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FACULDADE DE EXTREMA LIGA EDUCACIONAL ELABORAR DIMENSIONAMENTO E ANÁLISE DE TRANSMISSÃO EXTREMA, 2020 FACULDADE DE EXTREMA LIGA EDUCACIONAL ELABORAR DIMENSIONAMENTO E ANÁLISE DE TRANSMISSÃO Atividade baseada em projeto, submetida a Faculdade de Extrema como parte dos requisitos necessários para aprovação na disciplina de Elementos de Máquinas do curso de Engenharia de Controle e Automação, sob orientação do Professor Especialista Edmundo Fabrício Borges. Equipe: Nome RA Curso Samuel Aguiar Cocco 10120 ECA Gabriel Ribeiro Barros da Silva 10529 ECA Vitor Hugo Carvalho do Amaral 10688 ECA Gustavo Vitor de Oliveira Pedro 03867 ECA Ednei Nogueira Pagnozzi Júnior 10528 ECA Nilton José de Almeida 10414 ECA Willian Fernando Alves de Souza 10625 ECA EXTREMA, 2020 DEDICATÓRIA Foi pensando nas pessoas e colegas de classe que executamos este projeto, por isso dedico este trabalho a todos aqueles a quem está pesquisa possa ajudar de alguma forma. Portanto dedicamos uma frase de Augusto Branco aos colegas e professor orientador: “Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante”. EPÍGRAFE “Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre os ombros de gigantes.” Isaac Newton RESUMO Um novo projeto de máquina aparece sempre para satisfazer uma necessidade. Surge da idealização de alguém transformado em um mecanismo que se destina a executar uma tarefa qualquer. A partir daí segue-se o estudo detalhado de suas partes, a forma como serão montadas, tamanho e localização das partes tais como engrenagens, parafusos, molas, etc... Este processo passa por várias revisões onde melhores ideias substituem as iniciais até que se escolhe a que parece melhor. Os elementos de máquinas podem ser classificados em grupos conforme sua função. Dentre os vários elementos de máquinas existentes, os elementos de fixação, elementos de apoio e elementos de transmissão. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Contrapino ou Cupilhas Figura 2 – Tipos de Pino Figura 3 – Anéis Elástico Figura 4 – Tipo rosca métrica Figura 5 – Tipo rosca Whithworth Figura 6 – Tipo rosca Americana Figura 7 - Bucha Figura 8 – Guia Tipo Trilho Figura 9 - Guia Fechada Tipo Rabo de Andorinha Figura 10 - Guia Fechada Figura 11 – Tipos De Guias Figura 12 – Mancal De Deslizamento Figura 13 – Mancal De Rolamento Figura 14 – Tipo De Correia Em V Figura 15 – Transmissão de correias Figura 16 – Transmissão por correias e polias Figura 17 – Transmissão por correias e polias Figura 18 – Polia tensora interna Figura 19 – Polia tensora externa Figura 20 – Polias de diâmetros iguais Figura 21 – Polias de diâmetros diferentes Figura 22 – Transmissão por correntes LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Tipo e Funções de Pinos TA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ECA – Engenharia de Controle e Automação FAEX – Faculdade de Extrema SUMÁRIO 1. Introdução 2. Elementos de Fixação: 2.1. O que é e para que serve? 2.2. Classificação das uniões 2.3. Contrapino ou Cupilhas 2.4. Pinos 2.5. Anéis elásticos 2.6. Normas de Rosca 3. Elementos de apoio: 3.1 O que é e para que serve? 3.2 Buchas. 3.3 Guias. 3.4 Mancais e rolamentos. 3.5 Exemplo de aplicação de utilização de cálculo do comprimento de correias. 4. Elementos de Transmissão: 4.1 O que é e para que serve? 4.2 Transmissão por correias. 4.3 Transmissão por polias. 4.4 transmissão por correntes. 5. Conclusão 7. Bibliografia 1. INTRODUÇAO. Na disciplina de elementos de máquina aprendemos diversos tipos de componentes mecânicos empregados em maquinas e equipamentos, sendo que de acordo com as suas funções e aplicações, podem ser denominados de elementos de fixação, elementos de apoio e elementos de transmissão etc. Se nos pensarmos um engenheiro, ou mecânico precisa necessariamente conhecer tudo sobre elementos de máquina, inclusive a suas peças, como será sua fixação, qual tipo de transmissão a ser escolhida, quais tipos de apoios a serem usados sendo assim um mecânico identificar possíveis defeitos para poder corrigi-los, poder fazer uma montagem ou desmontagem para uma