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Estratégia de saúde da família PNAB: Política Nacional da Atenção Básica * Teve uma revisão em 2017 que veio a enfraquecer o formato atual da equipe de Estratégia da Saúde da Família. As equipes de Estratégia Saúde da Família seguem orientações nacionais, ou seja, as orientações são as mesmas para todo o país. Porém alguns munícipios possuem características particulares, que culmina em algumas modificações, mas são pequenas. Essas portarias trouxeram a tona a discussão da Estratégia Saúde da Família: ◦ Portaria Nº 648, de 28 de março de 2006: estabelece a revisão de diretrizes e normas para a Organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família e o programa de Agentes Comunitários de saúde. ◦ Portaria Nº 2488, de 21 de outubro de 2011: estabelece a revisão de diretrizes e normas para a Organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família e o programa de Agentes Comunitários de saúde ◦ Portaria Nº 2436, de 21 de setembro de 2017: estabelece a revisão de diretrizes e normas para a Organização da Atenção Básica, no âmbito do SUS. Estratégia Saúde da Família ▸ Quando surgiu em 1994, chamava-se de Programa Saúde da Família ▸ Era chamado de programa, porque ele tinha um caráter temporário, ou seja, tinha uma data para terminar. ▸ O programa deu tão certo, que a proposta virou estratégia. Então o Ministério da Saúde começou a utilizar a Estratégia Saúde da Família para organizar o seu serviço nas Unidades de Atenção Primária à Saúde ▸ O estado do Ceará é vanguarda na proposta do Programa para trabalhar a Atenção Primária à Saúde ▸ O programa surgiu no Quixadá ▸ Existiu um programa antes do Programa Saúde da Família, o Programa do Agente Comunitário de Saúde (PACS), em 1991. Foi através dele que surgiu a ideia de ampliar para o outro Programa. ▸ O PACS era composto por: * 1 enfermeiro, que era responsável pela supervisão de vários agentes comunitários de saúde que já trabalhavam como os agentes atuais trabalham, fazendo visitas domiciliares. ▸ Implantação do PACS no Ceará (1987): os envolvidos foram Dr. Carlile, Dr. Odorico, Miria, e o grupo sob coordenação de Ines Amaral, Vilane, Laura, Graça, Mary, Sonia ▸ Implantação do PACS no Brasil (1991): Fátima Souza e Heloisa Machado ▸ Setembro de 1993: Dr. Odorico leva a proposta de Quixadá de Residência em Saúde da Família para ser financiada pelo Ministério. ▸Novembro de 1993: Em reunião técnica Dr. Odorico sugere que a Saúde da Família seja a proposta para a reorganização da Atenção Primária à Saúde ▸ Em 1994: Ministério da Saúde lança oficialmente o Programa Saúde da Família * Somente no ano de 2000, que foi lançado uma portaria que falava que era importante ter uma Equipe de Saúde Bucal. Antigamente a recomendação era que para cada duas equipes de Estratégia Saúde da Família, deveria ter uma equipe de Saúde Bucal. Atualmente, essa proporção é de um para um. * No modelo antigo da Estratégia Saúde da Família, não havia um vínculo dos profissionais com a população do território. O foco na família ✓ Utiliza métodos da clínica, da epidemiologia, das ciências sociais e da pesquisa e avaliação dos serviços de saúde para: definir e caracterizar a comunidade, identificar os problemas de saúde da comunidade, modificar programas para abordar estes problemas e monitorar a efetividade das ações de saúde. Os profissionais da Saúde da Família ⇨ São especialistas nos problemas mais comuns e frequentes na comunidade ⇨ Praticam a Saúde baseada em evidências, utilizando-se dos conhecimentos mais atualizados das ciências. ⇨ Teriam que ter um olhar ampliado, ou seja, ter um conhecimento maior das pessoas que eles estavam acompanhando para prestar um serviço melhor. ⇨ Suas ações são geralmente de baixa densidade tecnológica, porém são de alta complexidade da prática em saúde, pois para além da assistência, buscam