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FA���C��O��C��O��� É a capacidade inerente de uma substância causar prejuízos ao usuário, dando enfoque aos efeitos prejudiciais dos fármacos ▪ Acidentes: Sulfanilamida; Cloranfenicol; síndrome cinzenta em crianças, com alta taxa de ingestão em grávidas Talidomida; “hipnótico seguro e efetivo”, afetava os fetos em dose única, fazendo com que nascessem sem membros Conceitos AÇÃO X EFEITO Efeito dos fármacos: terapêuticos, colaterais ou tóxicos adversos A criação da droga é feita a partir de seu desenho, teste no órgão isolado, teste em mamíferos pequenos e em mamíferos grandes Tóxicos Veneno Antídoto Perigo Risco Segurança Toxicidade Toda substância absorvida ou introduzida capaz de produzir lesão Provoca intoxicação ou morte mesmo em doses baixas Agente que antagoniza os efeitos tóxicos Toxicidade potencial de um agente relacionado à forma de uso Probabilidade de produzir dano relacionado a toxicidade inerente Probabilidade de não produzir dano, o contrário de risco Grau de dano potencial Intoxicação Dose letal Exposição Toxicocinética Toxicodinâmica Efeitos mutagênicos/ cancerígenos Efeitos teratogênicos Conjunto de transtornos devido a presença de um tóxico no organismo Quantidade necessária para matar Contato ou impregnação de uma substância Movimento do tóxico dentro do organismo ou efeito do organismo sobre a substância Mecanismos e efeitos da interação ou efeito da substância sobre o organismo Alteração das células germinativas / alteração das células somáticas Alteração no feto por exposição a alguma substância Efeito colateral: qualquer efeito não intencional de um produto farmacêutico, o qual ocorre em doses normalmente utilizadas pelos pacientes, relacionadas às propriedades farmacológicas do medicamento. Reação adversa do medicamento: uma resposta a um medicamento que é nociva e não intencional, ocorrida em doses usuais Reação adversa ocorrendo em pacientes hipersensíveis: intolerância; reações idiossincrásicas (relacionadas à grupos específicos, tal como adultos ou crianças) e reações alérgicas ● TOXICIDADE DOS FÁRMACOS - OVERDOSE Uso de doses acima das consideradas seguras, podendo ser acidental, ocorrendo em hospitais, ambulatórios e em casa e intencionais relacionadas ao suicídio. ● TOXICOCINÉTICA Substâncias químicas exógenas são biotransformadas em substâncias mais ou menos tóxicas que o produto original, onde os metabólitos interagem com macromoléculas e há disparidades na concentração do fármaco obtida em uma dose padrão ● TOXICODINÂMICA Estuda mecanismo de ação do tóxico com o seu respectivo receptor; variabilidade individual de responsividade a uma concentração medicamentosa; o órgão no qual ocorre a interação nem sempre é o órgão que será afetado; visa prevenção, diagnóstico e tratamento. PRINCIPAIS MECANISMOS DE AGENTES TÓXICOS SOBRE O ORGANISMO 1. Inibição reversível ou irreversível de enzimas 2. Síntese alterada – produto anormal 3. Sequestro de metais essenciais – cofatores –Fe, Cu, Zn, Mn e Co Inibição do cobalto pode causar câncer Óxido nitroso inibe o cobalto, portanto atentar-se a exposição prolongada do cirurgião-dentista ao óxido nitroso 4. Interferência no transporte de hemoglobina Alguns anestésicos têm capacidade de alterar a hemoglobina - carboemoglobina; metemoglobina e sulfemoglobina 5. Interferência no sistema genético Ação citostática, mutagênica, carcinogênica e teratogênica 6. Interferência nas funções gerais da célula 7. Irritação direta dos tecidos 8. Reações de hipersensibilidade → LIGADOS AO PACIENTE (mecanismo de toxicidade ligado ao paciente): INTRÍNSECO CONSTITUCIONAL X INTRÍNSECO CONDICIONAL a. Variabilidade individual Fatores fisiológicos b. Peso e composição corporal e idade Fatores patológicos c. Sexo, gravidez e lactação -Doença renal d. Fatores ambientais Fatores psicológicos e. Influência genética *Drogas que tem distribuição na gordura será melhor distribuída em indivíduos com sobrepeso do que em magros, assim como idosos possuem um percentual de gordura mais significativo que indivíduos