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MDD 2 -8- Hipersensibilidades

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Eduarda Gonzalez 
1 
 
 
Hipersensibilidade é um distúrbio causado por respostas imunológicas não controladas e essas 
respostas descontroladas podem ocorrer porque ela está muito ativa ou está reagindo a algo que não 
deveria, isto é, está inadequadamente direcionada e essa hipersensibilidade pode lesionar os tecidos do 
hospedeiro. 
As doenças de hipersensibilidade podem ocorrer por 3 situações: 
1-A Hiperativação do sistema devido a uma infecção por um microrganismo. Então 
o sistema imune agride o patógeno de forma tão expressiva que causa danos ao 
nosso organismo, então o próprio sistema imune vai desenvolver lesões e não o 
vírus em si, sendo uma hipersensibilidade do tipo 4. Exemplos: COVID, 
Tuberculose (o Indivíduo se infecta com o bacilo da tuberculose e o bacilo no 
pulmão induz macrófagos a realizarem o processo de abcessos pulmonares e esses 
macrófagos vão destruir o tecido pulmonar, desenvolvendo hemoptise e se não 
tratar pode levar a morte). 
Hepatite virais (B e C): O indivíduo se infecta e o vírus vai aos hepatócitos e o 
sistema imune acaba destruindo os hepatócitos porque eles estão infectados e essa 
morte de hepatócitos desenvolve uma insuficiência hepática. 
 
2- Autoimunidades se desenvolvem a partir da quebra de tolerância a antígenos 
próprios e isso passa a desenvolver resposta imunológica a esses antígenos próprios 
e pode ser hipersensibilidade do tipo 2,3 ou 4. 
Exemplos: Lúpus, Esclerose múltipla, Doença celíaca 
 
 
 
3- Reação a um antígeno ambiental, isto é, alergias. 
Um paciente que possui uma atopia ou predisposição genética pode desenvolver 
uma reação a um antígeno ambiental que ele não deveria reagir e isso desenvolver 
a alergia. A alergia pode ser tipo 1 ou tipo 4. 
Exemplo: Alergia a ácaro. 
 
 
 
 Eduarda Gonzalez 
2 
Epigenética: É a evolução das doenças alérgicas e autoimunes a partir da genética e dos fatores 
ambientais. 
Reação do tipo TH1 e TH2 
O predomínio dessas reações vai depender do tipo de interleucinas e do perfil da resposta, para poder 
se diferenciar em uma resposta TH1(bactérias e vírus) ou TH2 (helmintos). E a partir dessa indução, 
vai desenvolver uma resposta especifica. 
 
 
 
Tipo 1 ou imediata é uma reação que utiliza a Imunoglobulina E (IgE) na membrana do mastócito e 
quando há a sua ativação por meio da ligação de um alérgeno a esse mastócito há uma produção de 
grânulos que possuem histamina. Dessa forma, é uma reação presente na alergia. 
No caso das infecções por helmintos, que também é mediado 
por IgE, não vai se caracterizar como uma reação de 
hipersensibilidade porque o sistema imune está atacando 
esse patógeno pois ele agrediu o sistema, então normalmente 
não haverá uma resposta exagerada e por isso não se 
encaixaria em uma situação de hipersensibilidade. 
As alergias possuem a mesma resposta que acontece nos 
helmintos, mas desencadeada por um alérgeno ambiental e 
será chamado de hipersensibilidade porque nosso organismo não deveria reagir a esses alérgenos 
ambientais e muito menos desenvolver lesões aos tecidos. Um caso clássico é o de renite alérgica e asma 
que desenvolvem uma inflamação das vias nasais e o pulmão, 
Essas reações do tipo 1 também são chamadas de imediatas porque necessitam ocorrer em até 2 horas 
após a exposição porque já temos as IgE formadas para esses alérgenos ambientais, como no caso de 
pessoas que possuem alergia a camarão, haverá uma resposta imediata a partir de sua ingestão pois o 
sistema imune já reconhece. 
Quadro clinico 
Prurido, urticaria, angioedema, rinite, broncoespasmo, vomito, diarreia, sincope e hipotensão. E isso 
ocorre devido a reação da histamina no organismo, que desenvolvem devido a uma vasodilatação ou ao 
broncoespasmo, que são as regiões que possuem receptores para essa histamina. 
Alérgenos desencadeantes (Existe IgE em alergias a): 
Alimentos, venenos de insetos, medicamentos, alérgenos respiratórios como ácaros, fungos, pólens, 
pêlos. 
 
