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Resposta Atividade Contextualizada - Nutrição clínica para PD

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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA – Nutrição Clínica 
Aluna: Jacqueline Lyra
 “A terapia nutricional em cirurgia é fator essencial no pré e no pós-operatório, pois permite maximizar o tratamento e a recuperação do paciente. Em 2005, o Projeto ACERTO (Aceleração da Recuperação Total Pós-Operatória), com base em ampla revisão bibliográfica sobre cuidados perioperatórios, iniciou programa multimodal pioneiro no território nacional, o qual, desde a concepção, destacou a importância de questões nutricionais na recuperação do paciente cirúrgico.
Dentre vários aspectos discutidos nesse guideline, um deles é a abreviação do jejum noturno antes da cirurgia. O jejum noturno pré-operatório foi instituído quando as técnicas anestésicas ainda eram bastante rudimentares, sendo utilizado, à época, o clorofórmio e tendo como principal objetivo evitar complicações respiratórias decorrentes de vômitos e aspiração de conteúdo gástrico.”
Fonte: http://projetoacerto.com.br/jejum-pre-operatorio/
Considerando a temática relatada no texto, quero que você elabore uma produção textual com aproximadamente 30 linhas, abordando os riscos e/ou benefícios da abreviação do jejum noturno pré-operatório, bem como as recomendações/protocolos disponíveis para abreviação desse jejum.
RESPOSTA:
O jejum pré-operatório é obrigatório para a indução anestésica e é empregado 8 horas desde a iniciação da anestesia (1840). No entanto, este procedimento tem tido modificação por falta de evidências que provem crescimento de riscos quando reduzido o jejum. Outrossim, o jejum prolongado pode intensificar a resposta orgânica ao trauma.
O jejum é recomendado com a finalidade de conseguir esvaziamento gástrico e diminuir possíveis situações indesejados de origem respiratória devido ao impedimento dos reflexos protetores e das vias aéreas no decorrer de procedimento cirúrgico, ou seja, precaver implicações pulmonares causadas por vômito e aspiração do conteúdo gástrico.
No momento em que acontece um procedimento cirúrgico, o jejum cria mudanças na homeostase do organismo formando um quadro de respostas e mudanças no metabolismo e este aspecto é algo comum e aguardado, todavia, com ampliação do jejum pré-operatório sobe a resposta metabólica originando mudanças que podem acarretar complicações para o prognóstico do paciente. (Marcarini, et al., 2017; Pucci, et al., 2008). E a desnutrição entre pacientes cirúrgicos é um grave problema e prejudica nas respostas do pós-operatório. Porque quando a pessoa se alimenta, o organismo converte o carboidrato (alimento / glicose) em glicogênio por meio da glicogênese. Isso acontece porque, o aumento da glicose aciona o hormônio da insulina, que é responsável por conduzir a glicose circulante no sangue para as células, começando o processo de glicogênese, que aprovisiona a glicose na forma de glicogênio. O glicogênio está existente no fígado e nos músculos. Como os músculos existem em maior número no organismo, o maior estoque é acumulado neles. Por isso, a proteína muscular passa a executar glicose para o fígado. Além do que, como os tecidos dependem de proteína como fonte de energia, provável ter uma perda da massa muscular, na condição de jejum, sendo agravante na desnutrição (Guerra, 2011). E os perigos iniciam quando se passa um grande tempo em jejum, porque o corpo fica sem reserva de glicose, decorrendo a quebra do glicogênio para provocar glicose na corrente sanguínea e, consequentemente, oferecer energia para os órgão e músculos. Nisto, os hormônios antagônicos da insulina (glucagon e cortisol) entram em ação, possibilitando a liberação da glicose sanguínea e causando o processo de hiperglicemia (Guerra, 2011).
Adveio então, em 2005, o Projeto ACERTO (Aceleração da Recuperação Total Pós-Operatória), que conferiu importância para o poder da nutrição na reabilitação do paciente cirúrgico. Evidências científicas apontam que projetos como o ACERTO deduzem complicações pós-operatórias e diminuem o tempo de internação hospitalar. O protocolo ACERTO objetiva indicar condutas, aumentando a reabilitação pós-operatória por meio de de líquidos sem resíduos 2 horas antes do procedimento, evidenciando que bebidas ricas em carboidratos (CHO) eram capazes de atenuar a resposta orgânica ao trauma (Oliveira, et al., 2009).
E através de esta técnica, resulta na redução da resistência insulínica, do estresse cirúrgico, ocorrendo evolução no bem-estar do paciente, além de proporcionar uma reabilitação mais rápida. Isto gera melhoras porque, além do ajuste dos níveis de glicose no sangue, a insulina exerce funções essenciais na regulação imunológica e na inibição das lesões por estresse oxidativo. A insulina é capaz de abreviar consideravelmente a liberação de citocinas inflamatórias e favorecer o prognóstico de pacientes criticamente enfermos. E o paciente em resistência insulínica esse processo antiinflamatório demora mais tempo para acontecer (Chen, et al., 2020).
Constata-se que o jejum é justificado por impedir implicações de origem respiratória. No entanto, o grande período sem alimentação, várias vezes, é o responsável por acarretar complicações metabólicas, tornando mais tardia a reabilitação e a cicatrização do paciente. 
O nutricionista é um dos profissionais responsáveis por salvaguardar que o protocolo seja empregado. Ele ajuda em: não permitir um jejum demorado, prescrever o uso de dieta líquida enriquecida com carboidrato na véspera da operação, acompanhar o pós-operatório e prescrever com mais acerto, a dieta para cada procedimento individualmente. É ele quem prescreve a dieta pré e pós-operatória para cada paciente, verificando, simultaneamente com a Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) do hospital, há quanto tempo o paciente está em jejum, quais comorbidades ele possui e qual protocolo é recomendado aderir no pós-operatório (Martins, et al.,2020; Nascimento, et al., 2006; Oliveira, et al.,2009). 
Desta forma mostra que a abreviação do jejum é possível por causa da ação de uma equipe multidisciplinar e da importante ação do nutricionista ao indicar a abreviação do jejum aos pacientes. Essa redução do jejum traz benefícios, como, bem-estar, rápida recuperação e redução do tempo de internação dos pacientes hospitalizados.
Referências Bibliografia:
https://ri.ufmt.br/bitstream/1/451/1/DISS_2014_Ana%20Laura%20de%20Almeida%20Dias.pdf
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/prefix/14790/1/TCC-%20Bruna%20e%20Caroline.pdf
https://pebmed.com.br/como-nutrir-o-paciente-no-perioperatorio-de-cirurgias-eletivas/
https://www.sbcbm.org.br/nutricao/
OLIVEIRA, K.G.B.; BASAN, M.; OLIVEIRA, S.S.; AGUILAR-NASCIMENTO, J.E. A abreviação do jejum pré-operatório para duas horas com carboidratos aumenta o risco anestésico? Rev Bras Anestesiol 2009; 59: 5: 577-584
AGUILAR-NASCIMENTO, J.E.; SALOMÃO, A.B.; WAITZBERG, D.L.; DOCK-NASCIMENTO, D.B.; CORREA, M.I.T.D.; CAMPOS, A.C.L. Diretriz ACERTO de intervenções nutricionais no perioperatório em cirurgia geral eletiva. Rev Col Bras Cir 2017; 44(6): 633-648

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