Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Desenvolvimento vascular O desenvolvimento dos vasos sanguíneos ocorre por dois mecanismos: • a vasculogênese, em que os vasos surgem pela coalescência dos angioblastos; Os grandes vasos, incluindo a aorta dorsal e as veias cardinais, são formados por vasculogênese. • a angiogênese, por meio da qual os vasos brotam de outros já existentes (ramificação). Vasculogênese Células do mesoderma do saco vitelino (17° dia) → recebe estímulos → Grupamentos celulares denominados HEMANGIOBLASTOS (progenitores hematopoiéticos e endoteliais) → ilhotas sanguíneas (junção de hemangioblastos) → células na periferia (células precursoras endoteliais) → células endoteliais especializadas → estímulo para as primeiras células vermelhas. Formação de ilhotas saguíneas. Todo o sistema é padronizado por sinais indicadores que envolvem o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF, do inglês vascular endothelial growth factor) e outros fatores de crescimento. As primeiras células-tronco hematopoiéticas que surgem no embrião são verdadeiramente pluripotentes e por isso podem dar origem a todos os tipos celulares encontrados no sangue. • Eritrócitos do saco vitelino colonizam o fígado • Em embriões são maiores do que nos adultos • Têm ciclo de vida menor (50 a 70 dias no feto versus 120 dias em adultos) • Isoforma fetal da hemoglobina (Hb fetal) → maior afinidade por O2 → colonização da medula óssea. No mesoderma esplâncnico intraembrionário não acontece muito a hematopoiese, (*exceto na região AGM) , sendo esses importantes para a formação de grandes vasos. Células endoteliais formam estruturas vesiculares, que se unem em longos tubos ou vasos, originando o sistema circulatório do embrião. Vasos são remodelados e expandidos por ANGIOGÊNESE. Rede de vasos sanguíneos cresce por ANGIOGÊNESE Brotamento e ramificação (intussuscepção) de vasos já existentes. Pesquisas → diferenciação do sistema arterial versus venoso. A identidade arterial ou venosa das células endoteliais é estabelecida bem no início de seu desenvolvimento, antes da angiogênese e antes do surgimento da circulação. Desenvolvimento do coração "O coração começa a bater entre os dias 22 e 23” Três sistemas de veias pareadas drenam para o coração primitivo: sistema vitelino → se torna o sistema porta; veias cardinais → formam o sistema cava; veias umbilicais → regridem após o nascimento Veja nesse vídeo como o batimento cardíaco é rápido: https://www.youtube.com/watch?v=xP7-iV7Iwd4 https://www.youtube.com/watch?v=xP7-iV7Iwd4 Sistema cardíaco • O sistema cardiovascular surge na metade da 3° semana de desenvolvimento • Função: Suprir necessidades embrionárias nutricionais e de oxigênio que antes era por difusão. • O coração é o primeiro órgão funcionalmente ativo 21° dia → batimentos cardíacos • 24°- 25° → bombeamento de sangue Coração bombeando sangue durante os eventos de morfogênese ORIGEM → mesoderma lateral + endoderma: esplancnopleura Corte transversal através de um embrião de idade semelhante mostrando a posição das células do PCC na camada esplâncnica do mesoderma. As células progenitoras cardíacas se encontram no epiblasto, imediatamente adjacentes à parte cranial da linha primitiva. De lá, elas migram através da linha primitiva para a camada esplâncnica do mesoderma da placa lateral, onde algumas formam um aglomerado celular em formato de ferradura chamado de área cardiogênica primária (ACP) ou primeiro campo cardíaco (PCC), cranial às pregas neurais. Essas células formam os átrios, o ventrículo esquerdo e parte do ventrículo direito. O resto do ventrículo direito e da via de saída (cone arterial e tronco arterioso ou arterial) é derivado do segundo campo cardíaco (SCC), que também contribui com células para a formação dos átrios na extremidade caudal do coração. Esse campo secundário de células está localizado no mesoderma esplâncnico ventral à faringe. Ilustração do SCC, que se encontra no mesoderma esplâncnico, na parte posterior da faringe. O SCC fornece as células que alongam os polos venoso e arterial do coração, que inclui parte do ventrículo direito e a via de saída (cone arterial e tronco arterioso), e átrios e seio venoso, respectivamente. Alterações no SCC provocam encurtamento da via de saída, resultando em defeitos desta região. Cordão cardiogênico porque está fechado. Esse cordão se canaliza formando o tubo endocárdico. Os hemangioblastos se juntam e formam como se fosse uma