 
 Eduarda Gonzalez 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No epitélio respiratório temos um epitélio ciliado e há um ácaro, que consegue entrar nesse epitélio ou 
é carreado para dentro da célula e pessoas que não possuem alergia não tem essa inserção do antígeno 
no epitélio, o epitélio de pessoas com alergia é mais frágil. Além disso essa pessoa possui uma maior 
tendencia a inflamações. 
 A APC que vai internalizar esse ácaro e posteriormente apresentará os antígenos desse alérgeno para 
o linfócito TCD4 (células azuis). Quando começa essa apresentação ao linfócito já é imunidade 
adaptativa, especifica. 
 
Vasodilatação e extravasamento 
de plasma 
Angioedema 
Urticária: lesão hiperemiada, 
quente devido a uma 
vasodilatação e em geral não dói, 
mas coça muito 
 
 Eduarda Gonzalez 
4 
O linfócito T vai utilizar seus receptores para reconhecer os epítopos 
desse ácaro e ativara a célula T virgem que desenvolvera uma resposta 
especifica para esse antígeno e vai se tornar TH2. Essa célula T vai se 
conectar a um linfócito B por meio do CD28 e o CD40 (ligantes de T) com 
o CD80 e CD40 (linfócito B). 
Essa ligação do linfócito B e T vai desenvolver uma cascata de fosforilação 
e o linfócito B vai produzir interleucinas do tipo TH2 para liberar IgE e 
esse IgE vai sensibilizar os mastócitos. A IgE pode ser circulante ou ficar 
ligada aos mastócitos e se houver outra exposição a esse alérgeno, já tem 
a IgE para esse alérgeno, é só o sistema reconhecer que vai desenvolver 
a resposta imune 
 
Alérgeno – Ultrapassa barreira- Encontra célula dendrítica- Fagocita e apresenta ao linfócito T virgem- 
Linfócito vira TH2 – Ativa linfócitos B para virar THE e produzir IgE. 
 
A partir do estimulo que o linfócito T naive (virgem) vai receber da APC ele vai se diferenciar em TH1 
ou TH2, em um ambiente com IL-4 vira TH2 e quando essa célula T com resposta TH2 se liga ao linfócito 
B, em vez desse linfócito B produzir IgG ou IgM, vai produzir IgE. 
 
Possui em sua membrana diversos 
receptores e dentre esses receptores tem o 
receptor de IgE (receptor de alta afinidade -
FC de IgE). Quando há a ligação do antígeno 
a essa IgE que está na membrana, vai induzir 
uma cascata de fosforilação interna. 
Mediadores Primários: A primeira 
fosforilação é a mais rápida e simples, que 
envolve a degranulação e liberação da 
histamina. E essa histamina vai desenvolver 
a resposta de vasodilatação, 
broncoconstricção e prurido. 
Mediadores Secundários: Após a ativação da 
cascata de fosforilação, desenvolvera uma 
iniciação da via do ácido araquidônico, então 
os fosfolipídios da membrana vão ser 
quebrados por uma enzima que foi ativada e 
essa quebra do fosfolipídio vai produzir o ácido araquidônico que vai levar a produção de leucotrienos 
 
 Eduarda Gonzalez 
5 
e prostaglandinas. Os mediadores leucotrienos e prostaglandina possuem função muito parecidas com 
a da histamina, só que mais potentes. 
Então inicialmente a resposta mais leve é devido a histamina, mas se o processo alérgico continuar, 
haverá a reação desses mediadores secundários, que vão piorar o quadro. 
A terceira função é pela chegada de fatores de transcrição no núcleo e eles vão ativar a transcrição de 
citocinas pro-inflamatórias. Então toda a cascata do perfil TH2 é induzido a produzir mais interleucinas 
TH2, dessa forma as células dendríticas induziram o T-helper, que induziu o linfócito B a produzir IgE 
e isso induziu o mastócito. 
1ª Função dos Mastócitos: 
 
