Buscar

Aula 02 Operações Contábeis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

CONTABILIDADE GERAL 
Aula 02. Operações Contábeis 
MÓDULO 1 
 
Reconhecer os tipos de sociedades e os lançamentos primários de constituição e 
início de funcionamento da empresa 
 
O QUE VAMOS APRENDER? 
Para início de conversa, suponha que você tem um negócio e deseja regularizar a sua 
empresa. Você Não tem informações suficientes sobre como e por onde iniciar, e 
começa a se indagar sobre: 
 
Neste módulo, você aprenderá sobre: 
a) os diferentes tipos de empresas; e 
b) os lançamentos associados à constituição da empresa e ao início de sua operação. 
A FIRMA: SOCIEDADES E EMPRESAS INDIVIDUAIS 
Sociedade é o contrato em que duas pessoas ou mais conjugam esforços ou recursos 
para um fim comum. Outra definição seria o contrato em que as pessoas se obrigam a 
contribuir reciprocamente, com bens e serviços, para o exercício de atividade 
econômica e a partilha dos resultados entre si. 
A lei 10.406/2002 (Código Civil) redefiniu a nomenclatura das sociedades e as exigências 
de formalização, veja a seguir: 
 
Veja o resumo dos tipos de Sociedades, extraído de Cotrim (2015): 
 
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PRIMÁRIOS 
Constituição da empresa 
Do ponto de vista contábil, a constituição de uma empresa é feita em duas etapas: 
 
Vejamos o seguinte exemplo: 
Bento e Laura decidem formar uma sociedade. A Cia. XYZ será constituída em 02.01.X1 
com um aporte de capital no valor de R$ 100.000,00. Veja os lançamentos contábeis que 
traduzem o evento econômico: 
 
 
Aquisição de ativos 
Após sua constituição, a empresa se prepara para entrar em operação. Para isso, precisa 
adquirir os ativos fixos a serem utilizados na atividade operacional e que produzirão os 
fluxos de caixa necessários à sua manutenção. 
Exemplo: 
 
Em 03.01.X1, a Cia. XYZ adquire instalações e veículos à vista e mercadorias a prazo para 
a atividade operacional. Depois, são feitos os lançamentos individualizados por evento. 
 
Veja os lançamentos nas tabelas abaixo: 
 
 
 
Despesas de pessoal 
A Cia. XYZ já possui os ativos fixos necessários para iniciar as operações. 
O quadro de pessoal foi contratado no dia 02.01.X1, mas esse evento não é um fato 
administrativo ou contábil, pois não gerou qualquer efeito no patrimônio. No fim do 
primeiro mês de funcionamento, será feito o registro do reconhecimento das despesas 
de pessoal, salários e encargos. A legislação estabelece que os salários devidos e os 
respectivos encargos sejam pagos no mês seguinte. Contudo, o regime de competência, 
pressuposto fundamental da contabilidade, exige o reconhecimento das despesas (e 
receitas) no mês a que competem, e não no mês do efetivo pagamento. Dessa forma, 
os salários de 01.X1, embora pagos em 02.X1, são reconhecidos em 01.X1. 
Exemplo: 
A folha de pagamentos mensal da Cia. XYZ é de R$ 8.000,00. A despesa de salários deve 
ser reconhecida no mês de competência, tendo como contrapartida uma provisão, um 
passivo, o qual será baixado quando houver o efetivo pagamento. O mesmo se aplica 
aos encargos sociais devidos pela empresa, no valor de R$ 3.000,00. 
 
Observe os seguintes lançamentos: 
 
 
 
 
O mesmo raciocínio serve para os demais eventos referentes a relações trabalhistas, 
como férias, décimo terceiro salário, participações nos lucros etc. 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
 
 
 
 
MÓDULO 2 
 
Descrever o tratamento contábil aplicável a ativos imobilizados e intangíveis: 
depreciação e amortização 
ATIVO IMOBILIZADO 
Ativo não circulante 
O ativo não circulante é composto por realizável a longo prazo, investimentos 
imobilizado e intangível. 
 