ferradura, Células mesodérmicas da linha primitiva migram para formar cordões pareados bilaterais do campo cardíaco primário. Ácido retinóico e serotonina → sinalização de migração para a formação do coração → lado esquerdo do coração . Excesso ou falta pode provocar Dextrocardia. Ácido retinóico→ Vitamina A é um tipo de ácido retinóico que é lipossolúvel, então a gente acumula no corpo e pode ter efeitos tóxicos, por isso que tem um controle muito rigoroso de quem toma Roacutan. Erros na migração dos hemangioblastos Hemagioma cavernoso → forma uma cavidade cheia de vasos Nevo flámeo → mancha em vinho do porto Dobramentos Cordão cardiogênico → tubo endocárdico → dobramento longitudinal (internaliza, deixando na região ventral- região torácica) → dobramento lateral (fusão dos tubos endocárdicos) → fusão das veias vitelínicas → coração primitivo. Durante o dobramento se o coração não vai para o lugar certo podemos ter ectopia cordis (coração fora da cavidade torácica), por isso o dobramento é tão importante , ver mais em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/1511 04_menina_coracao_lab Na fusão dos tubos endocárdicos teremos uma nova onda de proliferação celular, as células do mesoderma se junta com o endotélio e formam o miocárdio. Entre o miocárdio e o endocárdio existe uma geleia cardíaca, formando depois a camada subendocárdica. Miocárdio → vem dos mioblastos Endocárdio → ilhotas sanguíneas Formação de um tubo único e suas partes. https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151104_menina_coracao_lab https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151104_menina_coracao_lab Resumo esquemático Drenagem Venosa As veias cardinais constituem o principal sistema de drenagem venosa do embrião → vai se desenvolver em vv. braquiocefálicas; Veias cardinais anterior (região cefálica) + posterior (região caudal) = veia cardinal comum → no adulto formará a veia cava superior. Veias em pares; O saco vitelínico terá a veias vitelínicas, onde será formada a veia porta (sistema porta). Saco coriônico (placenta) originará as veias umbilicais→ SANGUE MUITO OXIGENADO O conjunto dessas veias = seio venoso Irrigação arterial Artérias dos Arcos Faríngeos e Outros Ramos da Aorta Dorsal As artérias dos arcos faríngeos, surgem do saco aórtico e terminam na aorta dorsal. Células da crista neural se separam em camadas do tubo neural e contribuem para a formação do trato de saída do coração e para as artérias do arco faríngeo. Inicialmente, as aortas dorsais pareadas correm através de todo o comprimento do embrião. Posteriormente, as porções caudais das aortas se fundem para formar uma única aorta torácica/abdominal inferior. Do restante da aorta dorsal pareada, a direita regride e a esquerda se torna a aorta primitiva. Artérias Intersegmentares → trinta ou mais ramos da aorta dorsal passam entre e transportam sangue para os somitos e seus derivados, se unem e formam: No pescoço: aa.vertebral; No tórax: aa. intercostais; No abdome: aa. lombares; 5° par das aa. intersegmentares lombares → aa. ilíacas comuns; Na região sacral: aa. sacrais laterais. Desenvolvimentodo seio venoso O seio venoso recebe sangue venoso oriundo dos seus cornos direito e esquerdo. Cada corno recebe sangue de três veias importantes: (1) da veia vitelina ou onfalomesentérica; (2) da veia umbilical; e (3) da veia cardinal comum. Junto com o seio venoso tem-se o átrio. O ventrículo primitivo e o bulbo cardíaco formarão os ventrículos do coração. Trato de saída: Tronco arterioso – Aorta e Troncopulmonar // Cone arterial –Via de saída Ventrículos Esse seio venoso formará no lado direito as VCI, VCS, e do lado esquerdo seio coronário. Formação da alça cardíaca Na quarta semana do desenvolvimento o coração tubular sofre um giro destro/ looping/ dobramento para a direita, formando uma alça D em forma de U (alça bulboventricular) que resulta em um coração com seu ápice voltado para a esquerda, o átrio fica na região mais cranial gerando assim os átrios e ventrículos primitivos. Algumas sinalizações defeituosas fazem com que o coração vire para outro lado (Dextrocardia). O orifício onde o sangue sai dos átrios e vai para os ventrículos é o que se chama de canal atrioventricular. O sangue então passa através do canal atrioventricular (AV) para o ventrículo primitivo. Quando o ventrículo contrai, o sangue é bombeado através do bulbo cardíaco e do tronco arterioso para o saco aórtico, do qual é distribuído para as artérias do arco