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Disciplina: Responsabilidade Civil Universidade Estácio de Sá (1ª) Questão Juliana, por meio de contrato de compra e venda, adquiriu de Ricardo, profissional liberal, um carro seminovo (30.000km) da marca Y pelo preço de R $24.000,00. Ficou acertado que Ricardo faria a revisão de 30.000km no veículo antes de entregá-lo para Juliana no dia 23 de janeiro de 2017. Ricardo, porém, não realizou a revisão e omitiu tal fato de Juliana, pois acreditava que não haveria qualquer problema, já que, aparentemente, o carro funcionava bem. No dia 23 de fevereiro de 2017, Juliana sofreu acidente em razão de defeito no freio do carro, com a perda total do veículo. A perícia demonstrou que a causa do acidente foi falha na conservação do bem, tendo em vista que as pastilhas do freio não tinham sido trocadas na revisão de 30.000km, o que era essencial para a manutenção do carro. Considerando os fatos, assinale a afirmativa correta. ( ) Ricardo deverá ressarcir o valor da revisão de 30.000km do carro, tendo em vista que ela não foi realizada conforme previsto no contrato. ( x ) Ricardo é responsável por todo o dano sofrido por Juliana, com a perda total do carro, tendo em vista que o perecimento do bem foi devido a vício oculto já existente ao tempo da tradição. ( ) Ricardo não tem nenhuma responsabilidade pelo dano sofrido por Juliana ( perda total do carro), tendo em vista que o carro estava aparentemente funcionando bem no momento da tradição. ( ) Ricardo não responde por qualquer dano. ( ) Ricardo deverá ressarcir o valor das pastilhas de freio, nada tendo a ver com o acidente sofrido por Juliana. Explicação: O caso em questão trata do instituto do vício redibitório. O veículo pereceu por conta de vício oculto preexistente à tradição que teria sido identificado se Ricardo tivesse realizado a revisão do carro, obrigação por ele assumida e não realizada. Deve, portanto, restituir o que recebeu e ainda indenizar Juliana por perdas e danos, nos ditames do art. 443 do CC. ( 2 ª) Questão (PREF. TERESINA/PI 2010 - FCC) - Para o legislador civil, o abuso do direito é um ato: [ ] lícito, embora ilegal na aparência. [ ] ilícito, necessitado da prova de má-fé do agente para sua caracterização. Disciplina: Responsabilidade Civil Universidade Estácio de Sá [ ] ilícito abstratamente, mas que não implica dever indenizatório moral. [ ] lícito, embora possa gerar a nulidade de cláusulas contratuais em relações consumeristas. [ ] ilícito objetivo, caracterizado pelo desvio de sua finalidade social ou econômica ou contrário à boa-fé e aos bons costumes. Explicação : Silvio de salvo venosa ensina que juridicamente, abuso de direito pode ser entendido como fato de usar de um poder, de uma faculdade, de um direito ou mesmo de uma coisa, além do razoavelmente o Direito e Sociedade permitem. O titular de prerrogativa jurídica, de direito subjetivo, que atua de modo tal que sua conduta contrária à boa-fé, a moral, os bons costumes, os fins econômicos e sociais da norma, incorre no ato abusivo. Nesta situação, o ato é contrário ao direito e ocasiona responsabilidade. (VENOSA, 2003, p.603 E 604). O Código Civil de 2002 inovou o instituto do abuso de direito na medida em que trouxe à baila a tutela do abuso de direito como tratamento da matéria em um dispositivo autônomo, no artigo 187( Oliveira et al. 2010). Tal artigo afirma que: Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. ( CAHALI, 2007). (3 ª) Questão O nexo causal é um dos pressupostos da responsabilidade civil, juntamente com a conduta e o dano. O nexo de causalidade é elemento indispensável em qualquer espécie de responsabilidade civil. Pode ocorrer responsabilidade sem culpa, mas não pode ocorrer responsabilidade sem nexo causal. Diante disso, foram desenvolvidas inúmeras teorias na tentativa de explicar o nexo causal; uma destas teorias a causa é não apenas o antecedente necessário à causação do evento, mas também, adequado à produção do resultado. Esta teoria é denominada como: [ ] Teoria da causa próxima. [ ] Teoria da equivalência da causa. [ ] Teoria da causalidade adequada. [ ] Teoria do conditio sine qua non. [ ] Teoria da causa direta e imediata. Explicação: Disciplina: Responsabilidade Civil Universidade Estácio de Sá Teoria da causalidade adequada - Direito Civil Por esta teoria, a causa é não apenas o antecedente necessário à causação do evento, mas, também, adequado à produção do resultado. Nem todas as condições serão causa, mas apenas aquela que for a mais apropriada a produzir o evento. Aquela que colaborou de forma preponderante e mais apropriada para o evento. (4ª) Questão: A indenização por ato ilícito: [ ] Em todas as possibilidades de responsabilização, só será devida na hipótese de se apurar dolo ou culpa grave do agente. [ ] Súmula do Superior Tribunal de Justiça adota entendimento de que não é possível a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral. [ ] Só será devida quando ficar configurado dano material. [ ] Será devida, ainda que o dano seja exclusivamente moral. [ ] não será devida, se ficar configurado apenas abuso de direito. Explicação: A letra “a” está errada porque a Constituição, o Código Civil e o código consumerista consagram a possibilidade jurídica de responsabilização por danos que atingem a esfera extrapatrimonial da vítima, não apenas a material. A letra “b” é falsa porque está em dissonância com a súmula 387 do STJ que autoriza de forma expressa a acumulação de dano estético com dano moral. A letra “c” é incorreta, porque cabe indenização em outros danos que não seja o material, como determina a CRFB/88. A letra “d” está certa porque mesmo que seja apenas dano moral a indenização será devida. E por fim, a letra “e” contrária ao regramento contido no artigo 187 do Código Civil autoriza a responsabilização por ato decorrente do excesso, ainda que no exercício de um direito. (5ª) Questão: Um caso emblemático relacionado a perda da chance do atleta brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, o qual tinha uma vantagem de 28 segundos na liderança da prova da Maratona nas Olimpíadas de Atenas, quando foi interceptado dolosamente por um terceiro, que o agarrou e o levou ao chão. Em decorrência dessa intercepção, o atleta veio a perder colocações na prova, acabando em terceiro lugar, sem êxito no alcance do mais elevado degrau do pódio e da medalha de ouro. Considerando a teoria mencionada é o caso descrito, assinale a opção correta. Disciplina: Responsabilidade Civil Universidade Estácio de Sá [ ] A perda de uma chance se caracteriza quando, em virtude da conduta de outrem, desaparece a probabilidade de um evento que possibilitaria um benefício futuro para a vítima, como deixar de recorrer de sentença desfavorável por falha do advogado. [ ] A aplicação da responsabilidade subjetiva, segundo a Teoria da Perda de uma chance, é pacífica, o que torna a comprovação da culpa do agente do ato ilícito requisito fundamental e afasta, consequentemente, a responsabilidade objetiva. [ ] A doutrina civilista admite, em casos como o relatado, a condenação por danos emergentes e lucros cessantes, mas exclui o dano moral, por tratar-se de responsabilidade subjetiva. [ ] A Teoria da Perda de uma chance prevê a comprovação de evento certo e futuro para obtenção do ganho da causa, mediante a juntada de documento probatório e demais meios de provas que determinem a culpa do terceiro ou o agente causador do ato ilícito. [ ] A Teoria da Perda de uma chance é um instituto anômalo criado pela doutrina civilista estrangeira, para o qual não há respaldo legal no ordenamento jurídico brasileiro. Explicação: A perda de uma chance é uma modalidade autônoma, específica, de dano, não se amoldando nos tipos de danos já conhecidos pelo sistema, no entanto, para a sua configuração é necessário que a vítima prove a existência de um prejuízoe o seu nexo causal. No entanto, nesta teoria há uma relativização desses elementos que circundam a responsabilidade civil. Como podemos ver na primeira opção, traz exatamente