Ativo imobilizado 
O ativo imobilizado é o bem tangível mantido para uso na produção ou fornecimento de 
mercadorias ou serviços, aluguel a outros, ou para fins administrativos; é aquele que se 
espera utilizar por mais de um período. 
 
Alguns exemplos de bens do ativo imobilizado são: 
 
 
O ativo imobilizado deve ser mensurado pelo seu custo, que inclui (CPC 27, p. 15 e p. 
16): 
O preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis 
sobre a compra, após dedução de descontos comerciais e abatimentos; Qualquer custo 
necessário para colocar o ativo no local e na condição ideais de funcionamento como 
pretendido pela administração. A estimativa inicial dos custos de desmontagem, de 
remoção do item e de restauração do local (sítio) onde ele estava. Tais custos 
representam uma obrigação da empresa quando o item é adquirido ou quando ele é 
usado por determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque. 
Após o reconhecimento inicial, um ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo 
menos a eventual depreciação acumulada e a perda acumulada (CPC 01 - Redução ao 
Valor Recuperável de Ativos). 
DEPRECIAÇÃ O DE ATIVOS IMOBILIZADOS 
DEPRECIAÇÃO: É a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de 
sua vida útil. 
Valor Depreciável: É o custo de um ativo menos o seu valor residual, que corresponde 
ao valor estimado para a venda do ativo após a dedução das despesas de venda no fim 
de sua vida útil. 
Vida útil: Corresponde ao período de uso do ativo estimado pela entidade; ou número 
de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela 
utilização do ativo. 
A depreciação ocorre porque os benefícios econômicos futuros incorporados ao ativo 
são consumidos pela entidade, principalmente pelo uso. Muitas vezes, tais benefícios 
são reduzidos por outros fatores, como obsolescência técnica ou comercial e desgaste 
normal, mesmo quando o ativo permanece ocioso. Em consequência, os seguintes 
fatores são considerados para determinar a vida útil de um ativo: 
 Previsão de uso, o qual é avaliado com base na capacidade ou na expectativa da 
produção física do ativo. 
 Desgaste físico normal, dependente de fatores operacionais, como o número de 
turnos em que será usado, o programa de reparos e manutenção do ativo em 
uso e enquanto estiver ocioso. 
 Obsolescência técnica ou comercial devida a mudanças ou melhorias na 
produção, ou a mudanças na demanda do mercado para produto ou serviço 
derivado do ativo. 
 Limites legais ou disposições semelhantes quanto ao uso. 
O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo da empresa acerca dos 
benefícios econômicos futuros. Vários métodos de depreciação são utilizados para 
apropriação sistemática do valor depreciável de um ativo durante a vida útil deste. Entre 
outros, temos o método da linha reta (CPC 26, p. 60 e p.62). 
Exemplo: 
 
Em 02.01.X1, a Cia. ABC adquiriu e colocou em uso um ativo imobilizado com vida útil 
prevista de cinco anos. O custo foi de R$ 10.500,00, e o valor residual foi estimado em 
R$ 500,00. 
 
Veja como calcular as quotas de depreciação anuais pelo método da linha reta e realizar 
os lançamentos contábeis: 
 
 
Esse mesmo lançamento é repetido nos exercícios de X2 a X5, quando o valor contábil 
do imobilizado é reduzido ao seu valor residual. Observe os razonetes: 
 
 
Depreciação acelerada 
Vejamos agora, como saber o valor da depreciação acelerada: 
 
O valor da despesa de depreciação é maior no início da vida útil e menor no último 
período. Pode-se aplicar o método da soma dos dígitos dos anos, cujo fator de 
depreciação de um bem é representado pela razão entre o número de anos restantes 
de vida útil e a soma do número de anos restantes ano a ano. No caso de um bem com 
vida útil de 10 anos, no ano 1 restam-lhe 10 anos de vida útil; no ano 2, 8 anos, e assim 
por diante. Esse é o numerador da fração. Já o denominador é fixo e corresponde à soma 
do número de anos que restam. 
Para um bem com vida útil de 10 anos: Somam-se 10+9+8+7+6+5+4+3+2+1 = 55 
Os fatores de depreciação seriam os seguintes: 
 
Exemplo: 
Usando os dados do exemplo anterior, recalcule as cotas anuais de depreciação 
considerando uma depreciação acelerada. 
 
