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Atos, Termos e Prazos Processuais - Direito Processual do Trabalho - 2020 1

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ASASA 
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Yasmim Martins de Magalhães – Direito Processual do Trabalho – 2020.1 
PROCESSO DO 
TRABALHO 
 
 
 
Atos, Termos e Prazos Processuais 
 
 
CONCEITO DE ATO PROCESSUAL: Ato de interferência humanda, ocorrida de 
forma voluntária junto ao processo. 
 
Os atos podem ser unilaterais (petição inicial) ou bilaterais (suspensão consensual do 
processo 
– art. 313, II do CPC). 
 
Os atos processuais são disciplinados na CLT nos arts. 770/782. 
 
DA PUBLICIDADE DOS ATOS 
 
Assim, em princípio, todos os atos processuais trabalhistas devem ser públicos, na forma do 
disposto no art. 93, IX da CF/88. 
 
DO HORÁRIO DOS ATOS 
 
Os atos processuais devem ser realizados, via de regra das 06:00 horas às 20:00 horas, com 
a exceção da penhora – Art. 770 CLT. 
 
A doutrina e jurisprudência tem entendido pela mitigação deste dispositivo, considerando 
a praxe forense e o regimento interno de cada Tribunal. 
 
 
1. COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: NOTIFICAÇÃO, CITAÇÃO 
E INTIMAÇÃO 
 
É preciso advertir, inicialmente, que, na linguagem do direito processual do trabalho, 
o termo notificação é utilizado tanto para citação quanto para intimação. 
 
De toda sorte, no processo civil ou no processo do trabalho as citações e as 
intimações serão nulas, quando feitas sem a observância das prescrições legais do art. 
280 do CPC. 
 
2. CITAÇÃO 
 
Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se 
defender 
– Art. 246 do CPC. 
 
Para a validade do processo é indispensável a citação do réu – Art. 239 do CPC. 
(Regra Geral) 
Exceção: Não será necessária a citação quando a matéria controvertida for 
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Yasmim Martins de Magalhães – Direito Processual do Trabalho – 2020.1 
unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total 
improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e 
proferida sentença, reproduzindo-se teor da anteriormente prolatada – Art. 332 do 
CPC. 
 
No processo do trabalho a notificação citatória é feita nos termos do art. 841 da 
CLT, cabendo ao servidor público que receber a petição inicial notificar o réu (via 
postal – art. 841, §1º CLT), remetendo-lhe a segunda via da petição inicial 
(contrafé), para que o reclamado compareça a audiência de conciliação, instrução e 
julgamento, que será a primeira depois de 05 (cinco) dias. 
 
Caso o réu não seja encontrado, poderá o magistrado trabalhista determinar que sua 
notificação seja realizada por mandado, através de Oficial de Justiça, aplicando 
subsidiariamente o CPC. 
 
Na hipótese do réu criar embaraços ao recebimento da notificação ou estiver em 
local incerto e não sabido, a notificação poderá ser realizada por edital – Art. 841, 
§1º, segunda parte da CLT. 
 
 
No processo do trabalho, diferentemente do processo civil (art. 242 CPC), a 
notificação citatória não se aplica o princípio da pessoalidade da citação (art. 841, 
§1º da CLT), ou seja, ela é válida quando dirigida ao endereço correto do réu e 
pode ser recebida por qualquer pessoa lá presente, independente de ser 
representante legal ou procurador legalmente autorizado pelo réu. É pois, do 
destinatário (réu) o ônus de provar a irregularidade da notificação citatória – 
Súmula 16 do TST. 
 
A exceção (notificação pessoal) se da quando se tratar de notificação citatória para 
entes públicos (União, Estado e Municipios), cujo ato será praticado por mandado, 
através de Oficial de Justiça – L.C. 73/93, arts. 35/37). 
No que se refere a citação prevista no art. 800 da CLT (execução), existe 
entendimento de que se trata de citação (notificação) pessoal, cuja inobservância 
gera nulidade absoluta. Existe entendimento de que tal citação não é pessoal nos 
termos da Sumula 16 do TST. E, por fim, há entendimento ainda de que se trata de 
intimação e não citação (Renato Saraiva), no qual não seria necessário a questão da 
pessoalidade. 
 
