Buscar

INSTRUMENTOS OPERATÓRIOS EM DENTÍSTICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Instrumentos Operatórios em Dentística
Keila Moreira da Silva Costa
Os instrumentos exploratórios são utilizados rotineiramente no consultório
odontológico para diagnóstico, visualização e acesso à estrutura dentária.
Espelho Clínico: é utilizado em todas as áreas da odontologia e apresenta a
função de visualização do campo operatório (visão indireta), iluminação (por
meio da reflexão e do direcionamento da luz emitida pelo refletor) e afastamento
dos tecidos.
Os mais utilizados na prática clínica são os espelhos de vidro comum nº 5. Apesar
desse tipo possuir um baixo custo, apresenta a desvantagem de gerar imagens
duplas. Sendo assim, a melhor opção é o espelho de reflexão frontal (front
surface mirror), que evitam a formação de imagem dupla.
Espelho clínico nº5 de vidro comum com reflexão principal ao fundo / Espelho
clínico nº5 de reflexão frontal
Pinça Clínica: serve para preensão e deslocamento de objetos pequenos, como
gazes, roletes e bolinhas de algodão, além de resíduos materiais gerados nas
cimentações, moldagens e preparos cavitários.
Sonda Exploratória: apresenta a função tátil e de auxílio na restauração. Com a
função tátil, permite diagnosticar irregularidades nas superfícies, amolecimento
da estrutura dentária e desadaptação de restaurações. Na função restauradora,
devido a sua ponta afiada, pode ser utilizada na confecção de detalhes da
anatomia dentária, como sulcos e depressões, além da inserção de corantes
durante o processo de estratificação das resinas compostas.
Sonda Milimetrada: é mais comumente empregada na periodontia para
medição de bolsas periodontais. Pode ser utilizada na odontologia restauradora
para mensurar aspectos dentários, como, por exemplo, profundidade das
cavidades, largura de dentes, espaços interdentários e dimensões de preparos.
Taças de borracha e escova de Robinson: servem para limpeza da estrutura
dentária, o que auxilia na prevenção de lesões. Permitem também melhor
visualização e diagnóstico de imperfeições e lesões de cárie no dente. As taças
de borracha são utilizadas em superfícies lisas e livres, enquanto as escovas de
Robinson, em superfícies irregulares. O cone também serve para superfícies
irregulares.
Fio Dental: normalmente utilizado na limpeza das superfícies proximais, serve
para diagnosticar lesões de cárie localizadas nessas superfícies, cálculo,
irregularidades superficiais e desadaptações de restaurações, além de
confecção de amarrilhos no isolamento absoluto.
INSTRUMENTAIS UTILIZADOS PARA O PREPARO CAVITÁRIO
A confecção de preparos cavitários na estrutura exige inicialmente instrumentos
que propiciem acesso à lesão e seu tratamento.
INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS: são aqueles que realizam a remoção da estrutura
dentária por meio da ação mecânica da ponta ativa, que rotaciona com
velocidade controlada. São projetados em diversos tamanhos, formas e tipos,
para a execução de diferentes funções.
Turbinas de alta velocidade (100000 a 450000 rpm): também conhecidas como
canetas de alta rotação. Apresentam grande poder de corte e são empregadas
na redução rápida de estrutura dentária. Possuem a cabeça de acoplamento da
broca ligeiramente angulada para permitir o trabalho na cavidade oral. Devem
ser utilizadas com cuidado na cavidade oral, sempre com refrigeração eficiente,
uma vez que o calor gerado pode levar a danos irreversíveis no tecido pulpar.
Para isso, apresentam saídas de spray ar-água direcionadas à ponta ativa da
broca.
Saca-brocas: serve para remoção e colocação da broca. Possui entradas
circulares , uma delas com um eixo vertical em aço, que é responsável pela
remoção da broca. A outra extremidade serve para colocar corretamente as
brocas ou pontas. Um sistema que dispensa o saca-brocas é o push botton.
Motores de baixa velocidade(500 a 20000rpm): também conhecidos como
micromotores. São importantes ferramentas utilizadas na remoção de dentina
cariada, em preparos cavitários em que é requerido o mínimo de extensão, nos
acabamentos deles após a instrumentação com a alta rotação, em polimentos,
profilaxias, confecção e acabamento de próteses, entre outros. Possui baixo poder
de corte comparado aos de alta rotação.