manutenção a ser realizada na máquina, um engenheiro saber onde e o que irá ser usado para o ele no desenvolvimento de um projeto de uma máquina, pois se ambos os tipos de profissionais não conhecerem os elementos de máquina não poderão, realizar seu trabalho com plena de segurança para eles e para os operadores O conteúdo do artigo sobre os elementos de máquina está dividido em 3 capítulos. No primeiro capitulo iremos apresentar alguns tipos de elementos de fixação, o que é para que serve, tipos de uniões, contrapinos ou cupilhas, tipo de pinos, anéis elásticos, normas de roscas. No segundo capitulo iremos apresentar alguns tipos de elementos de apoio, o que é para que serve, buchas, guias, mancais e rolamentos e exemplo de aplicação de utilização de cálculos de cumprimento de correias. No 3 capitulo iremos apresentar alguns tipos de elementos de transmissão que é para que serve, tipos de transmissão por polias, transmissão por correntes. 2. Elementos de Fixação: 2.1 O que é e para que serve? Uma união de peças entre si. Para isso existem os elementos de fixação, eles servem para unir duas ou mais peça, de forma fixa ou móvel. Esses fixadores possuem aplicações e funções diferentes. 2.2 Classificação das uniões Numa classificação geral os elementos de fixação mais usados em mecânica são: rebites, pinos, cavilhas, parafusos, porcas, arruelas e chavetas. 2.3 Contrapino ou Cupilhas Os contrapinos ou cupilhas são fabricadas com um arame semicircular que ao ser dobrado deixa-se as extremidades com diferentes comprimentos possibilitando sua dobra. É um elemento de fácil manuseio que pode ser inserido em um furo, na ponta de eixo ou em furos na ponta de parafusos, principalmente quando usa porcas castelo, possibilitando o travamento da porca sobre o parafuso ou travamento de pinos em orifícios. Figura 1 - Contrapino ou Cupilhas 2.4 Pinos Pinos são elementos de fixação moveis de corpo cilíndrico que serve para unir duas ou mais peças e alinhar furos concêntricos, podem ter cabeça ou não serem cônicos, fixos com rosca ou fixos com contra pinos e podem ser colocados com ajuste por interferência ou ajuste com folga, dependendo do tipo de aplicação. Existe um tipo diferenciado de pino que não são utilizados para ajuste com interferência, os chamados pinos elásticos, os quais são feitos em aço mola, com uma ranhura na lateral e são ocos, este tipo de pino ao ser colocado no furo, exerce uma pressão em sua própria parede. TABELA 1 – Tipo e Funções de Pinos Figura 2 – Tipos de Pino 2.5 Anéis elásticos Este tipo de elemento de fixação é utilizado, principalmente como trava, sendo empregado na retenção e segurança em eixos ou furos, impedindo o deslocamento axial de peças ou componentes e posicionando ou limitando o curso de uma peça deslizante sobre um eixo. São fabricadas de aço mola sob forma de anéis incompletos, apresentando assim uma determinada elasticidade. O Anel pode ser alojado em um canal circular ou ranhura. Quando o anel é instalado sobre um eixo é denominado de anel externo, e quandoé instalado dentro de um furo, é denominado de anel interno. A peça de uma máquina ou mecanismo que é capaz de desenvolver, ao redor de si próprio e durante o Figura 3 – Anéis Elástico 2.6 Normas de Rosca Rosca é um conjunto de filetes em torno de uma superfície cilíndrica. As roscas podem ser internas ou externas. As roscas internas encontram-se no interior das porcas. As roscas externas se localizam no corpo dos parafusos. Sistemas de roscas – as roscas além de se classificarem pelo perfil, também se classificam pelo sistema. Os sistemas mais utilizados são: • Métrico Sistema métrico – rosca métrica ISO normal e rosca métrica ISO fina NBR 9527. A rosca métrica fina se caracteriza por ter um número maior de filetes em um determinado comprimento. Ela permite uma melhor fixação, evitando o afrouxamento do parafuso, em caso de vibrações de máquinas. O objetivo desta norma é especificar os limites das dimensões para o diâmetro de flanco e diâmetro maior para roscas métricas ISO para uso geral (M) conforme a NBR ISO 04:003.03-030 tendo perfil básico conforme a NBR ISO 04:003.03- 028. Os limites das dimensões para a qualidade de tolerância média especificada são derivados dos afastamentos de referência e tolerâncias especificadas na NBR ISO 04:003.03-032. Figura 4 – Tipo rosca métrica • Whithworth No sistema whitworth, as medidas são dadas em polegadas. Nesse sistema, o filete tem a forma triangular, ângulo de 55º, crista e raiz arredondados. O passo é determinado dividindo-se uma polegada pelo número de filetes contidos em uma polegada. 