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A TEORIA DOS PRINCÍPIOS DE DWORKIN E ALEXY

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A Teoria dos Princípios em Alexy e Dworkin
A doutrina diferencia os princípios e as regras de diversas maneiras. Neste passo, destacaremos as propostas de Ronald Dworkin e de Robert Alexy. A contribuição destes autores para a para formação da teoria de princípios e regras foi de grande valia, a contribuição de Alexy é o reforço da normatividade dos direitos fundamentais, levando em consideração a idéia de que, independentemente de formulação mais ou menos precisa, têm eles natureza de princípios e são mandamentos de otimização. A grande contribuição de Dworkin é que ele reforça a ideia de que há outros standards além dos princípios e das regras e faz uma distinção entre princípios e políticas (policies).
Ronald Dworkin entende as regras como preceito de tudo ou nada, assim, entende que uma regra é válida em caso de aceitação, ou quando rejeitada é considerada não válida. Na visão ainda de Ronald Dworkin as regras são passíveis de exceções. Para Robert Alexy as regras são mais específicas, sendo mandados definitivos, considerando a regra um meio de subsunção por meio do silogismo. Assim, Dworkin trata as regras como tudo ou nada, e Alexy como sendo validas ou não.
Em relação aos princípios Ronald Dworkin entende que eles se diferem de regras, aqueles possuem uma dimensão de peso ou importância que não são existentes nas regras, os princípios atuam segundo Dworkin como orientação do sentido de uma decisão. Todavia, para Robert Alexy o ponto decisivo na distinção é que os princípios são normas que ordenam que algo seja realizado na maior medida possível dentro das possibilidades jurídicas e fáticas existentes, os princípios são, portanto, um mandado de otimização. Interessante ressaltar que, a teoria dos princípios de Dworkin é o ponto que principal que aproxima o pensamento de Alexy ao dele. 
Havendo colisão de princípios, Alexy entende que esta deve ser solucionada com a cessão de um em relação ao outro, não significando que o princípio sucumbido deva ser declarado inválido, nem que nele tenha que ser inserida uma cláusula de exceção. Diferente de Dworkin que acredita que princípios concorrem entre si. Cabendo aquele a quem incumbe resolver o conflito deve tomar em consideração o peso relativo de ambos
Em relação ao positivismo Dworkin entende que é um sistema de regras e sua noção central é um teste fundamental único para o direito conduz-nos a perder a importante função destes padrões (princípios e diretrizes políticas) que são as regras. Diferente de Ronald Dworkin, Robert Alexy, entende que as teorias positivistas separam o direito e a moral, por meio de uma premissa que parte como o direito sendo validamente formal, sendo um sistema de normas que formulam uma pretensão de correção. 
Com a concepção de Dworkin percebe-se uma distinção em bases estruturais, na qual resta demonstrado que a diferença entre regras e princípios se dá especialmente no âmbito da aplicação. Já é em relação a Alexy pudemos constatar a pertinência da teoria dos princípios como mandados de otimização com um Estado de Direito com bases democráticas, no qual os princípios jogam papel central. Isso porque a ponderação, que é expressão da otimização em termos das possibilidades jurídicas, se configura em limite em face da ação estatal de restrição a direitos fundamentais e ainda decorre da estrutura dos direitos fundamentais enquanto princípios.

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