A manutenção dos motores de baixa velocidade e das turbinas de alta
velocidade deve ser feita com uma escova para remoção de resíduos, com jatos
de ar, panos limpos, entre outros meios. O acúmulo de pó ou de restos dentinários
na turbina pode causar entupimento, o que impede a perfeita saída do
spray-água. A lubrificação das peças deve ser feita após o encerramento das
atividades clínicas. São lubrificados com óleos finos.
Brocas ou Fresas: são utilizadas como instrumento de corte e normalmente
constituídas de um único material, o aço ou carboneto de tungstênio. O aço é
utilizado para remoção de dentina cariada e acabamento de preparos com
baixa rotação. Já o carboneto de tungstênio (carbide), é usado para preparos
cavitários tanto em baixa quanto em alta rotação.
Constituem-se em três partes distintas: ponta ativa, intermediário e haste.
Ponta Ativa: é a parte que realiza o trabalho no preparo cavitário. É constituída
por lâminas lisas ou serrilhadas, dispostas de forma a facilitar o corte no sentido
horário. Possui várias formas e tamanhos, de acordo com a necessidade do uso.
Intermediário: une a haste à ponta ativa, geralmente longo em brocas para peça
reta e curto em brocas para turbinas de alta rotação e contra-ângulo.
Haste: parte responsável pela conexão ao equipamento rotatório (turbina de alta
rotação, contra-ângulo ou peça reta).
Existe uma grande variedade de formas e tamanhos de pontas ativas, as mais
utilizadas são:
Esféricas: alto poder de penetração. Utilizadas principalmente para a abertura e
remoção do tecido cariado, além de confecção de retenções adicionais.
Cone-invertido: utilizadas especialmente para determinar retenções adicionais,
planificar paredes pulpares e, eventualmente, avivar ângulos de cavidade.
Cilíndricas: utilizadas para confeccionar paredes circundantes paralelas e avivar
ângulos da cavidade, essas fresas, em sua maioria, têm corte na extremidade e
nas partes laterais da ponta ativa.
Troncocônicas: utilizadas para dar forma e contorno a cavidade com paredes
circundantes expulsivas e para determinar sulcos ou canaletas em cavidades
para restaurações metálicas fundidas. Indicadas também para determinar
retenções nas caixas proximais em cavidades para amálgama.
Nas brocas cilíndricas troncocônicas, as lâminas podem estar dispostas
paralelamente ao longo do eixo da haste ou em forma de espiral.
Quanto maior a quantidade de lâminas, mais lisa e polida será a superfície que
sofrerá a ação da broca.
Pontas Diamantadas: são instrumentos rotatórios que agem por desgaste.
Indicadas para reduzir a estrutura dentária, para dar acabamento às paredes da
cavidade e para remover excessos mais grosseiros das restaurações. Assim
como as brocas, possuem ponta ativa, intermediário e haste e são constituídas
de um único material para todas essas partes. No entanto, a ponta ativa é
formada por partículas abrasivas diamantadas aglutinadas ao metal.
Existe uma enorme variedade de formas, tamanhos e diâmetros de pontas
diamantadas. A camada de diamante depositada nas pontas apresenta-se em
geral, em quatro granulometrias: grossa, média, fina e extrafina.
Normalmente, se utiliza a média, que possui numerações sem especificações
adicionais, como por exemplo, 3118. Nas outras granulometrias, geralmente a
especificação é alfanumérica:fino-3118F, extrafino-3118FF, grosso-3118G.
As pontas diamantadas devem ser utilizadas com refrigeração aquosa,
geralmente água-ar, para eliminar os detritos que se depositam entre os grãos
abrasivos, além de evitar o aumento da temperatura.
Pedras Montadas: possuem grande variedade de formas e diâmetros de pontas
ativas. Podem ser utilizadas nas três modalidades - alta rotação, contra-ângulo e
peça reta. Nas formas de alta rotação e contra-ângulo, são utilizadas
diretamentena cavidade oral para acabamentos e polimentos iniciais. Na forma
de peça reta, para acabamentos em grande peças, como próteses removíveis. As
granulações de suas pontas ativas também são variáveis entre grossa e fina. As
diferentes colorações das pedras montadas serve para distinguir a granulação e
se sua utilização é para metal, cerâmica, resina composta, resina acrílica, etc.
