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Eletrocardiograma: Definição, Análises e Derivações

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1 
 
D E F I N I Ç Ã O 
 Registro da atividade elétrica do coração; 
 Exame não invasivo; 
 Paciente não pode ter feito nenhum tipo de 
esforço nos últimos 10 minutos ou fumado nos 
últimos 30min; 
 Utiliza o eletrocardiógrafo; 
 Origem: em 1842, Carlos Matteucci, físico 
italiano afirma que cada batimento é 
acompanhado por uma corrente elétrica; 
 
A N Á L I S E S 
 Ritmo cardíaco; 
 Condução do estímulo através do sistema de 
condução do coração e das suas cavidades; 
 Avalia a integralidade ou anormalidades do 
sistema de condução; 
 Detecta eventuais sobrecargas das cavidades 
cardíacas e zonas correspondentes à ausência 
de atividade elétrica. 
 
R E A L I Z A Ç Ã O 
 Paciente deitado; 
 Limpeza da pele (punho, tornozelos, seis pontos 
do tórax); 
 Aplica-se gel condutor; 
 Posiciona-se os eletrodos; 
 Realiza-se o registro. 
 
C O M P O S I Ç Ã O 
 
No ecg, um quadrado pequeno corresponde a 1 mm no 
traçado. Um quadrado grande por sua vez é formado por 
5 quadrados pequenos de altura e por 5 quadrados 
pequenos de largura. 
 
Normalmente, cada quadrado pequeno na horizontal 
corresponde a 40 milissegundos (ms) de duração. 
Assim, 1seg corresponde a 25 quadrados pequenos. 
Desta forma, a regra é que a velocidade do papel do 
eletro seja de 25 quadrados pequenos por segundo 
o que é o mesmo que dizer 25 milímetros por segundo 
(25 mm/s). 
 
 
Já em relação à amplitude, o padrão é que 10 
quadrados pequenos verticais correspondam a 1 
milivolt (mV). Ou seja, um quadrado pequeno 
corresponde a 0,1 mV. Esta amplitude padrão é 
chamada de N. Se 1 mV corresponder ao dobro da 
amplitude normal, ou seja, 20 quadrados pequenos ao 
invés de 10, diz-se que a amplitude é 2N. 
 
DURAÇÃO = HORIZONTAL 
AMPLITUDE = VERTICAL 
 
Para confirmar então que a padronização está 
normal, devemos procurar o retângulo que fica nas 
laterais do papel do ECG. Este retângulo deve ter 10 
quadradinhos de altura e 5 quadradinhos de 
duração. 
 
 
O N D A – P: 
 Primeira onda; 
 Corresponde à despolarização atrial antes da 
contração dos átrios; 
 A despolarização atrial pode-se dividir em 3 
etapas: 
- ativação exclusiva do AD (dura cerca de 
0,03s); 
- ativação conjunta da parte final do AD, do 
septo e do início do AE (dura cerca de 0,04s); 
 
2 
 
- ativação exclusiva do AE (dura cerca de 
0,02s). 
 Duração de 100ms ou 0,10s (2 quadradinhos e 
meio). 
 
C O M P L E X O – Q. R. S: 
 Corresponde a despolarização dos ventrículos, 
antes que ocorra a contração ventricular; 
 Duração de 120ms ou 0,12s 
- onda Q: primeira deflexão negativa, após a 
onda P – despolarização do septo 
interventricular. 
- onda R: primeira deflexão positiva após a onda 
P – despolarização da massa principal dos 
ventrículos. 
- onda S: primeira deflexão negativa, após uma 
deflexão positiva que não é a onda P – última 
fase da despolarização. 
 
OBS: as ondas P e do complexo QRS, são ondas de 
despolarização. 
 
O N D A – T: 
 Onda de repolarização; 
 Onda assimétrica (apresenta diferença nos 
lados) – ramo ascendente (p/ cima) é lento e o 
ramo descendente (p/ baixo) é rápido – essa 
característica é MUITO IMPORTANTE. 
 Toda onda T simétrica é patológica! 
 
 
 
 
- intervalo P-R: Do início da ONDA P até o início da 
atividade do COMPLEXO QRS. Mede a condução átrio- 
ventricular. Representa o tempo entre a despolarização 
dos átrios até a despolarização inicial dos ventrículos. 
Dura cerca de 0,16s. 
- intervalo Q-T: É um segmento marcado do fim do 
COMPLEXO QRS ao fim da ONDA T. Representa o 
intervalo entre o fim da despolarização ventricular e o 
início da repolarização ventricular. 
 
D E R I V A Ç Õ E S 
E L E T R O C A R D I O G R Á F I C A S: 
 Chamadas de derivações bipolares padrão 
dos membros; 
 São “bipolar”, porque o eletrocardiograma é 
registrado por 2 eletrodos posicionados em 
lados diferentes do coração, neste caso, nos 
membros; 
 “Forma” de enxergar uma despolarização 
celular; 
 Não é só um fio conectado ao corpo, mas sim 
uma combinação de 2 fios e seus eletrodos para 
formar um circuito completo entre o corpo e o 
eletrocardiógrafo. 
 
- Derivação 1: terminal negativo do 
eletrocardiógrafo está conectado ao braço direito e 
o terminal positivo no braço esquerdo. Portanto, 
quando a área pela qual o braço direito se une ao 
tórax está eletronegativa, em relação à área pela 
3 
 
qual o braço esquerdo se une ao tórax, o 
eletrocardiógrafo registra valor positivo, isto é, 
valor situado acima da linha de voltagem zero do 
ECG. Quando ocorre o oposto, o eletrocardiógrafo 
registra valor situado abaixo da linha. 
 
