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AULA 4 – Fundações Superficiais: cálculo da capacidade de carga e tensões admissíveis Prof. Paulo Marinho Eng. Civil, Me. Campina Grande-PB Abril de 2020 Fundações REVISÃO Fundação direta é aquela em que a mobilização de resistência do maciço do solo, em resposta à aplicação de um carregamento vertical para baixo, ocorre exclusivamente na superfície de contato entre a base do elemento estrutural de fundação e o solo. Tensão = F/A Fundações Fundações A aplicação de uma força vertical de compressão, P, no topo da sapata gera a mobilização de tensões resistentes no maciço de solo que, no contato sapata- solo, são normais à base da sapata. CompTração Fundações Deslocamentos verticais (w) - Fase elástica - Fase plástica – Zp = 1,5 .B - Fase de ruptura do solo Definimos como Capacidade de carga ou Tensão de ruptura de um fundação direta a resistência máxima mobilizável pelo maciço de solo no contato com a base do elemento estrutural de fundação, ou seja, a tensão que provoca a ruptura do maciço de solo, normalmente o elo mais fraco do sistema fundação-solo. Situações de ruptura verdadeira - C1 e ruptura convencional – C2 (Terzaghi, 1943) Fundações MECANISMOS DE RUPTURA A ruptura do solo pode resultar em excessiva distorção (frágil) e consequente colapso da estrutura da edificação, enquanto que um recalque excessivo (dúctil) pode ocasionar danos irreparáveis ao funcionamento do prédio. Vesic (1975), distinguiu três tipos de ruptura: i. Generalizada ii. Localizada iii. Puncionamento. Fundações MECANISMOS DE RUPTURA: Ruptura geral ou Generalizada É caracterizada pela existência de um mecanismo de ruptura bem definido e constituído por uma superfície de deslizamento que vai de uma borda da fundação à superfície do terreno. Inclinação significativa ou até mesmo rotação completa. Ruptura abrupta onde o solo lateral à fundação sofre intumescimento. Fundações MECANISMOS DE RUPTURA: Ruptura geral ou Generalizada Características: - Ruptura brusca e catastrófica; - Solos mais rígidos (areias compactas e muito compactas e argilas rijas e duras); - Levantamento do solo em torno da fundação; - O movimento de ruptura se dá em um único lado da fundação; - Sapatas suficientemente rasas; - Carga de ruptura atingida para pequenos valores de recalque. Fundações MECANISMOS DE RUPTURA: Ruptura geral ou Generalizada Fundações MECANISMOS DE RUPTURA: Ruptura localizada É caracterizada por um modelo que é bem definido apenas imeditamente abaixo da fundação. Esse modelo consiste de uma cunha e de superfícies de deslizamento que se iniciam junto às bordas da fundação, tal como na generalizada. Fundações MECANISMOS DE RUPTURA: Ruptura localizada É caracterizada por um modelo que é bem definido apenas imeditamente abaixo da fundação. Esse modelo consiste de uma cunha e de superfícies de deslizamento que se iniciam junto às bordas da fundação, tal como na generalizada. Fundações MECANISMOS DE RUPTURA: Ruptura localizada Características: - Empolamento do solo ao lado da fundação; - Superfícies de deslizamento terminam dentro do maciço; - Representa um tipo de transição; - Solos de média compacidade (areias) ou consistência (argilas); - Superfícies de deslizamento podem tocar a superfície ou não. Fundações MECANISMOS DE RUPTURA: Ruptura localizada Fundações MECANISMOS DE RUPTURA: Ruptura por puncionamento É caracterizada por um mecanismo de difícil observação. À medida que a carga cresce, o movimento vertical da fundação é acompanhado pela compressão do solo imediatamente abaixo. Fundações Características: - Cisalhamento vertical em torno do perímetro da fundação; - Não há formação de superfícies de ruptura; - Ocorre em solos mais deformáveis (menos resistentes); - Carga de ruptura é atingida para recalques mais elevados; - Recalques