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. 1 ITEP-RN 1. Documentos Médico-legais: tipos, conceitos, classificação e características.. ..................................... 1 Candidatos ao Concurso Público, O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom desempenho na prova. As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar em contato, informe: - Apostila (concurso e cargo); - Disciplina (matéria); - Número da página onde se encontra a dúvida; e - Qual a dúvida. Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. Bons estudos! 1374611 E-book gerado especialmente para PETRUCCIO TENORIO MEDEIROS . 1 Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br Documentos Médico-Legais É o meio através do qual a marcha e o resultado final de uma perícia médica chegam ao conhecimento da autoridade solicitante. O médico, como perito em saúde, tem fé de ofício, e, qualquer papel assinado pelo mesmo, é considerado como documento médico, estando sujeito ao segredo profissional e à responsabilidade médica. Quando passa a ter interesse para a Justiça (civil, criminal ou trabalhista), é denominado de documento médico-legal. Assim, denominam-se documentos médico-legais a simples exposição verbal e os instrumentos escritos por médicos objetivando elucidar a Justiça e servir pré-constituidamente para a prova ou de prova do ato neles representados. Observa-se, então, que os documentos médico-judiciários podem ser escritos ou verbais. Os documentos médico-judiciários ou médico-legais são basicamente de seis espécies: notificações, atestados, relatórios, pareceres, consultas e depoimentos orais. a) NOTIFICAÇÕES - As notificações são comunicações compulsórias às autoridades competentes de um fato médico sobre moléstias infectocontagiosas e doenças do trabalho, para que sejam tomadas as providências sanitárias, judiciárias ou sociais cabíveis. Embora se impute a todo ser humano, por dever de solidariedade, a notificação de doenças infectocontagiosas de que tenha conhecimento, e assim impedir o evento, só o médico que se omite, não havendo participação criminosa, comete o crime tipificado no art. 269 do Código Penal: “Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória”. Admite-se a participação criminosa se o médico se omite a pedido do doente maior e capaz ou de seu responsável (art. 29 do CP). Trata-se de deito especial, omissivo próprio, que ocorre na simples abstenção da atividade devida pelo profissional de Medicina. A inação non facere, o “deixar de comunicar” é que constitui o crime, sendo irrelevante a motivação do agente. O delito consuma-se na omissão daquele que, devendo e podendo atuar para evitar o evento lesivo no caso concreto, apesar de ser ele previsível, não o faz, por inércia psíquica, por preguiça mental, por displicência. Não se atribui a omissão à regra do sigilo profissional tutelada pelo art. 154 do Código Penal, pois o dever do médico guarda-lo não é absoluto, se há justa causa; o que a lei proíbe é a quebra do segredo profissional por maldade, jactância e simples leviandade e não a que, como na vertente, é praticada no exercício regular do direito (art. 146, § 3.°, do CP) ou de faculdade legal, objetivando a prestação da incolumidade pública, bem inestimável tutelado pelo Estado, cujo interesse prepondera sobre a liberdade individual. O art. 8.° da Lei n. 6.259, de 30 de outubro de 1975, regulamentada pelo Decreto n. 78.231 de 12 de agosto de 1976, estendeu a obrigatoriedade a outros profissionais de saúde no exercício da profissão, que não apenas o médico e o dever aos responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e ensino de denunciar casos suspeitos ou confirmado de doenças de notificação compulsória à autoridade pública. Todavia, crime só comete o médico, pois estão essas pessoas fora do alcance da lei penal, ficando elas somente sujeitas às sanções do regulamento. Para os efeitos da aplicação da Lei n. 6.259, de 1975, e do Decreto n. 12.984, de 15 de dezembro de 1978 (estadual), que aprova Normas Técnicas Relativas à Preservação da Saúde, constituem objeto de notificação compulsória as seguintes doenças relacionadas: I – em todo o Território Nacional: cólera, coqueluche difteria, doença meningocócica e outras meningites, febre amarela, febre tifoide, hanseníase, leishmaniose, oncocercose, peste, poliomielite, raiva humana, sarampo, tétano, tuberculose, varíola; II – em áreas específicas: esquistossomose (no Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco e Sergipe); filariose (exceto Belém e Recife); malária (exceto região da Amazônia Legal). 1. Documentos Médico-legais: tipos, conceitos, classificação e características. 1374611 E-book gerado especialmente para PETRUCCIO TENORIO MEDEIROS . 2 “Por qualquer meio pode ser feita a denúncia, devendo lançar-se mão naturalmente do mais seguro e rápido. Existem fórmulas impressas para esse fim, porém, não lhes está sujeito o médico. Sua comunicação poderá ser efetivada pessoalmente, por carta, telegrama, telefone, etc.” (E. Magalhães Noronha). Da mesma forma, também as doenças profissionais e as produzidas em virtude de condições especiais de trabalho são de notificação compulsória, de conformidade com instruções baixadas pelo Ministério do Trabalho (art. 169 da CLT). Igualmente, em caráter de emergência, o é toda morte encefálica comprovada em hospital público ou privado, de acordo com o art. 13 da Lei n. 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. E por fim, os crimes de ação pública (Lei de Contravenções Penais, art. 66). A notificação compulsória não mais se aplica aos viciados em substâncias capazes de determinar dependência física ou psíquica, conforme Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006. b) ATESTADOS - Denominados, também, certificados médicos, são a afirmação simples e redigida de um fato médico e de suas possíveis consequências. Classificam-se os atestados em oficiosos, administrativos e judiciários ou oficiais. Os primeiros são solicitados pelo interessado ou por seu representante legal, visa interesse privado para justificar ausência ao trabalho, às aulas, etc. Os atestados administrativos são os reclamados por autoridade administrativa para efeito de licenças, de aposentadorias ou abono de faltas, vacinações, etc. E finalmente, judiciários são os atestados que interessam à Justiça, requisitados sempre pelos juízes. Somente os atestados judiciários constituem documentos médico-legais. O Código de Ética Médica (CEM), no art. 112 e seu parágrafo único, diz: “É vedado ao médico deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando solicitado pelo paciente ou seu representante legal”. Parágrafo único: “o atestado médico é parte integrante do ato ou tratamento médico, sendo o seu fornecimento direito inquestionável do paciente, não importando em qualquer majoração dos honorários”. O atestado médico é documento que não exige compromisso legal; no entanto, nem por isso se faculta ao médico nele fitar inverdades, para evitar que se imputem ao profissional os delitos de Falsidade Ideológica e de Falsidade de Atestado Médico, conforme estabelecem respectivamente