jovens. (IC/IC - FF) - b. Quanto ao peso, composição corporal e idade, o volume de distribuição age em função da massa corporal, padronização de doses a partir do peso (geralmente com crianças) e em função da composição corporal, se essa se resume em massa ou gordura. Como exemplo tem-se idosos que retém uma maior quantidade de gordura, além do menor volume de água, promovendo acúmulo de fármacos lipossolúveis, tais como anestésicos gerais, diferentemente de alguém que utiliza anabolizantes e tem baixíssima quantidade de gordura, além de uma grande quantidade de água Nos RECÉM NASCIDOS, ocorre a hiper-reatividade dos fármacos, acúmulo de droga visto que o sistema renal e hepático não está desenvolvido e menor ligação das drogas às proteínas plasmáticas, resultando em grande quantidade de droga livre circundante, além da barreira hemato-encefálica incompleta, que permite passagens de drogas ao SNC Nos IDOSOS, há também hiper-reatividade * (Benzodiazepínicos) lipossolúveis têm efeito mais acentuado em idosos e pessoas obesas *Os idosos têm maior incidência de confusão e desorientação com os antidepressivos tricíclicos Absorção: No idoso há diminuição de diversas funções (fluxo sanguíneo, secreção gástrica com aumento do pH, absorção de ferro, superfície de absorção, motilidade do GI e número de células absortivas) Distribuição: Há diminuição de proteínas do plasma, seu volume, débito cardíaco e quant de líquido corporal, além da substituição da massa por gordura Metabolismo: Diminuição da atividade enzimática do sistema P450, diminuição da desmetilação, oxidação e hidrólise e diminuição da massa e fluxo sanguíneo hepático em 40% Excreção: Diminuição da massa renal em 30%, do número de néfrons, do fluxo sanguíneo renal 50%, podendo causar um aumento da esclerose glomerular espontânea e diminuição da filtração glomerular 30-50%. → (Paracetamol): Hidrossolúvel, um analgésico, sua concentração no sangue fica elevada e acaba sofrendo rápida excreção através da filtração glomerular → (Diazepam): Lipossolúvel, um benzodiazepínico, se armazena na gordura e possui, portanto, ação mais prolongada ▪ Os IDOSOS têm maior sensibilidade à sedação pelos benzodiazepínicos por terem maior percentual de gordura c. Mulheres tendem a ter maior percentual de gordura corporal do que homens. Em grávidas, há alteração da função glomerular com aumento da eliminação renal e consequente aumento do débito cardíaco, metabolismo intensificado, etc, sendo que poucos agentes são seguros para o feto. d. Fatores ambientais como dias quentes, dieta, tipos de alimentos ingeridos, horário, etc, podem agir em fatores fisiológicos, tais como pH plasmático e urinário, balanço hidrossalino, temperatura, pressão arterial, sendo que as funções fisiológicas têm periodicidade diária e podem resultar em flutuações diárias de resposta aos fármacos e. A génética pode influenciar na ausência de enzimas/receptores/proteínas que reajam com o fármaco em questão (IC – FPa) Doença renal. Das doenças renais que resultam em insuficiência renal, há o aumento da meia vida plasmática da droga (meia vida: tempo que a droga leva para reduzir sua concentração pela metade). A medida de avaliação do estado renal é a depuração da droga por creatinina. Para se evitar o acúmulo de drogas, é necessário aumentar o intervalo de administração da droga. Hipoalbuminemia- A albumina é a proteína com maior concentração no plasma sanguíneo (60%). É responsável por regular o volume do sangue, além de ser uma proteína transportadora, ligando-se naturalmente aos produtos terapêuticos e tóxicos na circulação sanguínea. A hipoalbuminemia pode ser causada por doença hepática, síndrome nefrótica, queimadura e síndromes de má absorção. Uremia- Altos níveis de uréia no sangue, resultado de uma filtração ineficiente do sangue pelos rins *Tanto a hipoalbuminemia quanto a uremia podem aumentar a toxicidade do medicamento e perda do benefício terapêutico Insuficiênciacardíaca e congestiva. Podem diminuir a perfusão tecidual e a eliminação do fármaco torna-se significativamente retardada. Disfunções