NO PROCESSO DO TRABALHO A CITAÇÃO (NOTIFICAÇÃO) NÃO 
INTERROMPE A PRESCRIÇÃO COMO NO PROCESSO CIVIL (ART. 219 
CPC), MAS SIM A MERA DISTRIBUIÇÃO DA AÇÃO, AINDA QUE EM 
JUÍZO INCOMPETENTE. 
3. INTIMAÇÃO 
 
Intimação é o ato pelo qual se da ciência a alguém dos atos e termos do processo, 
para que faça ou deixe de fazer alguma coisa – Art. 234 CPC. 
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Yasmim Martins de Magalhães – Direito Processual do Trabalho – 2020.1 
As intimações na Justiça do Trabalho, em regra, são feitas pelos correios, salvo se 
houver a possibilidade da realização por publicação no D.O.U. (onde deverá 
OBRIGATORIAMENTE, SOB PENA DE NULIDADE constar o nome das 
partes e dos advogados – art. 3º, §2º da Lei 8.906/94). 
 
A intimação do MPT, seja como parte, seja como custus legis, deverá se dar 
pessoalmente, por intermédio do Oficial de Justiça - LC 75/93, art. 236, §2º. 
Quanto a UNIAO, a intimação se dará na pessoa de seu advogado ou do 
Procurador da Fazenda Nacional – LC 75/93, art. 38. 
 
4. ATO PROCESSUAL POR FAC-SÍMILE 
 
A lei 9.800/99, permite a transmissão de dados e imagens por fac-smile, ou afim 
nos atos processuais que dependem de petição escrita. Todavia, os originais deverão 
ser protocolados até cinco dias do prazo para a prática do respectivo ato, a contar 
da recepção dos dados – SÚMULA 387 do TST. 
 
Súmula nº 387 do TST 
RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 9.800/1999 (inserido o 
item IV à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 
30 e 31.05.2011 
I - A Lei nº 9.800, de 26.05.1999, é aplicável somente a recursos 
interpostos após o início de sua vigência. (ex-OJ nº 194 da SBDI-1 
- inserida em 08.11.2000). 
II - A contagem do quinquidio para apresentação dos originais de 
recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do 
dia subsequente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 
2º da Lei nº 9.800, de 26.05.1999, e não do dia seguinte à 
interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do 
prazo. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - primeira parte - DJ 04.05.2004) 
III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de 
notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de 
seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 184 do CPC 
quanto ao "dies a quo", podendo coincidir com sábado, domingo 
ou feriado. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - "in fine" - DJ 04.05.2004). 
IV – A autorização para utilização do fac-símile, constante do art. 1º 
da Lei n.º 9.800, de 26.05.1999, somente alcança as hipóteses em 
que o documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, 
não se aplicando à transmissão ocorrida entre particulares. 
 
5. ATO PROCESSUAL POR E-MAIL 
 
Instrução Normativa 28/05 revogada expressamente pela IN TST n.º 30/07, ante a 
implementação do processo judicial eletrônico da lei 11.419/2006. 
 
6. PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO - PJE 
 
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A lei 11.419/2006 disciplinou a utilização do sistema eletrônico para a prática de 
atos processuais, bem como de comunicação de tais atos. 
 
Facilidades decorrentes do PJE-JT: 
 
a) Ampliação do prazo para a prática dos atos processuais, que pode se dar até as 
24 horas do último dia do prazo (art. 3º, § único) 
b) Envio de petições pelo formato digital (art. 2º) 
c) Envio da contestação antes da audiência (art. 10) 
d) Notificações pela via eletrônica (arts. 7 e 9) 
e) Ausência de intermediário para a distribuição e juntada de petições 
 
 
TERMOS PROCESSUAIS 
 
CONCEITO: Termo, a rigor, é a redução escrita do “ato”. Em outras palavras, 
termo é a reprodução gráfica do ato processual – art. 771/773 da CLT c/c art. 
166/171 CPC. 
 
 
PRAZO PROCESSUAL 
 
CONCEITO: Corresponde ao lapsto temporal (de tempo) para a prática ou 
abstinência do ato processual. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
A) QUANTO A ORIGEM: 
 
- Legais: São fixados pela própria lei (Ex.: prazo para recurso) 
- Judiciais: São fixados pelo juiz (Ex.: prazopara perito apresentar laudo – art. 
852- H, §4º da CLT) 
- Convencionais: São aqueles convencionados pelas partes (Ex.: Suspensão do 
processo para tentativa de acordo – art. 265, II do CPC, não podendo exceder 
06 meses sob pena de se converter em prazo judicial – art. 265, §3º do CPC). 
 