incessantes; - Típico nas areias fofas e argilas moles. MECANISMOS DE RUPTURA: Ruptura por puncionamento Fundações MECANISMOS DE RUPTURA: Ruptura por puncionamento Fundações MECANISMOS DE RUPTURA: Ruptura por puncionamento Vesic (1975) Fundações Ensaios triaxiais (CU, UU, CD) ou de Cisalhamento Direto Fundações MECANISMOS DE RUPTURA Fundações Fundações MÉTODOS DE CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA Segundo a NBR 6122 (ABNT, 2010), a capacidade de carga pode ser calculada das seguintes maneiras: a) Métodos teóricos; b) Métodos semi-empíricos (correlações com ensaios de campo e experiência profissional); c) Métodos empíricos; d) Provas de carga sobre placas (métodos práticos). Fundações MÉTODOS DE CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA Segundo a NBR 6122 (ABNT, 2010), a capacidade de carga pode ser calculada das seguintes maneiras: a) Métodos teóricos: • “Podem ser empregados métodos analíticos (teorias de capacidade de carga) nos domínios de validade de sua aplicação, que contemplam todas as particularidades do projeto, inclusive natureza do carregamento” • Utilizar FS = 3 na ausência de prova de carga • Calcular a Tensão de ruptura pela eq. de Terzaghi com fatores de Vesic Fundações MÉTODOS DE CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA Segundo a NBR 6122 (ABNT, 2010), a capacidade de carga pode ser calculada das seguintes maneiras: a) Métodos semi-empíricos: • “São métodos que relacionam resultados de ensaios como SPT, CPT, etc com as tensões admissíveis. Observar validade de aplicação, dispersão de dados e limitações regionais de cada método” • Utiliza-se também de base teórica Fundações MÉTODOS DE CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA Métodos teóricos Prandtl (1920) Reissner (1924) Terzaghi (1925, 1943) Meyerhof (1951, 1963) Balla (1962) Hansen (1961, 1970) Vesic (1973, 1975) De Beer (1970) São métodos baseados na formação de uma superfície de ruptura conhecida e cuja resistência ao longo da superfície seja obtida através de um critério de ruptura. Fundações Fundações TEORIA DE TERZAGHI (1943) Sua equação modifica a solução original de Prandtl (1921) e considera a curva de ruptura como uma espiral semi-logarítmica. Basicamente: Fundações (I) Zona em forma de cunha, localizada abaixo da sapata, na qual as tensões principais máximas são verticais. (II) Zonas de cisalhamento, irradiando-se das arestas da fundação, cujas fronteiras fazem com a horizontal ângulos conforme imagem. (III) Zonas passivas de Rankine. Fundações D Fundações Fundações Fundações Fundações Fatores de capacidade de carga após Vesic. Fundações Fundações Efeitos da forma da sapata Fundações Efeitos da forma da sapata Fundações Fundações Efeito da compressibilidade do solo (ruptura local e por puncionamento) Obs.: Sendo um dos pioneiro nos estudos do efeito de ruptura dos solos, Terzaghi propôs dois tipos apenas: Geral e local; Posteriormente, Vesic identificou uma situação intermediária, que denominou de ruptura local, enquanto que a situação de afundamento do elemento estrutural no solo foi denominado ruptura por puncionamento A que se refere o termo compressibilidade? Fundações • Parâmetros do solo Coesão (c) Teixeira e Godoy (1996) Ângulo de atrito (φ) Solos arenosos Godoy (1983) Teixeira (1996) Fundações Estimativa dos pesos específicos de solos em função de sua classificação e NSPT Exercício (1) Estimar a capacidade de carga de um elemento de fundação por sapata (indicado na figura), com as seguintes condições de solo e valores médios no bulbo de tensões: a) Argila rija com NSPT= 15. b) Areia compacta com NSPT= 30. c) Areia argilosa com ϕ= 25° e c= 50kPa. (valores não drenados) a) 0,87Mpa b) 2,2 Mpa c) 1,4 Mpa Exercício (2) Estimar a capacidade de carga de um elemento de fundação por sapata indicado na figura do