hepáticas (câncer e hepatite). Pode retardar de maneira marcante o metabolismo e eliminação biliar dos fármacos (IC – FPs)- Distúrbios psicológicos promovem manifestações fisiológicas pelo aumento de secreções, ativação do SNC, alterações cardiocirculatórias, além de manifestações patológicas, tais como doenças do SNC e patologías originadas por síndrome metabólica. → LIGADOS AO FÁRMACO: EXTRÍNSECO Os mecanismos de toxicidade ligados ao fármaco são variáveis na sua administração, dependem da tolerância e sensibilização farmacológica, além de possuir fatores relativos ao esquema terapêutico ● Quanto às VARIÁVEIS NA ADMINISTRAÇÃO , ou seja, variáveis na administração que podem alterar os mecanismos de toxicidade, tem-se: Horário de administração: em que os efeitos colaterais são minimizados se o fármaco é administrado na hora de dormir, agentes estimulantes devem ser administrados durante o dia e as doses, se antes ou depois das refeições, deve ser ministrada de acordo com respectivo desconforto do tgi. Duração da terapia: Deve ser suficiente para ser eficaz, visto que as reações medicamentosas adversas são obtidas a maior prazo, atentando-se ao cuidado com possível caso de dependência Erros de medicação: Falta de conhecimento sobre o paciente, a doença ou o fármaco. O clínico pode enganar-se na prescrição, o farmacêutico pode dispensar o fármaco errado, o clínico/farmacêutico pode instruir errado, pode haver negligência na administração. Não adesão do paciente ao tratamento: Fármacos com efeitos colaterais têm maior taxa de abandono, esquemas terapêuticos complexos têm menos taxa de aderência, ● Quanto à TOLERÂNCIA E SENSIBILIZAÇÃO FARMACOLÓGICA, tem-se: Tolerância: Estado de responsividade diminuída que se desenvolve pela exposição contínua e repetida a um agente ou a um de seus congêneres, sendo a tolerância dividida em dois tipos (farmacocinética ou tolerância de disposição, ou ainda farmacodinâmica ou tolerância celular) → Tolerância de disposição: ocorre quando a concentração eficaz do agente não é conseguida no local de ação, agentes estimulam seu próprio metabolismo (indução enzimática), redução das concentrações plasmáticas (seja por aumento da captação e metabolismo dos fármacos causado pela indução de transportadores ativos ou diminuição da absorção gastrointestinal associada ou não com aumento da secreção renal), imunotolerância (anticorpos produzidos em resposta a uma substância antigênica combinam-se com o agente, diminuindo sua concentração efetiva) *A eficácia clínica pode ser restaurada pelo ajuste da dose ou do intervalo entre as administrações → Tolerância de celular: efeito produzido pelo fármaco é reduzido por alterações celulares. Essa tolerância é adquirida gradualmente, dependente do fármaco, da dose e da frequência de administração e é comum em fármacos que alteram o humor, a percepção ou o pensamento (benzodiazepínicos, analgésicos, opióides, barbitúricos, álcool, anfetaminas, cafeína e cocaína). Ocorre com alcoólatras que são tolerantes aos efeitos, mas não à dose letal. O aumento da dose pode levar à toxicidade grave ou dependência, podem ocorrer mudanças adaptativas na síntese, armazenamento, liberação e recaptura do mediador endógeno e o desenvolvimento rápido de tolerância - taquifilaxia → FATORES RELATIVOS AO ESQUEMA TERAPÊUTICO: A atitude do paciente com relação ao esquema terapêutico ou ao clínico podem determinar se um agente será eficaz. - Efeito placebo: medicação ou procedimento inócuo que provoca efeito psicológico. Não são utilizados somente em doenças psicossomáticas, não são inúteis quando os sintomas têm base orgânica, são, no geral, somente uma forma de acalmar o paciente. Com ação comprovada em casos de dor no câncer, angina de peito, cefaléia e feridas cirúrgicas. Tem prática disseminada na medicina, porém em odontologia não. Placebo puro: preparação farmacologicamente inerte, sem nenhum princípio ativo, onde o paciente deve acreditar que é verdadeiro (comprimidos de amido ou açúcar, injeções de soro fisiológico e cirurgias fictícias). - Nocebo: efeito placebo