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Vasos Sanguíneos 1 | I. Estrutura da parede vascular II. Arteriosclerose: definição, evolução natural e consequências a. Morfologia da arteriosclerose b. Arteriosclerose: fatores de risco e patogenia III. Hipertensão arterial sistémica IV. Aneurismas e dissecação arterial a. Aneurismas vasculares (causas) b. Classificação c. Aneurismas aórticos abdominais d. Aneurismas ateroscleróticas -complicações e. Aneurismas luéticos – sifilíticos f. Disseção aortica V. Neoplasias vasculares: Sarcoma de Kaposi a. Dos vasos sanguíneos b. Dos vasos linfáticos VI. Vasculites a. Conceito b. Patogenia: infeciosas e não infeciosas c. Classificação d. Artrite de Takayasu, panarterite nodosa, artrite de células gigantes, tromboangeite obliterante e. Patologia venosa: varizes f. Granulomatose de Wegener • Vasos são constituídos por células endoteliais que revestem o lúmen e é rodeado que células musculares lisas e matriz extracelular (MEC) • Dependendo da necessidade, a vasculatura varia o Artérias são + espessas por suportar altas pressões e fluxo pulsátil o Veias são + finas distensíveis e com alta capacitância (armazenamento de sangue), por suportar baixas pressões e um fluxo mais ameno (+ suave) • Há 3 camadas nas paredes dos vasos o Intima ▪ Monocamada de células endoteliais que estão por cima da membrana basal e com MEC mínimo ▪ É separada da camada média pela lâmina elástica interna o Média ▪ Composta por células musculares lisas e MEC ▪ Rodeada por tecido conjuntivo frouxo, fibras nervosas e vasos da adventícia ▪ É separada da adventícia pela lâmina elástica externa o Adventícia ▪ Possui vasa vasorum (vasos dos vasos), nos vasos de grande e médio calibre • Nutrem 2/3 exteriores da média • Mantem interface sangue-tecido não trombogénica o Fluxo laminar, fatores de crescimento (ex. VEGF), adesão a membrana basal e normotensão mantem o estado normal (não trombogénico e não adesivo) o Traumas, fluxo turbulento, hipertensão, citocinas, complemento, produtos bacterianos e lipídicos, hipoxia, acidose, viroses e tabagismo → facilitam a trombose e vasoconstrição (ativação endotelial) • Modulam a inflamação Vasos Sanguíneos 2 | • Afetam crescimento de outros tipos de células (ex.musculares lisas) • Influenciam vasorreatividade das células musculares lisas ao produzirem fatores relaxantes (oxido nítrico-NO) e de contração (endotelina) • Junções interendoteliais são normalmente impermeáveis o Podem abrir por influencia de estresse hemodinâmico e agentes vasoactivos inundação de eletrólitos e proteínas no endotélio • Participam na exsudação leucocitária (no recrutamento de células inflamatórias) • Dependendo do local onde se encontram, elas apresentam características diferentes o Células endoteliais que possuem fenestrações (orifícios) ▪ Facilitam a filtração ▪ Glomérulos e hepatócitos o Células endoteliais e astrocitos ▪ Formam barreira impermeável hematoencefálica ▪ Sistema Nervoso Central • Ativação do endotélio serve para responder ao estimulo inicial o Resposta pode ser ▪ Rápida, reversível e independente de novas proteínas ▪ Lenta e envolver alterações gênicas e expressão de proteínas ou regredir o Exposição excessiva a agentes de ativação pode provocar disfunção endotelial ▪ Disfunção endotelial caracterizada por vasodilatação, dependente de • Endotélio lesado • Estados de hipercoaguláveis • Produção de radicais livres derivados de O2 ▪ Pode iniciar à • Trombose • Aterosclerose • Promover lesões vasculares de hipertensão e diabetes • Auxiliam na reparação vascular • Responsáveis pela vasodilatação e vasoconstrição que ocorre por estimulo (fisiológico ou farmacológico) • Quando estimuladas podem proliferar, regular o colágeno da MEC, elastina, produzir proteoglicanos, fatores de crescimento e citocinas • São elásticos • Possuem fibras elásticas alternadas com células musculares lisas na camada média o Promove a expansão na sístole e a retração na diástoles impulsão do sangue p/ região distal o Com envelhecimento → tornam-se rígidas (transmitem altas pressões) ou dilatados (ectasiados →propensos a rupturas) • Exemplo o Aorta o Arco aórtico e seu vasos o Ilíacas o Artérias pulmonares (sangue venoso p/ os pulmões) • Camada média composta por células musculares lisas com elastina • Células musculares dispostas em círculos ou espiral ao redor do lúmen Vasos Sanguíneos 3 | • Fluxo sanguíneo é regulado pela contração (vasoconstrição) e relaxamento (vasodilatação) das células (controlado p/SNA e fatores metabólicos locais) • Exemplo o Artérias coronárias e renais • Presente no tecido conjuntivo dos órgãos • Camada média é composta por células musculares lisas • Arteríolas regulam a resistência ao fluxo sanguíneo o Alterações no diâmetro do vasos produz grandes efeitos na pressão arterial ▪ Reduzir diâmetro para metade aumenta a resistência em 16x • São revestidos por células endoteliais e circundado por pericitos (células musculares lisas) • Possuem área transversal total e fluxo sanguíneo lento • Adequados p/ trocas de subs difusíveis entre o sangue e os tecidos por possuírem fluxo lento e paredes finas • Recebem sangue dos leitos capilares pós-vênulas (anastomosam p/ formar vénulas colectoras) • É mais suscetível ao extravasamento vascular (edema) e exsudado leucocitário • São mais propensas a dilatação, compressão externa e penetração por tumores e processos inflamatórios • Fluxo sanguíneo flui contra gravidade • Refluxo é impedido por válvulas • Possui grande capacitância (vasos de armazenamento) • Paredes finas revestidas por endotélio • Drenam líquidos do tecido intersticial, retornam ao sangue pelo ducto torácico • Linfa contém células inflamatórias monocleares e anticorpos • Podem disseminar doenças pelos transporte de bactérias e células tumorais p/ locais distantes Vasos Sanguíneos 4 | • Dilatação arteriais • Ocorrem quando a camada média arterial é enfraquecida, podendo romper-se e causar hemorragia • Conexões anormais entre artérias e veias, sem intervenção do leito capilar • Ocorrem como o Defeito no desenvolvimento o Ruptura de aneurisma arterial em veia adjacente o Podem ser criadas p/ promover acesso vascular p/ hemodialise • Fistulas extensas podem causar insuficiência cardíaca → há desvio de sangue da circulação arterial para a venosa • Espessamento irregular das paredes das artérias musculares de médio e grande calibre o Devido a combinação da hiperplasia da média e intima e fibrose • Ocorre em qualquer idade o Mais frequente em mulheres jovens • Consequências → estenose luminal, espasmos vasculares (há redução do fluxo vascular) o Artérias renais → ocasiona hipertensão renovascular o Entre os espessamentos a artéria pode estar enfraquecida, e podem se desenvolver dilatações vasculares (podem-se romper) • Pressão arterial é proporcional ao débito cardíaco e a resistência periférica • pressão arterial (hipotensão) → perfusão inadequada dos órgãos o Pode levar a disfunção ou morte tecidual • pressão arterial (hipertensão) → causa danos nos órgãos e vasos terminais (ex. aterosclerose) • Determinado pelo o Volume Sistólico ▪ É pressão do enchimento ▪ Regulada pela homeostase do sódio e o efeito do volume sanguíneo (regulado pelo Na+) o Frequência Cardíaca ▪ Regulada pelos e - adrenérgicos e pela contração cardíaca Vasos