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Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Apresentação de antígenos Figura 1.11, pág. 13, Imunologia de Janeway, 8 ed • O tecido infectado possui as características de uma inflamação: citocinas, patógenos – caso o dano venha de uma infecção, e células do sistema imune inato, exercendo diversas funções. • As células dendríticas, quando ativadas no tecido danificado, adquirem a capacidade de sair desse tecido e ir para órgãos linfoides secundários. Nesse órgão ela iniciará uma série de processos envolvidos com a imunidade adaptativa. A célula dendrítica é a principal, mas existem outras células do sistema imune que podem realizar essa função: ser estimuladas em locais de resposta inflamatória e transcrever as informações coletadas (nível de inflamação, tipo de infecção, duração...), levando-as em forma de sinais até os linfócitos T da imunidade adaptativa, em um processo chamado de Apresentação de antígenos. Slides Saúde e medicina. Disponível em < https://pt.slideshare.net/fabwild/transplantes-55137607> Representação do processo. • A APC (célula apresentadora de antígeno), comumente a célula dendrítica, apresenta ao linfócito T o antígeno, para que esse possa reconhecê-lo. O antígeno pode ser qualquer tipo de microrganismo, células do nosso corpo, antígenos ambientais etc. Contudo, apenas proteínas são apresentadas para os linfócitos T. Logo, embora o antígeno possa ser derivado de um patógeno complexo, a parte dele que será apresentada é sempre uma proteína, mais especificamente um peptídeo. • No desenho falta apontar que a mãozinha entre a célula apresentadora de antígeno e o antígeno equivale à proteína do MHC. Processamento do antígeno • Essa apresentação foi ¨descoberta¨ ao observar que os linfócitos T, ao entrar em contato com um microrganismo, não são capazes de interagir nem reagir de nenhuma maneira. O mesmo acontece ao colocar linfócitos T, microrganismos e células APC. • É preciso que o mecanismo se ligue à célula APC, seja endocitado por fagocitose ou pinocitose e comece a ser degradado pela célula APC. A partir do momento em que ele começa a ser degrada, a célula começa a apresentar pedaços desses microrganismos (peptídeos) na sua parte externa. Com isso, o linfócito T é capaz de interagir com a célula apresentadora e desencadear uma resposta. Esse processo dura em torno de 60 minutos. • Logo, linfócitos T só reconhecem antígenos após o processamento do material a ser apresentado. Vias • As duas vias de apresentação de antígenos são: a via do MHC de classe I e a via do MHC de classe II. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Figura 6.2, pág. 203, Imunologia de Janeway, 8 ed. • A via do MHC de classe I é responsável pela apresentação de patógenos citoplasmáticos/endógenos. Microrganismos ou proteínas derivadas que estejam no citoplasma são apresentadas a partir da via do MHC de classe I (o equivalente ao braço na charge). Neste caso, a degradação do antígeno acontece no citoplasma e ele é apresentado por proteínas de MHC de classe I. O linfócito T que reconhece esse tipo de antígeno é o T CD8. O efeito na célula que está apresentando o antígeno é a morte celular. Isso é essencial para as respostas contra vírus, patógenos e na resposta tumoral. • A via do MHC de classe II está relacionada com patógenos vesiculares ou extracelulares que são endocitados – mais especificamente os antígenos exógenos à célula que sofrem endocitose/fagocitose. Esses antígenos são degradados em fagolisossomos, por vesículas endocíticas cujas enzimas lisossomais são responsáveis pela quebra e digestão das proteínas para formação dos peptídeos. As moléculas envolvidas na apresentação são as proteínas de MHC de classe II. Os linfócitos que reconhecem essa apresentação são os linfócitos T CD4. Os efeitos na célula apresentadora são diversos. • É importante saber quais células podem realizar esse processo. No caso da via de MHC de classe I, qualquer célula nucleada pode apresentar esses antígenos (neurônios, células musculares, hepatócitos e etc. Apenas as hemácias não conseguem). A via de MHC classe II, apenas as células fagocíticas conseguem realizá-la (macrófagos, células dendríticas, epiteliais, linfócitos B e neutrófilos). Mas, o que é o MHC? • O MHC é chamado de complexo principal de histocompatibilidade. Ou seja, é o principal