- Derivação 2: terminal negativo do 
eletrocardiógrafo é conectado ao braço direito, e o 
terminal positivo, à perna esquerda. Portanto, 
quando o braço direito está negativo em relação 
à perna esquerda, o eletrocardiógrafo exibe 
registro positivo. 
 
- Derivação 3: terminal negativo do 
eletrocardiógrafo é conectado ao braço esquerdo, e 
o terminal positivo, à perna esquerda. Essa 
configuração significa que o eletrocardiógrafo 
apresentará registro positivo quando o braço 
esquerdo estiver negativo em relação à perna 
esquerda. 
 
 
- Triângulo de Einthoven: está traçado ao redor da 
área do coração. Essa figura geométrica mostra que 
os dois braços e a perna esquerda formam os 
ápices de um triângulo que circunda o coração. 
Os dois ápices da parte superior do triângulo 
representam os pontos pelos quais os dois braços 
se conectam eletricamente aos líquidos situados ao 
redor do coração, e o ápice inferior é o ponto pelo 
qual a perna esquerda se conecta a esses líquidos. 
 
- Lei de Einthoven: afirma que se os potenciais elétricos 
de 2 das 3 derivações bipolares dos membros forem 
conhecidas em um dado momento, o potencial elétrico 
da terceira será dado pela soma dos 2 primeiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D E R I V A Ç Õ E S 
P R E C O R D I A I S – T O R Á C I C A S: 
- os ECGs são registrados pela colocação de eletródio 
na superfície anterior do tórax, diretamente sobre o 
coração. Esse eletródio é conectado ao terminal positivo 
do eletrocardiógrafo, e o eletródio negativo, 
denominado eletródio indiferente, é conectado, 
simultaneamente, ao braço direito, ao braço esquerdo e 
à perna esquerda, por meio de resistências elétricas 
iguais. 
- Em geral, faz-se o registro de seis derivações 
torácicas padrão, uma por vez, na parede anterior do 
tórax, colocando-se o eletródio torácico de forma 
sequencial nos seis pontos mostrados no diagrama. Os 
diferentes registros são conhecidos como derivações 
V1, V2, V3, V4, V5 e V6. 
 
4 
 
E L E T R Ó D I OS 
V1: 4° Espaço Intercostal Direito; 
V2: 4° Espaço Intercostal Esquerdo; 
V3: Entre V2 e V4; 
V4: 5° Espaço Intercostal Esquerdo na linha 
Medioclavicular; 
V5: 5° Espaço intercostal Esquerdo na linha Axilar 
anterior; 
V6: 5° Espaço Intercostal Esquerdo na linha Axilar 
média; 
Eletrodos periféricos: lado direito -> vermelho em cima e 
preto em baixo; lado esquerdo -> amarelo em cima e 
verde em baixo. 
 
 
 
- Nas derivações V1 e V2 , os registros do complexo 
QRS do coração normal são na maioria das vezes 
negativos, porque, o eletródio torácico dessas 
derivações está mais próximo da base cardíaca que 
do ápice, e a base do coração permanece eletronegativa 
durante a maior parte do processo de despolarização 
ventricular. 
- De modo oposto, nas derivações V4 , V5 e V6 , os 
complexos QRS são em sua maior parte positivos, 
porque o eletródio torácico dessas derivações está 
mais próximo do ápice do coração que permanece 
eletropositivo durante a maior parte da despolarização. 
 
 
D E R I V A Ç Õ E S 
U N I P O L A R E S D O S M E M B R O S: 
- Dois dos membros são conectados ao terminal 
negativo do eletrocardiógrafo por meio de resistências 
elétricas, e o terceiromembro é conectado ao terminal 
positivo; 
- Quando o terminal positivo está no braço direito, a 
derivação é denominada aVR; 
- Quando está no braço esquerdo, aVL; 
- Quando está na perna esquerda, aVF. 
 
 
A N Á L I S E V E T O R I A L: 
 Muitas anormalidades sérias do músculo 
cardíaco podem ser diagnosticadas pela análise 
dos contornos das ondas, nas diferentes 
derivações eletrocardiográficas. 
5 
 
 As correntes cardíacas seguem em direção 
particular pelo coração, em dado momento, 
durante o ciclo cardíaco. Um vetor é uma seta 
que aponta na direção do potencial elétrico, 
gerado pelo fluxo de corrente, com a ponta 
voltada para a direção positiva. Também, por 
convenção, o comprimento da seta é traçado 
em proporção à voltagem do potencial. 
 No geral, muito mais corrente segue para baixo, 
da base dos ventrículos em direção ao ápice, do 
que para cima. Portanto, o vetor somado do 
potencial, gerado nesse instante particular, 
chamado vetor instantâneo médio, é 
representado pela longa seta preta, traçada 
pelo centro dos ventrículos, na direção da base 
para o ápice. 
 
- A derivação I é registrada por dois eletródios 
colocados, respectivamente, em um dos braços. Como 
os eletródios ficam exatamente na direção horizontal, 
com o eletródio positivo na esquerda, o eixo da 
derivação I é de 0 grau. 
- Para registrar a derivação II, os eletródios são 
colocados no braço direito e na perna. O braço direito se 
liga ao tronco em seu limite superior direito, e a perna 
esquerda, no limite inferior esquerdo. Portanto, a direção 
dessa derivação fica em torno de +60º. 
- Por análise semelhante, pode ser visto que a derivação 
III tem eixo de cerca de +120º; 
- A derivação aVR, +210º; 
- AVF, +90º; 
 - AVL, −30º.

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