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Aula 2 Sociologia (08-04)

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Aula 2 – Sociologia (08/04)
Capítulo 11 – Sociologia do Desenvolvimento
Capítulo 6 – Poder, política e Estado
Página 266 (leitura dos infográficos) e páginas 154 e 155 (leitura do tópico “Estado de bem-estar social”) do livro didático
Na última aula, vimos que nós vivemos em uma sociedade que possui uma economia de mercado, em que os empresários agem tentando maximizar, ou seja, aumentar o máximo possível seus lucros, em que as decisões sobre a produção de mercadorias são tomadas pelos próprios empresários e as variações nos preços das mercadorias obedecem às regras do próprio mercado. 
Vimos também que esse modelo de economia de mercado (ou economia capitalista) provoca, de tempos em tempos, crises econômicas que geram diminuição dos lucros, desemprego, perda da capacidade de consumo da população e aumento da miséria e pobreza.
Um dos exemplos citados na última aula foi o da crise econômica de 1929, que começou nos Estados Unidos. Vamos abrir o livro didático na página 266 e acompanhar pelo infográfico para entender como ocorreu essa crise.
A crise de 1929 foi uma crise de superprodução, ou seja, as fábricas produziram mais mercadorias do que as pessoas estavam dispostas a consumir. Segundo a lei da oferta e da procura, quando temos mais mercadorias sendo produzidas do que pessoas querendo compra-las, os preços caem e, assim, os lucros dos empresários diminuem. 
Para entender o restante dos acontecimentos que levaram a essa crise, é importante saber que grandes empresas, em geral, permitem que pessoas – ou até mesmo outras empresas – comprem suas ações, que podem ser definidas, de forma simplificada, como uma participação nos lucros e prejuízos da empresa. Por exemplo, se eu comprar um número x de ações de uma grande empresa, e ela obtiver lucro, eu receberei uma parte desses lucros, proporcionalmente a quantidade de ações que comprei. O mercado onde essas ações são compradas, vendidas e negociadas é chamado de “bolsa de valores”.
Ok, vamos voltar para a crise de 1929. As pessoas que tinham comprado ações dessas empresas que, agora, começavam a perder muito dos seus lucros, resolveram vender suas ações, para se livrarem do prejuízo. No entanto, ninguém queria compra-las. Isso fez com que o preço das ações caísse drasticamente e de forma muito rápida. Vários empresários que tinham seu dinheiro investido em ações perderam todo ou boa parte do seu dinheiro de um dia para o outro, uma vez que essas ações passaram a valer quase nada.
Com o empobrecimento repentino dos acionistas (pessoas que compram ações), em um momento em que as empresas já estavam perdendo seus lucros, várias destas empresas faliram. Falidas, várias empresas deixaram de pagar as dívidas que tinham com os bancos, o que levou à falência dos bancos, também. Acompanhando no infográfico, vemos que essa crise levou àquela cadeia de efeitos que vimos na última aula: demissão de funcionários, aumento do desemprego, miséria, perda do poder de compra da população e, com menos consumo, dificuldade de retomada dos lucros das empresas. Por fim, as empresas americanas retiraram os investimentos que tinham em outros países e, dessa forma, a crise se espalhou para diversos outros países.
Muitos economistas acreditam que as relações de produção, compra e venda, ou seja, o mercado, possui um jeito de funcionar que se autorregula, que resolve sozinho os problemas de desemprego, crise, perda de lucros que cria. Segundo essa visão, os problemas gerados em uma economia de mercado são controlados e corrigidos sozinhos pelo próprio mercado, desde que exista livre-concorrência, isto é, desde que as pessoas e empresas sejam livres para investir, vender, comprar e montar seus negócios sem interferências do Estado.
A crise de 1929 colocou essas certezas em questão. Começou-se a questionar se, de fato, seria possível ou desejável deixar que o mercado funcionasse sozinho. Assim, a partir da década de 1930, os Estados Unidos adotaram uma política econômica baseada nas ideias de um economista chamado John Mainard Keynes. Na página 155 do livro didático é possível encontrar uma breve apresentação do autor e como suas ideias foram colocadas em prática nesse contexto.
As ideias de Keynes, conhecidas como “keynesianismo”, tinham como ponto principal a noção de que mesmo uma economia de mercado, livre, ainda precisa de algumas interferências do Estado para corrigir problemas como esses que desencadearam a crise de 1929. Essas interferências se deram, principalmente, na forma de políticas sociais que garantiam a aposentadoria, educação, saúde, transporte... para a população. Por essa razão, o conjunto dessas políticas foi chamado de Estado de bem-estar social. Outra forma que essas intervenções do Estado na economia tomaram foram os investimentos em grandes obras públicas, que exigiam a contratação de muitas pessoas para trabalharem como mão-de-obra e resultavam, assim, numa massa de trabalhadores empregados, com renda, dispostos a consumir e, dessa forma, estimular a produtividade e os lucros das empresas. 
Nos Estados Unidos, essas políticas foram colocadas em prática a partir de 1930, com o presidente Franklin Roosevelt. Na década de 1960, porém, começaram a dar sinais de esgotamento e foram substituídas por políticas econômicas neoliberais. 
Atividade
1 – Explique, com suas palavras, como ocorreu a crise de 1929.
2 – O que é superprodução? Qual seu efeito sobre os preços das mercadorias?
3 – Explique o que defende a teoria econômica conhecida como “keynesianismo”.

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