complexo relacionado com a compatibilidade entre tecidos. • Ele é um complexo de diferentes genes que vão codificar várias proteínas envolvidas não só com a apresentação de antígenos, mas também com a resposta inflamatória. Figura 6.14, pág. 218, Imunologia de Janeway, 8 ed Estrutura do MHC humano com o complexo gênico dividido em três classes: classe I, classe II e classe III. • O MHC humano tem a denominação HLA – ligantes de antígenos de leucócitos humanos. • Os genes que codificam as proteínas que apresentam antígenos são: no MHC de classe I, os genes A, B e C. Para a classe II, os genes DP, DQ e DR. Cada uma dessas ̈ caixinhas¨ codificam para uma proteína e/ou subunidade. • No classe II cada gene tem duas subunidades (alfa e beta) – DP e DQ, sendo que DR possui 3 subunidades (2 beta e um alfa). • A estrutura das proteínas do MHC: Figura 6.19, pág. 223, Imunologia de Janeway, 8 ed • O MHC de classe I é formada por uma única proteína alfa, que tem 3 subunidades. Possui uma Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez proteína acessória que não pertence a ela, chamada de beta-2-microglobulina. • O MHC de classe II é formado por duas proteínas (alfa, com 2 subunidades e beta, com 2 subunidades). • A parte em vermelho é onde o antígeno se liga, chamada de fenda. • São proteínas transmembranares (classe I com um domínio transmembranar e a classe II com 2). • O MHC é poligênico: vários genes podem expressar essas proteínas (no caso da classe I, os genes A, B e C; na classe II, vários genes podem produzir as subunidades, DR, DQ e DP). Isso não é normal, apenas para proteínas com diferentes funções. No caso do MHC, há mais de um gene que codifica a proteína com a mesma função ao mesmo tempo – uma proteína derivada de cada gene, sendo 6 no total (3 de cada). Figura 6.17, pág. 221, Imunologia de Janeway, 8 ed • Estrutura completa do MHC: Figura 6.15, pág. 219, Imunologia de Janeway, 8 ed O MHC de classe III não tem nenhuma proteína que apresenta antígenos. • O MHC é um conjunto de genes que são ativados durante a resposta inflamatória. Uma de suas funções é a apresentação de antígenos. Contudo, há várias proteínas envolvidas no processo, além das apresentadoras, como por exemplo: TNF- alfa, fator B do complemento, C4 do complemento... há vários genes importantes nesse complexo. • Além da poligenia, o MHC possui a característica de polimorfismo. Isso significa genes que possuem estruturas diferentes que condificam proteínas com a mesma função. • Em muitos casos, ocorre a inibição de um alelo, expressando só um do par. No caso do MHC, são expressos os dois alelos recebidos, tanto do pai quanto da mãe. Figure 5.13. Immunobiology, 5 ed (Garland Science). Demonstração dos genes de uma das moléculas de MHC. Quando ocorre a geração dos filhos, um alelo de cada vai ser transmitido. Isso gera variabilidade e combinações diferentes. Acaba gerando uma variabilidade muito grande no MHC, pois há alelos diferentes expressos ao mesmo tempo – que apresentam antígenos diferentes e a poligenia – pela qual todas as proteínas podem ser expressas através de genes distintos. • Juntando o polimorfismo e a poligenia, há a possibilidade de que: - Para proteínas de MHC de classe I, há a possibilidade deexpressar 6 diferentes proteínas na superfície (3 com uma parte da mãe e uma do pai). - 6 proteínas para o MHC de classe II. Uma do gene DP, uma do gene DQ e uma do gene DR, os quais vem da mãe e do pai). Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez • Logo, com a junção dessas características, são geradas proteínas que apresentam uma variedade de antígenos em cada uma das células (nucleadas classe I e fagocíticas classe II). Figura 6.17, pág. 221, Imunologia de Janeway, 8 ed • Isso se relaciona ao fato que as moléculas de MHC são extremamente importantes para conseguir desenvolver uma resposta imune. • A apresentação de antígenos é o momento em que a imunidade inata informa à imunidade adaptativa quais são os tipos de resposta específicos que precisam acontecer. Figura 6.19, pág. 223, Imunologia de Janeway, 8 ed • Na fenda no MHC existem diversos pontos de contato entre antígenos e o MHC. Se a molécula de MHC é diferente, os pontos de contato serão diferentes. Com isso, diferentes antígenos se ligam. • Logo, é essencial a variabilidade de MHC. Se não, com os antígenos impossibilitados de se ligar, o