o que seria o dano pela perda de uma chance, comparando a definição colocada acima. (6ª) Questão: ( FGV - 2013 - OAB - XII Exame da Ordem Unificado - ADAPTADA) - Pedro, dezessete anos de idade, mora com seus pais no edifício Clareira do Bosque e, certa manhã, se desentendeu com seu vizinho Manoel, dezoito anos. O desentendimento ocorreu logo após Manoel, por equívoco do porteiro, ter recebido e lido o jornal pertencente aos pais do adolescente. Manoel, percebido o equívoco, promoveu a imediata devolução do periódico, momento no qual foi surpreendido com atitude inesperada de Pedro que, revoltado com desalinho das páginas, o agrediu com um soco no rosto, provocando a quebra de três dentes. Como Manoel é modelo profissional, pretende ser indenizado pelos custos com implantes dentários, bem como pelo cancelamento de sua Disciplina: Responsabilidade Civil Universidade Estácio de Sá participação em um comercial de televisão. Tendo em conta o regramento da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a afirmativa correta. [ ] Se os pais de Pedro não dispuserem de recursos suficientes para pagar a indenização, e Pedro tiver recursos, este responderá subsidiária e equitativamente pelos danos causados a Manoel. [ ] Pedro responderá solidariamente com seus pais pelos danos causados a Manoel, inclusive com indenização pela perda de uma chance, decorrente do cancelamento da participação da vítima no comercial de televisão. [ ] Os pais de Pedro terão responsabilidade subjetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores. [ ] Somente os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, mas detêm o direito de reaver de Pedro, posteriormente, os danos indenizáveis a Manoel. [ ] Os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva e subsidiária pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando e o dolo dos genitores. Explicação: O Código Civil de 2002, vigente até o momento, trouxe a responsabilidade objetiva, a qual independe de culpa. Os pais responderão de forma principal, conjunta e solidariamente pelas obrigações advindas. O fato de o agente ser inimputável não retira o caráter de ilicitude do acontecimento. Com isto, pela solidariedade e com o intuito de reparar de forma eficaz aquele que sofreu o dano, o menor possuindo bens ou meios de reparar aqueles que sofreu o dano ele deverá fazê-lo, e principalmente quando os pais não tem recurso para fazer. (7ª) Questão: Doença ou lesão preexistente é a patologia que o consumidor que deseja contratar um plano de saúde tem conhecimento de ser portador ou sofredor à época de ingresso no plano. A terminologia: doença preexistente não é um conceito médico mas apenas um conceito que visa atender à necessidade dos planos de saúde no tocante à atualização do cálculo atuarial. Desta forma indaga-se, caso o associado não tenha declarado sua doença, nem o plano realizado exames prévios, se o atendimento for negado com esta base o que você orientaria ao seu cliente? http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 Disciplina: Responsabilidade Civil Universidade Estácio de Sá [ ] O plano de saúde não pode ser juridicamente obrigado a realizar o atendimento, mas pode haver um eventual dano e o respectivo dever de indenizar, desta forma a orientação deveria ser apenas um eventual ação de indenização. [ ] Deve ser intentada uma ação judicial, pois devido a negligência do plano de saúde ele não pode alegar esta excludente, doença pré-existente, para o não atendimento, e deve o plano de saúde prestar o serviço para o qual foi contratado, devendo inclusive indenizar eventuais prejuízos. [ ] Nada deve ser feito, pois o associado deve ou declarar a doença pré-existente e pagar o valor correspondente fixado pelo plano de saúde, ou aguardar o período de carência, como ele não realizou nenhuma das duas ações, não possui direito a ser juridicamente reivindicado. [ ] deve ser intentada apenas uma obrigação de fazer do plano de saúde e não mais, pois não é caso de responsabilidade civil, pois não há dano