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Neoplasias Pulmonares: Neoplasias Pulmonares: Câncer de pulmão é uma patologia importante, pois ele está entre as causas mais comuns por neoplasias malignas. Diante da grande heteregeneidade citológica e histológica das neoplasias pulmonares, o câncer de pulmão pode ser dividido em 4 tipos: Carcinoma de células escamosas (epidermóides), adenocarcinoma, carcinoma de células grandes e carcinoma de células pequenas. **Carcinomas do pulmão se derivam de células epiteliais multipotentes capazes de expressar fenótipos variados. O desenvolvimento de câncer pulmonar, resulta da interação de fatores ambientais com alterações genômicas múltiplas, sendo que o fumo, é responsável pela maioria dos casos de câncer, tanto no sexo feminino, como no sexo masculino -> risco está relacionado a carga tabágica, tipo de fumo e modo de inalação (pessoas que fumam, passam pelo processo de metaplasia escamosa, o que influencia bastante no desenvolvimento do câncer). **CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS E CARCINOMA DE CÉLULAS PEQUENAS ESTÃO MAIS ASSOCIADOS COM O TABAGISMO -> cerca de 20% dos fumantes desenvolvem câncer pulmonar, sendo que indivíduos com história familiar tem risco 2,5 vezes maior que a população em geral. Carcinoma de células escamosas: É o tumor pulmonar de “melhor prognóstico”, sendo ele o mais comum de todos os subtipos, o mais associado ao tabagismo e o mais comum em homens. Sua localização em geral é central (grandes brônquios), sendo que apresenta crescimento mais lento que os demais -> metástase para os linfonodos locais, mas a disseminação hematológica é tardia. MORFOLOGIA MACROSCÓPICA: Varia de pequena tumoração (endobrônquica obstrutiva), até grandes massas que sofrem cavitações e hemorragias, diante de necroses frequentes -> alguns tumores, mostram-se firmes e esbranquiçados, e eles tendem a invadir a parede brônquica e pulmonar. **Facilmente visíveis na endoscopia e podem ser diagnosticados citologicamente de maneira mais fácil que os outros tipos. MORFOLOGIA HISTOLÓGICA: O tumor é formado por células epiteliais que contém pontes intercelulares e ceratinização individual ou em pérolas córneas. Além disso, nesse tipo de tumor, estão presentes ninhos sólidos de células tumorais com núcleos hipercromático e escasso no citoplasma na periferia e células poligonais com citoplasma amplo e eosinofílico no centro -> células possuem núcleos com cromatina granular. LESÃO É EM GERAL ENVOLVIDA POR ESTROMA E POR INFILTRADO PLASMOCITÁRIO VARIÁVEL -> Grau de diferenciação do tumor pode ser baixo, moderado e alto, sendo que quanto menos diferenciado maior o risco de malignidade. Adenocarcinoma: Mais frequente em mulheres e é menos relacionado ao tabagismo. A neoplasia localiza-se predominantemente na periferia dos pulmões e muitas vezes envolve a pleura visceral e associa-se a lesões destrutivas do parênquima pulmonar, ou a hiperplasia de pneumócitos. **A maioria dos adenocarcinomas originam-se nas vias respiratórias periféricas a partir dos pneumócitos tipo II. MORFOLOGIA MACROSCOPICA: Lesão com superfície de corte homogênea com aspecto marfim e às vezes com aspecto translúcido diante da produção de muco. MORFOLOGIA MICROSCÓPICA: Apresenta diferenciação glandular r produção de mucina, podendo ser dividido em: Acinar, paplífero, carcinoma sólido com formação de muco e carcinoma bronquialveolar. **O tumor pode ser dividido em muito, moderado e pouco diferenciado (quanto menos diferenciação, > o risco de malignidade). Carcinoma bronquioloalveolar: Origina-se em bronquíolos ou alvéolos e aparecem tanto em indivíduos jovens, como em idosos, com preferência para o gênero feminino. Ele apresenta-se em 3 formas: localizado (nódulo solitário e periférico, crescimento lento -> melhor prognóstico), difuso, micronodular e multifocal (caracterizado por pequenos nódulos esbranquiçados distribuídos difusamente nos lobos pulmonares -> prognóstico pior e o paciente vai a óbito por insuficiência respiratória). **Tumor é formado por células cúbicas ou prismáticas, dispostas ao longo da parede de alvéolos e brônquios. Possui 3 subtipos: MUCINOSOS, NÃO MUCINOSO (mais frequente) e MISTO. Carcinoma de células grandes: Tipo menos frequente de carcinoma broncopulmonar, sendo um tumor indiferenciado, com comportamento altamente agressivo e o paciente evolui rapidamente para óbito. A OMS define tumor de células grandes por: Neoplasias malignas compostas de células grandes contendo grandes núcleos centrais com forma que varia de oval a poligonal, com núcleo evidente, citoplasma abundante e membrana celular em geral bem definida (relação núcleo-citoplasma é a mais alta entre neoplasias pulmonares). Tumores com crescimento sólido tendem a ser uniformas, formando ninho de células separadas por escasso tecido conjuntivo e tumores com perda na estrutura são na maioria das vezes pleomórficos. (carcinoma de células grandes variam -> Faculdade Ciências Médicas MG // Patologia Médica I Luísa Trindade Vieira (@medstudydalu) – 72D Massa esbranquiçada Graus variáveis de ceratinização e formação de pérolas córneas carcinoma de células grandes claras e carcinomas de células grandes escuras). . Carcinoma de células pequenas: Constitui cerca de 20% dos tumores pulmonares malignos, sendo predominante em homens e na 6ª e 7ª década de vida e tem forte associação com o tabagismo, sendo altamente maligna e de pior prognóstico dentre as neoplasias pulmonares. DIAGNÓSTICO -> Paciente frequentemente já apresenta metástases linfonodais e na medula óssea. Além disso, esse tumor pode produzir e secretar diversos hormônios, produzindo diversas manifestações paraneoplásicas. MORFOLOGIA: Neoplasia de localização central, formada por células pequenas e uniformes, apresenta núcleo denso, redondo ou oval, cromatina difusa e citoplasma escasso. Macroscopicamente ele se apresenta esbranquiçado e com infiltração hilar. **Além desses tumores, não podemos deixar de abordar os tumores secundários -> vindos de outras neoplasias malignas!
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