22 A s formulas para dimensionar as roscas whitworth fina são as mesmas. Apenas variam os números de filetes por polegada. Neste sistema a rosca normal é caracterizada pela sigla BSW e a rosca fina pela sigla BSF. Figura 5 – Tipo rosca Whithworth • Americana Já no sistema americano, as medidas são expressas em polegadas. O filete tem forma triangular, ângulo de 60º, crista plana e raiz arredondada. O passo é verificado dividindo-se uma polegada pelo número de filetes contidos em uma polegada. No sistema americano a rosca normal é caracterizada pela sigla NC (National Coarse) e a rosca fina pela sigla NF (National Fine). Figura 6 – Tipo rosca Americana 3.0 Elementos de apoio. 3.1 O que é e para que serve? De modo geral, os elementos de apoio consistem de acessórios auxiliares para o funcionamento de máquinas. Nesta unidade, são abordados os seguintes elementos de apoio como: buchas, guias, rolamentos guias, rolamentos e mancais. Na prática, podemos observar que buchas e mancais são elementos que funcionam conjuntamente. 3.2 Buchas São elementos de máquinas que servem de apoio para a realização de outras funções, cuja forma pode ser cilíndrica ou cônica, servindo de apoio para eixos, assim como para guiar brocas e alargadores. As buchas de fixação são utilizadas para obter uma fixação segura e de fácil montagem e desmontagem em volantes, polias, engrenagens, conjuntos de freios-embreagem, manivelas, em eixos ou pinos, sem a necessidade de rasgos e chavetas. Em situações em que o eixo desliza dentro da bucha, deve haver lubrificação. As buchas podem ser fabricadas de metal antifricção ou de materiais plásticos. Normalmente, a bucha deve ser fabricada com material que apresente uma dureza inferior ao material do eixo, como por exemplo, feitas de materiais macios, como o bronze e ligas de metais leves. As buchas podem ser classificadas quanto ao tipo de solicitação e podem ser de fricção radial para esforços radiais, de fricção axial para esforços axiais e cônicos para os esforços que ocorrem nos dois sentidos. Estes elementos de máquinas estão sujeitos às forças de atrito. Portanto, devem apresentar um sistema de lubrificação eficiente. Figura 7 - Bucha As buchas divergem em relação à suas formas e aplicações. • Buchas de fricção radial – apresentam várias formas e as mais comuns são feitas de um corpo cilíndrico furado, sendo que o furo possibilita a entrada de lubrificantes. Essas buchas são empregadas em peças utilizadas para cargas pequenas e em lugares de fácil manutenção. Em alguns casos, essas buchas são cilíndricas na parte interior e cônicas na parte externa. Os extremos são roscados e possuem três rasgos longitudinais, que permitem o reajuste das buchas nas peças. • Bucha de fricção axial – esse tipo de bucha é usada para suportar o esforço de um eixo em posição vertical. • Bucha cônica – utilizada para suportar um eixo onde esforços radiais e axiais são exigidos, em que normalmente são requeridos dispositivos de fixação, sendo por isso, pouco empregadas. • Bucha-guia para furação e alargamento – nos dispositivos para furação, o tipo de bucha-guia orienta e possibilita o auto posicionamento da ferramenta que atua na peça, permitindo obter a posição correta das superfícies usinadas. São consideradas elementos de precisão, sujeitas ao desgaste por causa do atrito. Por essa razão, são produzidas em aço duro, com superfícies bem lisas, de preferência retificadas. 