negativo, ou seja, o “medicamento” piora a condição do paciente. Placebo impuro: com princípio ativo, mas sem atividade específica para a situação clínica a ser tratada. Depende do interesse do dentista pelo paciente e pelo caso e do interesse do paciente pelo tratamento. Suas crenças e convicção nos resultados positivos da terapêutica. Porém conta com a falta de previsibilidade, pois dá certo em aprox 1/3 das pessoas. São 3 modelos de placebo: OPIÓIDE - Liberação de endorfinas pelo SNC no núcleo accumbens (peptídeo opióide endógeno cerebral histamina e endorfina) que causam analgesia. Fenômeno esse confirmado pelo uso da naloxona, essa que atua como antagonista de opióide. Resposta nocebo associada com a desativação desse sistema. CONDICIONAMENTO - Medicação e interação com médicos (Pavlov) ocorre com a administração inicial de um medicamento que causa alívio imediato. Quando o medicamento é substituído por um placebo, perpassando pelo original, o alívio ainda é imediato. EXPECTATIVAS - Associação simbólica de receber a medicação em um ambiente terapêutico. O paciente deve “querer” ser cuidado e se o paciente está indiferente quanto a sua condição ou quanto ao esquema terapêutico, o efeito placebo é improvável. ● INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM ODONTOLOGIA ● São modificações na intensidade e na duração da resposta de um fármaco devido a ingestão simultânea de outro fármaco, álcool ou alimento. ● Efeito não previsível de um fármaco que aparece quando administrado simultaneamente a outros fármacos ● Leva ao efeito inesperado do fármaco a alteração do metabolismo do fármaco causado por outro, levando a formação de um metabólito ativo. Ex: dissulfiram inibe a aldeído desidrogenase aldeítica (metabolismo intermediário do álcool) e leva ao acúmulo de acetaldeído, provocando sintomas desagradáveis (rubor facial, cefaléia, náusea, vômito e fraqueza). ● São mais importantes quando: causam redução na eficácia do tratamento de doenças graves; aumentam a toxicidade e pode levar à morte direta ou indiretamente. Outro fármaco Fármaco x Paciente Patologia Alimento INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Terapêuticas Cinéticas Terapêuticas Dinâmicas ● Absorção - Antagonismo ● Distribuição - Potenciação ● Metabolismo - Somação ● Excreção - Inesperada ● -Sinergismo Terapêuticas Cinéticas Influência de um fármaco na absorção, distribuição, transformação ou eliminação de outro fármaco O agente A pode aumentar a distribuição e absorção, acentuando o efeito do fármaco principal O agente B pode aumentar metabolismo ou excreção, diminuindo o efeito do fármaco e seu tempo no organismo Absorção: O aumento ou diminuição da absorção pode ocorrer por alteração do fluxo sanguíneo do TGI, alterações de motilidade, alterações no pH, e presença de alimento no espaço estomacal → (ranitidina, antiácidos e omeprazol) aumentam o pH estomacal, podendo interferir na absorção de outros fármacos, tais como (cetoconazol, atenolol, ampicilina, ciprofloxacina, fenitoína, norfloxacina e tretraciclinas), ou seja, antibióticos em geral são afetados pelo aumento de pH → Antibióticos tais como (penicilinas, tetraciclinas, metronidazol, ampicilina, eritromicina e clindamicina) poderiam afetar a eficácia do contraceptivo, visto que é necessária a hidrólise do contraceptivo por enzimas bacterianas do TGI Fármacos que aceleram o esvaziamento gástrico, podem aumentar a absorção de outros medicamentos (motilidade), assim como os fármacos que retardam o esvaziamento gástrico ou diminuem motilidade podem diminuir a absorção de outros medicamentos Distribuição Fármacos disputando pelo mesmo sítio proteico Principal proteína ligante no sangue é a albumina, que pode serreduzida por câncer, insuficiência cardíaca, processos inflamatórios, doenças hepáticas, queimaduras, gravidez, cirurgias e estresse. Drogas ácidas afetam a albumina. A maioria absoluta dos fármacos ocupa uma pequena porção dos sítios disponíveis (1%) AAS ocupa 50% dos sítios disponíveis e é capaz de acetilar outros resíduos de lisina das moléculas de