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Desenho Tecnico - Mecanica de Manutenção 2017

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DDEESSEENNHHOO
TTÉÉCCNNIICCOO
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ANIELO GRECO
DIVINÓPOLIS
2005
PPrreessiiddeennttee ddaa FFIIEEMMGG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Diretor Regional do SENAI e
Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Alexandre Magno Leão dos Santos
Gerente de Educação e Tecnologia
Edmar Fernando de Alcântara
Elaboração
Equipe Técnica - SENAI Divinópolis
Unidade Operacional
CFP-AnG
Sumário
PRESIDENTE DA FIEMG.................................................................................................................. 2
APRESENTAÇÃO............................................................................................................................ 5
1- INTRODUÇÃO. ............................................................................................................................ 6
2- FORMATOS PADRONIZADOS DE PAPEL. ............................................................................. 12
3- MARGENS. ................................................................................................................................ 14
4- LEGENDA. ................................................................................................................................. 15
5- CALIGRAFIA TÉCNICA............................................................................................................. 16
6- IDENTIFICAÇÃO DE LINHAS. .................................................................................................. 18
7- IDENTIFICAÇÃO DE VISTAS.................................................................................................... 19
8- SUPRESSÃO DE VISTAS. ........................................................................................................ 44
9- IDENTIFICAÇÃO E LEITURA DE COTAS, SÍMBOLOS E MATERIAIS. .................................. 46
10- REGRAS DE COTAGEM. ........................................................................................................ 47
11- COTAGEM DE DETALHES. .................................................................................................... 53
12- SÍMBOLOS E CONVENÇÕES................................................................................................. 55
13- SÍMBOLOS EM MATERIAIS PERFILADOS. .......................................................................... 56
14- CONVENÇÕES PARA ACABAMENTO DE SUPERFÍCIES. .................................................. 56
15- INDICAÇÃO DE ESTADO DE SUPERFÍCIE. .......................................................................... 60
16- ESCALA. .................................................................................................................................. 65
17- PERSPECTIVA. ....................................................................................................................... 66
18- CORTES................................................................................................................................... 71
19- HACHURAS. ............................................................................................................................ 74
20- LINHA DE CORTE. .................................................................................................................. 75
21- CORTE TOTAL. ....................................................................................................................... 76
22- MEIO CORTE. .......................................................................................................................... 77
23- CORTE PARCIAL. ................................................................................................................... 78
24- SEÇÕES................................................................................................................................... 79
25- RUPTURAS.............................................................................................................................. 80
26- OMISSÃO DE CORTE. ............................................................................................................ 81
27- VISTA AUXILIAR. .................................................................................................................... 84
28- VISTA AUXILIAR SIMPLIFICADA........................................................................................... 88
29- ROTAÇÃO DE DETALHES OBLÍQUOS. ................................................................................ 90
30- VISTAS PARCIAIS................................................................................................................... 91
31- CONJUNTOS MECÂNICOS. ................................................................................................... 93
32- REPRESENTAÇÃO DE CONJUNTOS MECÂNICOS........................................................... 104
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................ 106
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
5
Apresentação
“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do
conhecimento.“
Peter Drucker
O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os
perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.
O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disto, e,
consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito
da competência: ”formar o profissional com responsabilidade no processo
produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos
aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da
necessidade de educação continuada.”
Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento , na sua área
tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se
faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia,
da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão
importante quanto zelar pela produção de material didático.
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos , nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
Gerência de Educação e Tecnologia
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
6
11-- IInnttrroodduuççããoo..
OO qquuee éé ddeesseennhhoo ttééccnniiccoo??
Quando alguém quer transmitir um recado, pode utilizar a fala ou passar
seus pensamentos para o papel na forma de palavras escritas. Quem lê a
mensagem fica conhecendo os pensamentos de quem a escreveu. Quando
alguém desenha, acontece o mesmo: passa seus pensamentos para o papel na
forma de desenho. A escrita, a fala e o desenho representam idéias e
pensamentos. A representação que vai nos interessar neste momento é o
desenho.
Desde épocas muito antigas, o desenho é uma forma importante de
comunicação. E esta representação gráfica trouxe grandes contribuições para a
compreensão da História, porque, por meio dos desenhos feitos pelos povos
antigos, podemos conhecer as técnicas utilizadas por eles, seus hábitos e até
suas idéias.
As atuais técnicas de representação foram criadas com o passar do tempo,
à medida que o homem foi desenvolvendo seu modo de vida, sua cultura. Veja
algumas formas de representação dafigura humana, criadas em diferentes
épocas históricas.
Desenho das cavernas de Skavberg (Noruega) do período Mesolítico (6000-4500
a.C.). Representação esquemática da figura humana.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Representação egípcia do túmulo do escriba Nakht, século XIV a.C.
Representação plana que destaca o contorno da figura humana.
Nu, desenhado por Miguel Ângelo Buonarroti (1475-1564). Aqui, a representação
do corpo humano transmite a idéia de volume.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Estes exemplos de representação gráfica são considerados desenhos
artísticos. Embora não seja artístico, o desenho técnico também é uma forma de
representação gráfica usada, entre outras finalidades, para ilustrar instrumentos
de trabalho, como máquinas, peças e ferramentas. E este tipo de desenho
também sofreu modificações, com o passar dos tempos.
QQuuaaiiss aass ddiiffeerreennççaass eennttrree oo ddeesseennhhoo ttééccnniiccoo ee oo ddeesseennhhoo aarrttííssttiiccoo??
O desenho técnico é um tipo de representação gráfica utilizado por
profissionais de uma mesma área, como por exemplo, na mecânica, na
marcenaria, na eletricidade. Vamos conhecer as principais características entre
desenho técnico e artístico, observando as seguintes figuras.