 
Exemplo: 
Considerando que a máquina dos exercícios anteriores pode produzir 10 mil unidades 
durantea vida útil, vamos determinar as quotas de depreciação anuais pelo método das 
unidades produzidas. Neste método o fator de depreciação é a razão entre as unidades 
produzidas e a capacidade total de produção, quando a unidade estará exaurida e 
deverá ser descartada. 
 
Redução ao valor recuperável de ativos 
Conforme o CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, deve-se realizar o teste 
de recuperabilidade de ativos para assegurar que o valor do registro contábil não exceda 
os valores recuperáveis.O valor recuperável de um ativo é o maior montante entre o 
valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso, que é aquele presente dos 
fluxos de caixa futuros esperados para o ativo.Quando o valor contábil de um ativo 
excede seu valor recuperável, a entidade deve reconhecer uma perda por redução ao 
valor recuperável. 
 
Exemplo: 
 
Uma indústria possui uma máquina registrada contabilmente por R$ 200.000,00 e 
depreciação acumulada de R$ 80.000,00. Ela pode ser revendida no mercado por R$ 
120.000,00, arcando-se com custos de transação de R$ 20.000,00 para vendê-la. Em uso, 
a máquina produz bens geradores de uma receita líquida total de R$ 80.000,00 nos 
próximos dez anos. 
 
Considerando o exposto, vamos determinar: 
 O valor recuperável do ativo; 
 O valor da perda por redução ao valor recuperável e sua contabilização, se 
houver; 
 O valor recuperável do ativo é o maior entre o valor justo líquido de despesa de 
venda e o valor em uso. 
 
 
 
Como o valor recuperável é inferior ao valor contábil líquido, a perda por redução ao 
valor recuperável, no valor de R$ 20.000,00, deve ser registrada assim: 
 
 
 
ATIVOS INTANGÍVEIS 
Chegou a hora de descobrimos o que são Ativos intangíveis, confira: 
Ativo intangível é um ativo identificável, sem substância física, controlado pela entidade 
e capaz de gerar benefícios econômicos futuros. 
 
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo 
intangível, quando (CPC 04_R1, p.12): 
É separável, ou seja, quando pode ser separado da entidade e vendido, transferido, 
licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou em conjunto com um ativo ou 
passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou 
Resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independente de tais direitos 
serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. 
A entidade controla um ativo quando pode obter benefícios econômicos futuros 
gerados pelo recurso e restringir o acesso de terceiros a esses benefícios (CPC 04_R1, 
p.13). 
 
Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem incluir a receita 
da venda de produtos ou serviços, a redução de custos ou outros benefícios resultantes 
do uso do ativo pela entidade (CPC 04_R1, p.17).Um ativo intangível deve ser 
reconhecido inicialmente pelo seu valor de custo, que geralmente contempla o preço 
de compra e os impostos não recuperáveis. 
Ativo intangível gerado internamente 
Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de 
reconhecimento, a entidade deve classificar a geração do ativo da seguinte forma: 
 
 
Os custos da fase de desenvolvimento de um projeto interno devem ser reconhecidos 
como ativo intangível quando a empresa puder demonstrar que cumpriu todas as 
exigências definidas no CPC 04(R1) p. 57.Após o reconhecimento inicial, um ativo 
intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e 
a perda acumulada (CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos). 
AMORTIZAÇÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS 
Assim como a depreciação dos ativos imobilizados, os ativos intangíveis devem ser 
amortizados pelo prazo de sua vida útil 
A amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de um ativo intangível 
durante sua vida útil. 
Exemplo: 
Em 02.01.X1, a Cia. XYZ adquiriu uma patente por R$ 20.000,00. O valor residual 
estimado é zero, e a vida útil é de 4 anos. Determine as quotas de amortização pelo 
método da linha reta. 
 