Borracha Montada: são semelhantes às pedras, tanto para contra-ângulo, como
para peça reta, apresentam formas e diâmetros variados. São borrachas
abrasivas que a granulometria varia de grossa a extrafina, dependendo do
formato e do fabricante. São utilizadas em polimentos de amálgama, resina
composta, resina acrílica ou porcelana. Suas cores variam de acordo com seus
empregos. São basicamente pontas em forma de chama, roda ou taça
Mandris: são importantes auxiliares na utilização de alguns instrumentos
rotatórios, tanto para contra-ângulo como para peça reta. Acoplam instrumentos
para corte ou acabamento. Caracterizam-se por apresentar um parafuso ou
dispositivos específicos de encaixe em sua extremidade, onde podem ser
acoplados discos de corte, separação, desgaste e polimento. Tais discos podem
ser de aço, diamante, carboril, feltro, lixa, borracha abrasiva e rodas de
carborundum
INSTRUMENTOS CORTANTES MANUAIS: são empregados para cortar, clivar e
planificar a estrutura dentária ou complementar a ação dos instrumentos
rotatórios durante o preparo cavitário.
A maioria dos instrumentos cortantes manuais foi desenvolvida para suprir os
requisitos de preparo cavitário para restaurações em amálgama. Porém, com a
evolução dos materiais resinosos, parte desses instrumentos tornou-se pouco
utilizada. Os mais utilizados atualmente são as curetas e os recortadores de
margem gengival. Os cinzéis, enxadas, machados e os formadores de ângulo são
menos utilizados, embora sejam úteis para determinadas situações.
Todos esses instrumentos manuais podem ser simples (ponta ativa em apenas
uma das extremidades), ou duplos (ponta ativa nas duas extremidades). São
constituídos de três partes: cabo, colo (ou intermediário) e ponta ativa ou lâmina.
Os cabos geralmente são oitavados ou serrilhados para evitar o deslizamento no
momento de sua utilização
Apresentam em um das superfícies uma área lisa com uma inscrição de 3 ou 4
números gravada, que indica largura, comprimento, angulação da lâmina e
numeração da série de fabricação.
Recortadores de margem gengival: são instrumentos utilizados para a
planificação das bordas do preparo cavitário, independentemente do material
restaurador a ser empregado, ajudando a minimizar a chance de infiltração
marginal. As lâminas dos recortadores de margem gengival são curvas e
anguladas, para aplicações dos lados direito e esquerdo, nas superfícies mesial e
distal do dente.
Cureta, ou escavador, ou colher de dentina: instrumento utilizado para remoção
de tecido cariado. Permite percepção tátil da consistência da dentina cariada,
sendo de extrema importância na avaliação do tecido dentinário que deve ser
removido durante o preparo cavitário. Possui a lâmina ligeiramente curva e com
a extremidade arredondada. Também pode ser extremidade em forma de disco.
A escolha da forma e do tamanho desse instrumento depende do caso clínico e
da preferência do profissional.
Cinzéis e Enxadas: são instrumentos manuais que possuem numa extremidade
uma lâmina de metal resistente em bisel. São utilizados principalmente para
planificar e clivar o esmalte, e podem apresentar-se em diferentes formas e
angulações. As enxadas são muito semelhantes aos cinzéis, o que difere é que
elas possuem um ângulo da lâmina até próximo de 25º centesimais, ao contrário
dos cinzéis, que apresentam angulação da lâmina menor que 12,5º centesimais.
Machados: apresentam sua lâmina paralela ao longo eixo do instrumento. São
usados para clivar e aplainar esmalte e para planificar as paredes das caixas
proximais de preparos cavitários de Classe II.
Formadores de ângulos: apresentam a extremidade de lâmina em forma de
ângulo agudo com eixo longitudinal, em vez de formar ângulo reto, como na
maioria dos instrumentos de corte. São usados para acentuar ângulos diedros e
triedros, e determinar a forma de retenção.
Para a efetividade de corte desses instrumentos, é necessário que eles estejam
sempre afiados. A afiação pode ser mecânica ou manual.
Afiação Mecânica: é realizada por meio de motores elétricos especiais, com
pedras de Arkansas, cilíndricas ou em roda. Para a afiação, os instrumentos
devem ser colocados de acordo com o ângulo da extremidade cortante e com o
bisel do instrumento em contato com a pedra, ligando-se em seguida o motor e
exercendo leve pressão sobre a pedra cilíndrica ou o disco em movimento.
Opcionalmente, pedras de Arkansas e discos de granulação fina podem ser
montados em mandril para peça de mão.