Sanguíneos 5 | • Regulada ao nível das arteríolas por fatores neurais e hormonais • Tónus vascular depende do balanço entre vasoconstritores (catecolaminas, angiotensina II e endotelina) e vasodilatadores (cininas, prostaglandinas e NO) • Resistência Periférica é autorregulada o fluxo sanguíneo induz a vasoconstrição evita a hiperperfusãoO pH e a Hipoxia regulam a pressão arterial de modo a adaptar-se às demandas metabólicas locais • Rins filtram 170 L de plasma p/ dias com 23 moles de Na+ o 99,5% do sal filtrado é reabsorvido p/manter níveis de Na+ corporal o Sistema Renina-Angiotensina influenciam na RPT e na retenção e excreção de Na+ ▪ Renina é secretada pelas células justaglomerulares quando • Pressão é baixa nas arteríolas aferentes • catecolaminas circulantes • níveis de Na+ nos túbulos renais, ocorre quando a taxa de filtração glomerular diminui, favorece + reabsorção pelos túbulos proximais e níveis baixos de Na+ nos distais ▪ Renina cliva angiotensinogénio em angiotensina I ▪ Angiotensina I é convertida em Angiotensina II ▪ Angiotensina II eleva pressão arterial por: • Induz contração das células musculares lisas vasculares • Estimulação de aldosterona (glândula suprarenal) • Aumento da reabsorção tubular do Na+ o Rins produzem também prostaglandinas e NO que contrabalançam a angiotensina • Glândula Suprarrenal produz aldosterona o Aumenta a reabsorção de Na+ no TCD o Aumentam a excreção de K+ p/ urina • Miocárdio atrial e ventricular produz péptido natriuréticos do miocárdio o Inibe reabsorção de Na+ nos túbulos renais distais o da excreção de Na+ e diurese o Induz vasodilatação sistémica Vasos Sanguíneos 6 | • Manifesta-se de forma aguda agressiva • As vezes referido por hipertensão benigna • Pode permanecer silenciosa por anos • Aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e doença coronária aterosclerótica • Pode levar a insuficiência cardíaca, dissecção aórtica, demência por multi-infarto e insuficiência renal • Teoria aceitável → hipertensão essencial resulta da combinação de polimorfismo genético, fatores ambientais (favorecem o VS e RPT) • A medida que a pressão se eleva observa-se efeitos nocivos • Pressão diastólica e a sistólica são utilizadas p/ diagnostico de hipertensão ( 90mmHg e 140mmHg, respetivamente) o É necessário, pelo menos, 3 medições para definir um individuo como hipertenso • 25% da população é hipertensa • Efeitos patológicos ocorrem + em indivíduos + velhos • Sem tratamento 50% morrem de doença cardíaca isquémica (DCI), insuficiência cárdica congestiva e AVC • Hipertensão maligna → aquela em que há um brusca elevação da pressão, se não for tratada leva a morte em 1/ 2 anos o Associada a insuficiência renal, hemorragia da retina, com/ sem papiledema (edema do disco óptico causado pelo pressão intracraniana) • Hipertensão essencial o 95% das causas é idiopática o Forma compatível coma vida longa o A menos que surja AVC ou enfarte do miocárdio o Mecanismos: ▪ Redução da excreção renal de sódio • Principal característica • Ela eleva o volume de liquido e DC → PA→ excreção de +Na+ → estabelecimento de novo estado de excreção de Na+ due to PA ▪ da resistência vascular • Pode originar vasoconstrição ou lesões nas paredes dos vasos ▪ Fatores Genéticos • Polimorfismos no Sistema renina-angiotensina • Genes controladores do equilíbrio renal de sódio, hipertensores e crescimento das células musculares lisas ▪ Fatores Ambientais • Estresse • Obesidade • Tabagismo • Falta de atividade física • consumo de sal • Hipertensão secundária o Secundária a doença renal primária, estreitamento da artéria renal ou distúrbios suprarrenais • Distúrbios genéticos podem causar hipertensão e hipotensão (afeta reabsorção de Na+) o Defeitos na enzima que participa no metabolismo da aldosterona ▪ Há da secreção de aldosterona → reabs. de água e sal → do plasma o Mutações proteicas que afetam a reabs. de Na+ ▪ Sidrome de Liddle → mutação da ENaC → reabsor. Tubular distal de Na+ (induzida pela aldosterona) A hipertensão de bata branca ocorre quando a pressão arterial , medida no consultório, apresenta, em visitas consecutivas, valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg, e valores normais quando medida em casa, num ambiente familiar. https://www.farmaciasportuguesas.pt/menu-principal/bem-estar/pressao-arterial-atencao-a-tensao.html Vasos Sanguíneos 7 | Hipertensão Essencial Responsável por 90-95% dos casos Hipertensão Secundária Renal • Glomerulonefrite aguda • Doença renal crônica • Doença policística • Estenose da artéria renal • Vasculite renal • Tumores produtores de renina Endócrina • Hiperfunção adrenocortical (síndrome de Cushing, aldosteronismo primário, hiperplasia congênita da suprarrenal, ingestão de alcaçuz) • Hormônios exógenos (glicocorticoides, estrogênio [incluindo o induzido pela gravidez e por contraceptivos orais], simpatomiméticos, alimentos contendo tiramina e inibidores da monoamina oxidase) • Feocromocitoma Acromegalia Hipotireoidismo (mixedema) Hipertireoidismo (tireotoxicose) • Induzida pela gravidez (pré-eclâmpsia) Cardiovascular • Contração da aorta • Poliarterite nodosa • Aumento do volume intravascular • Aumento do débito cardíaco • Rigidez da aorta Neurológica • Psicogênica • Aumento da pressão intracraniana • Apneia do sono • Estresse agudo, incluindo cirurgia • Hipertensão acelera a aterogênese, provoca alterações nas paredes das artérias de medio e grande calibre (pode ocasionar dissecção da aorta e hemorragia cerebrovascular) • Associa-se a arteriosclerose hialina e a hiperplásica • Está associada a hipertensão benigna • Apresenta um espessamento hialino na parede arteriolar • Há perda de estruturas subadjacentes e estreitamento do lúmen • As alterações originam-se do: o Extravasamento dos componentes do plasma através do endotélio lesado o Aumento da produção de MEC pelas células musculares lisas em reposta ao estresse hemodinâmico • Rins o Estreitamento arteriolar causa comprometimento difuso da irrigação renal e nefrosclerose (cicatrizes glomerulares) o Em pacientes com hipertensão arterial sistémica, as alterações hialinas são mais graves o Rim fica com aspecto granular • Estas lesões são comuns na microangiopatia diabética e são causadas pela disfunção das células endoteliais induzidas por hiperglicemia Vasos Sanguíneos 8 | • Comum na hipertensão grave (maligna) → PD ( 120mmHg) • Vasos com “lesões em casca de cebola” o Espessamento laminar e concêntrico nas paredes arteriais o Há estreitamento luminal • Laminações → células musculares lisas com membranas basais espessadas e reduplicadas • Há deposito fibrinoide e necrose na parede dos vasos (arteriolite necrosante) o ++ nos rins • Lesão ou disjunção do endotélio contribui para processos patológicos como trombose, aterosclerose, lesões vasculares hipertensivas • Proliferação de células musculares lisas e síntese da MEC auxilia no reparo mas pode contribui para oclusão do lúmen; é estimulada por perda ou disfunção das células endoteliais (que ocorre na lesão) • Cicatrização dos vasos → é devido a migração das células musculares lisas o Na camada intima, ocorre proliferação das células, síntese de MEC e preenchimento da ferida com fibroblastos → formação de neoíntima (c/ células endoteliais intactas) ▪ Neointima→ formada em resposta infeção, trauma