atuar sobre os determinantes das doenças, através das ações de prevenção Perspectivas de Impacto Sócio-Político Uma atenção primária, organizada através da Estratégia Saúde da Família: ⇨ Resolve 85% dos problemas de saúde da comunidade. ⇨ Realiza vigilância à saúde (abrange a vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vigilância de saúde do trabalhador) ⇨ Racionaliza acesso aos serviços de média e alta complexidade ⇨ Amplia ações de promoção à saúde, incluindo ações intersetorias ⇨ Identifica e fortalece redes de proteção social, governamentais e/ou não. A transformação do modelo Antes Depois Atenção centrada na doença Atenção centrada na saúde Atua sobre demanda espontânea Responde à demanda de forma continuada e racional Ênfase na medicina curativa Ênfase na integralidade da assistência Trata o indivíduo como objeto da ação O indivíduo é sujeito, integrado a família, ao domicílio e comunidade Antigo modelo: * hospitalocêntrico, com o foco no médico, como a figura detentora de todo o poder na saúde, foco no biopoder. * o indivíduo não tinha autonomia. A responsabilidade por sua saúde era somente do médico Novo modelo: * não há um profissional que seja o mais importante da equipe. Além disso o foco seria na Atenção Primária e o trabalho é feito de forma multidisciplinar, uma vez que não se tem o médico como uma figura central e sim a equipe. * há a ênfase na prevenção, promoção, reabilitação, tratamento, ou seja, um olhar mais ampliado * Responsabilidade do cuidado com a saúde é em conjunto, ou seja, a equipe e paciente devem trabalhar juntos. Antes Depois Baixa capacidade de resolver problemas Otimização da capacidade de resolver problemas Saber e poder centrado no profissional médico Saber e poder centrados na equipe e comunidade Desvinculado da comunidade Vinculado à comunidade Relação custo/benefício desvantajosa Relação custo benefício otimizada Antigo modelo: * não havia vínculo com a comunidade Novo modelo: * há um vínculo com a comunidade ABS organizada pela Estratégia Saúde da Família ✓ Possibilita a organização do Sistema Municipal de Saúde para contemplar os pontos essenciais de qualidade na Atenção Básica * Nas propagandas que passavam na televisão, o PSF era muito relacionado as visitas domiciliares. Porém isso ficou mal explicado para a população, porque esse recurso era somente para as pessoas que não tinham condições de se locomover para uma unidade de saúde Organização dos Serviços • A Saúde da Família constitui uma estratégia para a organização e fortalecimento da Atenção Básica como o primeiro nível de atenção à saúde no SUS • Procura o fortalecimento da atenção por meio da ampliação do acesso, a qualificação e reorientação das práticas de saúde embasadas na Promoção da Saúde. ▫ Território adscrito: território que fica sob responsabilidade da equipe de Estratégia Saúde da Família. ▫ Acesso universal e contínuo. Apesar de ser universal, as pessoas são direcionadas para a unidades de seus respectivos territórios. ▫ Estimula a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia. ▫ Utiliza tecnologias de cuidado complexo e variadas para ajudar no manejo das demandas. ▫ Integralidade, universalidade, equidade, longitudinalidade Princípios da estratégia de Saúde da Família ♢ Adscrição de Clientela: definição precisa do território de atuação. ♢ Territorialização: mapeamento da área, compreendendo segmento populacional determinado ♢ Diagnóstico da situação de saúde da população: cadastramento das famílias e dos indivíduos, gerando dados que possibilitem a análise da situação de saúde do território. Características do processo de trabalho da SF ♢ Interdisciplinaridade: trabalho interdisciplinar, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações. ♢ Vinculação: participaçãona dinâmica social das famílias assistidas e da própria comunidade. As equipes tem que respeitar a