exercício anterior, com as seguintes condições de solo e valores médios no bulbo de tensões: a) Argila mole com NSPT= 4. b) Areia pouco compacta com NSPT= 6. c) Areia argilosa com ϕ=20° e c=10kPa (valores não drenados). FundaçõesTEORIA DE MEYERHOF (1951, 1963) Representa um aperfeiçoamento da Teoria de Terzaghi (1943). Seu método considera que a superfície de ruptura se prolonga na camada superficial do terreno e que, portanto, há contribuição não apenas da sobrecarga, como também da resistência ao cisalhamento do solo nessa camada. Plano BE: superfície livre equivalente (inclinação b). Fundações A resultante das forças BF e o peso da cunha de solo BEF são substituídos pelas tensões equivalentes, po e so. Considera-se então o embutimento (d) da fundação. Meyerhof introduziu também a influência da inclinação da resultante das forças através dos fatores de inclinação (i). dSNBdSNpdSNcq qqqocccult .. 2 1 .. ++= Fundações tgpc s m o o + = m exprime o grau de mobilização da resistência ao cisalhamento ao longo da superfície livre equivalente. Fundações / / / / Fundações Fundações Exercício (3) Uma fundação quadrada tem 2,0 x 2,0 m em planta. O solo suporta a fundação com ângulo de atrito de 25° e coesão de 20 kN/m². O peso específico do material é de 16,5 kN/m³. Determine a capacidade de carga do solo. Suponha uma profundidade da fundação de 1,50 m. a) Por Terzaghi e considerando que a ruptura ocorre por cisalhamento geral no solo. b) Por Meyerhof. Fundações TEORIA DE HANSEN (1961, 1970) Hansen (1961) fez importante contribuição ao cálculo da capacidade de carga das fundações submetidas a um carregamento qualquer: a) Carga excêntrica: conceito de área efetiva da fundação; b) Forma da fundação, profundidade e a inclinação da carga: fatores de forma, de profundidade e de inclinação da carga; c) Fatores de inclinação do terreno e de inclinação da base da fundação (Hansen, 1970). Fundações • Fatores de profundidade da fundação (dc , dq e dg) • Fatores de inclinação de carga (ic, iq e ig) idSNBidSNqidSNcq qqqqccccult ..... 2 1 ........ ++= Posteriormente, Hansen introduziu: Fatores de inclinação do terreno (gc, gq e gg) e Fatores de inclinação da base da fundação (bc, bq e bg). gbidSNBgbidSNqgbidSNcq qqqqqqccccccult ....... 2 1 ............ ++= Fundações • Fatores de correção de forma (Sc, Sq, S). • Fatores de correção de profundidade da fundação (dc, dq e dg). Fundações • Fatores de inclinação de carga Fundações • Fatores de inclinação de carga H = componente horizontal da carga V = componente vertical da carga Fundações • Efeito da excentricidade da carga A excentricidade gera momento em relação ao centro de gravidade da sapata, reduzindo a sua capacidade de carga. Hansen (1961) propôs que nesta situação seja utilizado o artifício de área efetiva equivalente. Para sapata retangular, tem-se: B’= 2(B/2 – eB) L’= 2(L/2 – eL) B’= B – 2eB L’= L – 2eL Fundações Exercício (4) Considerando os dados abaixo de uma sapata, calcule a capacidade de carga do solo utilizando a Teoria de Hansen (1970): γ‘= 9,31 kN/m³ ϕTriaxial= 42,7° C= 0 0,5 m B= 0,5 m L= 2,0 m Fundações TEORIA DE VESIC (1973, 1975) Vesic tem importantes contribuições para o cálculo da capacidade de carga das fundações superficiais e profundas. Mantendo equações anteriores, propôs para os fatores de capacidade de carga devidos à coesão (Nc) e à sobrecarga (Nq) as mesmas expressões de Hansen. Sugere que na equação de Terzaghi: CSNBCSNqCSNcq qqqcccult .... 