com o simples não atendimento. [ ] Nada deve ser feito, pois o cliente é que agiu com dolo ao não declarar a sua doença, sendo este dolo excludente da culpabilidade do plano de saúde. Explicação: A orientação deve ser no sentido de que o plano de saúde não pode negar o atendimento pois, ele foi negligente ao não realizar os exames que são suas responsabilidades. Desta forma deve ser judicialmente compelido a realizar a ação de atendimento, bem como indenização por eventuais danos sofridos pelo cliente. (8ª) Questão: (FCC/2017/DPE-RS) - Em rede social da internet uma pessoa publicou mensagem acusando outra de ter praticado atos de corrupção. A acusada sentiu-se moralmente ofendida e obteve êxito em comprovar, judicialmente, que a imputação de prática de crime era falsa, tendo sido divulgada por motivo de vingança pessoal. Em casos como este, ficando comprovados os danos sofridos e a responsabilidade do autor da ofensa, a Constituição Federal garante ao ofendido o direito de: [ ] resposta, proporcional ao agravo sofrido, sem prejuízo de indenização por danos morais e materiais. [ ] ajuizar, perante o Tribunal de Justiça, ação direta de inconstitucionalidade contra o ato que violou seu direito à honra. [ ] impetrar mandado de segurança contra o ato que violou seu direito líquido e certo de não ter sua honra violada. Disciplina: Responsabilidade Civil Universidade Estácio de Sá [ ] impetrar mandado de injunção para que o ofensor seja obrigado a retirar a mensagem da internet, sem prejuízo de indenização por danos morais e materiais. [ ] ajuizar ação popular para que o ofensor seja condenado a reparar os danos morais e materiais causados. Explicação: Direito de resposta proporcional ao agravo, previsto no inciso V do art. 5º, da Constituição Federal, é um direito fundamental de defesa em um Estado Socioambiental e Democrático de Direito, relacionando-se com diferentes regras e princípios integrantes do sistema jurídico brasileiro, dentre os quais se destacam a proporcionalidade, a razoabilidade, a ampla defesa e o contraditório. Sua efetividade foi marcada ao longo dos tempos pela vigência da Lei nº 5.250/67, conhecida como Lei de Imprensa, a qual restou integralmente revogada pelo STF em abril de 2009. Desde então, a aplicabilidade de tal dispositivo constitucional está a exigir um estudo científico que possa apresentar aos intérpretes conclusões objetivas acerca da vigência do instituto, bem como da necessidade de sua observação, por parte dos mais diferentes órgãos, públicos e privados. Como elemento integrante do direito à liberdade de expressão, o direito de resposta proporcional ao agravo deve ser compreendido na sua amplitude. Nesse sentido, assim como tem por objetivo corrigir uma informação equivocada ou inverídica, também objetiva contrapor uma opinião, que tenha ofendido qualquer dos aspectos dos direitos de personalidade do indivíduo, ou da pluralidade deles. O direito de resposta deve ser mensurado de acordo com o agravo sofrido, residindo nesse aspecto à proporcionalidade que integra o seu fundamento constitucional. É de se considerar, portanto, todos os elementos que compõem o fato sob análise para que se possa dimensionar a resposta a ser ofertada, bem como os seus limites, sob pena de desvirtuamento do instituto. O direito de resposta não se restringe aos fatos e opiniões procedentes dos veículos de comunicação e demais órgãos de informação. Toda manifestação, em qualquer ambiente, público ou privado, que esteja a causar uma ofensa ou agravo a alguém, pode ser respondida, utilizando-se o titular do direito dos mesmos meios e espaços ocupados por aquele que deu origem à resposta. Trata-sede um direito subjetivo público de aplicação imediata. (9ª) Questão: (CESGRANRIO/2010) - José é correntista do Banco do Brasil há dois anos e tem crédito disponível para utilização no cheque especial. No mês de dezembro, José ultrapassou seu limite do crédito. Seu nome, após prévia notificação, foi inscrito em cadastro restritivo de crédito e seu contrato foi