 
Interação do antígeno com o IgE ligado ao mastócito vai 
desenvolver a liberação de grânulos pré formados de 
histamina. A histamina vai agir nos receptores de 
terminações superficiais periféricas na pele causando 
prurido (estimulo neurológico), estimula a contração da 
musculatura dos vasos e isso leva a vasodilatando. 
desenvolvendo a urticaria, e se desenvolver ainda mais o 
plasma vai extravasarpara o tecido subcutâneo e causa o 
angioedema. Se ocorrer uma vasodilatação muito expressiva, 
vai desenvolver uma hipotensão e o choque anafilático. 
A histamina também tem receptores nos brônquios, que vão induzir contração e broncoespasmos. 
2ª Função dos Mastócitos: 
Quando ativa o IgE e seu receptor, vai ativar a fosfolipase que quebra o fosfolipídio de membrana em 
ácido araquidônico e que será degradado pela LIPOX formando leucotrienos e pela COX formando a 
prostaglandina. 
Os leucotrienos e prostaglandinas vão demorar mais para agir, porque ainda vão ser produzidos, 
enquanto que os grânulos de histamina já estão formados. Então eles vão agir depois de forma mais 
expressiva e vão ter a formação de angioedema e broncoconstricção. 
3ª Função dos Mastócitos: 
Ativação de fatores de transcrição nuclear e induzir a transcrição e produção de citocinas. Essas 
citocinas de perfil TH2 são IL3, IL5, GM, CSF, EOTAXINAS. E são muito importantes porque elas 
perpetuam a resposta TH2 ao chamar eosinófilos para desenvolver a inflamação. 
Após esse processo de broncoespasmo, com ou sem a medicação, tende a melhorar os sintomas porque 
diminui os leucotrienos, prostaglandinas e histamina, porém em paralelo o núcleo citoplasmático do 
mastócito estará produzindo citocinas inflamatórias que irão chamar eosinófilos para esse local, então 
 
 Eduarda Gonzalez 
6 
após algumas horas pode haver uma inflamação no pulmão como uma fase mais tardia a esse processo 
de alergia. 
Essa fase mais tardia seria uma reação do tipo 4, porque envolve células, sendo uma resposta celular, 
não apenas humoral. Dessa forma, uma alergia a camarão por exemplo só vai envolver a reação do tipo 
1 vai desenvolver os processos da histamina. Já na rinite, asma, dermatite atópica que são mistas, vão 
ter a associação do tipo 1 e do tipo 4 e por isso evolui para uma resposta tardia eosinofílica. 
O eosinófilo está presente nessa resposta TH2 e possui grânulos que liberam proteases que destroem 
os tecidos e sua função é destruir helmintos e por isso ele é muito potente, mas nesses casos de 
progressões da resposta, ele irá destruí o pulmão e realizar uma fibrose. 
Resumo da resposta do tipo 1: 
1º contato - Sensibilização: Essa fase não é necessariamente a primeiro contato, pode ocorrer diversos 
contatos antes de desenvolver essa resposta alérgena, pois ninguém nasce com alergia, ela se 
desenvolve pela quebra da tolerância. 
Entrada do alérgeno no epitélio – células dendríticas vão pegar os epítopos e mostrar para as células 
TCD4 virgens, vai desenvolver uma resposta TH2 que vai ativar linfócitos B a produzir IgE. E essas 
moléculas de IgE vão estar presentes no sangue o na superfície dos mastócitos. 
2º contato - Ativação: 
O receptor do mastócito após esse processo de sensibilização vai possuir IgE específicos para esse 
alérgeno e quando o indivíduo é exposto novamente a esse alérgeno, vai ocorrer uma cascata dentro do 
mastócito, de forma imediata que vai liberar histamina, leucotrieno e prostaglandinas. E pode ocorrer 
produzir citocinas suficientes para desenvolver a resposta tardia de recrutamento de eosinófilos. 
 
 Eduarda Gonzalez 
7 
E pode ser feito um teste de puntura, o Prick test que identifica as reações de hipersensibilidade tipo 1. 
Esse teste é feito a leitura em 15 minutos para ver se faz uma pápula e isso quer dizer que liberou 
histamina no local porque a pessoa já tinha IgE previamente 
 
 
 
Esse tipo de hipersensibilidade irá desenvolver como 
resposta a produção de IgG contra o antígeno da célula alvo. 
Sendo uma resposta Humoral TH1 a autoantígenos, que 
ocorre quando há a quebra de tolerância, e essa quebra de 
tolerância vai fazer com que a célula dendrítica apresente 
um autoantígeno ao linfócito T helper naive, e no momento 
em que ele se encontra com o antígeno, vai desenvolver um 
reconhecimento desse antígeno e gerar como resposta a resposta TH1 que ativará os linfócitos B a 
produzir IgG e IgM. 
A IgG pode induzir uma resposta efetora, ativando o complemento ou no momento em que há essa 
ligação do antígeno com IgG pode ocorrer a fagocitose. 
 