 
Esse mesmo lançamento é repetido nos exercícios de X2 a X5, quando o valor contábil 
do imobilizado é reduzido ao seu valor residual. Observe os razonetes: 
 
Valor contábil do ativo intangível em 31.12.X4: 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
 
 
 
 
MÓDULO 3 
 
Descrever o tratamento contábil aplicável a operações financeiras: 
operações prefixadas, pós-fixadas e duplicatas descontadas 
OPERAÇÕES FINANCEIRAS 
As operações financeiras estão relacionadas ao fluxo de recursos entre os agentes 
econômicos. A intermediação financeira é quando os recursos financeiros são 
transferidos entre os agentes econômicos. O sistema financeiro, em geral, e os bancos, 
em particular, são os intermediários financeiros clássicos e canalizam os recursos dos 
agentes superavitários aos agentes deficitários da economia. As operações financeiras 
são os veículos utilizados pelo sistema financeiro para operacionalizar a intermediação 
financeira. 
Na ponta passiva do sistema financeiro, os recursos são captados junto aos agentes 
superavitários, dando origem às aplicações financeiras nestes últimos. São exemplos de 
aplicações financeiras: 
 
Essas aplicações possuem características específicas de maturidade, liquidez e risco. Na 
ponta ativa do sistema financeiro, os recursos são aplicados junto aos agentes 
deficitários, em geral, na forma de operações de crédito. Nos agentes deficitários, as 
operações de crédito dão origem a passivos financeiros, como empréstimos e 
financiamentos. As operações financeiras, ativas ou passivas, são remuneradas por 
juros, cuja incidência pode ser prefixada ou pós-fixada. 
Exemplo 
Como exemplo, temos: operações indexadas ao CDI, Selic, dólar etc. 
Operações prefixadas 
Operações prefixadas introduzem o conceito de Rendas ou Despesas a Apropriar. São 
rendas ou encargos embutidos e já conhecidos na contratação da operação financeira. 
Contabilmente, esses valores são reconhecidos como contas retificadoras de ativo ou 
passivo. 
 
Exemplo: 
A Cia. ABC obteve um empréstimo bancário de curtíssimo prazo, no valor de R$ 
800.000,00. O empréstimo é prefixado e custa 25% a.p. O principal e os juros serão 
pagos no vencimento. Veja as demais características do empréstimo assim como os 
lançamentos contábeis (partidas de diário e razonetes): 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
 
Histórico de lançamentos: 
(1) Contratação do empréstimo – 06.10.X1 
(2) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 31.10.X1 
(3) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 30.11.X1 
(4) Pagamento do empréstimo – 30.11.X1 
Cálculo das despesas de juros (em R$ mil): 
Em 31.10.X1: 
As despesas a apropriar de R$ 200,00 devem ser alocadas nos meses de outubro e 
novembro, segundo o regime de competência, de maneira proporcional aos dias 
corridos em cada mês. 
 
Em 30.11.X1: 
 
Lançamentos: 
 
O saldo do empréstimo na data da contratação é de R$ 800,00 e corresponde ao valor 
no vencimento de R$ 1.000,00 (lembre-se: é um prefixado), deduzido das despesas a 
apropriar de R$ 200,00. 
 
Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo é aumentado para R$ 885,40, que 
representa o saldo de R$1.000,00 deduzido de despesas a apropriar de R$ 114,60. 
 
Após o lançamento 3, o saldo do empréstimo converge para R$ 1.000,00, pois a data de 
vencimento chegou e o saldo de despesas a apropriar foi totalmente apropriado. 
 
Para finalizar, observe os razonetes. 
 
Observe agora os mesmos eventos do ponto de vista do Banco: 
Lançamentos: 
 
O saldo do empréstimo na data da contratação é de R$800,00 e corresponde ao valor 
de R$ 1.000,00 no vencimento (lembre-se: é um prefixado), deduzido das rendas a 
apropriar de R$ 200,00. O valor é disponibilizado pelo Banco na conta-corrente do 
cliente. 
 
Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo é aumentado para R$ 885,40. Esse é o 
saldo de R$1.000,00 deduzido de despesas a apropriar de R$ 114,60. 
 
