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INVAGINAÇÃO INTESTINAL · É a entrada de uma alça intestinal proximal dentro de sua parte distal, em trechos adjacentes. · Se não houver redução, a tendência é: Congestão venosa Sangramento da mucosa Comprometimento arterial Isquemia Infarto Necrose Perfuração de alça Peritonite Sepse Morte. · Cerca de 80% dos casos ocorre em crianças abaixo de dois anos, e 60% em menores de um ano. · Doença obstrutiva do lactente jovem. · Afeta cerca de 1-4/1.000 crianças, e tem predomínio no sexo masculino (4:1). ETIOPATOLOGIA · A causa exata da invaginação não é conhecida · Alguns vírus (ex.: adenovírus) causadores de infecções respiratórias ou gastrointestinais · Introdução de novas proteínas na dieta · Hiperplasia linfoide das placas de Peyer da submucosa intestinal, predispondo à invaginação. · Mais comumente, acontece na porção ileocólica (90%). · Outras condições como: fibrose cística, púrpura de Henoch-Shönlein, pólipos, divertículo de Meckel, tumores podem estar associados à intussuscepção. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · O quadro clínico se inicia com: · Dor abdominal de instalação aguda e súbita, durante a qual o lactente chora, torna-se irritado e flete a coxa sobre o abdome. · A dor acontece em paroxismos, que se intensificam em intensidade e frequência ao longo do tempo. · Entre os episódios dolorosos o lactente aparece bem, mas, conforme o tempo passa e progride a isquemia da alça intestinal, surgem outros sinais e sintomas, como: · Irritabilidade/letargia, · Vômitos, diarreia sanguinolenta com aspecto de geleia de morango ou framboesa (60% dos casos). · Com o agravamento da doença surgem os sinais de colapso circulatório, com pulsos fracos e hipotensão. · Ao exame físico, pode-se: · Palpar uma massa mal definida em forma de “salsicha” no quadrante superior direito com FID vazia (sinal de Dance), mais facilmente identificada durante os paroxismos dolorosos. · O toque retal evidenciando sangue corrobora a hipótese diagnóstica. DIAGNÓSTICO · O diagnóstico é determinado pela: Anamnese + Exame físico + Exames complementares. · A ultrassonografia é o exame complementar · A demonstração da típica imagem tubular (pseudorrim) no corte longitudinal · Imagem em “alvo” no corte transversal sugerem o diagnóstico TRATAMENTO · A intussuscepção é uma emergência · A sua redução através do enema ou da cirurgia deve ser feita o mais rápido possível. · A realização da redução hidrostática guiada pela USG é um bom método terapêutico para as crianças estáveis. · Situações em que as crianças não devem ser submetidas á redução hidrostática, com salina ou com contraste: · Sinais de choque · Peritonite · Pneumatose intestinal · Pneumoperitônio · A cirurgia está indicada quando há falha na redução da invaginação por enema contrastado (bário ou ar) ou nas contraindicações ao exame descritas acima. · A ressecção intestinal deve ser realizada apenas quando houver evidências inconfundíveis de necrose de alça.
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