B) QUANTO A NATUREZA 
 
- Dilatórios: Também chamados de prazos prorrogáveis, são os que decorrem 
de normas de natureza dispositiva, isto é, normas que permitem as partes dispor 
do prazo para a prática de determinado ato. Os prazos convencionais também 
são dilatórios. Ex.: Aumento do prazo para manifestação das partes sobre 
determinado documento. 
Obs.: A dilação do prazo deverá ser requerida no seu curso, isto é, antes do 
término, sob pena de preclusão. 
 
- Peremptórios: Também chamado de prazos fatais/improrrogáveis, são os 
que decorrem de norma cogente, imperativa ou de ordem pública. Os prazo 
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peremptórios não podem ser objeto de convenção. Nos termos do art. 775 da 
CLT “são contínuos e irreléveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo 
tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força 
maior” 
 
C) QUANTO AOS DESTINATÁRIOS 
- Prazos Próprios: São os destinados as partes. Normalmente são prazos legais 
ou judiciais. Se não houver previsão legal quanto ao tempo do prazo, este será 
de 5 dias – art. 224, §3º do CPC. 
 
As pessoas jurídicas de direito público tem prazo em quadruplo para contestar e 
em dobro para recorrer, portanto o prazo entre a propositura da ação e a 
audiência deverá ser de 20 dias. 
 
Não se aplica o art. 229 do CPC (prazo em dobro havendo litisconsórcio) por 
afronta ao princípio da celeridade – OJ 310 da SDI-1 do TST. 
 
- Prazos Impróprios: São os prazos destinados aos Juízes e aos servidores 
públicos. Se diz impróprios porque não são passíveis de preclusao. Daí por que 
mesmo realizados fora do prazo tem validade (Ex.: Art. 226 do CPC / 841 da 
CLT e 851, §2º do CPC). 
 
 
CONTAGEM DOS PRAZOS 
 
A contagem dos prazos na Justiça do Trabalho é feita com base nos art. 774 e 
775 da CLT, aplicando-se supletivamente a regra do art. 218 e seguintes do 
CPC. 
 
Exclui-se o dia do começo e inclui o dia do término 
 
Se a notificação foi postada, presume-se o início 48 horas após sua postagem - 
Súmula 16 do TST. 
 
Prazo no sábado, domingo ou feriado será prorrogado para o dia útil 
subsequente 
– art. 775 da CLT – Sumula 262, I do TST. 
 
Art. 776 – O prazo termina independente da certificação. 
 
 
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DOS PRAZOS 
 
Não há dispositivo legal específico para tal. Aplica-se subsidiariamente o CPC. 
 
A regra geral é que o prazo estabelecido pela lei ou pelo juiz é contínuo, não se 
interrompendo no feriado, não se aplicando a inovação do CPC. Todavia o 
Juiz pode prorrogar o prazo se a parte comprovar que houve justa causa para a 
não realização do ato – art. 775 da CLT. Ex.: Prédio desabou no RJ. 
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Suspensão: O prazo é paralisado e retorna sua contagem de onde parou. Ex: 
Férias Forense – Art. 220 CPC. 
Interrupção: O prazo é reiniciado. Ex.: Embargos de Declaração – Art. 897-A, 
§3ª da CLT. 
 
NULIDADES PROCESSUAIS 
 
 
1. HISTÓRICO 
 
Durante muito tempo, persistiu a ideia de que a falta de alguma formalidade dos 
atos processuais implicava a nulificação de todo o processo, era o chamado 
sistema legalista/formalista, onde bastava que um ato processual fosse 
praticado em dissonância com a norma para que todo o processo fosse 
declarado nulo. 
 
Atualmente, com a edição do CPC de 2015, o sistema adotado pelo 
ordenamento processual brasileiro é outro, denominado de sistema teleológico 
das nulidades processuais, pois prestigia os fins sociais do processo, como se 
verifica pelo art. 188 do CPC. 
 
2. CONCEITO 
 
A legislação não trouxe a definição de nulidade processual, cabendo, portanto a 
doutrina a sua conceituação. 
 
Do ponto de vista processual, a nulidade de um ato significa o estado em que 
ele se encontra em determinada fase do processo e que pode privá-la de 
produzir seus próprios efeitos ou destituir os efeitos de outros atos já 
produzidos. 
 
Simplificando, seria eivado de nulidade um ato processual praticado em 
discordância com a norma processual vigente. 
 
2.1. Dos Efeitos 
 
Diferentemente do direito material não-penal, atos processuais, no processo 
civil ou trabalhista, embora nulos, produzem efeitos, sendo, portanto, 
necessário o ajuizamento de ação própria para que cessem tais efeitos, ou, 
dependendo do caso que seja declarada pelo magistrado. 
 