cultura dessa população. ♢ Competência cultural: valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética, compromisso e respeito ♢ Participação social: participação da comunidade no planejamento, execução e avaliação das ações. ♢ Intersetorialidade: trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção da saúde. Saúde da Família - Atendem 4.000 pessoas no máximo - por equipe - Carga horária de 40h semanais Composição básica: ▪ Médico ▪ Enfermeiro ▪ Auxiliares de enfermagem ▪ Agentes comunitários de saúde (no mínimo 4) Se for do interesse do gestor: * Acrescenta-se (equipe de saúde bucal) * Cirurgião-dentista Os recursos que vem para a equipe de Estratégia Saúde da Família e para a equipe de Saúde Bucal são diferentes. Então, eles vêm em blocos de financiamentos separados, ou seja, são investimentos diferentes Equipe com saúde bucal: 1 médico, 1 enfermeiro, 1 ou 2 auxiliares de enfermagem, 4 a 6 agente comunitários de saúde, 1 dentista, 1 auxiliar de saúde bucal e 1 técnico de saúde bucal (opcional). Esclarecendo confusões comuns - a SF: • Não realiza consultas médicas domiciliares indiscriminadas • Não é a solução para todos os problemas de saúde da comunidade. Sempre haverão pacientes com necessidades de atenção em diferentes níveis de complexidade do sistema. • Não realiza todas as atividades a nível domiciliar, há processos e procedimentos que exigem o Equipamento de Saúde. • Não é um sistema de resgate domiciliar para situações de urgência e emergência. Quem faz isso é o SAMU • Não impõe o tratamento para a negação de atendimento por parte de alguns indivíduos. Busca alternativas para superação dos problemas entre todos os recursos da comunidade PNAB 2011: * O município pode ceder 8h semanais para que os profissionais (médico, enfermeiro e cirurgião-dentista) façam atividades de educação permanente em saúde. O município de Fortaleza adere essa orientação da PNAB. PNAB de 2017 1. A ESF não é mais a única opção de modelo para a atenção primária. Outras composições podem fazer parte da atenção como a equipe de atenção básica. 2. Os agentes comunitários de saúde (ACS) não são obrigatórios na composição das equipes de atenção básica 3. O modelo sem ACS não pode ser aplicado em áreas de risco e vulnerabilidade. 4. O atendimento será feito em qualquer unidade de saúde, não mais vinculado ao endereço. 5. Fortalecimento da figura do gerente da unidade e garantia de cartilha mínima de serviços. 6. O ACS deverá realizar técnicas limpas de curativo, inclusive em domicílio 7. Prontuário eletrônico 8. Carga horária mínima de 10h para o profissional da EAB 9. Unificação do ACS e ACE. 10. A carga era de 40h, mas agora abre a possibilidade, de contratar dois médicos, e cada uma trabalha 20h. * Nenhum município é obrigado a aderir a PNAB NASF - Núcleo de Apoio à Saúde da Família (não existe mais) - São equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimentos: nutricionista, médico pediatra, psicólogo, educador físico, fisioterapeuta, psiquiatra, etc. - Hoje, o Ministério da Saúde propõe chamar de Núcleo Ampliado à Saúde da Família - Não possuem unidades físicas independentes - Trabalham de maneira integrada - Composição definida pelo gestor - São dois tipos: * NASF 1 (200h): profissionais que prestam maior assistência * NASF 2 (120h) O que diferencia é a carga horária. - Regulamentado pela Portaria Nº 2488 de 2011 - A proposta do NASF não é só fazer consulta clínica, mas sim é voltado para o trabalho multiprofissional. Então eles fazem muitas atividades em grupos, fazem visitas domiciliares. - Construção de projetos terapêuticos Programa Saúde na Escola (PSE) ✓ 1 equipe de ESF responsável pela escola. ✓ Ações de vacinação, combate às drogas, saúde bucal, combate à violência, doenças sexualmente transmissíveis. ✓ Atendem, principalmente escolas municipais
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