3.3 Guias Elemento de máquina que sustenta, com certo rigor, a trajetória de determinadas peças. Neste caso, temos como exemplo o trilho, que serve como guia da porta corrediça. Figura 8 – Guia Tipo Trilho No caso de se desejar movimento retilíneo, geralmente utiliza-se guias constituídas de peças cilíndricas ou prismáticas. De forma que essas peças deslizem dentro de outra peça, com forma geométrica semelhante. As guias podem ser abertas ou fechadas. Figura 9 - Guia Fechada Tipo Rabo de Andorinha Figura 10 - Guia Fechada As guias classificam-se em dois grupos: guias de deslizamento e de rolamento, sendo que as guias de deslizamento se apresentam, geralmente, nas formas mostradas na Figura. Figura 11 – Tipos De Guias Nas máquinas operatrizes são empregadas combinações de vários perfis de guias de deslizamentos, conhecidos como barramento. As guias de rolamento originam menor atrito se comparado com as guias de deslizamento, isto ocorre porque os elementos rolantes giram entre as guias. Estes elementos rolantes podem ser especificados através de esferas ou roletes. • Lubrificação Em geral, as guias são lubrificadas com óleo, o qual é introduzido entre as superfícies em contato através de ranhuras ou canais de lubrificação. O óleo deve correr pelas ranhuras de forma que atinja toda a extensão da pista e crie uma película lubrificante. 3.4 Mancais e rolamentos. . Mancal. Este elemento é um suporte de apoio de eixos e rolamentos que são elementos girantes de máquinas, os quais classificam-se em duas categorias: mancais de deslizamento e mancais de rolamento. A função dos mancais é minimizar o atrito e, portanto, aumentar o rendimento do sistema mecânico, entre partes que se movem entre si. A aplicação dos mancais pode ser observada na relação entre eixos e carcaças de redutores e entre carros e barramentos de máquinas-ferramentas. • Mancais de deslizamentos. Figura 12 – Mancal De Deslizamento Estes mancais referem-se a concavidades nas quais as pontas de um eixo se apoiam. A principal função dos mancais de deslizamento, existentes em máquinas e equipamentos, é servir de apoio e guia para os eixos girantes. Eles são considerados como elementos de máquinas sujeitos às forças de atrito. Estas forças surgem devido à rotação dos eixos, exercendo cargas nos alojamentos dos mancais que os contêm. A vida útil dos mancais de deslizamento pode ser prolongada, desde que, alguns parâmetros de construção sejam observados. Os materiais de construção dos mancais de deslizamento devem ser bem selecionados e apropriados a partir da concepção do projeto de fabricação. Geralmente, os mancais de deslizamento são constituídos por umabucha, fixada num suporte. Esses mancais são usados em máquinas pesadas ou em equipamentos de baixa rotação, porque a baixa velocidade evita o superaquecimento dos componentes expostos ao atrito. Neste caso, o uso de buchas e de lubrificantes permite reduzir esse atrito, melhorando a rotação do eixo. .Mancais de rolamento Figura 13 – Mancal De Rolamento Estes tipos de mancais são empregados para comportar esferas ou rolos nos quais o eixo se apoia, de forma que quando o eixo gira as esferas ou rolos, também giram confinados dentro do mancal. Em geral, um mancal de rolamento é um tipo de mancal, em que a carga principal é transferida por meio de elementos de contato, por rolamento em vez de deslizamento. Os mancais de rolamento, fabricados para suportar cargas que atuam perpendicularmente ao eixo, tais como os rolamentos dos cubos de rodas, são chamados de rolamentos radiais. Já os projetados para suportar cargas que atuam na direção do eixo são chamados de rolamentos axiais. Um rolamento axial, por exemplo, pode ser utilizado para suportar o empuxo da hélice propulsora de um navio. Alguns tipos de rolamento radiais são capazes de suportar, cargas combinadas, isto é, cargas radiais e axiais. Para casos em que se deseja um mancal com maior velocidade e menos atrito, o de rolamento é o mais adequado. Em relação à classificação dos rolamentos, esta é estabelecida em função dos seus elementos rolantes. De forma que o mancal de rolamento trabalha com atrito de rolamento, sendo está a principal causa de seu menor atrito, em relação ao mancal de deslizamento. Os mancais de rolamento limitam, ao máximo, as perdas de energia em consequência do atrito. São