albumina, inativando outras porções Quando um fármaco desloca o outro, ocorre aumento da fração livre do fármaco deslocado, aumentando risco que toxicidade *Estrógenos, insulina e corticóides têm alta fixação dos fármacos às proteínas plasmáticas RELAÇÕES DE DESLOCAMENTO ENTRE ANTICOAGULANTES: Varfarina x AAS AINES Paracetamol Metronidazol Tetraciclinas Eritromicina Henoxaparina x Dipirona RELAÇÕES DE DESLOCAMENTO ENTRE DROGAS ANTI-DIABÉTICAS Insulina, clorpropamida e glibenclamida x AAS, AINES Metabolismo Envolvem modificações das atividades de sistemas enzimáticos de metabolização de drogas ● Enzimas microssomais hepáticas podem ser induzidas ou inibidas ● Altera taxa de biotransformação e interfere com o grau de duração da atividade do fármaco Inibição enzimática ● Inibidores da MAO causam diminuição do metabolismo da fenilefrina, causando hipertensão e arritmia Alteração indireta da biotransformação ● Alteração do fluxo sanguíneo hepático causado por propanolol, cimetidina e ranitidina, causando inibição da eliminação da lidocaína Excreção A eliminação renal ocorre por influência do pH urinário e reabsorção tubular Urina alcalina: Aspirina, barbitúricos, estreptomicina, fenilbutazona Urina ácida: Ácido ascórbico, amitriptilina, imipramina, nicotina Terapêuticas Dinâmicas Sinergismo Um fármaco intensifica os efeitos do outro → Adição ou somação: Ocorre pela administração de fármacos com efeitos similares, levando a uma resposta somada, tal como: Analgésicos opióides + petidina (meperidina, demerol ou dolantina) Anestésicos gerais + benzodiazepínicos Varfarina + aspirina → Potenciação: Os fármacos combinados não apresentam resposta em comum, resultando em resposta maior que o normal, levando a resposta potencializada de forma que não seja de 1+1=2 como na somação, mas com resultado > que 2 Inibidores da MAO ++ efedrina ou tiramina Álcool ++ benzodiazepínicos Varfarina ++ antibióticos Anestésicos locais ++ vasoconstritores Antagonismo Redução do efeito de um fármaco por outro, tal como ocorre em bactericidas e bacteriostáticos Fisiológico: O fisiológico competitivo se resume aos mesmos receptores Benzodiazepínicos x fumazenil Norepinefrina x propanolol Prometazina x Histamina O fisiológico não competitivo possui receptores distintos Acetilcolina e epinefrina INTERAÇÕES FÍSICAS OU QUÍMICAS Acontecem fora do organismo durante o preparo ou administração do fármaco, principalmente de medicamentos parenterais, e resultam em alteração ou turvação da solução, mudança de coloração do medicamento ou inativação do princípio ativo. Deve-se considerar que nem toda alteração é visível (precipitação, alteração da cor, gás). FÍSICAS... Mudança de estado: sólido, líquido e gasoso. QUÍMICAS... Reações químicas entre dois ou mais medicamentos, formando uma substância diferente da original, envolvendo modificações das atividades dos sistemas enzimáticos. Pode envolver íons metálicos que formam quelatos, diminuindo disponibilidade do fármaco, como ocorre com cálcio, cobalto, zinco, ferro e mangnésio. Adsorção Carvão ativo x alcalóides e metais Alteração de pH Antiácidos x AAS Neutralização Ácidos básicos x Bases fracas Precipitação Íons bivalentes x Tetraciclinas e AAS MEDICAMENTOS X ALIMENTOS Alimentos afetam o esvaziamento gástrico e vários alimentos são convertidos em tiramina, que é convertida em tirosina Drogas ácidas e lipossolúveis são beneficiadas pela presença de alimentos gordurosos no estômago ▪ Toranja Inibidor do citocromo P450, afeta anti-hipertensivos, antimicrobianos e muitos outros medicamentos ▪ Cranberry Em interação com varfarina, causa hemorragia. Reduz níveis de antidepressivos, anti-psicóticos e analgésicos opióides ▪ Blueberry Hipoglicemia ▪ Romã Pode reagir com varfarina e amiodarona FITOTERÁPICOS Cinco produtos naturais são mais comuns para interações: → Alho, veleriana, kava-kava, ginkgo (melhora cognitiva, antiplaquetária e anti-inflamatória. Melhora circulação cerebral e periférica, melhora memória e audição, auxilia no tratamento da demência, e alivia a doença vascular periférica), e erva de são