Anemia Hemolítica Autoimune 
Paciente jovem, muitas vezes criança que quebra a tolerância imunológica e passa a produzir IgG contra 
os antígenos de superfície de suas próprias hemácias e a partir disso haverá a lise das hemácias e por 
isso começa a desenvolver um quadro clínico de cansaço, palidez, apresenta mal estar e dispneia. 
 
 
 Eduarda Gonzalez 
8 
Púrpura Trombocitopenica Autoimune 
Se desenvolve pela quebra de tolerância e por isso começa a produzir IgG contra as proteínas da 
membrana das plaquetas. 
 
 
Dentro do vaso sanguíneo desse 
indivíduo que possui essa 
autoimunidade, a célula alvo será uma 
hemácia, que está cheia de antígenos de 
superfície e haverá a ligação do desses 
antígenos ao IgG, que pode ativar o 
complemento e desencadear na 
hemólise da hemácia (por meio do 
mecanismo de ataque a membrana dessa hemácia e desenvolver sua lise) ou pode ter a ligação desse 
IgG ao receptor de alta afinidade do macrófago e induzir a fagocitose e essa hemácia será destruída. 
Quando há a indução da cascata de complemento, os subprodutos que sobram vão servir como 
quimioatratores, pois vão chamar outras células como os neutrófilos e irá desenvolver uma inflamação 
e lesão tecidual. 
 
 
 
 Eduarda Gonzalez 
9 
Penfigo Vulgar: 
Paciente que apresenta uma autoimunidade por produzir IgG contra proteínas das células epidérmicas. 
Apresenta bolhas porque a pele começa a descolar. 
 
Na imunofluorescência de IgG podemos ver ela corada entre as 
junções das células. 
 
 
 
Síndrome de Goodpasture: 
Produção de IgG contra as proteínas especificas presentes na membrana dos glomérulos dos rins e nos 
alvéolos dos rins. È uma síndrome que acomete os pulmões e rins. 
 
Imunofluorescência evidenciando a presença da IgG depositada nos 
glomérulos 
 
 
 
Vasculite Anca: 
Há a produção de IgG contra as proteínas dos grânulos de neutrófilos e isso causará uma vasculite 
(inflamação das paredes dos vasos sanguíneos). 
 
Febre Reumática Aguda: 
O antígeno que desencadeia a reação é a bactéria Streptococcus, e essa bactéria está presente em uma 
amigdalite purulenta de um indivíduo, que vai ter uma reação contra o streptococcus, mas ao fazer isso, 
vai produzir anticorpos que podem realizar uma reação cruzada contra proteínas próprias do 
organismo, principalmente proteínas do miocárdio. 
 
 
 
 Eduarda Gonzalez 
10 
 
No epitélio da faringe temos o Streptococcus e ele 
será processado por um macrófago ou APC e será 
apresentado por uma célula T e essa célula T fara a 
resposta TH1 e poderá agir diretamente ou ativar 
linfócitos B a produzirem IgG contra esse anticorpo 
do patógeno vai reagir de forma cruzada, porque os 
antígenos são semelhantes, que estão no coração e 
nas articulações, fazendo com que os anticorpos 
próprios ataquem o coração e articulação. 
 
 
 
 
Anemia Perniciosa: 
É uma doença autoimune comum em mulheres jovens que começam a apresentar uma anemia 
megaloblástica devido a uma falta de vitamina B12, que se deve ao fato do organismo começar a 
produzir um IgG contra o fator intrínseco das células parientais, pois o IgG se liga a essa célula e quando 
ela se liga, vai inativar a célula parietal e então não terá como absorver a B12. 
Diabetes insulino-resistente -DM2: 
Quando ocorre uma produção de IgG contra os receptores de insulina periféricos e esses receptores 
passam a ser insensíveis, não conseguem se ligar a insulina e por isso desenvolvem a resistência 
periférica a insulina. 
 