geralmente constituídos de dois anéis concêntricos, entre os quais são colocados elementos rolantes como esferas, roletes e agulhas. A poeira, sobrecarga, umidade, corrosão, defeito de montagem, temperatura elevadas e lubrificação deficiente são fatores que podem influenciar na vida do rolamento. Vantagens e desvantagens dos rolamentos • Menor atrito e aquecimento. • Maior sensibilidade aos choques. e-Tec Brasil 44 Elementos de Máquinas • Baixa exigência de lubrificação. • Maiores custos de fabricação. • Intercambialidade internacional. • Tolerância pequena para carcaça e alojamento do eixo. • Não há desgaste do eixo. • Pequeno aumento da folga. • Não suporta cargas tão elevadas durante a vida útil, como os mancais de deslizamento. • Ocupa maior espaço radial. Tipos e seleção Os rolamentos são selecionados conforme: • As medidas do eixo. • O diâmetro interno (d). • O diâmetro externo (D). • A largura (L). • O tipo de solicitação. • O tipo de carga. • O número de rotação. As funções requeridas para os rolamentos diferem de acordo com a aplicação, e devem ser mantidas necessariamente por um período além do determinado. O rolamento, mesmo que utilizado corretamente, com o passar do tempo deixa de desempenhar de forma satisfatória a sua função. Isso deve-se a vários fatores, o aumento de ruído e vibração, a redução da precisão pelo desgaste, a deterioração da graxa lubrificante, e pelo escamamento que ocorre por fadiga e que pode surgir na superfície do rolamento. 3.5 Exemplo de aplicação de utilização de cálculo do comprimento de correias. Figura 14 – Tipo De Correia Em V Correias em V são usadas para transferir energia de uma haste para outra via polias. Polias utilizadas com correias em V possuem encaixe nessa forma para rodar e fornecer torque adicional quando esticadas. Correias em V são feitas de borracha, mas também podem ser reforçadas com aço ou fibras de poliéster. Quando ficam gastas, precisam ser trocadas para não quebrarem. Calcular o comprimento necessário para a troca pode ser difícil, se as polias forem de tamanhos diferentes. • Correia em V entre duas polias do mesmo diâmetro A configuração mais simples é uma correia esticada entre duas polias do mesmo diâmetro. Nesse caso, o comprimento da correia em V (L) é (2 x l) + (? x D), onde l (a letra l minúscula) é a distância entre os centros das duas polias e D é o diâmetro da polia. O símbolo "?" significa π, aproximadamente 3.141593. • Correia em V entre duas polias de diâmetro diferentes Nesse caso, por causa das duas polias terem diâmetros diferentes, o cálculo para o comprimento da correia em V é mais complicado do que se as polias possuíssem o mesmo diâmetro. Comece com um cálculo intermitente de (arco seno (D-d)), onde D é o diâmetro da polia maior e d é o diâmetro da polia menor. Para todas as funções trigonométricas nesse cálculo, use radianos para a operação. Divida o resultado por 2 x l, onde l é a distância entre os centros das duas polias. Nomeie esse resultado final de "a". Para calcular o comprimento total da correia, use a seguinte fórmula: L = (? x (D + d)/2 + 2) x (l x cos(a) + a x (D – d)/2). Por exemplo, se a polia 1 possui diâmetro de 4 cm, a polia 2 um diâmetro de 3 cm e as duas polias estão a 24 cm de distância, então o comprimento total da correia é de 59 cm. 4.0 Elementos de Transmissão 4.1 O que é e para que serve ? A transmissão de potência ou movimento pode ser transmitida por elementos flexíveis, os quais podem ser assim relacionados: correias, polias, correntes, cabos e eixos. Sendo que a utilização dos mesmos, pode ser evidenciada de acordo com a sua respectiva aplicação, nas mais diversas situações, envolvendo máquinas e equipamentos 4.2 Transmissão por correias Corresponde aos elementos de máquinas que transmitem movimento de rotação entre dois eixos (motor e movido) por intermédio de polias. Figura 15 – Transmissão de correias Polia que transmite movimento e força corresponde à polia motora ou condutora. Polia que recebe movimento e força corresponde à polia movida ou conduzida. Existem diversos tipos de correias, de forma que as mais empregadas são planas