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1 MARIA EDUARDA DE SÁ FARIAS-MAD Aula 28- Profa Clélia Amebíase INTRODUÇÃO Doença parasitária causada por um protozoário denominado de Entamoeba histolytica (agente etiológico) Ampla distribuição geográfica, principalmente em países que apresenta clima tropical ou subtropical Condições sanitárias que esses países apresentam 35-50 milhões de casos sintomáticos 55 mil mortes anualmente Problema de Saúde Pública Entamoeba histolytica x Entamoeba díspar: Elas foram consideradas por muito tempo como sendo uma única espécie. Mas com o número de casos de indivíduos assintomáticos, vários pesquisadores começaram a desconfiar que na verdade poderia haver a presença de duas espécies distintas, uma espécie patogênica responsável pelos casos sintomáticos e uma espécie não patogênica responsável pelos casos assintomáticos Só conseguia diferenciar essas espécies na M.O Elas são morfologicamente idênticas OMS- Doença infecciosa, parasitária que tem como agente etiológico a espécie Entamoeba histolytica (com aparecimento de manifestações clinicas ou não Mesmo outras espécies do gênero Entamoeba (E. hartamanni, díspar, coli, Endolimax nana e Iodamoeba butschlii), sendo capazes de habitar o intestino grosso do homem, mas elas não são capazes de invadir tecidos, de exercer suas atividades patogênicas e consequentemente levar o aparecimento de manifestações clinicas Apenas Entamoeba histolytica é capaz de invadir a mucosa intestinal e de determinar a amebíase A amebíase intestinal quando ocorre a nível intestinal Ou amebíase extra intestinal quando ocorre fora do intestino Pode viver como comensal no intestino do homem CLASSIFICAÇÃO Reino: Protista Sub-reino: Protozoa Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Sarcodina Ordem: Amoebidae Família: Entamoebidae MORFOLOGIA Trofozoito: Forma vegetativa, não consegue sobreviver por muito tempo fora do seu habitat normal. Só consegue sobreviver por volta de alguns minutos fora do seu habitat normal Pleomóficos, altera sua forma durante o seu ciclo evolutivo, porque estão constantemente emitindo pseudópodes Emissão de pseudópodes, para que eles possam se locomover e capturar seus alimentos Mede: 20 a 40m (minuta)/ 60m (magna) OBS: Trofozoitos invasivos –Magna é de Entamoeba histolytica Trofozoitos não invasivos – Minuta, pode ser de Entamoeba histolytica quando está vivendo de comensal e também pode ser de Entamoeba dispar Endoplasma- tem a presença de bactérias, vacúolos e o núcleo (do parasita) 2 MARIA EDUARDA DE SÁ FARIAS-MAD OBS: Esse núcleo quando corado é bem visível. Se apresenta por apresentar uma membrana delgada, cromatina periférica (distribuída uniformemente em grumos), cariossoma central. Núcleo com aparência de aliança de brilhantes OBS: Em alguns casos a cromatina do cariossoma central, ela pode se distribuir para a periferia, deixando assim o núcleo com aspecto de roda de carroça Ectoplasma- é claro (hialino) Consegue observar a espécie Entamoeba histolytica, na observação da imagem onde se tem a presença de eritrócitos e hemácias Cistos: Cistos jovem- com até 3 núcleos Cistos maduros- com 4 núcleos Os cistos maduros são capazes de transmitir a infecção Se caracterizam morfologicamente por serem esféricos ou arredondados Geralmente nos cistos jovem consegue observar a presença de uma maior quantidade de corpos cromatoideos (estrutura em formato de bastão), também é capaz de observar a presença de vacúolos de glicogênio E geralmente essa presença de vacúolos é mais frequente nos cistos jovens Nos cistos maduros, em geral, não é possível observar a presença de corpos cromatoides e pode ser de forma mais rara a presença de vacúolos de glicogênio Consegue sobreviver por 20 dias fora do habitat normal Formas intermediárias Metacisto- quando o indivíduo ele ingere os cistos, sejam eles de E. histolytica ou E. dispar, esses cistos vão passar pelo estômago, consegue alcançar o intestino delgado, final do intestino delgado, início do intestino grosso e nesses locais eles vão se romper. A parede cística vai se romper, liberando o conteúdo cístico (metacistico). Massa citoplasmática contendo 4 núcleos, porque é o conteúdo do cisto maduro. Esse conteúdo do cisto ele vai se dividir e vai originar 4 trofozoitos (trofozoitos metacisticos) e vão se dividir por divisão binária, originando novos trofozoitos. Vão migrar para o intestino grosso do hospedeiro, e vão colonizar esse intestino, vivendo aderidos a mucosa intestinal e podem ou não invadir a mucosa da parede intestinal e promover o aparecimento de manifestações clinicas Essa espécie E. histolytica, pode viver também como comensal, e E. dispar vive como comensal no intestino grosso do homem Quando esses trofozoitos eles se desprendem, eles estão sendo avisados que devem sofrer o encistamento, para isso eles vão sofrer desidratação, liberam uma substância que vai da origem a membrana cística. Então eles vão formar a forma pré- cisto ou cisto jovem, depois que esse núcleo sofrer divisões, ele vai da origem ao cisto maduro ASPECTOS BIOLÓGICOS 3 MARIA EDUARDA DE SÁ FARIAS-MAD E. histolytica, habita o intestino grosso do hospedeiro. Mas quando ela desenvolve o ciclo patogênico, pode invadir a mucosa intestinal, a submucosa intestinal, pode habitar então a parede intestinal. E quando os