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Introdução a gastroenterologia e exames complementares Rachell Mendes Muccini Gastroenterologia GASTROENTEROLOGIA ASTROENTEROLOGIA • Anomalias do desenvolvimento/ genéticas • Doenças motoras e mecânicas (dismotilidade) • Doenças inflamatórias: infecciosas ou autoimunes • Doenças vasculares • Doenças endócrinas e metabólicas • Doenças multifatoriais • Tumores (benignos, malignos, pólipos) • Doenças funcionais do TGI SINAIS E SINTOMAS NA GASTROENTEROLOGIA – NOMENCLATURAS • Disfagia: dificuldade de deglutir o alimento ingerido no trajeto da orofaringe • Odinofagia: dor percebida em região retroesternal durante ingestão de alimentos e deve-se a processos inflamatórios orofaríngeos ou esofágicos • Globus faríngeo: sensação de nó, bolo, aperto ou corpo estranho na garganta • Halitose: mau hálito • Azia: sensação de queimação retroesternal que se irradia do manúbrio do esterno à base do pescoço • Regurgitação: retorno de conteúdo ácido ou alimentos para a cavidade oral • Sialorreia: secreção excessiva de saliva • Borborigmo: ruído gorgolejante provocado pelo deslocamento de gases em meio líquido • Plenitude: sensação de empachamento pós prandial • Saciedade precoce: paciente se sente satisfeito antes de ingerir uma quantidade normal ou suficiente de alimentos • Prurido: sensação desagradável que gera o estímulo reflexo de coçar • Icterícia: coloração amarela de pele e mucosas que pode ser reconhecida com bilirrubinas totais> 2 mg% • Colúria: urina de coloração escura ou mais amarelada • Acolia fecal: fezes claras ou embranquecidas • Tenesmo: estímulo para defecação e saída de muco, pus ou sangue sem ou com pequena quantidade de fezes • Obstipação ou constipação: evacuações infrequentes ou grandes esforços defecatórios • Distensão abdominal: inchaço abdominal por gases • Flatulência: ato de flatar (eliminação de gases via retal) • Eructação: eliminação de gases pela boca -arroto • Diarreia: redução na consistência das fezes e aumento na frequência das evacuações • Disenteria: diarreia associada a perda de sangue, muco ou pus nas fezes • Hematêmese: vômitos com sangue que tem origem no trato gastrointestinal, acima do ângulo de Treitz • Melena: é o nome dado às fezes negras, habitualmente pastosas, e com odor muito forte (e cheiro de madeira molhada), que surgem nos sangramentos digestivos altos, geralmente acima do ângulo de Treitz. Apresentam sangue alterado pela flora intestinal (volume suficiente: 50- 100 ml) • Hematoquezia: presença de sangue de pequeno volume com cor vermelha viva misturado com as fezes (hemorroida, fistula, fissura, trombose hemorroidária, trauma local) • Enterorragia: é o nome dado à presença de sangue vivo em grande volume e habitualmente associado a dor abdominal. Neste caso, o paciente pode evacuar somente sangue, sem a presença de fezes (angiodisplasia, angiectasia, doença diverticular, colite inflamatória/ infecciosa) ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA Preparo: Jejum oral alimentar de 8h e por 2h de água Posição: Paciente em decúbito lateral esquerdo Introdução a gastroenterologia e exames complementares Rachell Mendes Muccini Gastroenterologia Sedação: tópica com Xylocaina spray (3-4mg/kg) + venosa: hipnóticos/ ansiolíticos (Midazolam, Diazepam, Propofol) e Opioides (Morfina, Meperidina, Fentanil) A combinação de medicação que utiliza é o hipnótico, ansiolítico com o opioide Ex.: Midazolam com Meperidina ou Midazolam com Fentanil • Caso o paciente tenha dificuldade para despertar ou tenha depressão respiratória, para reverter utilizar os antagonistas dos benzodiazepínicos (BZD: Flumazenil / Opióides: Naloxane) • Não existe antagonista para Propofol • O opioide é sempre na presença de outro médico (anestesista), pelo risco de depressão respiratória • Endoscopista sozinho não tem autorização para utilizar drogas que promovem a sedação profunda como o Propofol • Oxigênio úmido via cateter nasal de baixo volume (3-5 1) Pacientes com suspeita de relato de esvaziamento esofágico-gástrico: jejum oral (8-12h) • Megaesôfago • Presbiesôfago (peristalse) ou distúrbios de motilidade • Gastroparesia do diabético: alt. N vago • Complicações pós cirúrgicas com lesão de n vago INDICAÇÕES DE EDA • Dispepsia funcional • Disfagia • DRGE- ver indicações • Dor abdominal a /e – DUP / pós gastroplastia • Sintomas e/ ou sinais de alerta • Sangramento de origem obscura • Hemorragias digestivas e retirada de corpo estranho - EMER - emergencial após estabilização – mesmo assim tem que esperar 8h de jejum • Vômitos persistentes • Síndrome de má absorção intestinal • Polipose adenomatosa familiar • Confirmação de dg de lesões evidenciadas por outros métodos • Seguimento de lesões pré-malignas e pós gastrectomias CONTRAINDICAÇÕES DE EDA • Intolerância do paciente ou negação de fazer o exame • Suspeita ou confirmação de perfuração GI – risco de pneumo peritônio ou tórax e agravar mais • Descompensação cardíaca • Doenças pulmonares graves • Gestação – promove depressão respiratória, inclusive para o feto COLONOSCOPIA • Preparo do cólon: ambulatorialmente ou internado, o objetivo é que o paciente evacue líquido, amarelo claro sem resíduos • Véspera: dieta liquida sem resíduos + laxantes orais (Bisacodil) +dia do exame: solução laxativa: Manitol 10%, Polietilenoglicol (PEG), Lactitol etc. • Sedação aos cuidados da anestesiologia +O2 nasal úmido • Monitorização de SatO2 e FC CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS • Diverticulite aguda • Diagnostico ou suspeita de perfuração • Colite fulminante • O consentimento não obtido INDICAÇÕES DE COLONOSCOPIA Introdução a gastroenterologia e exames complementares Rachell Mendes Muccini Gastroenterologia • Investigação de melena após exclusão de HDA • Anemia ferropriva de causa desconhecida • Rastreamento e seguimento de neoplasia do cólon • Surgimento de pacientes com pólipos neoplásicos • Diarreia crônica de origem indeterminada • Tratamento de HDB Neoplasias: a partir de 50 anos, é um exame preventivo Pólipos não apresentam sintomas – adenoma pré neoplásico, ficar fazendo o rastreamento a depender do tamanho Se o exame for normal repetir com 5 anos Se tiver um pólipo fazer com 18 a 24 meses POLIPECTOMIA Pólipo grande utilizar hemoclipe IMPEDANCIO PHMETRIA DE 24H • Permite avaliar movimento anterógrado (transporte do alimento) e retrógrado (refluxo do alimento) • Avaliar a natureza física do material refluxado (gasoso, líquido) e química (ácido, não ácido) • Preparo: jejum alimentar 8h, sem sedação INDICAÇÕES • Padrão de referência, maior sensibilidade para identificar todos os episódios de refluxo, tanto os ácidos quanto os não ácidos • Pacientes sintomáticos mesmo em uso de anti secretores > refluxos não ácidos (30% dos casos) • Sintomas sugestivos de DRGE, mas com endoscopia e phmetria normais (suspender antissecretores) • Sintomas atípicos e supraesofágicos: tosse crônica ou eructações MANOMETRIA ESOFÁGICA DOENÇAS DIAGNOSTICADAS: • Acalásia • Espasmo esofagiano difuso Introdução a gastroenterologia e exames complementares Rachell Mendes Muccini Gastroenterologia • Esôfago em quebra nozes • Esfíncter inferior hipertenso • Distúrbios motores inespecíficos: motilidade esofagiana ineficaz Os sensores serão colocados no corpo e no esfíncter esofagiano inferior Engole 5 ml de água a cada 30 segundos mostrando as contrações As pressões no esôfago são convertidas em sinais elétricos transmitidos em tempo real ao software INDICAÇÕES: • Disfagia • Pré-operatório DRGE (com reconstrução do gastresofágico inferior) • Avaliação de disfagia pós-tratamento cirúrgico de acalásia CÁPSULA ENDOSCÓPICA • Imagens capturadas (até 3 fotos/segundo) transmitidospor radiofrequência para gravador (com o paciente) INDICAÇÕES • Sangramento gastrointestinal de origem indeterminada, incluindo anemia ferropriva • Suspeita de doença celíaca ou quando esta é refratária ao tratamento aplicado • Suspeita de tumores de intestino delgado • Vigilância nas síndromes polipoides, especialmente Peutz-Jegher CONTRAINDICAÇÕES • Obstrução de TGI • Fistula • Gravidez (radiofrequência) ECOENDOSCOPIA OU US ENDOSCÓPICO • Transdutor acoplado na ponta do endoscópio alto ou baixo • Obtenção de imagens ecográficas de alta resolução, definido com precisão camadas da parede do trato digestório • Órgãos avaliados: esôfago, estômago, reto, pâncreas, vias biliares e vesícula biliar INDICAÇÕES Estadiamento de neoplasias intraluminais gastrointestinais Avaliação de lesões submucosa, doenças pancreatobiliares, de afecções mediastinais, de lesões perianais, de lesões extra luminais, identificados por outros métodos de imagem Punção de cistos CPRE • Procedimento híbrido • Centros terceirizados: exame complexo, anestesia geral ou profunda • Principal indicação: coledocolitíase (S:>95%) Introdução a gastroenterologia e exames complementares Rachell Mendes Muccini Gastroenterologia INDICAÇÃO • Icterícia, icterícia com diagnóstico ou suspeita de obstrução biliar • forte suspeita de doença pancreática ou bilhar (história clínica, exames laboratoriais ou imagem) • Indicação de esfincterotomia endoscópica: coledocolitíase, estenose papilar ou disfunção do esfíncter de Oddi, síndrome de Sump, coledococele, carcinoma de papila em pacientes sem condições cirúrgicas, facilitar acesso ao ducto pancreático • Dilatação de estenoses biliopancreaticas • Colocação de próteses através de estenoses benignas ou malignas, fistulas, pacientes de alto risco com cálculos grandes não removidos AVALIAÇÃO DO ESFÍNCTER DE ODDI POR MANOMETRIA BILIAR • Avaliação pancreática de etiologia desconhecida, para definição da anatomia ductal, além de possível realização de manometria, esfincterotomia, caracterização da papila menor ou drenagem do ducto pancreático • Aquisição de amostras de tecidos ou fluidos dos ductos biliar ou pancreático • Tratamento de doenças do ducto pancreático • Drenagem de pseudocisto pancreático • Coledocoscopia ou pancreatoscopia para visibilização direta de lesões • Tratamento dos adenomas de papila Cateteriza a papila duodenal e o contraste sobem para via biliar Pâncreas com 2 ductos que se comunicam TRATAMENTO Primeira imagem as bolinhas brancas confirmam coledocolitíase, vai caracterizar a papila, vai fazer a papilotomia (abertura), para entrar com a pinça para retirar com a pinça, colocam próteses plásticas para permitir a passagem e a desobstrução mais rápida, depois coloca uma prótese metálica ou não.
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