2 1 ...... ++= Fundações • Fatores de capacidade de carga Fundações Fundações • Efeitos da forma da sapata De Beer (1967), apud Vesic (1975). Fundações • Efeito da compressibilidade do solo (ruptura local e puncionamento) Cálculo do índice de rigidez crítico (Icrit): ( ) ( ) 245cotg45,03,3exp 2 1 −−= LBIcrit (função do ângulo de atrito do solo e geometria da sapata) B = largura L = comprimento Lembrando que L > B OBS: Fundações • Efeito da compressibilidade do solo (ruptura local e puncionamento) corretivos fatores Se • IcritIr satisfeita hipótese Se • IcritIr ( ) IrLBcc log6,012,032,0 ++= ( ) ( ) + ++−= sen1 2log.sen07,3 6,04,4exp Ir tgLBcq c = cq Sendo Ir função dos parâmetros de resistência e compressibilidade do solo Fundações Fundações Fundações Fundações Fundações • Influência do nível de água Caso 1: O nível d’água está entre o nível do terreno e a base da fundação. seco saturado q efetivo = σ’= γ.D qD-a Fundações • Influência do nível de água Caso 2: O nível d’água está entre a base da fundação e o limite da superfície de ruptura. (Neste caso considerou-se que a supferfície de ruptura estaria na cota –B) q Fundações MÉTODOS DE CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA Métodos semi-empíricos São métodos que relacionam resultados de ensaios (tais como o SPT, CPT etc.) com tensões admissíveis ou tensões resistentes de projeto. Devem ser observados os domínios de validade de suas aplicações, bem como as dispersões dos dados e as limitações regionais associadas a cada um dos métodos, NBR 6122 (ABNT, 2010). ▪ São correlações propostas a partir de resultados de ensaios in situ; ▪ Alguns métodos estimam a carga última (Pult) e outros a carga admissível, Padm = Pult/FS; ▪ No Brasil predominam os métodos relacionados ao ensaio SPT. Fundações Fundações Fundações 2m 1m – Nspt = 8 1m – Nspt =10 1m – Nspt = 7 Nspt médio = (8+10+7)/3 = 8 FS Fundações Fundações MÉTODOS DE CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA Provas de carga sobre placas Ensaio realizado de acordo com a NBR 6489 (ABNT, 1984), cujos resultados devem ser interpretados de modo a considerar a relação modelo-protótipo (efeito de escala), bem como as camadas influenciadas de solo. Fundações Fundações Fundações Fundações Fundações Fundações Fundações Fundações Fundações Relacionado à probabilidade de ruptura Fundações Fundações Ao considerarmos todos os elementos isolados de uma fundação direta de uma obra, a capacidade de carga não será constante, inclusive por conta da variabilidade natural do maciço de solo. Teremos diferentes valores de capacidade de carga e poderemos adotar o valor médio (σRméd) como o valor representativo para a fundação. Fundações Obtida essa tensão média de ruptura (da obra ou de cada região representativa), precisamos estabelecer que fração desse valor poderá atuar no solo com segurança mínima à ruptura. Assim, chegamos ao conceito fundamental de tensão admissível (qadm): FS q q rup adm = Pela norma de fundações (ABNT NBR 6122:2010), para fundações superficiais: 3FS Definimos Tensão admissível como a tensão adotada em projeto que, aplicada ao terreno pela fundação superficial ou pela base de tubulão, atende com coeficientes de segurança (CS ou FS) predeterminados, aos estados-limites últimos (ruptura) e de serviço (recalques, vibrações etc.). Esta grandeza é utilizada quando se trabalha com ações em valores característicos. Fundações Depois de obter a tensão admissível pela análise de ruptura para a obra toda, ou por região representativa, precisamos verificar se não ocorrerão recalques excessivos. Da tensão admissível é possível determinar as dimensões da base da sapata, em planta. Fundações MÉTODOS DE CÁLCULO DA TENSÃO ADMISSÍVEL Segundo a NBR 6122 (ABNT, 2010), a tensão admissível ou tensão resistente deve ser fixada a partir da utilização e interpretação de um ou mais dos procedimentos mencionados a seguir: a) Prova de carga sobre placa (ensaio descrito pela ABNT NBR 6489:1984); b) Métodos teóricos (métodos analíticos); c) Métodos semi-empíricos (relacionam com resultados de ensaios). Fundações MÉTODOS DE CÁLCULO DA TENSÃO ADMISSÍVEL Métodos semi-empíricos São métodos que relacionam resultados de