físico, lesão imunológica, inflamação e exposição a toxinas o Depois da cicatrização irreversível as células musculares lisas voltam a estado não proliferativo o Alterações na camada intima no envelhecimento não traz consequências porque há remodelação que resulta em modificação no diâmetro do vaso • Arteriosclerose → endurecimento das artérias o Refere-se ao espessamento e perda de elasticidade arterial • Padrões: o Arterioloesclerose ▪ Afeta pequenas artérias e arteríolas ▪ Causa isquemia distal ▪ Pode ser hialina ou hiperplásica o Esclerose medial de Mönckeberg ▪ Ocorrem depósitos calcificados em artérias musculares ▪ Pessoas + 50 anos ▪Não afeta a luz dos vasos ▪ Ocorre nas gangrenas o Aterosclerose ▪ + frequente Vasos Sanguíneos 9 | • Caracterizada por lesões elevadas na intima (ateromas, placas ateromatosas ou ateroscleróticas) o Compostas por centro mole e grumoso de lípidos -colesterol e esteres de colesterol- recobertas por capsula fibrosa • Os ateromas podem obstruir o lúmen vascular e romperem-se o Podem evoluir para trombose catastrófica o Enfraquecem a média e levam a formação de aneurisma • Importante manifestação de aterosclerose → doença das artérias coronárias em especifico doença isquémica do Coração (DIC) → infarto do miocárdio • Genéticos o Antecedentes familiares o + risco associada aos antecedentes familiares está relacionado a características poligênicas (diabetes e hipertensão ) • Idade o Lesões da aterosclerose permanecem silenciosas até o individuo alcançar a meia idade ou + tarde o Incidência de infarto de miocárdio entre os 40/60 anos • Género Vasos Sanguíneos 10 | o Complicações da aterosclerose e infarto do miocárdio não é comum em mulheres em pré-menopausa (na ausência de diabetes, hiperlipidemia e hipertensão severa) ▪ Apos a menopausa o risco aumenta ▪ O estrogénio tem efeito protetor • Repor estrogénio pós-menopausa → risco de doença cardiovascular o É mais frequente em homens o Com o avanço da idade o risco aumenta • Hiperlipidemia o Em especifico, hipercolesterolemia o É suficiente para induzir lesão na ausência de outros fatores de risco o Componente do colesterol que o risco é o colesterol com lipoproteína de baixa densidade (LDL-mau colesterol) o HDL → remove placas de colesterol, transporta p/ fígado p/ formar a bílis (excreção biliar) o Abordagens que o LDL ou HDL ▪ Consumo de colesterol e gorduras saturadas na dieta → níveis de colesterol no plasma ▪ Gorduras poli-insaturadas → níveis de colesterol ▪ Ácidos graxos ómega-3 são benéficos (óleos de peixe) ▪ Gorduras insaturadas (trans) → produzidas por hidrogenação artificial de óleos insaturados → prejudiciais (margarina e produtos de panificação) ▪ Exercício e consumo moderado de álcool → HDL ▪ Obesidade e tabagismo → HDL ▪ Estatinas → colesterol por inibirem hidroximetilglutaril Co-A → da biossíntese do colesterol (LDL) • Hipertensão o o risco de DCI em 60% o Principal causa de hipertrofia vascular esquerda (HVE) o Contribui p/ isquemia do miocárdio • Tabagismo o Contribui p/ incidência e severidade da aterosclerose em mulheres • Diabetes Mellitus o Associado a do colesterol e do risco de aterosclerose o Há maior incidência do infarto do miocárdio em diabéticos e o Há alto risco de AVC e gangrena nos Membros inferiores induzido por aterosclerose • Inflamação o Células inflamatórias estão presentes em todas etapas da formação do ateroma ▪ Estão relacionadas a progressão e a ruptura da mesma ▪ Usa-se o marcador de inflamação sistémica- proteína C reativa- para correlacionar com o risco de DCI • Níveis de PCR o É sintetizada na fase aguda pelo fígado em resposta a citocinas o As células da placa secretam PCR → há ativação das células endoteliais → adesividade → indução de estado protrombótico o Níveis de PCR prevêm o risco de infarto o miocárdio, AVC, doença arterial oclusiva periférica e morte cardíaca súbita (incluindo indivíduos saudáveis) o do tabagismo, do peso e exercício físico reduz PCR o As Estatinas reduzem o PCR e LDL-colesterol (ação independente) Vasos Sanguíneos 11 | • Hiper-homocisteinemia o Homocistinúria está associado ao aparecimento precoce de doença vascular o Baixo consumo de folato e vit. B12 → homocisteína ▪ Suplementos dessas vitaminas ñ afeta incidência de doença Cardiovascular • Síndrome metabólica o Associada a obesidade central que é caracterizada por resistência a insulina, hipertensão, dislipidemia, hipercoagulabilidade, estresse inflamatório ▪ Desencadeada por liberação de citocinas dos adipócitos o Dislipidemia, hiperglicemia e hipertensão → fatores de risco p/ doenças cardíacas o Hipercoagulabilidade sistémica e estado pró-inflamatório → contribui p/ disfunção endotelial e/ou trombose • Níveis de lipoproteína o Semelhante a LDL o Risco de doenças coronárias e cerebrovasculares ▪ Independente do nível do colesterol total/ LDL • Níveis de pró-coagulantes o pró-coagulantes → risco p/ D. cardiovasculares o Ativação excessiva da trombina pode ser aterogênica • Falta de exercício físico • Vida estressante e competitivo • Stress • Ingestão de gorduras insaturadas Hipótese da resposta à lesão → aterosclerose como resposta inflamatória cronica da parede arterial à lesão endotelial • Progressão da lesão envolve lipoproteínas modificadas, macrófagos, linfócitos T e constituintes celulares da parede • Aterosclerose é produzida por o Lesão endotelial → consequente disfunção endotelial o Acúmulo de lipoproteínas (++ LDL e cristais de colesterol) o Adesão Plaquetária o Adesão de monócitos ao endotélio o Acumulo de lípidos in the macrophages o Recrutamento de células musculares lisas devido aos fatores liberados pela ativação plaquetária, macrófagos e células da parede Vasos Sanguíneos 12 | o Proliferação de células musculares lisas e produção de MEC • Perda do endotélio, desnudamento mecânico, forcas hemodinâmicas, deposição de imunocomplexos, irradiação e produtos químicos → espessamento da intima • Dieta rica em lípidos → formação de ateromas típicos • Lesões ateroscleróticas iniciais começam em locais intactos com disjunção endotelial • Disjunção do endotélio → permeabilidade e adesão plaquetária → do desenvolvimento da aterosclerose • Hipertensão, hiperlipidemia, toxinas do cigarro, homocisteinas e agentes infeciosos → desencadeiam ateromas • Distúrbios hemodinâmicos e hipercolesterolemia → causas + importantes de disjunção endotelial • Placas ocorrem nos óstios (orifício pequeno) de saídas de vasos, pontos de ramificação e ao longo da parede posterior da aorta abdominal → locais de fluxo turbulento • Genes “ateroprotetores” explicam a localização ñ aleatória das lesões • São transportados no sangue formado complexo de lipoproteína (apoproteina+ lípido) • Anormalidades das lipoproteínas são presentes em sobreviventes de infarte do miocárdio, como: o de colesterol LDL o de colesterol HDL o níveis de lipoproteína • Papel da hipercolesterolemia na aterogênese o Lípidos dominantes nos ateromas → colesterol e esteres de colesterol o Defeitos genéticos na absorção e metabolismo das lipoproteínas → levam a hiperlipoproteinemia ▪ Defeitos nos receptores de LDL e na absorção hepática do mesmo → leva a Hipercolesterolemia familiar homozigótica→ pode evoluir p/ infarto do miocárdio aos 20 anos o do colesterol na dieta ou medicamentos → da aterosclerose → regressão das placas e eventos cardiovasculares • Mecanismos da dislipidemia que contribuem p/ aterogênese o Hiperlipidemia cronica (++ hipercolesterolemia) ▪ Compromete a função endotelial pelo da prod. de radicais derivados do O2 → aceleram a redução de NO ( da actividade vasodilatadora) ▪ Lipoproteínas acumulam-se na intima → produzem LDL oxidada e cristais de colesterol • Macrófagos e células endoteliais prod. ERO que oxidam a LDL oxidada (ingerido p/ macrófagos) → formação de células espumosas o Estimula secreção de fatores de crescimento + cito e /quimiocinas → recrutamento de monócitos • Cristais de colesterol → ativam células imunes inatas (macrófagos e monócitos) Vasos Sanguíneos 13 | • As células endoteliais disfuncionais apresentam moléculas de adesão → adesão leucocitária • Apos adesão leucocitária → migração de leucócitos p/ intima (influenciada por quimiocinas) • Macrófagos→englobam lipoproteínas o Cristais de colesterol → inflamação → pq ativam inflamassoma o Estimulam proliferação de células musculares lisas • Linfócitos T→ interagem c/ macrófagos o Produzem citocinas inflamatórias → estimulação de macrófagos, células endoteliais e musculares lisas (CML) • Linfócitos ativados + fatores de crescimento → proliferação de CML e de MEC • Nas placas pode-se encontrar o Herpesvírus o Citomegalovirus o Chlamydia pneumonia • Paciente c/ aterosclerose → anticorpos para Chlamydia pneumonia • Aterosclerose pode ser induzida por camundongos livres de germes • Proliferação de CML da intima e MEC → convertem estrias gordurosas em ateroma maduro (placa estabilizada) o CML podem ser média • Células inflamatórias ativadas → apoptose das CML da intima e desintegrar a matriz → formação de placas instáveis • Estrias Gordurosas o São múltiplas maculas amareladas e planas transformam-se lesões maiores o Compostas por macrófagos espumosos c/ lípidos mas ñ causa desequilíbrio do fluxo sanguíneo o Podem surgir na aorta de crianças ( 1 ano e 10 anos) o Podem evoluir p/ placas aterosclerótica o Formam-se durante a adolescência e formam placas nos mesmos locais mais tarde • Placas ateroscleróticas o Espessamento da intima e acumulo de lípidos o Lesões elevadas e irregulares o Envolvem apenas uma parte da parede arterial o Localização → depende do fluxo (locais + propensos → fluxo turbulento) o Vasos + acometidos ▪ Aorta abdominal infrarrenal ▪ Artérias coronárias, poplíteas ▪ Carótidas internas ▪ Vasos do polígono de Wills ▪ ++ frequente na aorta abdominal que na torácica o Vasos + poupados ▪ Vasos do MS ▪ Artérias mesentéricas e renais o Composição ▪ Células (CML, macrófagos e células T) ▪ Matriz extracelular ▪ Lípidos intra e extracelulares o Estrutura do ateroma Vasos Sanguíneos 14 | ▪ Possuem capsula fibrosa superficial (CML e colágeno denso) ▪ Local de interação da capsula c/ parede do vaso → + celularizado (macrófagos, células T e CML) ▪ Profundamente à capsula → centro necrótico c/ lípidos, restos necróticos, células espumosas (macrófagos c/ lípidos) e CML, fibrina, trombo, proteínas do plasma ▪ Colesterol extracelular é removido → forma fenda de colesterol ▪ Periferia das lesões → neovascularização ▪ Profundidade da placa na média → fibrose secundaria à perda /atrofia musculares lisa o Algumas placas são compostas p/ CML e tecido conjuntivo fibroso o As placas continuam a aumentar de volume com a morte celular, degradação da MEC e organização de trombo o Complicações da Placa ▪ Calcificação ▪ Ruptura ou ulceração ou erosão → trombose ▪ Ateroembolimo ruptura duma placa →embolo ▪ Hemorragia na placa → expansão da placa ou ruptura ▪ Aneurisma ▪ Enfraquecimento da parede • Vasos afetados o Grandes artérias elásticas ▪ Aorta ▪ Carótida ▪ Artérias ilíacas o Medias e grandes artérias musculares ▪ Coronárias ▪ Renais ▪ Poplíteas • Apresenta sinais e sintomas relacionados a isquemia no coração, cérebro, rins e MI • Principais consequências clinicas o Infarto do miocárdio o Acidente vascular cerebral (AVC) o Aneurismas da aorta o Doença vascular periférica (gangrena das extremidades) • Tamanho dos vasos e grau da oclusão da parede remete aos seguintes aspectos fisiopatológicos o Oclusão de pequenos vasos → afeta a perfusão dos tecidos o Ruptura da placa → liberação de restos celulares → pode evoluir p/ trombose vascular aguda ou embolização distal Vasos Sanguíneos 15 | o Destruição da parede vascular → formação de aneurismas • Complicação da ateromatose o Calcificação Distrófica (não há presença de cálcio) o Ulceração e erosão o Hemorragia o Trombose o Dilatação aneurismática • Ponto em que a oclusão limita o fluxo a expansão do ateroma (causada p/ remodelação da média) afeta o fluxo o Demanda é + que a oferta • Artéria coronária o Estenose ocorre com 70% da oclusão o Pacientes afetados tem perfusão cardíaca adequada ▪ Mínimo esforço → isquemia cardíaca → dor no peito (angina estável) o Hipoperfusão arterial cronica (resultante da aterosclerose) causa: ▪ Isquemia intestinal ▪ Morte cardíaca súbita ▪ DCI cronica ▪ Encefalopatia isquémica ▪ Claudicação intermitente (sensação dolorosa na perna) • Erosão ou ruptura da placa → trombose → obstrução vascular → infarto tecidual • Alterações da placa: ruptura/ fissura, erosão/ulcerações e hemorragia o São desencadeadas p/ fatores intrínsecos (composição e estrutura da placa) e extrínsecos (pressão arterial) → enfraquecem a integridade da placa • Ruptura, ulceração ou erosão o Há exposição de subs. termogénicas → formação de trombos o Trombos → oclusão do vaso → isquemia tecidual o Paciente que sobrevive a oclusão → organização do trombo e incorporação na placa • Hemorragia no interior da placa o Ruptura da capsula/ parede fina dos vasos → leva a hemorragia o Hematoma resultante → pode evoluir p/expansão ou ruptura da placa • Ateroembolismo o Ruptura da placa → liberação de resíduos ateroscleróticos → produção de microembolos • Formação de aneurisma o Pressão gerada p/ aterosclerose/ atrofia isquémica + perda de tecido elástico →enfraquecimento do vaso → dilatação do mesmo (formação de aneurisma) • Placas vulneráveis são aqueles que contem o células espumosas e lípidos extracelulares o Cápsula fibrosa fina + CML o Grupos de células inflamatórias • A do colágeno (prod. por CML)→ resistência e estabilidade da placa o Macrófagos produzem metaloproteinas (MMP) que degradam MEC o Células endotelias e CML → prod. inibidores de MMP • Mecanismo p/ das lesões ateroscleróticas o Cicatrização das rupturas + trombose Vasos Sanguíneos 16 | • Aneurismas → dilatações dos vasos sanguíneos ou do coração o Pode ser congénito ou adquiridos o Tipos de aneurismas ▪ Aneurisma verdadeiro • Afeta as 3 camadas da artéria ou parede frágil do coração • Inclui: aneurismas vasculares ateroscleróticos, congénitos e ventriculares resultante do infarto do miocárdio ▪ Aneurisma falso • Defeito na parede do vaso → formação de hematoma extravascular + espaço intravascular (hematoma pulsante) • Pode ocorrer pode causa de trauma • Não afeta todas as camadas o Classificação dos aneurismas pela forma ▪ Saculares • São divertículos (5-20cm de diâmetro) • Contem trombos ▪ Fusiformes • São dilatações circunferenciais (até 20 cm de diâmetro) ▪ Moriformes o Envolvem ++ arco da aorta, aorta abdominal e artérias ilíacas • Dissecção arterial → entrada de sangue pressurizado na parede