Ex.: Sentença proferida por juiz incompetente (material) que terá efeitos até 
que seja interposta Ação Rescisória – Art. 966, II do CPC. 
 
3. DOS ATOS NULOS, ANULÁVEIS E INEXISTENTES 
 
a) Meras Irregularidades: Atos não revestidos das formalidades legais e que 
não trazem qualquer prejuízo para a validade do processo. Ex.: Audiência ou 
sessão do 
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Yasmim Martins de Magalhães – Direito Processual do Trabalho – 2020.1 
Tribunal que termine após as 20 horas – Mera irregularidade sem consequência 
para a validade do processo. 
 
b) Irregularidade com Sanção Extraprocessual: Atos praticados sem a 
observância de algum requisito legal, mas que geram sanções fora do processo 
(geralmente de ordem disciplinar), como o caso do Juiz ou Serventuário que 
retarda injustificadamente o andamento do processo – Art. 143, II do CPC. 
 
c) Irregularidade que Acarreta a Nulidade Processual 
 
- Nulidade Relativa: Se dá quando o vício praticado é sanável, normalmente 
decorrente da inobservância de preceito/requisito decorrente de norma privada. 
Sempre têm de ser alegado pela parte interessada, sob pena de preclusão do 
direito e consequente convalidação da nulidade. Ex.: Incompetência Territorial. 
 
- Nulidade Absoluta: A nulidade absoluta prescinde de arguição do 
interessado, uma vez que pode (e deve) ser arguida de ofício pelo juiz. Ex.: 
Carência de Ação – Art. 485, §3º do CPC. 
d) Atos Inexistentes: Atos que, teoricamente não existem, apesar de 
produzirem efeitos. Ex: Sentença sem assinatura do magistrado. 
 
Para os atos inexistentes, ou melhor, juridicamente inexistentes não há 
necessidade de ação rescisória, mas tão somente de uma ação declaratória, 
como por exemplo, a “Querela Nullitatis”. 
 
4. PRINCÍPIOS DAS NULIDADES PROCESSUAIS 
 
a) Princípio da Instrumentalidade (Finalidade) das Formas: Determina 
que embora a lei prescreva forma diversa para a prática de determinado ato 
(sem que haja cominação legal de nulidade), o Juiz considerará válido o ato se, 
realizado de outro modo, alcançar sua finalidade. 
 
- Art. 188 e 277 do CPC. 
 
b) Princípio do Prejuízo ou da Transcendência: Significa que somente 
haverá nulidade do ato se houver manifesto prejuízo às partes interessadas. 
 
- Art. 794 da CLT. 
 
Ex.: Parte notificada por edital e comparece espontaneamente à 
audiência, não poderá suscitar posteriormente nulidade por vício da notificação 
citatória. 
 
Ex2.: Ausência da segunda proposta conciliatória, quando não há 
possibilidade de acordo. Não há prejuízo às partes. 
c) Princípio da Convalidação ou Preclusão: As nulidades não serão 
declaradas senão mediante provocação da parte interessada, as quais deverão 
argui-las à primeira vez que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
Tal princípio só é aplicado às nulidades relativas (art. 278 do CPC). 
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Yasmim Martins de Magalhães – Direito Processual do Trabalho – 2020.1 
 
- Art. 795 da CLT. 
 
d) Princípio da Economia e Celeridade Processuais: A nulidade não será 
pronunciada quando for possível suprir-se a falta ou praticar o ato. 
 
Ex.: Parte que comparece irregularmente representada por preposto não 
portador da carta de preposição,o juiz deverá com base no art. 13 do CPC 
conceder prazo para a supressão da irregularidade. 
- Art. 796, “a” da CLT. 
 
e) Princípio do Interesse: Somente estará autorizada a arguir a nulidade, se 
não concorreu direta ou indiretamente para a ocorrência da irregularidade, isto 
é, quem causou a nulidade não poderá arguí-la. 
 
Este princípio só alcança as nulidades relativas, já que as absolutas importam 
em inobservância de matéria de ordem pública que deve ser declarada ex officio. 
 
- Art. 796, “b” da CLT. 
 
f) Princípio da Utilidade: Deve-se aproveitar ao máximo os atos processuais 
posteriores, desde que estes não sofram reflexos da nulidade decretada 
judicialmente. De tal sorte, os atos válidos antes da decretação da nulidade não 
são alcançados, nem aqueles que dela sejam independentes. 
 
Ex.: Confissão ficta do autor (atraso na audiência), não impede que requeira em 
audiência a oitiva da parte contrária.

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