encaminhado ao Jurídico para a propositura de ação judicial, quando o advogado reparou que os juros eram superiores a 12% ao ano. Nesse caso, há alguma ilegalidade, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor? [ ] A inscrição em cadastro restritivo de crédito foi ilegal, pois há apenas o direito de cobrar o crédito, mas não o de negativar o nome do consumidor. Disciplina: Responsabilidade Civil Universidade Estácio de Sá [ ] A cláusula de juros é abusiva e a notificação configura cobrança por meio indevido, sendo, portanto, ilegal. [ ] Não há ilegalidade alguma no caso descrito. [ ] Os juros superam o valor máximo de 1% ao mês previsto na legislação, o que configura ilegalidade. [ ] Os juros cobrados e a negativação são ilegais frente ao Código de Defesa do Consumidor. Explicação: O Sisbacen faz parte de um sistema de informações sobre crédito mantido pelo Banco Central. Há informações negativas e positivas a respeito dos consumidores. Por isso é chamado de sistema múltiplo. No caso das informações restritivas, é o Serviço de Risco de Crédito (SRC) quem presta o serviço aos bancos. O Sistema de Informações de Crédito do Banco Central (SCR) é um banco de dados sobre operações e títulos com características de crédito e respectivas garantias contratadas por pessoas físicas e jurídicas perante instituições financeiras no País. O SCR é alimentado mensalmente pelas instituições financeiras, mediante coleta de informações sobre as operações concedidas. Atualmente, são armazenadas no banco de dados do SCR as operações dos clientes com responsabilidade total igual ou superior a R $200,00 a vencer e vencidas, e os valores referentes às fianças e aos avais prestados pelas instituições financeiras a seus clientes. O SCR não é um cadastro restritivo, porque há informações tanto positivas quanto negativas. O SCR apresenta valores de dívidas a vencer (sem atrasos) e valores de dívidas vencidas (com atraso), ou seja, na grande maioria dos casos é uma fonte de informação positiva, pois comprova a capacidade de pagamento e a pontualidade do cliente. Portanto, estar no SCR não é um fato negativo em si e não impede que o cliente pleiteie crédito nas instituições financeiras, podendo, inclusive, contribuir positivamente na decisão da instituição em conceder o crédito. (10ª) Questão: Acerca da ANATEL assinale a opção correta: [ ] Realizadas as reclamações, processos administrativos são instaurados e, dependendo do caso, a empresa poderá ser multada ou sofrer sanções administrativas. [ ] A ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), criada em 1997, promove o desenvolvimento das telecomunicações no país. [ ] Para o melhor entendimento, a ANATEL não está subordinada a nenhum Disciplina: Responsabilidade Civil Universidade Estácio de Sá órgão de governo. [ ] A ANATEL tem independência administrativa e financeira. [ ] A ANATEL tem capacidade de expedir normas operacionais e de serviço, como forma de regulamentar a atividade econômica fiscalizada. Explicação: A criação da Anatel fez parte do processo de reformulação das telecomunicações brasileiras iniciado com a promulgação da Emenda Constitucional 8/1995, que eliminou a exclusividade na exploração dos serviços públicos a empresas sob controle acionário estatal, permitindo a privatização e introduzindo o regime de competição. O Estado passava da função de provedor para a de regulador dos serviços. De acordo com o planejamento estratégico da Anatel para o período de 2015 e 2024, sua missão é “regular o setor de telecomunicações para contribuir com o desenvolvimento do Brasil.” A Agência é uma autarquia administrativamente independente, financeiramente autônoma, não subordinada hierarquicamente a nenhum órgão de governo. Última instância administrativa, as decisões da Anatel só podem ser contestadas judicialmente. As normas elaboradas pela Agência são antes submetidas a consulta pública, seus atos são acompanhados por exposição formal de motivos que os justifiquem.
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