Miastenia Grave: 
Na miastenia Grave há uma produção de anticorpos contra receptores da 
acetilcolina. 
Os receptores de acetilcolina estão presente nos músculos e são 
essenciais para que o músculo possa se contrair, pois no momento em 
que o neurônio libera a acetilcolina para agir nomúsculo, ela necessita 
do receptor para se ligar e assim, contrair essa musculatura, mas no caso 
de ter essa IgG para os receptores de acetilcolina vai ocorrer a inibição 
desses receptores e então não haverá a ação da acetilcolina. Dessa forma 
o individuo que apresentar essa doença vai ter fraqueza muscular, não vai conseguir realizar atividades 
simples. 
 
 Eduarda Gonzalez 
11 
Doença de Graves 
É uma doença que se desenvolve devido a produção de um anticorpo IgG 
que vai se ligar ao receptor do TSH hiper ativando esse receptor e pode 
desenvolver o Hipertireoidismo. 
 
 
 
Resuminho 
Reação tipo 2 é humoral no perfil TH1 que leva a produção de IgG contra antígenos que estão em 
algumas células alvo e que podem: Desencadear cascata inflamatória que destroem a célula e tecidos 
ou pode bloquear / hiperativar esses receptores. 
 
 
 
 
 
 
 
Esse tipo de hipersensibilidade é muito parecido com o tipo 2, 
pois se trata de uma reação com resposta humoral Th1, com 
produção de IgG, mas o que muda é o antígeno. Pois esse 
antígeno não está no tecido, ele é solto e circulante. 
Lúpus 
É tipo 2 e 3, mas predomina tipo 3 e se trata de uma doença em que ocorre a produção de anticorpos 
contra o DNA, então toda vez que uma célula é destruída o DNA vai para a circulação, e é normal ocorrer 
essa destruição de células sem ser nada patológico. 
Quando esse DNA vai para a circulação e há anticorpos para esse DNA, vai ligar anticorpo- antígeno e 
esse anticorpo está solto então se for uma pequena quantidade vai circular e o rim limpa, mas se for em 
grande quantidade o rim não consegue limpar então começa a depositar em todos os locais que tiver 
 
 Eduarda Gonzalez 
12 
ultrafiltrado (que significa que é de pequeno calibre e com muita pressão e que tem como intuito a 
filtração) que são principalmente o rim e as articulações. Que vão ter um ultrafiltrado, por isso são 
doenças com sintomas mais sistêmicos como artrite, glomerulonefrite, febre, mal estar, além de ter 
lesões na pele. 
Glomerulonefrite Pós Estreptocócica: 
O mesmo streptococo que pode induzir a reação de tipo 2- a febre reumática, pode desencadear uma 
reação do tipo 3 chamada de glomerulonefrite pós 
estreptocócica. Essa hipersensibilidade pode ocorrer quando um 
indivíduo possui uma infecção por essa bactéria e o organismo 
vai produzir anticorpo contra o IgG. 
O IgG vai se ligar a esse antígeno e eles vão circular no sangue, na 
forma de imunocomplexos, que em pequenas quantidades não 
vão desenvolver prejuízos, mas quando há muitos desses 
imunocomplexos, eles vão depositar no rim e isso vai ativar 
cascata inflamatória no glomérulo, desenvolvendo uma inflamação. 
Quando ocorre essa inflamação, vai reter água e isso vai evoluir por hipertensão e edema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Eduarda Gonzalez 
13 
Reação de Arthus 
 É uma reação que ocorre após uma vacina subcutânea, devido ao paciente já ser previamente 
imunizado, então ele já tem altos títulos de anticorpos e há a injeção 
desse antígeno. 
Se já era previamente imunizado, já tinha muito IgG, quando injeta de 
forma subcutânea o antígeno, se já tinha muito anticorpo vai formar 
complexos imunes e em 12 horas haverá a evolução de uma pápula 
endurecida no local da aplicação da vacina. Podendo até ter sintomas 
como artralgia e febre. 
Nem todas as vacinas vão desenvolver essa reação de Arthus é uma 
reação grande e dolorosa e por isso as vacinas normalmente apresentam um período para a segunda 
dose, ou se sabemos que a pessoa teve recentemente a doença deve ter o espaço entre o período da 
doença para poder tomar a vacina ou se tomou a primeira dose, esperar para tomar a segunda. 
Doença do Soro 
Um indivíduo que precisa de transfusão sanguínea constante, pode ocorrer uma sensibilização de um 
antígeno após diversas transfusões. Pode ocorrer uma reação a essas hemácias transfundidas, pois 
possuem um antígeno X, que vai desenvolver todo o processo de reconhecimento da APC, apresentação 
ao T helper que vai ativar os linfócitos B a produzirem uma imunoglobulina. Quando esse indivíduo foi 
sensibilizado na 5ª transfusão sanguínea e for exposto novamente, com uma 6ª transfusão com esse 
antígeno X vai ocorrer uma reação. Que pode ser: TH2 ou TH1 
Se a resposta for TH2 vai produzir IgE e o indivíduo terá uma reação imediata de prurido, vasodilatação 
e choque, desenvolvendo uma resposta tipo1, ou pode ocorrer uma reação TH1 e produzir IgG que vai 
destruir a hemácia, mas se destruir todas hemácias que entram, vai circular antígeno-anticorpo e vai 
desenvolver quantidades suficientes de depositar e desenvolver a reação do soro, com 1 semana depois. 
Essa deposição do complexo antígeno anticorpo vai desenvolver essa reação do soro e terá como 
característica clinica a artralgia, mal estar, febre, artrite 
e pode até desenvolver glomerulonefrite (mais 
raramente). 
 
