Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DERMATOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA RESUMO BASEADO NO CURSO UNA-SUS Lesão melanocítica: o não cancerígeno de melanócitos resulta em nevos melanocíticos ou sardas (efélides); o crescimento neoplásico de melanócitos resulta no melanoma NEVO MELANOCÍTICO: na maioria dos casos os nevos melanociticos são benignos e o risco de malignização está relacionado ao número, forma dos nevos e histórico familiar de melanoma. Os nevos melanocíticos adquiridos são aqueles que se manifestam após o nascimento , e os atípicos são herdados e apresentam padrão irregular, superfície e bordas irregulares e contornos pouco definidos com variação de tonalidade. Pessoas com 10 ou mais nevos atípicos têm maior risco de desenvolver melanoma. EFÉLIDES (SARDAS): manchas castanhas de 2-4mm que surgem depois de exposição ou queimadura solar. MELANOSES SOLARES: manchas de alguns milímetros até 1,5cm de diâmetro castanho-claras ou castanho-escuras localizadas no dorso das mãoes, punho, antebraços e fac; origina-se da ação cumulativa da exposição solar na pele, geralmente após os 40 anos de idade. MELANOMA: são tumores malignos associados a mutações genéticas, frequentes em pessoas de pele clara, com mais de 50 nevos e mais que 5 nevos displásicos. Queimaduras solares na infância em pessoas de pele clara aumentam o risco de desenvolvimento de melanomas, e esse tipo de lesão não ocorre apenas em áreas foto expostas. Dor e prurido são sintomas ocasionais, e não necessariamente um nevo que coça será maligno. É diagnosticado clinicamente, mas muitas vezes precisa de biópsia para confirmar, existe a técnica do ABDCE do melanoma para auxiliar no diagnóstico clínico: A: assimetria B: bordas irregulares e mal definidas C: coloração heterogênea D: diâmetro maior que 6mm E: evolução, mudança de tamanho e/ou coloração Quando ao tratamento, inicialmente deve-se evitar exposição ao sol, principalmente em horários de maior incidência de radiação UV (10-16h), também precisa orientar os pacientes quanto ao uso de protetor solar e pode-se ensinar o método do ABDCE para os pacientes saibam monitoras seus nevos e lesões. O tratamento em si para o melanoma é cirúrgico, com a retiada do melanoma primário e das margens de segurança. Quando encaminhar ao dermatologista?? Lesão melanocítica suspeita, com alterações do método ABCDE. Se disponível, enviar o paciente com resultado de anatomopatológico. Diagnóstico prévio de melanoma e surgimento de novas lesões névicas. OBS: a diferença entre a pele de uma pessoa branca e outra da pele preta não é a quantidade de melanócito, mas sim a quantidade de melanina produzida por esse melanócito. Em pessoas da pele clara há menor produção de melanina. Câncer de pele não melanoma: é o câncer com maior incidência no mundo; possui duas linhagens, a carcinoma basocelular (CBC) e espinocelular (CEC); esses tumores estão relacionados principalmente com exposição ao sol. Em seguida temos a descrição de lesões pré malignas e malignas. CERATOSE ACTÍNICA: lesões são maculopapulosas cobertas por escamas secas, de cor amarelada ou castanha, em geral com cerca de 1cm de diâmetro que podem confluir formando placas. Predileção por áreas expostas como a face, pavilhões auriculares, pescoço, dorso das mãos e antebraço. Também é muito comum no couro cabeludo de indivíduos calvos. Esta lesão tem curso crônico. O surgimento de halo eritematoso e infiltração da base pode indicar transformação carcinomatosa. CORNO CUTÂNEO: projeção endurecida de queratina compacta, de caráter crônico, que é assim chamado pela semelhança com um chifre de um animal; surge de lesões pré existentes na pele; é comum o surgimento a partir ceratoses actínicas, ceratoses seborreicas, verrugas virais e carcinoma espinocelular. CERATOACANTOMA: tumoração redonda, com 1 a 2cm de diâmetro, com uma cratera central onde encontramos massa córnea. Localiza-se preferencialmente em áreas descobertas como face, antebraços, dorso das mãos e pescoço. Há uma fase inicial de 4 a 8 semanas com crescimento rápido seguido de um período estacionário com involução espontânea por volta de 6 meses; assemelha-se ao CEC, mas o ceratoacantoma é lesão benigna que regride espontâneamene, diferencia-se do CEC tbm por crescer mais rápido. CARCINOMA BASOCELULAR: é o mais comum dos tumores malignos de pele; ocorre mais em idosos que apresentam histórico de exposição ao sol e trabalhadores rurais; metástases de CBC são raras, mas pode acontecer de atingir cartilagem e ossos e ocorrer desfiguração da área; os fatores de risco para desenvolvimento do carcinoma basocelular são: fototipos baixo (pele claras), história de exposição solar crônica, idade acima de 60 anos, sexo masculino, história prévia de câncer de pele não melanoma e presença de ceratoses actínicas. O CBC pode se manifestar de várias formas, mas geralmente apresenta-se como uma pápula perolada, com telangiectasias, ulceração e sangramento. CARCINOMA ESPINOCELULAR: segundo câncer cutâneo mais frequente; possui capacidade de invasão local e metástase e acomete todas as raças, sendo mais frequente no sexo masculino e após os 60 anos de idade; clinicamente caracteriza-se por área queratótica infiltrada e dura com nódulo que cresce e ulcera, com a evolução, pode tornar-se vegetante; acomete com mais frequência lábio inferior, orelha, face e dorso das mãos. Algumas características conferem ao Carcinoma Espinocelular maior risco, com chances maiores de recorrência e metástase. Incluem: diâmetro igual ou superior a 2 cm; localização na orelha, contorno do lábio, centro da face, mãos, pés, e região genital; pacientes idosos ou com imunossupressão. O diagnóstico dessas lesões malignas e pré-malignas é clínico e deve ser confirmado por meio da biópsia.
Compartilhar