervalo varia de 3 a 6 meses (ao administrar a vacina, ela é administrada por via SC e o vírus será liberado na corrente sanguínea, estabelecendo uma viremia, para que uma resposta imune suscitada, o vírus deve sofrer replicação >> logo, a vacina deve ser adiada se houver uso recente de Ig, sangue ou derivados >>enquanto o indivíduo tiver acs circulantes, estes irão impedir a replicação do vírus vacinal) o Adiar se uso recente de imunoglobulina, sangue ou derivados o Revacinar se IG, sangue ou derivados em até 15 dias após a vacinação HEPATITE A Vírus inteiro inativado Pelo PNI: dose única aos 15 meses ! TETRAVIRAL TRÍPLICE VIRAL + VÍRUS VARICELA ATENUADO Pelo PNI: aos 15 meses após tríplice viral INFECÇÃO URINÁRIA MECANISMO: ASCENDENTE O aparelho urinário (com exceção da porção distal da uretra) é estéril ETIOLOGIA: E. coli Outros gram-negativos (Proteus)* Gram-positivos(S. saprophyticus)** Vírus (adenovírus = cistite hemorrágica) (*) Proteus = tem a capacidade de alcalinizar a urina (produz uma urease que converte ureia e amônia e alcaliniza a urina, favorecendo a formação de cálculos) (**) Quando pensar = adolescentes sexualmente ativas FORMAS CLÍNICAS:CISTITE ; PIELONEFRITE Cistite(bact. ascende pela uretra >> replica-se no interior da bexiga >> inflamação da mucosa vesical >> geralmente é autolimitada; porém, essa bactéria pode refluir para o parênquima renal, levando a um quadro de pielonefrite) Pielonefrite (infecção potencialmente mais grave – pode levar a uma sepse de foco urinário; repetidos episódios de pielonefrite podem levar a uma doença renal crônica) QUADRO CLÍNICO: Manifestações específicas: em pacientes mais velhos ! o Disúria, urgência, polaciúria, incontinência, urina turva e fétida o Retorno da incontinência (criança que já tinha alcançado o controle esfincteriano – principalmente noturno e que volta a apresentar incontinência – investigar infecção como causa de enurese secundária) Manifestações inespecíficas:baixo ganho ponderal, recusa alimentar,.. A FEBRE PODE SER A ÚNICA MANIFESTAÇÃO – a febre é um marcador clínico de pielonefrite! DIAGNÓSTICO: EAS = procurar por marcadores de inflamação e de presença de bactérias o Inflamação: esterase leucocitária, piúria (≥5), nitrito, bacteriúria e gram URINOCULTURA = obrigatória para confirmação! Ao realizar urinocultura = existe possibilidade de contaminação da amostra pelas bactérias presentes na porção distal da uretra/ períneo. Como interpretar o resultado: BACTERIÚRIA SIGNIFICATIVA: Jato médio ≥ 100.000 UFC/ mL Saco coletor Valorizar o resultado se: Resultado (-) ≥100.000 UFC/mL + EAS alterado + sintomatologia (pelo Nelson) Punção suprapúbica Qualquer (maioria dos autores) ≥50.000UFC/mL (Nelson) Cateterismo ≥ 50.000 UFC/mL Deve-se coletar urinocultura antes de iniciar o tratamento, mas não se deve aguardar o resultado do exame para iniciar o tratamento! TRATAMENTO: CISTITE PIELONEFRITE Duração: 3-5 dias Tratamento: ambulatorial Sulfametoxazol- trimetropim Nitrofurantoína Amoxicilina Duração: 7-14 dias Tratamento: hospitalar = ou < 1 mês Sepse Não ingere líquidos, desidratação, vômitos, prostração Hospitalar: Ampicilina + aminoglicosídeo Cefalosporina 3ª. geração (ceftriaxona) Ambulatorial: Cefixima Ceftriaxone Ciprofloxacino O que não pode: nitrofurantoína! (não alcança níveis adequados no parênquima renal) Um % significativo de crianças com pielonefrite apresentam REFLUXO VESICOURETERAL – a forma mais comum é o RVU primário idiopático (alteração congênita que pode estar presente em até 1% da população – essas crianças podem ter refluxos de intensidades variáveis; aqueles que apresentam graus mais leves, têm maior chance de evoluir com cura espontânea). EXAMES DE IMAGEM: USG de rins e vias urinárias:permitem identificar de malformações grosseiras e repercussões de refluxos mais graves Uretrocistografia miccional: quando há refluxo – o contraste ascende pelo ureter chegando até a pelve renal. Confirma a presença do refluxo e permite avaliação do grau do refluxo. Cintilografia renal com DMSA: DMSA liga-se às células tubulares renais – na fase aguda da doença temos o padrão ouro para o diagnóstico de pielonefrite (alteração de captação do DMSA na região do parênquima renal inflamado); após várias semanas do episódio agudo temos ausência de captação em caso de cicatriz renal (parênquima renal substituído por tecido fibroso) QUANDO INVESTIGAR: Nelson: 1º. Episódio de pielonefrite: o USG – se normal = parar investigação o USG alterada= uretrocistografia miccional Após 2º. Episódio de pielonefrite = uretrocistografia miccional ------------------------------------------------------------------------ Sociedade Brasileira de Pediatria <2 anos com ITU confirmada = USG + uretrocist. Miccional A partir dos 2 anos = a princípio somente USG
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