arterial (através de defeito na superf. Da intima e invade as camadas) • Aneurismas e dissecações → causa de estase + formação de trombose (apresentam + risco de ruptura) • A síntese, degradação e reparo da MEC mantem a integridade das artérias • Aneurismas → ocorrem quando estrutura/ função do tecido conjuntivo é comprometido por: o Síntese inadequada ou anormal de tecido conjuntivo ▪ TGF- regula proliferação de CML e síntese de MEC • Mutações nos receptores de TGF- → defeito na síntese de elastina e colagénio • Aneurisma rompe facilmente ▪ Síndrome de Marfan → há síntese defeituosa de fibrilina (proteína estrutural) → remodelação anormal de TFG- na parede da aorta → sinalização desregulada e perda do tecido elástico → dilatação ▪ Síndrome de Ehlers-Danlos → defeito no colágeno II → formação de aneurisma o Degradação excessiva de tecido conjuntivo ▪ MMP → degradação de MEC na parede arterial → aneurisma o Perda das CML ou alteração fenotípica na síntese das CML ▪ Espessamento esclerótico da intima → distância de difusão dos nutrientes p/ lumen→ isquemia interna Vasos Sanguíneos 17 | ▪ Hipertensão arterial sistémica → estreitamento dolúmen dos vasa vasorum da aorta → isquemia externa ▪ Isquemia → resulta em perda das CML e alterações degenerativas da aorta (fibrose, síntese def. de MEC e prod. de proteoglicanos amorfos) • Essas alterações são chamadas degeneração cística da média • Ocorrem na síntese defeituosa da MEC, síndrome de Merfan, síndrome metabólica e escorbuto • Aterosclerose e hipertensão → causas do aneurisma aórtico o Aterosclerose → aorta abdominal o Hipertensão → aorta ascendentes • Outros fatores que enfraquecem a parede dos vasos o Degenerescência mixoide-cistica da média arterial o Trauma (traumatismos→) o Vasculite o Defeitos congénitos (aneurisma encefálico moriforme) o Infeção (aneurisma micótico, sifilitico) ▪ Resulta de • Embolização de êmbolos séptico (complicação de endocardite) • Prolongamento de processo supurativo • Infeção directa p/ MO ▪ Sífilis 3aria → causa rara de aneurisma • Espiroquetas nos vasa vasorum da aorta torácica ascendente + resposta imune → endocardite obliterante • Endocardite obliterante → afeta o fluxo sanguíneo da média • Aneurismas escleróticos ocorrem + na aorta abdominal o Tb pode ocorrer nas artérias ilíacas, arco da aorta e aorta torácica descendente o AAA é causado principalmente por aterosclerose • Ocorre + em homens tabagistas o Raro em pessoas c/ 50 anos o Incidência a 5% em homens 60 anos • Degradação excessiva de MEC (mediada p/ infiltrado inflamatório e prod. de enzimas proteolíticas) resulta em AAA • Placas ateroscleróticas afetam a difusão de nutrientes e comprimem os vasos → a média sofre degeneração e necrose → enfraquecimento da parede arterial • Defeitos hereditários na estrutura da aorta → prod. aneurismas • Localizam-se entre as artérias renais e a bifurcação da aorta • Aterosclerose produz enfraquecimento e destruição da média • Saco aneurismático contém trombo mural mole, laminado e mal organizado (preenche o segmento dilatado) • AAAs inflamatórios o Caracterizado p/ densa fibrose periaórtica o Contem infiltrado linfoplasmocitário (c/++ macrófagos e células gigantes) • AAAs micóticos o Ocorre quando MO se alojam na parede do aneurisma ou se associam ao trombo o Supuração → destruição da média e dilatação e ruptura • Obstrução de vaso ramificado da aorta (A. renais, ilíacas, vertebrais e mesentéricas)→ dando origem a isquemia distal (nos locais irrigados p/ A. mencionadas) • Embolismo do ateroma ou trombo mural • Comprometimento de estruturas (ex. compressão de ureter ou erosão das vertebras) Vasos Sanguíneos 18 | • Massa abdominal (simula um tumor) • Ruptura dentro da cavidade peritoneal ou nos tecido peritoneais (c/hemorragia fatal) o Ruptura → hemorragia →morte Risco de ruptura é determinado p/ tamanho do AAA I. 4 cm ou de diâmetro → não rompe II. 4-5 cm → taxa de risco de 1% ao ano III. 5-6 cm → taxa de risco de 11% IV. 6 cm → taxa de risco de 25% Pacientes com AAA podem ter aterosclerose em vários leitos vasculares e risco de DCI e AVC • Associado a hipertensão e a síndrome de Marfan (mutação de TGF-) • Manisfesta-se por o Compressão de estruturas mediastinais (vias aéreas-dificuldade em resp- e esófago-dif. A deglutir) o Tosse por irritação dos nervos laríngeos recorrentes o Dor causada pela erosão do osso o Doença cardíaca devida inf. valvular ou estreitamento dos óstios coronários o Ruptura da aorta • Sangue se espalha nos planos laminares da média formando um canal de sangue dentro da parede aórtica • Processo é catastrófico em caso de rompimento da dissecção e hemorragia • Ocorre em o Homens entre 40-60 anos de idade c/ histórico familiar de hipertensão o Pacientes jovens c/ anormalidades no tecido conjuntivo que afetam aorta (ex. síndrome de Marfan) o Mulheres gravidas podem desenvolver dissecção da aorta ou dos seus ramos (coronários tb) • São incomuns em caso de aterosclerose substancial ou causas de cicatrizes na média (pq fibrose na média propagação de dissecção) • Hipertensão → + fator de risco • Aorta em hipertensos → hipertrofia dos vasa vasorum da média + distúrbios degenerativos da MEC e perda de CML da média o Lesão causada p/ fluxo através dos vasa vasorum contribuem • Outras dissecções estão associadas a distúrbios do tecido conjuntivos (origem: MEC anormal da aorta) • Dilaceração da intima e hemorragia intramural são subsequentes o Quando ocorre a dilaceração o sangue infiltra-se na média ▪ Redução da pressão pode ser eficaz p/ limitar a dissecção o E a ruptura dos vasa vasorum pode originar um hematoma intramural (sem lacerar a intima) • Ponto de origem da dilaceração da intima é na aorta ascendente o Dilacerações ▪ São transversais/obliquas ▪ Possuem 1-5 cm com bordas nítidas e irregulares • Rupturas externas → levam a hemorragias intensas ou tamponamentos cardíacos (caso ocorra no interior do saco pericárdico) Tratados cirurgicamente → colocação de excertos protéticos tubulares abertos ou endoluminais com stents (= tubos de tela metálica expansível Vasos Sanguíneos 19 | • Alguns casos → hematoma dissecante entra no lúmen da aorta p/ 2ª laceração → criação de novo canela vascular na média o Os falsos canais são endotelizados e tornar-se dissecções crônicas • Degeneração cística da média (lesão preexistente) → caracterizada por o Perda / necrose de células da camada do musculo liso o Fragmentação do tecido elástico o Acúmulos de proteoglicanos amorfos c/MEC • Inflamação é incomum • As dissecções ocorrem em locais comuns de degeneração da média (situação ocasional) • Alterações degenerativas marcantes são encontradas em necropsia de indivíduos sem manifestações clínicas durante a vida • Depende da porção da aorta afectada • Complicações graves envolvem aorta proximal e arco da aorta • Dissecções aórticas são classificadas em: (classificação De Bakey) o Lesões proximais (disseções tipo A) ▪ Afeta aorta ascendente com/ sem envolvimento da aorta descendente o Lesões distais (disscções tipo B) ▪ Inicia distalmente à A. Subclávia • Sintomas disseções aórtica o Dor lancinante (regiões afetadas: reg. Anterior do tórax →dorso entre as escapula → desce c/ progressão da dissecção) • Causa + comum de óbito → ruptura dissecção nas cavidades pericárdica, pleural ou peritoneal • Dissecção retrograda p/ raiz aórtica → causa rompimento do ap. Valvular aórtico ou compressão das a. coronárias • Manifestações c/ envolvimento do coração o Tamponamento o Insuf. Aórtica o Infarto do miocárdio o Obstrução vascular (dependendo da extensão da dissecção) o Mielite transversa (no caso de compressão de artérias espinhais) • Dissecções do tipo A o Diagnostico precoce e estabelecimento de terapia anti-hipertensiva associado a cirurgia (dilaceração na intima da aorta) → podem salvar 65-85% de pacientes o Taxa de mortalidade→ 70% em pacientes c/ hemorragia / sintomas relacionados a isquemia distal o Taxa de sobrevida → 10 anos • Dissecções tipo B o Pacientes tratados cirurgicamente ou medicados c/ anti.hipertensivos apresentam taxa de sobrevida de 75% • As complicações originadas são rupturas ou obstrução dos vasos ramificados da aorta Vasos Sanguíneos 20 | • Termo usado p/ caracterizar a inflamação da parede dos vasos sanguíneos • Quadro clinico depende do leito vascular afetado • Há sinais e sintomas de inflamação sistémica (febre, mialgia, artralgia e mal-estar) • Vasculite tem preferência por grandes vasos mas a maioria afeta os pequenos vasos • São agrupados de acordo com o tamanho do vaso, papel dos imunocomplexos, presença de anticorpos específicos, formação de granuloma, tropismo tecidual e critérios mal definidos • Mecanismos patogénicos da vasculite o Inflamação imunomediada ▪ Infeções podem causar vasculite imunomediada (indirectamente) o Invasão vascular directa poragentes infeciosos • Causas o Lesões químicas e físicas ▪ Radiação ▪ Trauma mecânico ▪ Toxinas entre outros • Mecanismos imunológicos que iniciam a vasculite o Deposição dos imunocomplexos ▪ Esta presente em distúrbios imunológicos (como lúpus eritematoso sistêmico) associados a prod. de autoanticorpos ▪ Lesões vasculares →semelhante aos distúrbios mediados por imunocomplexos ▪ Deposição de imunocomplexos induz a • Vasculite associada à hipersensibilidade medicamentosa o Medicação liga-se a proteínas do hospedeiro ou as próprios proteínas são estranhas ▪ Os anticorpos dirigidos a essas proteínas proteínas alteradas → levam a formação de imunocomplexos o Manifestações + comuns são lesões cutâneos • Vasculite secundária a infeção o Anticorpo atua contra constituintes MO → formação de imunocomplexos e deposição nos leitos vasculares o 30% dos pacientes c/poliartrite nodosa → vasculite forma imunocomplexos compostos de antígeno (HBsAg) e anticorpos (anti-HBsAg) o Anticorpos anticitoplasma de neutrófilos (ANCAs) Vasos Sanguíneos 21 | ▪ São anticorpos que reagem com antígenos citoplasmáticas dos neutrófilos (ANCAs) ▪ ANCAs → autoanticorpos contra grânulos dos neutrófilos, lisossomas, monócitos e células endoteliais ▪ + importantes • Antiproteinase-3 (PR3) → const. dos neutrofilos • Antimieloperoxidase (MPO) → compon. Dos grânulos dos lisossomas → prod. radicias livres de O2 ▪ Mecanismo p/ vasculite por ANCA • Medicamento, agentes microbianos, secreção de PR3 e MPO → formação dos ANCA • Exposição a endotoxinas ou estimulo inflamatório → TNF → expressão de PR3 e MPO nos neutrófilos • ANCAs reagem c/ células ativadas p/ cotocinas → ativação de neutrófilos • Neutrófilos ativados p/ ANCA → lesão endotelial (devido secreção de grânulos e ERO) ▪ ANCAs vistos em pacientes com distúrbios inflamatórios não associados a vasculite (artrite reumatoide, colangite esclerosante, doença inflamatória do intestino) o Anticorpos anticélulas endoteliais ▪ Anticorpos contra células endoteliais formam vasculites (ex. doença de Kawasaki) o Células T autorreativas • Forma comum de vasculite em idosos • Caracterizada por inflamação crônica (granulomatosa) o Afeta artérias de pequenos e grande calibre na região da cabeça o ++ artérias temporais o Artérias vertebrais, oftálmicas e aorta tb podem ser afetadas • Artéria Oftálmica afetada → cegueira súbita e permanente • Resposta imune inicial → mediada por células T contra anticorpo desconhecido o Há contribuição tb de citocinas inflamatórias, anticorpos anticélulas endoteliais • Etiologia imune → inflamação granulomatosa associada a HLA classe II e resposta terapêutica aos esteroides • Segmentos acometidos → espessamento nodular da intima → provocando redeução do lúmen vascular (favorece a isquemia distal) • Lesões clássicas → inflamação granulomatosa o Há infiltração de linfócitos, macrófagos, células gigantes multinucleadas e fragmentação da lamina elástica interna • 25% dos casos → granulomas e células gigantes ausentes o Lesões → panartrite c/ infiltrado misto • Cicatrização marcada p/ presença de fibrose (média e adventícia) e espessamento da intima Vasos Sanguíneos 22 | • É rara 50 anos • Sinais e sintomas vagos (febre, fadiga, perda de peso) o Pode incluir dor facial / cefaleia • Sintomas oculares (no caso de afetar A. oftálmica) o Aparecem em +/- 50% dos pacienters o Incluem diplopia (dupla visão → percepção de 2 imagens de um objecto) a perda completa da visão • Diagnostico → depende da biopsia e exame histológico • Terapia c/ corticosteroides ou anti-TNF • Vasculite granulomatosa das A. de médio e grande calibre • Caracterizada por → distúrbios oculares e enfraquecimento dos pulsos nas extremidades S. (doença sem pulso) • Manifesta-se p/ cicatrização transmural, espessamento da aorta (arco e grandes vasos) e estreitamento do lúmen • Lesões na aorta → semelhantes a aortite de células gigantes o 50 anos → diagnosticados c/ aortite de células gigantes o + jovens → aortite de Takayasu • Acomete arco da aorta e vasos aórticos • Raiz da aorta afetada → há dilatação e insuf. Valvar aórtica • A. pulmonares pode estar afetada em 50% dos pacientes (renais e coronárias tb) • Lúmen vascular pode estar estreito ou obliterado → fraqueza nas extrem. Sup e fraco pulso carotídeo • Achado histológico o Infiltrado inflamatório mononuclear na adventícia o Manguito perivascular dos vasa vasorum o Inflamação transmural mononuclear o Inflamação granulomatosa (c/ células gigantes + necrose na média) Inflamação → associada a espessamento irregular do vaso, hiperplasia da intima e fibrose na adventícias • Sinais e sintomas inespecificos (fadiga, perda de peso e febre) • Progressão da aortite o Redução da Pressão Arterial o Pulso fraco na extrem. Sup o Deficits neurológicos o Distúrbios oculares (defeito no campo de visão, hemorragias na retinas e cegueira total) • Doença da aorta distal → manifesta-se c/ claudicação na perna • A. pulmonar → causa hipertensão pulmonar • Estreitamento dos óstios coronários → evolução p/ infarto do miocárdio • A. renais → hipertensão arterial sistémica • Alguns casos há rápida progressão e outros evoluem apos 1-2 anos • Vasculite sistêmica das artérias musculares de pequeno e médio calibre (++ vasos renais e viscerais) Vasos Sanguíneos 23 | • Não afeta circulação pulmonar • Não associada aos ANCA • 1/3 dos pacientes possui hepatite B cronica → favorece a formação de imunocomplexos c/ antígenos da hepatite B • É uma inflamação necrosante transmural segmentar as artérias de pequeno e médio calibre (c/ trombose) • Vasos + afetados (ordem decrescente) o Rins o Coração o Fígado o TGI • Lesões tem preferência por pontos de ramificação • Comprometimento da perfusão → leva a formação de ulcera, infarto, atrofia isquémica ou hemorragia • Fase aguda o Há