faríngeo no arco faríngeo. O sangue então passa para a aorta dorsal para distribuição ao embrião, vesícula umbilical e placenta. Sangue → coração primitivo→ seio venoso → átrios → canal atrioventricular → ventrículos → bulbo cardíaco → tronco arterioso Formação dos septos cardíacos Septo atrioventricular: fica no meio do canal AV, não separa ventrículo esquerdo de direito, nem átrio D de E. Sangue → coração primitivo→ seio venoso → átrios → canal atrioventricular (septo AV) → ventrículos → bulbo cardíaco → tronco arterioso Proliferação de células do endocárdio = formação do septo AV. Ao final da quarta semana, se formam os coxins endocárdicos AV nas paredes dorsal e ventral do canal AV Os coxins endocárdicos AV se desenvolvem de uma matriz extracelular especializada (geleia cardíaca), assim como de células da crista neural. Conforme essas massas de tecido são invadidas por células mesenquimais durante a quinta semana, os coxins endocárdicos AV se aproximam e fundem-se, dividindo o canal AV em canais direito e esquerdo. Resumindo: endocárdio se prolifera → coxins endocárdicos → septo AV. Septação do Átrio Primitivo: Iniciando ao final da quarta semana, o átrio primitivo é dividido em átrio direito e esquerdo pela formação de, e subsequente modificação e fusão, dois septos: septum primum (óstio primário) e septum secundum (óstio secundário). Óstio primitivo é fechado e o secundário não. As veias cavas ficam no lado direito do coração então não se pode fechar totalmente o óstio. Até nascer teremos sangue do átrio direito indo para o lado esquerdo pelo forame oval, posteriormente será a fossa oval. Durante a circulação fetal terá um shunt: desvio do átrio direito para o esquerdo; Antes do nascimento, o sangue bem oxigenado é desviado do átrio direito através do forame oval para o átrio esquerdo, quando a pressão aumenta. Quando a pressão diminui no átrio direito, a valva do forame oval em forma de aba é pressionada contra o septum secundum relativamente rígido. Isto fecha o forame oval (imagem A). Após o nascimento, a pressão no átrio esquerdo aumenta conforme o sangue retorna dos pulmões. Finalmente, o septum primum é pressionado contra o septum secundum e se adere a ele, fechando permanentemente o forame oval e formando a fossa oval (imagem B). ¼ da população não fecha esse forame, tendo uma condição clínica chamada de forame oval patente. Se não fecha tem-se a CIA (comunicação interatrial). Formação da parte muscular e membranosa do septo IV Miócitos (músculos) dos ventrículos primitivos esquerdo e direito contribuem para a formação da porção muscular do septo interventricular. O forame geralmente se fecha ao final da sétima semana conforme as cristas neurais se fundem com os coxins endocárdicos. O fechamento do forame interventricular e a formação da porção membranosa do septo interventricular resultam da fusão de tecidos de três fontes: a crista bulbar direita (crista neural), a crista bulbar esquerda e o coxim endocárdico. Após o fechamento do forame interventricular e a formação da porção membranosa do septo interventricular, o tronco pulmonar está em comunicação com o ventrículo direito e a aorta se comunica com o ventrículo esquerdo. Problema: CIV (comunicação interventricular), transposição dos grandes vasos, tretalogia de Fallot ou pentalogia quando tem uma comunicação interatrial associada. Desenvolvimento dos coxins conotruncais e fechamento do forame interventricular. A combinação da proliferação dos coxins direito e esquerdo do cone com a proliferação do coxim endocárdico anterior fecha o forame interventricular e forma a parte membranosa do septo interventricular. A. Sexta semana (12 mm). B. Início da sétima semana (14,5 mm). C. Final da sétima semana (20 mm). "Tetralogia de Fallot. A, Classicamente, a tetralogia de Fallot é caracterizada por (1) estenose (estreitamento) do tronco pulmonar, (2) defeito do septo ventricular, (3) cavalgamento da aorta e (4) ventrículo direito aumentado. Um ducto arterioso patente também está presente. "Anomalias do trato de saída. A, B, Tronco arterioso persistente (mostrado em uma angiografia em B). A separação incompleta dos tratos de saída aórtico e pulmonar acompanha um defeito do septo ventricular quando o septo do trato de saída não se forma. C, D, A transposição das grandes artérias ocorre quando os vasos do trato de saída ventricular se situam em paralelo e não se conectam com seu vaso de saída adequado"- Anexos Resumão da felicidade
Compartilhar