Resuminho: 
Dentro do vaso temos um complexo imune circulando 
(antígeno -anticorpo) e quando ele deposita na 
membrana, vai ativar a cascata de complemento, vai 
fazer trombose. E essa cascata de complemento vai 
atrair neutrófilos e macrófagos e desenvolve essa lesão 
do tecido, que ocorre principalmente nas articulações e 
nos rins. 
 
 
 Eduarda Gonzalez 
14 
 
 
 
O tipo 4 é do tipo celular e tardia, ou seja, as células são efetoras e vão desenvolver lesão celular sem 
precisar de nenhum anticorpo intermediando. Há 4 tipos de células efetoras que podem lesionar o 
tecido: 
• Neutrófilos 
• Eosinófilos 
• Linfócitos T 
• Macrófagos 
Resposta TH2 predomina Eosinófilo. 
Resposta TH1 vai predominar linfócitos, macrófagos e neutrófilos. 
Diabetes melito tipo 1 
É classicamente autoimune pois há uma produção contra os antígenos das ilhotas de Langherans do 
pâncreas e isso destrói essas células e o pâncreas não produz mais insulina e por isso é diabetes insulino 
dependente. 
Artrite Reumatoide 
Normalmente ocorre em mulher jovem que apresenta dores na articulação e sinais flogisticos e 
apresenta a reação dos linfócitos contra os antígenos da sinóvia (presentes na capsula das articulações) 
Esclerose múltipla 
Normalmente em mulheres jovens os linfócitos vão começar a reagir contra uma proteína de membrana 
da mielina, a proteína básica da mielina. 
Síndrome de Guillan Barre 
É muito parecida com a esclerose múltipla, só que ocorre em nervos periféricos, dessa forma ocorre 
quando os linfócitos começam a reagir contra a proteína P2 da mielina dos nervos periféricos. 
Normalmente ocorre por essa quebra de tolerância então podemos ter um individuo que teve zika e 
posteriormente apresenta fraqueza muscular ascendente, isto é, começa no pé e vai até o diafragma e 
causar insuficiência respiratória e isso ocorre porque esse indivíduo produziu células contra a proteína 
de mielina de nervos periféricas. 
Doença intestinal inflamatória: 
O individuo começa a produzir células contra antígenos do intestino. 
 
 Eduarda Gonzalez 
15 
 
Miocardite autoimune (Coxsakie): 
Uma criança faz um quadro de Coxsakie, ou seja, fica resfriado e as vezes apresenta diarreia e depois 
dessa melhora começa a ficar cansado e roxinho e quando avalia descobre que esse paciente está com 
uma miocardite autoimune. 
 
Alergias do tipo IV 
Dermatite de contato: 
Há uma sensibilização de antígenos ambientais como níquel 
presente em bijuteria, látex e demais substancias. Dessa 
forma há uma apresentação da APC ao linfócito que vai 
ativar uma resposta celular, então há uma grande 
concentração de macrófagos desenvolvendo essa resposta 
celular. 
 
 
Alergia Alimentar: 
Processo de alergia celular, onde o leite que é o antígeno vai entrar em contato com o intestino e ta 
atraindo células inflamatórias como eosinófilos e linfócitos para inflamar esse intestino e quando ocorre 
essa inflamação começa a ter diarreia, ulcera e sangra. Desenvolvendo a: 
Proctite alérgica, que é mais comum em bebêsque ingerem leite e podem apresentar diarreia com 
sangue. 
 