joão, representado 68% das interações significativas. ▪ Causa aumento de sangramento em interação com antiplaquetários e anticoagulantes ▪ Causa diminuição do nível sérico do omeprazol ▪ Em interação com risperidona, causa priapismo Erva de são-joão: Usado como antidepressivo e antiviral, promove indução enzimática em um período de 14 dias, reduz os níveis plasmáticos de muitos fármacos, promove recuperação em 7 dias, aumenta reações fototóxicas/fotoalérgicas com tetraciclinas, sulfonamidas e inibidores da bomba de prótons. Aumenta efeito dos Benzodiazepínicos, opióides e outros inibidores do SNC. Possíveis crises serotoninérgicas com inibidores da MAO e outros antidepressivos. Com meperidina e tramadol, causa inquietação, hiperatividade motora e coma. Reduz níveis plasmáticos por indução enzimática de contraceptivos orais, anticoagulantes, digoxina, antiarrítmicos, antagonistas de canal de cálcio, beta-bloqueadores, estatinas e antiretrovirais INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA VASOCONSTRITORES – Beta bloqueadores, antidepressivos tricíclicos, IMAO, Fenotiazínicos, alfa bloqueadores, cocaína e crack, anfetamina e similares. Epinefrina e norepinefrina: injeção em bolo; efeitos duram cerca de 5 minutos em teste em cães que recebem 70 microgramas, cerca de 4 tubetes de epinefrina 1:100000 A epinefrina promove aumento significativo da pressão arterial sistólica, com lento retorno da pressão, enquanto a pressão diastólica começa a aumentar, tem uma queda brusca concomitante ao pico da sistólica, resultante da compensação do aumento da pressão arterial e sobe gradativamente. A epinefrina é a única que age em beta 2, esse receptor responsável pelo relaxamento da musculatura lisa, tal como na broncodilatação e dilatação das artérias do músculo esquelético. A epinefrina age em beta 1 causando uma resposta imediata de vasodilatação intensa, juntamente com a dilatação das artérias do músculo esquelético e broncodilatação.. Essa vasodilatação faz cair significativamente a pressão diastólica, que é compensada em seguida pelo aumento da PA . A norepinefrina promove aumento tanto da pressão sistólica quanto da diastólica, porém a sistólica é mais acentuada, com aumento gradativo da diastólica e diminuição gradativa da sistólica. A norepinefrina age somente em alfa 1, dos vasos e beta 1 do coração. Há portanto aumento da pressão arterial pela ação em alfa 1 a partir da vasoconstrição periférica, justificando o aumento da pressão sistólica e bradicardia reflexa subsequente. BETABLOQUEADORES NÃO SELETIVOS Bloqueiam tanto os receptores beta 1 do coração, quanto os beta 2 do músculo liso, como nos pulmões. Se agem bloqueando tanto em beta 1 quanto em beta 2, há aumento da pressão arterial, subsequente a diminuição da frequência cardíaca. (Propanolol, nadolol, timolol e pindolol) BETABLOQUEADORES SELETIVOS + epinefrina e norepinefrina A epinefrina, se não pode fazer ação em beta 1, promove queda da pressão arterial agindo somente em beta 2, com taquicardia reflexa. A norepinefrina, se não pode fazer ação em beta 1, como também não age em beta 2, causará aumento da pressão arterial com ação em alfa 1 e bradicardia reflexa (reflexo vagas pelo estímulo de liberação de acetilcolina) (Atenolol e metoprolol) ALFABLOQUEADORES Em interação com a epinefrina: medicamentos como (*prazozina) - que bloqueia receptores alfa 1 - e (**fenotiazínico) - que bloqueia ambos os receptores alfa, utilizado no tratamento de hipertensão arterial sistêmica - resultam em queda da pressão arterial, pois nãohaverá vasoconstrição periférica, resultando em leve taquicardia reflexa. **(Clorpromazina, promazina e levopromazina) *(Prazozina) Em interação com a norepinefrina: há bloqueio dos receptores alfa 1 por medicamentos como (prazozina) ou (fenotiazínicos), causando o diminuição da pressão arterial seguida de taquicardia reflexa grave, visto que a norepinefrina é a que tem ação principal sobre os receptores alfa adrenérgicos dos vasos sanguíneos. ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS + epinefrina e norepinefrina Usados para tratamento de depressão e dores crônicas e faciais que inibem a recaptação de noradrenalina, causam aumento do efeito vasoconstritor, aumento da PA, taquicardia e cefaléia. (Amitriptilina, Clomipramina, Desipramina, Doxepina, Imipramina, Maprotilina e nortriptilina) INIBIDORES SELETIVOS DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA + epinefrina e norepinefrina Usado para o tratamento de dores orofaciais e depressão crônica e não causam efeitos adversos conhecidos com nenhum anestésico local (Fluoxetina, sertralina, paroxetina, citalopram) INIBIDORES DA MAO + aminas simpatomiméticas Aminas simpatomiméticas ou drogas simpatomiméticas são drogas que imitam os efeitos do hormônio epinefrina e do hormônio/neurotransmissor norepinefrina. Os inibidores da MAO promovem a inibição da metabolização das aminas simpatomiméticas, podendo ser o inibidor da MAO, reversível ou irreversível, usados como antidepressivos, podendo causar crise hipertensiva, em maior risco com o uso da (fenilefrina). *Não existem evidências de risco com o uso da epinefrina). COCAÍNA E ANFETAMINAS OU SIMILARES + aminas simpatomiméticas Intensificação das respostas cardiovasculares, maior risco com injeção intravascular e infarto do miocárdio, arritmia, parada cardíaca. conduta: evitar realizar consultas que houve ingestão de cocaína em menos de 24 horas em associação com aminas simpatomiméticas contidas em anestésicos locais. CIMETIDINA, RINITIDINA E BETABLOQUEADORES + lidocaína Fármacos diminuem o fluxo sanguíneo hepático e causam aumento da meia vida da (lidocaína) cimetidina reduz a acidez do estômago rinitidina usado no tratamento de úlceras e gastrite ANTIBIÓTICOS DE AMPLO ESPECTRO + digoxina Digoxina serve para tratamento de cardiomiopatia. Fármacos como antibióticos de amplo espectro inibem a microbiota bacteriana que metabolizam a digoxina, aumentando sua concentração no plasma. conduta: usar outros tipos de antibióticos. Eficácia e inocuidade EFICÁCIA: é a capacidade do medicamento de produzir um efeito em condições controladas EFETIVIDADE: é a capacidade do medicamento de produzir um efeito em condições não controladas (situação real) EFICIÊNCIA: é a razão custo-benefício. Máximo resultado com mínimo de recurso INOCUIDADE: não causa dano a saúde e não é nocivo Reações adversas a medicamentos ★ Classificação aguda ou crônica leve, moderada ou grave previsível ou imprevisível local ou sistêmica ★ A tendência em provocar reações adversas é amplamente dependente do fármaco ★ Efeitos de extensão fármacos são usados em dosagens submáximas para efeito respostas adversas podem surgir a partir da extensão do efeito terapêutico e são relacionadas com a dose e previsíveis ● EX: varfarina ● episódios hemorrágicos ocorrem em em dois a quatro por cento com terapia convencional ● em quantidade maior inibiria melhor a formação do coágulo, mas aumenta inaceitavelmente o risco de sangramentos espontâneos ★ Efeitos colaterais reações dose dependentes, previsíveis e não relacionadas com o objetivo da terapia formas mais perigosas ocorrem com superdosagem do fármaco ★ Reações idiossincráticas resposta anormal geneticamente determinada maioria das respostas fora da faixa normal de reatividade não são verdadeiramente idiossincráticas, mas manifestações alérgicas ou de extensão de efeitos ou efeitos colaterais ★ Hipersensibilidade medicamentosa respostas adversas de origem imunológica aproximadamente 10% das respostas indesejadas necessária exposição prévia ao fármaco gravidade da resposta não depende do fármaco ★ Índice terapêutico x janela terapêutica Para comparar as concentrações que produzem efeitos terapêuticos e tóxicos IT= razão de dose letal e dose terapêutica 50% Método grosseiro: segurança relativa para valores superiores a 10 Estimativa segurança com variação biológica - fator de segurança certeiro alto valor de IT= janela terapêutica larga ex: heparina, IT < 2 Pode causar sangramento significativo com menos de duas vezes a dose necessária para obter um efeito terapêutico
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