e as trapezoidais. A correia em V ou trapezoidal é inteiriça, produzida com seção transversal em forma de trapézio, feita de borracha revestida de lona e constituída em seu interior por cordonéis vulcanizados utilizados para suportar as forças de tração. A escolha do emprego da correia trapezoidal ou em V, em relação a correia plana, é justificável porque: • Praticamente não apresenta deslizamento. • Permite a proximidade das polias. • Elimina choques e ruídos presentes em correias emendadas (planas). A seguir são visualizados os diferentes perfis padronizados de correias trapezoidais. Figura 16 – Perfis de correias trapezoidais Para transmitir potência de uma árvore à outra, alguns dos elementos mais antigos e mais usados são as correias e as polias. Árvores ou eixos referem-se aos componentes mecânicos responsáveis por sustentarem os elementos de máquinas. Eles podem apresentar perfis lisos ou compostos, nos quais são montadas as engrenagens, polias, volantes, manípulos, rolamentos, e outros elementos de máquinas. Figura 16 – Transmissão por correias e polias As transmissões por correias e polias apresentam as seguintes vantagens: • Possuem baixo custo inicial, alto coeficiente de atrito, elevada resistência ao desgaste e funcionamento silencioso. • São flexíveis, elásticas e adequadas para grandes distâncias entre centros. Figura 17 – Transmissão por correias e polias 4.3 Transmissão por polias São definidas como peças cilíndricas, as quais são movimentadas por meio da rotação do eixo do motor e correias. A polia é constituída de uma coroa ou face, na qual se envolve a correia, sendo que a face é conectada a um cubo de roda através do disco ou braços. Podem apresentar várias formas em função da correia que será utilizada. • Polias tensoras (esticadores) Estes tipos de polias podem ser do tipo dentado ou liso, cuja característica é definida pela não transmissãode potência no acionamento. É empregada no tensionamento de correias, quando as distâncias entre centros são muito pequenas, ou quando a correia utilizada é muito grande. As polias tensoras são definidas como interna ou externa. • Polia tensora interna caracteriza-se por ter o diâmetro igual ou maior que a menor polia do acionamento. Caso for utilizado no acionamento a correia do tipo V, o mesmo deve ocorrer com a polia tensora, assim como com os demais tipos de correias. É importante que a polia tensora interna esteja disposta no meio do acionamento, evitando dessa forma a minimização do ângulo de contato da polia motora com a respectiva correia. Outro importante procedimento está relacionado ao alinhamento correto da polia tensora, evitando o comprometimento da vida útil da correia. Figura 18 – Polia tensora interna • Polia tensora externa este tipo de polia deve ter o seu diâmetro no mínimo correspondente a 1,5 vezes maior do que o diâmetro da menor polia do acionamento. A sua largura deve ser igual ou maior que a largura da correia. É importante que se tenha alguns cuidados na utilização deste tipo de polia, conforme citados a seguir: • A polia tensora externa deve ser sempre lisa, pois trabalha nas costas da correia, independente do tipo de correia. • A polia tensora externa deve ser colocada próxima à polia motora, aumentando dessa forma, o ângulo de contato da polia motora com a correia. Figura 19 – Polia tensora externa • Polias de diâmetros iguais A Figura 20 permite verificar que o comprimento da correia corresponde ao perímetro da circunferência (área de contato da correia com a polia localizada nas duas semicircunferências), e que os dois segmentos de reta correspondentes à distância entre os centros dos eixos. Figura 20 – Polias de diâmetros iguais As duas semicircunferências são consideradas uma única circunferência, pois assim, o comprimento das partes curvas será o perímetro da circunferência. Dessa forma, calcula-se o perímetro da circunferência e depois soma se os dois segmentos de reta correspondentes à distância entre os centros dos eixos. • Polias de diâmetros diferentes Para calcular o comprimento de correias com polias de diâmetros diferentes, é necessário medir