Após olançamento 3, o saldo do empréstimo converge para R$ 1.000,00 pois a data de 
vencimento chegou e o saldo de rendas a apropriar foi totalmente apropriado. 
 
O Banco debita os recursos da conta depósito à vista e liquida a operação de crédito. 
Para finalizar, observe os razonetes. 
 
Operações pós-fixadas 
Vejamos agora um exemplo de operações pós-fixadas: 
 
A Cia. ABC obteve um empréstimo bancário de curtíssimo prazo no valor de 
R$1.000.000,00. O empréstimo é pós-fixado e custa 100% da variação do CDI. O principal 
e os juros serão pagos no vencimento. Veja as demais características do empréstimo, 
assim como os lançamentos contábeis (partidas de diário e razonetes): 
 
Histórico de lançamentos: 
(1) Contratação do empréstimo – 10.10.X1 
(2) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 31.10.X1 
(3) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 30.11.X1 
(4) Pagamento do empréstimo – 30.11.X1 
Cálculo das despesas de juros (em R$ mil): 
Em 31.10.X1: 
As despesas de juros são calculadas pela aplicação da taxa de juros diretamente sobre o 
saldo do empréstimo. Como não se conhece o valor final de antemão, não se utilizam 
despesas a apropriar. 
 
Em 30.11.X1: 
 
 
 
 
Para finalizar, observe os razonetes. 
 
Veja os mesmos eventos do ponto de vista do Banco. 
 
Lançamentos: 
 
O saldo do empréstimo na data da contratação é R$ 1.000,00, e o valor é disponibilizado 
pelo Banco na conta-corrente do cliente. 
 
Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo aumenta para R$ 1.020,00, tendo em vista 
a correção pela variação do CDI. 
 
Após o lançamento 3, o saldo do empréstimo aumenta para R$ 1.040,40, tendo em vista 
a correção pela variação do CDI. 
 
O Banco debita os recursos da conta depósito à vista e liquida a operação de crédito. 
 
Para finalizar, observe os razonetes. 
 
DUPLICATAS DESCONTADAS 
Outra maneira de obter recursos financeiros é por desconto de duplicatas. 
Operacionalmente, a entidade transfere a propriedade das duplicatas ao banco e recebe 
deste o valor de face das duplicatas líquido dos juros. O banco, por sua vez, receberá o 
valor total da duplicata diretamente do cliente da empresa. Caso a duplicata não seja 
paga no vencimento, ou seja, caso o banco não receba, a empresa deverá reembolsá-lo, 
recomprando a duplicata pelo seu valor de face. 
Exemplo (adaptado de Marion e Iudícibus (2016): 
Em 02.01.X1, a Cia. ABC apresenta uma duplicata no valor de R$ 80.000,00 para 
desconto no Banco KKK. A duplicata vencerá em 30 dias e será descontada a uma taxa 
de juros de 4% a.m. Observe os lançamentos a seguir, considerando a liquidação da 
duplicata. 
Cálculo das despesas de juros: 
 
Lançamentos: 
 
A duplicata que a Cia. ABC desconta no Banco está registrada em Duplicatas a Receber 
no ativo. Por que a duplicata descontada não é baixada? Por que a Cia. ABC é obrigada 
a recomprá-la do Banco, caso o cliente emitente não a liquide no vencimento? 
Como a Cia. ABC retém os riscos da duplicata, ela não pode ser baixada, e o registro é 
feito criando-se uma obrigação (duplicatas descontadas) no mesmo valor da duplicata. 
Quantos aos encargos a apropriar, seguem a lógica dos exemplos anteriores. 
 
Os encargos são apropriados em concordância com o regime de competência. 
 
A duplicata descontada é baixada do passivo ao ser liquidada, tendo como contrapartida 
a duplicata a receber. 
 
Para finalizar, observe os razonetes. 
 
 
Exemplo: 
Duplicatas descontadas no caso de não liquidação na data do vencimento: 
 
A Cia. ABC reteve o risco da duplicata. Como o cliente não a liquidou junto ao Banco, a 
entidade teve de recomprá-la pelo valor de face, R$ 80.000,00, com perda no valor dos 
encargos. Observe os razonetes adiante. 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO

Outros materiais