Alergia a Medicamentos: 
Pode ocorrer a ingestão de um medicamento como a amoxicilina e 
desenvolver uma anafilaxia (reação alérgica grave que tem início 
súbito), ou seja do tipo1, mas ao ingerir esse medicamento pode 
desenvolver a reação do tipo 4. 
A reação do tipo 4 vai desenvolver uma inflamação por onde o 
medicamento passar e pode apresentar um exantema maculo 
papular (foto ao lado). 
 
 
 
 Eduarda Gonzalez 
16 
Tuberculose 
Atrai macrófagos para infiltrar o tecido na tentativa de matar o bacilo, mas acaba destruindo o tecido 
ao redor, destruindo o parênquima pulmonar 
Hepatite 
Os linfócitos TCD8 vai desenvolver o reconhecimento da célula infectada e vai induzir a apoptose das 
células Vírus Hepatite B e C 
 
 
No caso da esclerose múltipla temos a célula APC vai apresentar o antígeno tecidual da mielina ao 
linfócito virgem que vai se diferenciar em TH1 e esse TH1 pode: Ativar linfócitos TCD8 que desenvolvem 
desenvolver a apoptose ou pode ativar macrófagos a fagocitarem e destruir, ou chamar os neutrófilos 
que vão destruir tudo e inclusive a mielina. 
 
Teste Tuberculínico 
Injeta de forma subcutânea o antígeno e 
precisa esperar até 3 dias para ler, porque 
a reação de tipo 4 é tardia. 
 
 
 
 
 Eduarda Gonzalez 
17 
Teste de contato 
É feito um teste com níquel e outras substância para 
identificar a que substâncias esse indivíduo possui 
hipersensibilidade. E esse avaliado 3 dias depois se 
houve reação para saber se tem dermatite de contato. 
 
 
 
• Reação exacerbada a um microrganismo TIPO 4 (hepatite A e tuberculose). 
• Autoimunidade, reagindo a um antígeno próprio (Tipo 2,3 e 4). 
• Reação a um antígeno ambiental (Alergias tipo 1-mediada IgE ou Tipo 4- Mediado por células). 
 
 
 Eduarda Gonzalez 
18 
 
A.C.F., 31 anos, sexo feminino, caucasiana, empresária, 3º. Grau. Sem antecedentes pessoais relevantes, 
pai com HAS e mãe DM, filho saudável. 
QP: Visão dupla há um mês e desequilíbrio importante ao levantar-se há 2 dias 
Relata há 1 mês sentir dificuldade em elevar as pálpebras ou olhar para cima sustentadamente, diplopia, 
parestesia em membros, evoluiu com desequilíbrio importante ao levantar-se há 2 dias. 
Ao exame neurológico, a paciente apresentava ptose bilateral com limitação bilateral da supra e 
infraversão conjugada e da convergência ocular, com nistagmo multidirecional na supraversão e noção 
de diplopia. Prova de Romberg e marcha instáveis. Sem déficits motores ou sensitivos aparentes. 
A paciente foi então encaminhada novamente ao serviço de urgência de Neurologia, internada com 
diagnóstico provável de “Esclerose Múltipla”. 
Os exames laboratoriais revelaram bandas oligoclonais positivas no líquido cefalorraquidiano e 
negativas no soro. O estudo radiológico com RMN apresentou múltiplas áreas de hipersinal em DP, T2 
e T2 Flair dispersas pelo andar supratentorial, atingindo a substância branca dos hemisférios cerebrais 
de localização periventricular (algumas perpendiculares ao corpo caloso e envolvendo o esplênio à 
direita) e subcortical, cápsulas internas, mesencéfalo, bolbo à esquerda e cordão medular no plano de 
D10-D11. 
 
 
 
 
 
 
1) QUAL A FISIOPATOLOGIA ENVOLVIDA NA DOENÇA SUGERIDA COMO HIPÓTESE DIAGNÓSTICA 
PARA A PACIENTE? 
Poderia se pensar em miastenia grave, mas a miasteria tem comprometendo motor, mas nesse caso 
podemos ver que tem um comprometimento de pares cranianos, tem limitação na movimentação 
ocular, nistagmo, diplopia, alteração de equilíbrio então condiz com pares cranianos e até mesmo com 
região do cerebelo. Sendo como hipótese principal a esclerose multiplica, porque ela atua realizando 
diferentes focos inflamatórios e onde inflama tem sintomas correspondentes. 
O que podemos avaliar nos exames de imagem? 
 