inflamação transmural c/ células inflamatórias mistas (neutrófilos e mononucleares) o Acompanhada por necrose fibrinoide e trombose luminal • Lesões crônicas o Apresentam espessamento fibroso da parede do vaso • Acomete adultos jovens (pode ocorrer em qualquer faixa etária) • Achados sistémicos o Mal-estar, febre, perda de peso • Apresentação clássica o Envolve da hipertensão → devido afeção das A. renal, dor abdominal e melena (causada p/ lesões vasculares gastrointestinais, dores musculares e neurite periférica-afeta nervos motores) o Afeção da A. renal → 1 das principais causas de morte dos pacientes • É aguda, febril e autolimitada • Afeta lactentes e crianças (80% dos pacientes → 4 anos) • Associada a arterite dos vasos de médio e grande calibre • Arterite coronários → aneurisma → ruptura do aneurisma → infarto do miocárdio • Vasculite resulta da resposta de hipersensibilidade tardia • Porodução de citocinas e ativação de células B policlonais → formação de autoanticorpos contra células endoteliais e CML → as células precipitam a vasculite • Semelhante a poliartrite nodosa • Apresenta infiltrado inflamatório denso • Necrose fibrinoide é – proeminente • Vasculite aguda regride espontaneamente • Possibilidade de ocorrer aneurisma • Resolução da lesão → espessamento obstrutivo da intima • Manifesta-se por o Eritema o Vesiculação na mucosa conjuntiva e oral o Edema nas mãos e pés Vasos Sanguíneos 24 | o Eritema nas palmas e plantes o Rash descamativo o linfonodos cervicais • Terapia de imunoglobulina endovenosa e aspirina → taxa de doença arterial coronária sistémica • É uma vasculite necrosante caracterizada por o Granulomas no pulmão e/ T. respiratório Superior o Vasculite nos vasos de pequeno a médio calibre ▪ + proeminente no pulmão e TRS o Glomerulonefrite• Forma limitada → restrita ao TR • Forma generalizada → afeta olhos, pele, coração e outros • Assemelha-se a poliarterite nodosa (mas compromete TR) • Granulomatose de Wegener é iniciada como reposta de hipersensibilidade mediada p/ células contra antígenos ambientais ou infeciosos • 95% dos casos → presente PR3-ANCAs → lesão tecidual • Tratamento imunossupressor → ANCAs • Lesão no TRS varia entre o Sinusite granulomatosa o Ulceras no nariz, palato ou faringe o Lesões pulmonares ▪ C/ infiltrado inflamatório difuso no parênquima a nódulos granulomatosos • É uma vasculite necrosante multifocal c/ proliferação fibroblástica circundante • Os granulomas pode coalescer e prod. nódulos • Destruição dos vasos leva a hemorragia e hemoptise (expulsão de sangue por tosse) • Lesões renais o Varia de necrose glomerular focal e trombose (glomerulonefrite necrosante focal e segmentar) a lesões glomerulares (exibindo necrose difusa e proliferação de células parietais- glomerulonefrite crescêntica) • Afeta + Homens com 40 anos o Mas Mulheres e indivíduos de outras faixas etárias tb são atingidos • Apresentação clinica clássica o Pneumonite bilateral c/ nódulos e lesões cavitárias o Sinusite crônica o Ulcerações na mucosa da nasofaringe o Doença renal • Outros sinais Vasos Sanguíneos 25 | o Rash cutâneo o Mialgia o Acometimento articular o Neurite o Febre • Envolvimento Renal baixo → hematúria e proteinúria o Pode evoluir p/ insuf. Renal • Tratamento c/ esteroides, ciclofosfamida, inibidores de TNF e anticorpos anticélulas B (rituximabe) • + pacientes com granulomatose sobrevive mas pode estar sujeita a insuf. Renal • Resulta de insuficiência vascular e gangrena das extremidades • Caracteriza-se p/ inflamação aguda e cronica focal nas pequenas e médias artérias (++ tibial e a radial, associadas a trombose) • Ocorre em tabagistas e desenvolve-se antes dos 35 anos • Etiologia → lesão endotelial é causada pela toxicidade do tabaco (modif. Parede do vaso e induzir reposta imune) • Paciente c/ doença de buerger → hipersensível a tabaco • Caracterizada p/ vasculite transmural segmentar aguda e cronica de pequenas e médias artérias (++ extremidades) • Estagio inicial o Infiltrado inflamatório misto o Trombose luminal o Microabcessos cercados p/ inflamação granulomatosa • Inflamação pode estender-se p/ veias e nervos contíguos • Estagio avançado o Trombos são recanalizados o Artérias envolvidas p/ tecido fibroso • Manifestações iniciais o Fenómeno de Raynaud ▪ Resulta de vasoconstrição das artérias e arteríolas nas extremidades ▪ Fluxo sanguíneo → palidez ou cianose ▪ Dedos → + afetados → passam a ter cor vermelho-branco azul ▪ Induzido p/ frio, dor no peito do pé (p/ exercício) o Flebite nodular superficial ▪ Inflamação venosa • Insuf. Vascular é acompanhada p/ dor severa (acometimento neural) • Com tempo, desen. Ulceras crónicas nas extremidades → resulta em gangrena • do cigarro no inicio → ataques • Artrite localizada causada por invasão directa de agentes infeciosas (++ Aspergillus e Mucor spp) • Invasão vascular pode origina-se de: o Infeção tecidual generalizada o Semeadura hematogênica de bactérias (durante septicemia/ embolização da endocardite infeciosa) • Infeção vascular → enfraquece as paredes arteriais → formação de aneurisma ou induzir a trombose e infarto Vasos Sanguíneos 26 | • Veias varicosas e flebotrombose/tromboflebite → responsável p/ 90% das doenças venosas • Veias varicosas → são dilatadas e tortuosas o Produzidas p/ da pressão transluminal e enfraquecimento da parede dos vasos o ++ envolvidas → veias superficiais Sup e Inf. da perna • 20% dos homens e 1/3 da mulheres são afetados • Obesidade o risco • + incidência nas mulheres é devido pressão venosa (causado p/ compressão da VCI p/ útero na gravidez) • Dilatação das veias promove o Incompetência das válvulas venosas o Estase na extrem. Inf o Congestão o Edema o Dor o Trombose • Sequelas o Edema persistente o Alterações cutâneas isquémicas secundárias ▪ Dermatite de estase ▪ Ulcerações • Cicatrização inadequada e infeção causa ulceras varicosas cronicas • Embolismo das veias superficiais é raro • Êmbolos nas veias profundas trombosadas é frequente • Varizes esofágicas o Cirrose héptica → leva a hipertensão na veia porta → abertura de shunts portossistémicos → p/ fluxo sanguíneos das veias na junção gastroesofágica (varizes esofágicas), no reto (hemorroidas) e nas veias paraumbilicais (cabeça de medusa) o São importante p/ a ruptura pode evoluir p/ hemorragia gastrointestinal • Hemorroides o Dilatação varicosas do plexo venoso ▪ Resultam de congestão vascular pélvica (assoc. a gravidez / constipação cronica) o São fonte de sangramento o Propensos a trombosar → ulcera dolorosa • É causa de + 90% das tromboses nas veias profundas da perna • Outros locais de formação de trombos o Plexo venoso periprostático (Homens) o Plexo pélvico (Mulheres) o Grandes veias no cérebro o Seios durais • Principal risco p/ trombose venosa profunda (TVP) o Imobilização prolongada c/ formação de estase venosa ▪ Repouso prolongado ou estar sentado p/ + tempos o Estado pós-operatório • Os trombos resultam de prod. de fatores procoagulantes nos tumores malignos o Estado de Hipercoagulabilidade → manifesta-se c/ formação de trombos em vários leitos vasculares (tromboflebite migratória) • Manifestações dos trombos na perna o Edema distal o Cianose o Dilatação das veias superficiais o Calor o Sensibilidade Indivíduos acamados não apresentam esse sinais Vasos Sanguíneos 27 | o Vermelhidão