Afiação Manual: realizada com pedra de Arkansas plana previamente lubrificada
e colocada sobre uma superfície também plana e lisa. Segura-se o instrumento
com uma das mãos e adapta-se o bisel sobre a pedra. Segurando a pedra com
a outra mão, desliza-se o instrumento em movimento vaivém. Outro método é
manter o instrumento fixo com uma das mãos e movimentar a pedra com a
outra mão.
INSTRUMENTOS PARA RESTAURAÇÃO
Condensadores: foram desenvolvidos para adaptar o amálgama à cavidade e
para eliminar o excesso de mercúrio, tornando o material mais denso, capaz de
ser esculpido e polido. Atualmente, é utilizado para adaptação de diversos
materiais, inclusive na acomodação da resina composta à cavidade.
Brunidores: são utilizados para brunidura em restaurações em amálgama antes
e após a escultura. Também usados para inserção, acomodação e escultura em
restaurações de resina composta. A escolha do brunidor a ser usado depende da
anatomia da superfície a ser trabalhada.
Esculpidores: também foram criados para esculpir restaurações de amálgama,
porém, atualmente é utilizado para inserção e escultura de diferentes materiais.
Existem diversos tipos, porém o mais utilizado é o Hollemback 3S devido à sua
versatilidade.
Porta-amálgama: utilizado para preensão do amálgama após a trituração, além
de servir para inserir diversos materiais, como hidróxido de cálcio PA e agregado
trióxido mineral (MTA). Apresenta-se em metal ou plástico e podem ser de
diferentes tamanhos.
Espátulas de manipulação: estão disponíveis em diferentes tamanhos e
flexibilidades. São utilizadas para manipulação de cimentos e de outros materiais
pasta-pasta ou pó e líquido.
Matrizes e porta-matrizes: são utilizadas para restabelecer os contornos
proximais das restaurações. As matrizes de poliéster são mais utilizadas em
dentes anteriores. As metálicas são geralmente utilizadas para restaurações em
dentes posteriores. Alguns tipos de matriz podem ser utilizadas em associação
com porta-matrizes que facilitem sua adaptação ao dente. O mais comum deles
é o porta-matriz de Tofflemire.
Porta-matriz Tofflemire/Matriz
Sistemas de matrizes parciais biconvexas são bastante utilizadas atualmente e
são compostos de uma matriz metálica parcial pré contornada de um anel
metálico especial.
Cunhas: são pequenos dispositivos de formato piramidal, geralmente
constituídos de plástico ou madeira, que são inseridos na região interproximal, a
fim de promover afastamento e, assim compensar a espessura da matriz, auxiliar
na obtenção de contatos proximais satisfatórios e evitar excesso na região
cervical. Estão disponíveis em diversos tamanhos e, mesmo assim, em alguns
casos necessitam de ajustes manuais para que sejam perfeitamente adaptadas
ao espaço interproximal.
Existem ainda outros dispositivos de materiais, tamanhos e formatos diferentes
que visam substituir as cunhas, como dispositivos elásticos.
Espátulas de Resina: servem para inserir, adaptar e esculpir restaurações de
resina composta. Apresentam-se com diferentes angulações, tamanhos,
espessuras e flexibilidades, o que facilitasua utilização em diferentes situações.
Pincéis: complementam o uso das espátulas de resina, uma vez que permitem
simultaneamente definir a forma e conferir lisura à superfície do material inserido.
Aplicadores descartáveis ou microbrushes: são utilizados para aplicação de
materiais líquidos e são disponibilizados em diversos tamanhos.
Pinça Miller: permite a preensão de papel articular ou de carbono durante os
ajustes oclusais.
Bisturi: em odontologia restauradora, tem a função de remover pequenos
excessos de adesivo ou material restaurador, sendo o mais utilizado para esse
fim o de lâmina nº12.
Tiras de Lixa: geralmente são constituídas de metal ou poliéster. Servem para
remover pequenas irregularidades e ajustar as faces proximais.
Discos abrasivos, pontas diamantadas extrafinas, borrachas abrasivas, brocas
multilaminadas, escovas e taças: são instrumentos que também exercem a
função de acabamento e polimento de restaurações.
Discos: empregado em faces lisas e/ou proximais. Os mais abrasivos auxiliam na
obtenção da forma final da restauração, e os menos abrasivos proporcionam
brilho e lisura.
Pontas e Brocas: indicadas para acabamento e polimento das restaurações,
especialmente quando não há acesso aos discos, e para definição de detalhes
anatômicos e texturização da superfície nas faces livres.