sistema imune não teria resposta para o antígeno que está infetando. • Esses diferentes formatos e capacidade de antígenos gerou uma pressão natural para seleção dessas moléculas. SO polimorfismo se acumularam na população humano pela importância dessas proteínas em atuar no combate/controle de resposta imune efetiva. Figura 6.16, pág. 220, Imunologia de Janeway, 8 ed Quantitativo de alelos existentes para MHC na população. • Essa variedade faz com que seja muito difícil que duas pessoas tenham os alelos de MHC iguais. Importante ressaltar que essa variabilidade genética não muda sua função, apenas quais antígenos ela apresentará. Apresentação – via MHC classe II • As proteínas de MHC de classe II são produzidas no RE e direcionadas à membrana plasmática através do complexo de golgi – por meio de um compartimento endossomal celular. Figura 6.12, pág. 213, Imunologia de Janeway, 8 ed • Essa proteína de MHC classe II (azul e amarela na imagem) para se manter inserida na membrana precisa ser estabilizada, pois é uma proteína muito instável. Para que isso ocorra, ela precisa ter alguma estrutura ligada constantemente na fenda de ligação ao antígeno. No RE, a proteína cadeia invariante forma um complexo com a molécula de MHC, bloqueando a ligação de outros peptídeos e proteínas, além de permitir a estabilização para que a proteína possa seguir em direção à membrana. • No caminho da vesícula até a membrana ocorre a acidificação endossomal, a qual vai promover a Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez clivagem da cadeia invariante, restando na fenda apenas uma proteína CLIP – essa proteína mantem a estabilidade, • Ocorre também muita fusão endossomal – endossomas e exossomas se fundem, gerando a possível fusão de um endossoma fagocitado com uma vesícula contendo as moléculas de MHC classe II. Quando acontece essa fusão, é gerada uma competição: peptídeos produzidos pelo processo de degradação do conteúdo fagocitado vão disputar a ligação ao MHC com a proteína CLIP. Se esses peptídeos tiverem uma maior afinidade à molécula de MHC classe II, vão se ligar a ela e o CLIP será liberado. Esse processo ocorre com o auxílio de uma molécula codificada pelo MHC, a HLA-DM. Essa molécula facilita o processo de competição, pois permite a abertura da fenda para liberação de CLIP e uma nova ligação com peptídeos de maior afinidade. • Uma vez totalmente estabilizada, com o peptídeo ligado, a MHC se estabelece na membrana. • Se não ocorrer a ligação do peptídeo à fenda, que permita que esse MHC apresente o peptídeo exógeno que foi fagocitado, a molécula será reciclada para um novo processo de apresentação ou será degradada para formar aminoácidos. • Apenas células fagocíticas fazem esse processo: macrófagos, células dendríticas, células epiteliais, linfócitos B e neutrófilos (nem sempre). • Quem faz o processo do antígeno para que pequenos fragmentos peptídeos possam ser apresentados pelo MHC de classe II é o compartimento fagolisossomal. Figura 6.9, pág. 211, Imunologia de Janeway, 8 ed • É possível observar uma partícula sendo endocitada. Essa partícula pode ser uma proteína, complexo fragmento de microrganismo ou inclusive um microrganismo inteiro. • Após a endocitose, esse organismo se funde a lisossomos e as proteases lisossomais são ativadas, digerindo o material endocitado. • Essas vesículas se fundem entre si e com outras vesículas. Algumas das vesículas fusionadas são as que contêm a molécula de MHC classe II, que se encontram fazendo tráfego vesicular naquela célula. Apresentação via MHC classe I • As moléculas de MHC classe I também são produzidas no retículo endoplasmático. Assim como as moléculas de MHC classe II, precisam ser direcionadas para a membrana através de uma vesícula. Figura 6.5, pág. 207, Imunologia de Janeway, 8 ed • Ela sai do retículo endoplasmático com o antígeno ligado. • Para se tornar estável, precisa de proteínas acessórias que mantenham sua estabilidade. • São diversas proteínas. Por exemplo, a beta2m faz parte do complexo, mas não é uma proteína do MHC. Forma-se um grande complexo ligado à MHC. • Enquanto um antígeno não se ligar à fenda para estabilizá-la, ela continuará presa no retículo. • O complexo proteico tem duas funções: manter a MHC estável e aproximá-la da TAP. A TAP são 2 proteínas que formam um canal proteico na membrana do RE, o qual seleciona e