 Eduarda Gonzalez 
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Na analise de liquido com esclerose múltipla podemos ver um aumento da celularidade por conta do 
infiltrado inflamatório e tem uma proteína importante, que precisa ser solicitada quando há a suspeita 
de esclerose múltipla, por isso no exame deve solicitar “com pesquisa de bandas oligloclonais” e isso no 
caso de uma pessoa com esclerose vai mostrar os linfócitos B super produzindo um tipo de 
imunoglobulina específica. 
Na ressonância da ver vários sinais de hiper sinal, que são correspondentes a essas zonas de inflamação 
e de desmielinização, predominantemente na substancia branca porque se trata de mielina, que estão 
nos axônios e por isso localizados na região de substancia branca. 
2) QUEM SÃO OS ANTÍGENOS ENVOLVIDOS? QUAIS TIPOS DE REAÇÕES IMUNOLÓGICAS ESTÃO 
ENVOLVIDAS? QUEM SÃO AS CÉLULAS EFETORAS? 
ESCLEROSE MÚLTIPLA: 
É a doença Neurológica mais comum dos adultos jovens, uma doença neurodegenerativa, mas ela difere 
muito do Parkinson e Alzheimer, pois nessas doenças há uma alteração metabólica que fez um novo 
antígeno surgir, seja pela quebra do peptídeo beta amiloide ou pelo dobramento errado da proteína 
TAU ou alfa-sinucleína. 
Dessa forma a alteração inicial dessas doenças é metabólica que desenvolve a resposta imunológica, 
mas a esclerose múltipla não tem nenhum produto novo que foi metabolizado, a proteína sempre esteve 
na mielina, mas o próprio organismo vai quebrar a intolerância e vai produzir anticorpos e células 
contra esse antígeno, a essa proteína da bainha de mielina, por isso é uma doença autoimune que vai 
desenvolver uma inflamação da substancia branca do SNC, levando a uma desmielinização. 
Autoimunidade -> Inflamação da substância branca do SNC → Desmielinização 
 Geralmente será uma mulher jovem que fará Surto-remissão. Ou seja, vai ter os sintomas de forma 
brusca pela inflamação, mas depois mesmo sem medicação, essa inflamação vai regredindo e passa a 
ter uma remissão, então geralmente a pessoa consegue recuperar boa parte das funções, porque 
consegue produzir nova mielina. 
Porém, conforme o processo vai seguindo, a tendencia é que vai tendo dano neuronal e nos axônios e 
isso não permitir que tenha mais esse processo de surto remissão, já vai ter a doença Progressiva. 
Como toda doença alto-imune, há um componente genético e ambiental. 
AMBIENTAL: Tem agentes que podem ser desencadeadores como: 
• Infecções virais (vírus Epstein Barr). 
• Níveis baixos de vitamina D 
prolongadamente. 
• Exposição ao tabagismo. 
• Obesidade. 
• Contato com solventes orgânicos.
É uma reação de autoimunidade por desenvolver uma resposta a antígenos próprios e que predomina 
uma reação do tipo 4, celular, mas tem muito anticorpo e por isso também tem uma resposta tipo 2. 
 
 Eduarda Gonzalez 
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Resuminho: 
O antígeno da mielina vai ser apresentado 
pela APC ao TCD4 virgem, que vai ser ativado 
e vai desenvolver uma resposta TH1 e TH17, 
induzindo as citocinas do perfil TH1 (IL2, 
TNF, IFN), e essa resposta TH1 ativa muitos 
macrófagos e o TH17 ativa neutrófilos, e 
ambos vão atuar destruindo a bainha de 
mielina. 
Pode ocorrer a resposta humoral por 
indução do TH1, então ativa os linfócitos B a 
produzirem IgG 
 
 
 
 
3) QUAIS ALVOS TERAPÊUTICOS VOCÊ SUGERIRIA? 
O tratamento será por meio do uso de anti-inflamatórios, imunossupressores. Na fase aguda é usado o 
corticoide (imunossupressor) e na fase crônica deve ser usado drogas imunossupressoras com menos 
efeitos colaterais.

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