ensaios (tais como o SPT, CPT etc.) com tensões admissíveis ou tensões resistentes de projeto. Devem ser observados os domínios de validade de suas aplicações, bem como as dispersões dos dados e as limitações regionais associadas a cada um dos métodos. São eles: Terzaghi e Peck (1948, 1967),Meyerhof (1965), Bowles, Resistência de ponta. Fundações TERZAGHI E PECK (1948, 1967) Consiste num método baseado no SPT. Eles propuseram que a tensão que provoca um recalque de 1 polegada (sapata em areia), 1pol = 2,54 cm, pode ser obtida com: 2 2 "1 10 3 4,4 + − = B BN qadm Sendo: qadm = tensão, em kg/cm 2, que produz w=1” B = menor dimensão, em pés N = número de golpes no ensaio SPT Terzaghi & Peck (1967) recomendaram que se houvesse nível d’água superficial (Dw= 0), qadm deveria ser reduzida a metade. Fundações MEYERHOF (1965) Consiste num método baseado no SPT que relaciona a tensão aplicada e o recalque de sapatas em areia pela expressão: 8 . adm adm wN q = para 2 "1 12 . + = B BwN q admadm "4B para "4B qadm em kg/cm 2; wadm em polegadas ; B em pés Fundações BOWLES Consiste num método baseado no SPT, onde, este propôs as seguintes modificações: dadm K F N q 1 = paradadm K B FB F N q 2 3 2 + = 4FB para 4FB Sendo 33,133,01 += B D Kd (sugerido por Meyerhof,1965) Fatores Unidade F1 F2 F3 F4 SI 0,05 0,08 0,3 1,2 Fps 2,5 4,0 1,0 4,0 Fundações RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO EM SONDAGENS Temos a determinação da tensão admissível de fundações diretas por meio de correlações com valores de resistência à penetração (NSPT) do SPT ou da resistência de ponta (qC) do CPT, lembrando que é sempre questionável a aplicabilidade de correlações empíricas desse tipo. Fundações Teixeira (1996) propôs com base no valor médio do SPT (em profundidade igual a até duas vezes a largura da fundação “B”, contada a partir da cota de apoio), pode-se estimar o valor da tensão admissível como sendo: ( )MPaNa 02,0= Obs.: Solos com NSPT < 5 podem ser colapsíveis, nesses casos, a expressão não é válida 5 < NSPT<25 Fundações Obs.: Solos com NSPT < 5 podem ser colapsíveis, nesses casos, a expressão não é válida Cintra (1998) Exemplos de cidades com presença de solos colápsíveis: - São Carlos - SP - Ribeirão Preto - SP - Santa Maria - SC Fundações Método de Teixeira (1996) ( )MPa N Ba 100 ).4,01(05,0 ++= ▪ Sapatas quadradas de lado B<10m e h = 1,5m; ▪ Solos arenosos com peso específico de 18 kN/m³ (1,8tf/m³); ▪ Ângulo de atrito igual a (20Nspt)1/2 + 15° ▪ Fator de segurança igual a 3. 5 < NSPT<25 Obs1.: Nas areias a capacidade de carga aumenta com o tamanho da sapata Obs2.: Os dois métodos de Teixeira não são válidos para Radier Fundações Método de Melo (1975) ( )MPaNa )1(1,0 −= ▪ Sem distinção do solo; ▪ Nspt entre 4 e 16. Exercício (5) Na estimativa da tensão admissível de um solo, é irrelevante considerar: a) A altura do pilar que transmite carga à fundação. b) O nível do lençol freático. c) As características do solo abaixo do nível de assentamento da fundação. d) A profundidade da fundação. e) As dimensões e formas dos elementos de fundação. Exercício (6) Para a construção de um edifício de dez andares, foram realizadas sondagens a percussão SPT, cuja sondagem representativa está apresentada ao lado. Indicar qual será a tensão admissível do solo para sapatas quadradas apoiadas, com lado de 3,0 m, na cota – 2,0m. Nspt médio = (14+13+15)/3 = 14 Tensão adm pelo método de Melo: 0,274 MPa Tensão adm pelo método de Urbano: 0,02x14=0,28 MPa ( )MPaNa )1(1,0 −= ( )MPaNa 02,0= Exercício (7) Considerando o perfil apresentado na figura seguinte, indique qual a tensão admissível no solo para uma sapata retangular de base 1,5 m x 2,0 m. Dúvidas??? Prof. Paulo Marinho – Eng. Civil, Me. profpaulomarinho@gmail.com Fundações Fundações
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