trofozoitos alcançam a circulação sanguínea, através da circulação porta, eles podem se dirigir para o fígado, e pode desenvolver a amebíase extraintestinal Pode habitar também outros órgãos de forma mais rara como, os pulmões, o cérebro, a pele, os rins CICLO BIOLÓGICO Ciclo não Patogênico A infecção se dá pela ingestão de cistos maduros de E. histolytica e E. dispar Esses cistos podem está presente nos alimentos, na água Esse indivíduo ao ingerir os cistos maduros, eles vão passar pelo estômago do hospedeiro e vão sobreviver a essa passagem. Mas quando eles chegam no intestino delgado, no final do intestino delgado e o início do intestino grosso, eles vão sofre o desencistamento (rompimento da membrana cística e a liberação do metacisto) O metacisto ele vai se dividir, originando 4 trofozoitos, cada um contendo um núcleo. E esses trofozoitos são chamados de trofozoitos metacisticos Os trofozoitos metacisticos irão sofrer divisão binária e irão da origem a mais 4 trofozoitos Totalizando inicialmente a formação de 8 trofozoitos metacisiticos Esses trofozoitos eles irão migrar para o intestino grosso do hospedeiro e irão continuar a sua multiplicação por divisão binária, com isso vão colonizar o intestino grosso do hospedeiro Nesse caso, eles vão viver como comensal no intestino grosso do hospedeiro, vão ficar aderidos a mucosa intestinal, mas não vão exercer mecanismos patogênicos Então os trofozoitos eles vão continuar se multiplicando por divisão binária no intestino grosso do hospedeiro e vão colonizar o intestino, vivendo aderido a mucosa intestinal desse individuo Com a resposta imunológica dele, com outros fatores como o Ph intestinal, e vários outros fatores, esses trofozoitos eles vão se desprender da mucosa intestinal. E quando eles se desprendem da mucosa intestinal, é sinal que eles devem sofrer o encistamento Eles vão sofrer uma desidratação, vão liberar uma substância que vai da origem a membrana cística, originando primeiro o cisto imaturo. Com a divisão nuclear esse cisto, vai se tornar maduro quando ele apresentar 4 núcleos 4 MARIA EDUARDA DE SÁ FARIAS-MAD Depois da formação do cisto maduro, eles serão eliminados para o meio externo atravésdas fezes desse hospedeiro Ciclo Patogênico Não ocorre o encistamento Se não ocorre o encistamento, não ocorre a formação de cistos, então o indivíduo que apresenta sintomatologia, 91% deles não apresenta cistos em seu material fecal Exclusivo de E. histolytica Ingestão dos cistos maduros de E. hitolytica, através da água e dos alimentos. Eles vão passar pelo estômago, vai chegar no final do intestino delgado, e início do intestino grosso Vão sofrer o desistenciamento, rompe a membrana cística, libera o metacistico Esse metacistico se divide, originando 4 trofozoitos Esses trofozoitos vão sofrer divisão binária, originando mais 4 e vão migrar para o intestino grosso do hospedeiro e continuam se multiplicando por divisão binária, colonizando o intestino Nesse caso, esses trofozoitos eles vão encontrar condições para invadir a parede intestinal Eles vão primeiro romper a camada de muco presente na mucosa intestinal, e eles vão sofrer uma adesão dos trofozoitos Eles vão invadir a mucosa intestinal e continuam se multiplicando na mucosa, na submucosa intestinal Não conseguem sofrer o encistamento Só 9% desses indivíduos conseguem liberar cistos no material fecal. Porque o indivíduo consegue com que o parasito desenvolva os dois ciclos simultaneamente Os trofozoitos que promovem lesão na parede intestinal, vão terminar a forma intestinal da amebíase Além disso, quando esses trofozoitos conseguem atravessar a mucosa intestinal e chegar aos vasos sanguíneos ou linfáticos, eles podem alcançar o fígado, através do sistema porta Quando chegam no fígado, eles vão determinar a amebíase extra intestinal A amebíase extra intestinal cursa, por um abcesso ou mais de um abcesso amebiano, localizado no tecido hepático Quando a rompimento desses abcessos, os trofozoitos podem alcançar cair no interstício, alcançar a circulação sanguínea e seguir para os pulmões E em casos mais raros, pode ocorrer também no cérebro, nos rins ou na pele PATOGENIA 5 MARIA EDUARDA DE SÁ FARIAS-MAD ASPECTOS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO CLÍNICO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 6 MARIA EDUARDA DE SÁ FARIAS-MAD DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO METÓDO DIRETO A FRESCO COLORAÇÃO PELO TRICÔMIO COLORAÇÃO PELA HEMATOXILINA METÓDO DE HOFFMAN,PONS E JANER 7 MARIA EDUARDA DE SÁ FARIAS-MAD METÓDO DE FAUST E COLS 8 MARIA EDUARDA DE SÁ FARIAS-MAD DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DIAGNÓSTICO MOLECULAR EPIDEMIOLOGIA Condições sanitárias e sócio- econômicas O Brasil apresenta distribuição variável Sul e Sudeste: 2,5 a 11% Amazônica: 19% Demais regiões: 10% Predomínio das formas não disentéricas e dos casos assintomáticos Região amazônica: formas disentéricas e abcessos hepáticos Portador assintomático- grande responsável PROFILAXIA Impedir contaminação fecal da água e de alimentos Medidas de saneamento básico Controle dos manipuladores de alimentos Evitar práticas sexuais que favoreçam o contato fecal-oral Investigação e tratamento da fonte de infecção 9 MARIA EDUARDA DE SÁ FARIAS-MAD TRATAMENTO
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