Elaborado por: Brenda Alves JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS FEDERAIS ➢ Lei n. 10.259/2001 INTRODUÇÃO ➢ No Juizado Especial Federal, aplica-se a lei 9099/1995 com as alterações trazidas pela lei 10259/2001. Art. 1o São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Justiça Federal, aos quais se aplica, no que não conflitar com esta Lei, o disposto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. COMPETÊNCIA FEDERAL CÍVEL ➢ A competência onde o juizado estiver instalado é absoluta. Art. 3o, § 3o - No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua competência é absoluta. Competência em razão do valor ➢ Causas com valor até 60 salários mínimos. ➢ Cabe representação. Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. Competência em razão das partes ➢ Quem pode ser autor? o Os mesmos do Juizados Cíveis Estaduais o A pessoa física (e não só o capaz como o Estadual) o Microempresa e empresa de pequeno porte Art. 6o, I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei no 9.317, de 5 de dezembro de 1996; ➢ Quem pode ser réu? o União o Autarquias Federais o Fundações o Empresas públicas Art. 6o, II – como rés, a União, autarquias, fundações e empresas públicas federais. Obs.: FAZENDA PÚBLICA ➢ A Fazendo Pública é prevista na demanda dos Juizados Especiais Cíveis Federal ➢ Formas para efetuar pagamento de condenação: - Art. 100 e seguintes da CF o Precatório judicial o RPV (Requisição de Pequeno Valor) Obs.: O limite do RPV é 60 salários mínimos. Obs. 2: É possível uma ação chegar em um valor maior do que o valor do RPV. Como Elaborado por: Brenda Alves assim? O valor pleiteado tem que está dentro do teto, mas os cálculos, atualizações e entre outros, podem chegar em um valor maior. Esse pagamento pode ser por precatório judicial. - Não poderá receber parte por RPV e parte por precatório. Ou um ou outro. Competência em razão da matéria ➢ Cabe as mesmas matérias da vara Federal ➢ Matérias que não cabem: o Tratados ou Direito Internacional (art. 109, inciso II e III, CF) o Direito indígena (art. 109, inciso XI, CF) o Ações de mandado de segurança o Ações de desapropriação, de divisão e demarcação o Populares, execuções fiscais e por improbidades administrativas o Demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos Art. 3, § 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as causas: I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, execuções fiscais e por improbidade administrativa e as demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos; o Ações sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais II - sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais; o Anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e o de lançamento fiscal III - para a anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e o de lançamento fiscal; o Que tenha o condão de discutir demissão ou punição de servidor público Federal. IV - que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou de sanções disciplinares aplicadas a militares. VALOR DA CAUSA ➢ Nas causas em que houver parcelas vincendas, para fins de cálculo dessa ação, tem que levar em consideração o somatório das 12 parcelas. Este será o valor de causa. Art. 3, § 2º - Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial, a soma de doze parcelas não poderá exceder o valor referido no art. 3o, caput. Elaborado por: Brenda Alves MEDIDAS CAUTELARES ➢ Uma das inovações da Lei n. 10259, é quando o juiz no curso do processo poderá deferir medidas cautelares. Obs.: Na lei nº 9099, não cabe medida cautelar. ➢ Cabe cautelar de natureza incidental. ➢ Não cabe cautelar preparatória em sede de Juizado Especial Federal, se não, começaria o procedimento com uma cautelar. ➢ Isso só pode acontecer em caso de urgência, perigo in mora, perigo de dano. Art. 4o O Juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir medidas cautelares no curso do processo, para evitar dano de difícil reparação. RECURSO ➢ Só caberá recurso de decisão que indeferir ou deferir a cautelar do art. 4 e de sentença definitiva. ➢ É possível a interposição de agravo de instrumento nas circunstâncias do artigo 4. Art. 5o Exceto nos casos do art. 4o, somente será admitido recurso de sentença definitiva. CITAÇÃO ➢ A citação do réu se dará no representante máximo do órgão daquela localidade; da chefia máxima. ➢ Por lei a citação é feita na pessoa do representante maior daquela localidade. Art. 7o As citações e intimações da União serão feitas na forma prevista nos arts. 35 a 38 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993. Parágrafo único. A citação das autarquias, fundações e empresas públicas será feita na pessoa do representante máximo da entidade, no local onde proposta a causa, quando ali instalado seu escritório ou representação; se não, na sede da entidade. Exemplo: quando se entra com uma ação contra o INSS, vai para a pessoa do representando máximo daquela cidade. INTIMAÇÃO ➢ Quando a sentença não for prolatada em audiência, será prolatada posteriori, com intimação das partes por aviso de recebimento em mão própria. Art. 8o As partes serão intimadas da sentença, quando não proferida esta na audiência em que estiver presente seu representante, por ARMP (aviso de recebimento em mão própria). § 1o As demais intimações das partes serão feitas na pessoa dos advogados ou dos Procuradores que oficiem nos respectivos autos, pessoalmente ou por via postal. Elaborado por: Brenda Alves § 2o Os tribunais poderão organizar serviço de intimação das partes e de recepção de petições por meio eletrônico. PRAZOS ➢ Não haverá prazo diferenciado em sede juizados especiais federais. ➢ Não há prazo em dobro, nem para contestar e nem para recorrer. ➢ A União não tem nenhum privilegio quanto ao prazo. ➢ Tem que citar pelo menos em 30 dias antes da audiência. Art. 9o Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de trinta dias. OUTRAS OBSERVAÇÕES ➢ A União, autarquias, fundações e empresas públicas federais, tem poder para transigir. Art. 10. As partes poderão designar, por escrito, representantes para a causa, advogado ou não. Parágrafo único. Os representantes judiciais da União, autarquias, fundações e empresas públicas federais, bem como os indicados na forma do caput, ficam autorizados a conciliar, transigir ou desistir, nos processos da competência dos Juizados Especiais Federais. ➢ É de competência do réu fornecer toda a documentação que tiver a sua disposição. Art. 11. A entidade pública ré deverá fornecer ao Juizado a documentação de que disponha para o esclarecimento da causa, apresentando-a até a instalação da audiência de conciliação. Parágrafo único. Para a audiência de composição dos danos resultantes de ilícito criminal (arts. 71, 72 e 74 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de