Escovas, taças e discos de feltros: servem para o polimento de restaurações
juntamente com pastas para esse fim.
INSTRUMENTOS ALTERNATIVOS PARA O PREPARO CAVITÁRIO
Os preparos cavitários convencionais realizados com instrumentos rotatórios
apresentam vantagens por serem mais conhecidos, por proporcionarem cortes
mais precisos e pela facilidade de controle tátil e visual do operador. Entretanto,
podem provocar certo desconforto ao paciente, além de gerar calor, vibração e
ruído. Desse modo, atualmente existem alternativas aos instrumentos rotatórios
convencionais, como:
Pontas de diamante CVD: são amplamente pesquisadas e divulgadas como
método alternativo na dentística minimamente invasiva. Seu principal objetivo é
tentar remover apenas lesões de cárie, preservando ao máximo o tecido
saudável. Além disso, essas pontas visam proporcionar mais conforto ao
paciente uma vez que são mais silenciosas e produzem menor vibração e calor.
Ultrassom: a instrumentação ultrassônica consiste em desgastar esmalte e
dentina não por ação mecânica e de corte ou desgaste, como nos sistemas de
alta rotação, mas por vibração, a qual promove a oscilação das pontas
diamantadas em alta frequência. Os instrumentos ultrassônicos devem ser
utilizados com movimentos lentos, firmes e constantes e sem nenhuma força
física. Apesar de eficiente, apresenta desvantagens, como o risco da não
remoção total da cárie, a necessidade de escavadores manuais para remoção
de tecido cariado amolecido, o custo elevado do aparelho de ultrassom e das
pontas ultrassônicas, e a imprescindível necessidade de treinamento do
profissional para utilizar o equipamento.
Laser Er:YAG: promove, por aquecimento, a expansão da água no interior da
estrutura dentária, que se rompe levando à ablação do tecido irradiado. Pode
remover tecido cariado, se usadas baixas dosimetrias, ou dentina, esmalte,
cimentos e compósitos, quando usadas altas dosimetrias, com mínimos efeitos
térmicos nos tecidos subjacentes, já que a temperatura pulpar não se eleva mais
de 3ºC. Uma das principais indicações é a remoção de tecido cariado, por este
apresentar alta permeabilidade e, consequentemente, ser mais úmido que o
tecido hígido, embora, talvez, a maior vantagem que se espere do tratamento de
cárie e preparo cavitário com o laser seja a redução da dor e da necessidade do
uso de anestesia.
No entanto, sua eficácia e segurança dependem dos parâmetros utilizados e de
um treinamento prévio do cirurgião-dentista, para apurar a sensibilidade tátil e
não remover sem que haja contato da ponta que emite o feixe de irradiação com
o dente.
Alguns inconvenientes do tratamento com laser têm sido relatados, entre os
quais o barulho do impacto dos pulsos sobre o dente, o cheiro desagradável
proveniente do tecido queimado e a dispersão de partículas abrasionadas
juntamente com o aerossol de água.
Microabrasão: consiste no bombardeamento da superfície por partículas de
óxido de alumínio em alta velocidade. O desgaste dentário é causado pela
energia dispersada pelo impacto das partículas abrasivas. Esse mecanismo de
ação produz algumas características particulares ao preparo, como ângulos
internos arredondados, textura rugosa das paredes internas e túbulos dentinários
obliterados por partículas de dentina abrasionada.
A obliteração dos túbulos durante o desgaste por abrasão tem sido a explicação
dada para a ausência de dor relatada pelos pacientes e para a ausência de
resposta inflamatória pulpar na maior parte dos preparos por abrasão. Entre as
vantagens do sistema de abrasão e ar pode-se citar a redução da necessidade
de anestesia, a ausência de vibração, a redução de ruído e poucos efeitos
indesejáveis sobre a mucosa e o tecido gengival.
Em contrapartida, existem algumas desvantagens e dificuldades clínicas no
emprego da abrasão a ar. A visibilidade é dificultada pelo aerossol de partículas
abrasivas dispersas. Tecidos dentais amolecidos e alguns materiais
restauradores amortecem o impacto das partículas abrasivas, absorvendo a
energia cinética e tornando a abrasão e ar pouco eficiente. Assim, a dentina
cariada amolecida não efetivamente removida, da mesma forma que o
amálgama, ligas metálicas e outros materiais restauradores menos duros. Dessa
forma, a indicação de uso de jato de ar abrasivo é restrita.

Continue navegando