o diâmetro das polias e a distância (c) entre os centros dos eixos. Para isso, deve-se definir o perímetro, o qual é obtido através do comprimento das semicircunferências, somado ao comprimento c multiplicado por 2. O cálculo do perímetro é aproximado, porque a região de contato da polia com a correia não corresponde exatamente a uma circunferência. Figura 21 – Polias de diâmetros diferentes 4.3 Transmissão por correntes Figura 22 – Transmissão por correntes As correntes são empregadas para transmitirem força e movimento permitindo que a rotação do eixo ocorra nos sentidos horário e anti-horário. • Tipos de correntes utilizadas A seguir estão relacionados diversos tipos de correntes e suas respectivas aplicações. • Corrente passo longo – é assim denominada por ter as mesmas características de uma corrente standard, porém com passo duplo. Empregadas em transmissão de pouca carga, a baixa velocidade, são muito usadas para transportadores leves, podendo-se adaptar diversos tipos de adicionais. • Corrente pino oco – usada normalmente como transportadores, com a adaptação de valetas ou pinos, trabalham em pares para transportar os mais variados tipos de produto. • Correntes agrícolas – atualmente podem ser definidas por correntes da série “S” e “CA”; projetadas para atender as exigências das modernas colheitadeiras, semeadeiras e plantadeiras existentes no mercado. • Correntes silenciosas – estas correntes foram projetadas para operarem com eficiência e suavidade. Isto ocorre pois a corrente está em torno de uma engrenagem, sendo que seus elos engataram-se nos dentes da engrenagem, em ambos os lados, simultaneamente, garantindo um funcionamento silencioso em baixa e alta velocidade. • Correntes especiais – apresentam como principal característica a alta carga de ruptura. • Correntes de transmissão – são formadas por elos externos que se repetem alternadamente. • Corrente de rolos – esta corrente é composta por elementos internos e externos, sendo que as talas são permanentemente conectadas através de pinos e buchas, nas quais são, ainda, colocados rolos. Sua aplicação é feita em transmissões, em movimentação e em sustentação de contrapeso e em transportadores, assim como em locais de difícil acesso e ambientes abrasivos ou poeirentos. Este tipo de corrente oferece resultados satisfatórios, principalmente quando existe a necessidade de transmitir força. e-Tec Brasil 78 E • Corrente comum – muito usada em talhas manuais, transportadores e em uma infinidade de aplicações. 5. CONCLUSÃO No capítulo um conhecemos os diferentes tipos de elementos de fixação, móveis e permanentes, suas características e aplicações. Também aprendemos a calcular as diferentes dimensões de roscas, envolvendo o perfil métrico, whitworth e americano. No capítulo dois aprendemos a identificar os diferentes elementos de apoio. Conhecemos os tipos de mancais e suas aplicações, assim como a utilização e classificação de buchas e guias. No capítulo três conhecemos os diferentes tipos e aplicações das correias, polias e correntes, assim como conhecemos as diversas formas de transmissão. Portanto elementos de máquinas podem ser características de uma peça, como as roscas de um parafuso ou um rolamento totalmente massivo, ou eles podem ser peças discretas entre si ou em si mesmas como rodas, eixos, polias, rolamentos de rolagem, ou engrenagens. Todas as mais simples máquinas podem ser descritas como elementos de máquinas, e muitos dos elementos de máquinas incorporam conceitos de uma ou mais máquinas simples como as descritas. 6. BIBLIOGRAFIA ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13994: elevadores de passageiros: elevadores para transporte de pessoa portadora de deficiência. Rio de Janeiro, maio de 2000. COLLINS, J. Projeto mecânico de elementos de máquinas: uma perspectiva de prevenção de falhas. São Paulo: Editora LTC, 2006. CUNHA, Lauro Salles, CRAVENCO, Marcelo Padovani. Manual prático do mecânico. São Paulo: Ed. Hemus, 2003. FAIRES, V. M. Elementos orgânicos de máquina. Rio de Janeiro: Ed. LTC, 1971. v. I e II
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