bombeia peptídeos (fragmentos de proteína) para dentro do retículo endoplasmático. Esses fragmentos se encontram no citoplasma. A TAP bombeia apenas fragmentos com o tamanho adequado para se ligar ao MHC de classe I. • Uma das principais fontes de peptídeos desse tamanho é o proteossomo – complexo proteico responsável pela reciclagem de proteínas Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez citoplasmáticas, que foram clivadas por diversos motivos. • Como o TAP está muito perto da MHC, os peptídeos rapidamente interagem com ela. Se forem altamente afins, estabiliza completamente a molécula, a qual se solta de todas as outras proteínas e é direcionada à membrana. Em infecções virais: normalmente os vírus pegam a maquinaria celular de síntese proteica da célula e produzem apenas partículas virais, gerando muitas partículas virais degradadas por proteassomos, as quais serão apresentadas ao MHC na tentativa de reconhecimento que a célula está infectada. Isso acontece na tumoração também. • Todas as células nucleadas fazem esse processo, pois todas são capazes de ser infectadas por um vírus, virar célula tumoral... é importante que todas tenham esse mecanismo. A apresentação de antígenos não é apenas associada a infecção. Todas as células nucleadas do corpo apresentam moléculas MHC o tempo inteiro. Elas podem estar com fragmentos típicos de proteínas normais recicladas. A molécula de MHC pode ser um padrão molecular de dano, dependendo de sua quantidade expressa. Complexo MHC+peptídeo ou p:MHC • O complexo formado pelo MHC + o peptídeo é chamado de p:MHC. Esse é o antígeno que o linfócito T reconhece. Figura 1.16, pág. 17, Imunologia de Janeway, 8 ed • O linfócito T reconhece o antígeno através do receptor TCR. O antígeno é o conjunto da molécula de MHC + o peptídeo que está sendo apresentado. • Esse peptídeo pode ser derivado de qualquer pedaço de qualquer proteína do antígeno principal. Esse pedaço é chamado do epítopo – local específico onde o linfócito T vai interagir. Ex: a bactéria inteira é o antígeno, mas o epítopopode ser qualquer pedaço de proteína daquela bactéria. • Lista das células que apresentam moléculas de MHC: Figura 4.27, pág. 151, Imunologia de Janeway, 8 ed Células dentríticas • Também chamadas de células apresentadoras de antígeno profissionais. • São estruturadas para ter como principal função a apresentação de antígeno. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Figura 9.9, pág. 343, Imunologia de Janeway, 8 ed • Visualização da célula dendrítica na periferia (todo tecido que não é linfóide). Nessa região são chamadas de células dendríticas imaturas. Estão esticadas e em todos os pontos de contato possíveis fará endocitose. Possui extrema capacidade endocítica e baixa capacidade de apresentação de antígenos, pois expressam poucas moléculas de MHC. • Com o reconhecimento de padrões moleculares, a célula começa o processo de maturação – começa a ser estimulada pelas citocinas e pelo sistema complemento, a fagocitar o patógeno... é completamente ativada e a maturação começa com o processo de migração para vasos linfáticos. • Essa célula perde a capacidade de se manter ligada à matriz extracelular do seu tecido originário. Ela será absorvida junto ao edema gerado a partir da inflamação pela linfa. Por meio dessa, chegará aos órgãos linfoides secundários. • Nos vasos linfáticos: assume uma conformação mais esférica. Começa a aumentar a expressão de moléculas de MHC na membrana e a reduzir os processos de endocitose quase completamente. Começam a se preparar para tornar-se boas apresentadoras de antígenos. • Ao chegar no linfonodo ou outro órgão linfoide secundário, como baço e órgãos linfoides associados a mucosa, ela se estica e liga na matriz extracelular desse órgão, se estendendo o máximo possível – para aumentar a superfície de contato com os linfócitos T. Os linfócitos T começam a se ligar a ela, interagindo com ela e reconhecendo os antígenos. • No linfonodo vai expressar uma grande quantidade de moléculas de MHC do tipo I e II. • A célula dendrítica não permanece no tecido. Saem do tecido, mudando suas características ao longo da migração e aumentando sua capacidade de expressar MHC e consequentemente de apresentar antígenos. Migração de células dendríticas Figura 9.13, pág. 346, Imunologia de Janeway, 8 ed • Fundamental para que ela seja a célula