o Inchaço o Dor → provocada p/ pressão sobre as veias afetadas, aperto dos M. da pantorrilha ou dorsiflexão forcada do pé (sinal de Homan) • Embolia pulmonar é complicação de TVP (1ª manifestação de Tromboflebite) • Variam de Hemangiomas benignos a angiossarcomas (neoplasias malignas) • Tumores primários do grandes vasos são sarcomas • Neoplasias vasculares podem ter origem do endotélio ou de células que sustentam ou rodeiam os vasos • Neoplasia benigna o Hemangioma o Linfangioma o Tumor Glômico o Ectasias vasculares o Angiomatose Bacilar • Neoplasias de Grau Intermédiario o Sarcoma de Kaposi o Hemangioendotelioma • Neoplasia maligna o Angiossarcoma • Tumores benignos contem o Canais vasculares c/ células sanguíneas ou linfa ▪ Revestidos c/ células endoteliais normais • Neoplasias malignas o São lesões proliferativas, celularizadas e c/ atipias celulares o Não apresentam vasos organizados o Noção da origem → uliza-se técnica de imuno-histoquimica c/ CD31 ou fator de von Willebrand • Surgem de proliferação vascular desregulada o Inibidores da formação de vasos sanguíneos podem auxiliar no controle do cresc. • Composto por vasos sanguíneos c/ sangue • Representam 7% dos tumores benignos dos lactentes e crianças • Iniciam c/ do volume de seguida regridem espontaneamente • Maioria ocorre na região da cabeça e pescoço o 1/3 das lesões internas é encontrada no fígado o Raro tornar-se maligno • Variantes histológicas o Hemangioma capilar ▪ + comum ▪ Afeta pele, tecidos subcutâneos, membranas mucosas da cavidade oral e labial ▪ Tb acomete rins, baço e fígado ▪ Composto p/ capilares de paredes finas e estroma escasso o Hemangioma juvenis ▪ Tipo morango ▪ Comum na pele de recém-nascidos (podem ser múltiplos) ▪ Crescem + nos 1º meses ▪ - visíveis depois de 1-3 anos ▪ Regressão completa aos 7 anos o Granulomas piogénicos (é um hemangioma capilar ulcerado) ▪ Manifestam-se como lesões pedunculadas e avermelhadas ▪ Crescimento rápido na pele, gengiva ou mucosa oral ▪ Lesões sangram facilmente e podesofrer ulceração ▪ Curetagem e cauterização → processos curativos ▪ Tumor da gravidez • Granuloma piogénico • Ocorre nas gengivas das mulheres • Pode regredir ou sofrer fibrose • Alguns casos → excisão cirúrgica Vasos Sanguíneos 28 | o Hemangioma cavernoso (tem a ver com o ascpecto microscópico) ▪ Composto p/ canais vasculares dilatados ▪ + infiltrativos ▪ Envolvem estruturas profundas ▪ Não regridem espontaneamente ▪ Massa tumoral → bem definida, não encapsulada c/ grandes espaços cavernosos c/ sangue são separados p/ estroma de tecido conjuntivo ▪ Achado comum → trombose intravascular c/ calcificação distrófica ▪ São vulneráveis a ulceração e sangramento ▪ Hemangiomas cerebrais → causam compressão dos tecidos adjacente à ruptura ▪ Hemangiomas do tipo cavernoso é componente da doença de von Hippel-Lindau • As lesões vasculares encontradas no cerebelo, tronco encefálico, retina, pâncreas e fígado • Neoplasia vascular causada p/ herpesvirus sarcoma de Kaposi (HHV-8) o Causa proliferação de células fusiformes o Esta em todo local por isso cirurgia não serve para tratamento ▪ Quimioterapia é tratamento • Encontrada em indivíduos c/ AIDS • Formas de SK clinico-epidemiológicos o SK clássico ▪ Ocorre em homens + velhos ▪ Pode estar associado a neoplasia maligna ou alteração da imunidade sem infeção p/ HIV ▪ Manifesta-se p/ placas ou nódulos de pele eritematoso a purpúreos • Na parte distal das exterm. Inf. ▪ São persistentes, assintomáticos e permanecem localizados na pele e tecido subcutâneo o SK africano endêmico ▪ Afeta jovens soronegativos p/ HIV ▪ Acomete linfonodos cervicais ▪ Comum na Africa Central (quando SK associado a SIDA) ▪ Em crianças pré-púberes → linfonodos proeminentes e envolvimento visceral o SK associado a transplante ▪ Ocorre em órgãos sólidos de transplantados com imunodepressão das células T ▪ Lesões cutâneas são ausentes (alguns casos) ▪ Pode haver envolvimento dos linfonodos, mucosas e vísceras ▪ Regridem quando terapia imunossupressora é atenuada o Incidência do SK em 80% com terapia antirretroviral ▪ Lesão acomete pessoas infetadas com HIV ▪ O HIV potencia a proliferação do vírus ▪ É cutânea disseminada ▪ Afeta linfonodos e vísceras (pulmão, tubo digestivo…) • HHV-8 é um herpesvirus o Transmitido por contacto sexual ou p/ vias n sexuais (saliva ou exposição cutânea) o SKHV e imunidade celular T → necessários p/ desenvolvimento de SK o SKHV provoca infeção lítica e latente nas células endoteliais ▪ Proteína G induz prod. de VEGF → estimula crescimento endotelial e prod. de citocinas p/ células inflamatórias recrutadas (cria ambiente proliferativo) ▪ SKHV desequilibra controle da proliferação celular e impedem a apoptose p/inibir a p53 o Ambiente inflamatório favorece proliferação celular 1ª neoplasia nos homens 3ª neoplasia nas mulheres Em Moçambique Vasos Sanguíneos 29 | • Lesões cutâneos progridem de 3 etapas (fases clinicas): o Manchas ▪ Máculas rosa, eritematosas ou purpura nas extremidades distais Inf. ▪ Vasos sanguíneos são dilatados, irregulares e angulados • Revestidos p/ células endoteliais e intercaladas p/ infiltrado inflamatório contendo hemossiderina o Placa ▪ Composta por acúmulo dérmico de canais vasculares dilatados c/ sangue ▪ Os canais são revestidos p/ células fusiformes ▪ Tb há extravasamento de hemácias, macrófagos c/ hemossiderina e células inflamatórias mononucleares o Nódulos ▪ Compostos p/ laminas de células fusiformes localizadas na derme ou tecido subcutâneo e espaços intercalados p/ fendas ▪ Células fusiformes → contem glóbulos citoplasmáticos róseos e redondos (glóbulos degenerados dentro do fagolisossoma) ▪ Hemorragia, hemossiderina e mitose → achados comuns ▪ Estagio nodular afeta linfonodos e visceral • Elementos importantes o Células fusiformes o Formação de espaços em branco (fendas vasculares, não são vaso verdadeiros pq não tem endotélio) ▪ Encontra-se eritrócitos extravasados vasados • Ao morrerem → hemossiderina ▪ Plasmócitos • Infeções primárias p/ HHV-8 são assintomáticos • SK clássico o Restrito a superfície do corpo o Ressecação cirúrgica adequada é suf. p/prognóstico • SK associado a imunodepressão o Suspensão de terapia é eficaz • SH associado a SIDA o Terapia antirretroviral p/ HIV é eficaz o Interferon e inibidores da angiogênese → eficácia limitada • Neoplasia endotelial maligna • Afeta + indivíduos com idade avançada • Lesões pode acometer +++ a pele, tecidos moles, mama e fígado • Angiossarcoma hepático o Relacionado a exposição carcinogénicos (pesticidas, Thorostrast e cloreto de polivinila) • Angiossarcoma pode surgir em caso de linfadema localizado na extrem. Sup ipsilateral, após a mastectomia radial (tratamento p/ câncer mamário) • Pele o Surge como pequenos nódulos eritematosos, bem delimitados e assintomáticos o Estagio avançado → torna-se massa carnosa vermelha a cinza-esbranquiçado c/ margens mal definidas o Comum → áreas de necrose e hemorragia • Pode se observar vários estágios de diferenciação Vasos Sanguíneos 30 | o Células endoteliais arredondadas atípicas → forma canais vasculares o Tumores de células fusiformes sem vasos bem definidos • Origem das células endoteliais pode ser visto c/ coloração dos marcadores DC31 e fator de von Willebrand
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