apresentadora de antígeno profissional. • Ela sai do tecido e vai para os órgãos linfoides secundários. • Os padrões moleculares associados a patógenos induzem a produção de citocinas em várias células do sistema imune, as quais estimulam aa células dendríticas para que ocorra sua ativação, junto com o sistema complemento. Esse conjunto de estímulos e informações leva a célula a se tornar ativa e começar o processo de maturação - o qual começa com a saída da célula do tecido através de um vaso linfático. • Ela entra no sistema linfático e adquire a capacidade de se ligar à matriz extracelular e ao parênquima de órgãos linfoides. Vão se estabelecer em órgãos linfoides secundários, mais especificamente na área de linfócitos T para apresentar antígenos. Maturação de células dendríticas • Característica fundamental para definir o processo de antígeno por células dendríticas, que Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez ocorre durante o processo de maturação das células dendríticas. • A maturação envolve um aspecto principal: a capacidade de aumentar a apresentação de antígenos. • Envolve ter mais moléculas de MHC e a diminuição da capacidade fagocítica Figura 9.11, pág. 345, Imunologia de Janeway, 8 ed • Comparação de uma célula imatura nos tecidos periféricos e uma célula dendrítica em um órgão linfoide. • Modificação em relação a moléculas de adesão, perda de receptores de quimiocinas... • A proteína B7.1 (e a B7.2) são importantes. • Essa proteína B7 sinaliza para o linfócito T que a célula dendrítica é uma célula madura. Figure 8.16. Immunobiology, 5 ed. (Garland Science). • Primeira situação: a célula dendrítica entra em contato com uma proteína não bacteriana. Isso significa que ela não foi estimulada em um ambiente infeccioso (se não há patógeno, não há inflamação/infecção, logo não há dano). Quando acontece de células dendríticas não estimuladas interagirem com o linfócito T, elas podem até ter a molécula de MHC classe II com peptídeo, no entanto, ela não tem a molécula da família B7 (células dendríticas imaturas não a expressam). Portanto, não são capazes de estimular o linfócito T. • Quando um linfócito T reconhece moléculas na ausência de B7, tornam-se células anérgicas – não poderá ser ativado nunca mais. Evita respostas autoimunes. • Segunda situação: há uma infecção. A célula dendrítica é estimulada pela infecção e todo o processo inflamatório. Quando ativada, será capaz de expressar B7 e enviar o sinal derivado do reconhecimento de antígeno bacteriano para que o linfócito T o reconheça. Receberá o sinal da proteína B7, que confirma a presença de infecção, inflamação, dano... Se houver muitos B7 expressos, significa que a inflamação é muito intensa. Com isso, o linfócito vai se diferenciar e proliferar. Sinapse imunológica • É o local/microambiente de contato entre a célula apresentadora de antígeno e o linfócito T. Figura 9.31, pág. 368, Imunologia de Janeway, 8 ed • Visão do linfócito T no local da apresentação. Expressão de proteínas marcadas por fluorescência. É possível observar dois anéis (vermelho e verde) • Esses anéis são chamados de pSMAC (periférico) e cSMAC (central). No anel central estão localizadas as principais moléculas responsáveis Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez pelo processo de apresentação de antígenos (TCR, CD4/CD8, CD28 e o p:MHC). As moléculas de adesão estão associadas ao pSMAC. Figure 1. Huppa, J., Davis, M. T-cell-antigen recognition and the immunological synapse. Nat Rev Immunol 3, 973–983 (2003). https://doi.org/10.1038/nri1245. • Visão da interação. A região no meio é a do anel central, que possui os receptores. Na periferia, é o anel pSMAC, onde estão as moléculas que promovem adesão entre o linfócito T e a célula apresentadora de antígeno – permitindo que as interações menos intensas possam acontecer. • Ocorre um processo de polarização nessas células. Só há expressão das moléculas em uma área. Isso significa que as proteínas que se encontravam na superfície como um todo migraram para a região específica da sinapse imunológica. Até a síntese de citocinas passa a ocorrer nessa região. A propensão genética a desenvolver alergias está relacionado com MHCs que dão maior propensão por expressar em maior quantidade esse composto. Isso acontece com tumores, doenças etc.
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