Cabeça de Criança, de Rosalba Carreira (1675-1757).
Paloma, de Pablo Picasso (1881-1973).
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Estes são exemplos de desenhos artísticos. Os artistas transmitiram suas
idéias e seus sentimentos de maneira pessoal. Um artista não tem o compromisso
de retratar fielmente a realidade. O desenho artístico reflete o gosto e a
sensibilidade do artista que o criou.
Já o desenho técnico, ao contrário do artístico, deve transmitir com
exatidão todas as características do objeto que representa. Para conseguir isso, o
desenhista deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de normas
técnicas. Assim, todos os elementos do desenho técnico obedecem a normas
técnicas, ou seja, são normalizados. Cada área ocupacional tem seu próprio
desenho técnico, de acordo com as normas específicas. Observe alguns
exemplos.
Desenho técnico de arquitetura.
Desenho técnico de marcenaria.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
10
Desenho técnico mecânico.
Nestes desenhos, as representações foram feitas por meio de traços,
símbolos, números e indicações escritas, de acordo com as normas técnicas.
No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas).
CCoommoo éé eellaabboorraaddoo uumm ddeesseennhhoo ttééccnniiccoo..
Às vezes, a elaboração do desenho técnico mecânico envolve o trabalho
de vários profissionais. O profissional que planeja a peça é o engenheiro ou
projetista. Primeiro ele imagina como a peça deve ser, depois representa suas
idéias por meio de um esboço, isto é, um desenho técnico à mão livre. O esboço
serve de base para a elaboração do desenho preliminar. O desenho preliminar
corresponde a uma etapa intermediária do processo de elaboração do projeto,
que ainda pode sofrer alterações.
Depois de aprovado, o desenho que corresponde à solução final do projeto
será executado pelo desenhista técnico. O desenho técnico definitivo, também
chamado de desenho para execução, contém todos os elementos necessários à
sua compreensão. O desenho para execução, que tanto pode ser feito na
prancheta como no computador, deve atender rigorosamente a todas as normas
técnicas que dispõem sobre o assunto.
O desenho técnico mecânico chega pronto às mãos do profissional que vai
executar a peça. Este profissional deve ler e interpretar o desenho para que
possa executar a peça. Quando o profissional consegue ler e interpretar
corretamente o desenho técnico, ele é capaz de imaginar exatamente como será
a peça, antes mesmo de executá-la. Para tanto, é necessário conhecer as normas
técnicas em que o desenho se baseia e os princípios de representação da
geometria descritiva.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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GGeeoommeettrriiaa ddeessccrriittiivvaa:: aa bbaassee ddoo ddeesseennhhoo ttééccnniiccoo..
O desenho técnico, tal como nós o entendemos hoje, foi desenvolvido
graças ao matemático francês Gaspar Monge (1746-1818). Os métodos de
representação gráfica que existiam até aquela época não possibilitavam transmitir
a idéia dos objetos de forma completa, correta e precisa.
Monge criou um método que permite representar, com precisão, os objetos
que tem três dimensões (comprimento, largura e altura) em superfícies planas,
como por exemplo, uma folha de papel, que tem apenas duas dimensões
(comprimento e largura), se desconsiderarmos a sua pequena espessura.
Este método que passou a ser conhecido como método mongeano, é
usado na geometria descritiva, e os princípios da geometria descritiva constituem
a base do desenho técnico. Veja a seguinte ilustração.
Representação de um objeto de acordo com os princípios da geometria descritiva.
À primeira vista pode parecer complicado, mas não se preocupe.
Acompanhando atentamente nossos estudos você será capaz de entender a
aplicação da geometria descritiva no desenho técnico.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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22-- FFoorrmmaattooss ppaaddrroonniizzaaddooss ddee ppaappeell..
A norma brasileira NBR 10068 recomenda o uso dos formatos da série A,
que tem como máximo o formato A0 (1189 x 841 mm) e como mínimo, o formato
A4 (210 x 297 mm). A partir dos cortes sucessivos no formato A0, obtém-se os
tamanhos menores na série.
Veja nas figuras seguintes que a maior dimensão de um determinado
formato corresponde a menor dimensão daquele que lhe é imediatamente
superior e vice-versa.
EExxeemmpplloo:: lado maior do A1 = lado menor do A0.
Os lados de um formato qualquer guardam entre si a mesma razão que
existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal.
 
As áreas dos formatos derivados são múltiplos ou submúltiplos da área do
formato básico (1 m2). Cada formato é representado pelas dimensões de seus
lados em milímetros ou pelo respectivo símbolo.
DDoobbrraammeennttoo ddaa ffoollhhaa..
Sendo necessário o dobramento de folhas, o formato final deve ser o A4,
de mode a deixar visível o quadro destinado à legenda e facilitar o arquivamento
em pastas.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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O dobramento das folhas pode ser efetuado da seguinte maneira.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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OObbsseerrvvaaççããoo:: certos tipos de desenhos, por suas proporções, poderão melhor se
acomodar em formatos especiais, que são obtidos pela adição ou pela supressão
de módulos de dobraduras.
33-- MMaarrggeennss..
O espaço de utilização do papel fica compreendido por margens que
variam de dimensões, dependendo do formato do papel usado. A margem da
esquerda deve ser de 25 mm conforme a seguinte figura.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Em seguida são apresentadas tabelas comos valores de formatos de
papel padronizados e suas respectivas margens.
44-- LLeeggeennddaa..
Toda folha desenhada deve ter, no canto inferior direito, um quadro
destinado à legenda, constando no mesmo além do título do desenho, as
indicações necessárias à sua interpretação.
Na legenda devem constar as seguintes indicações, além de outras
julgadas convenientes: nome da repartição, firma ou empresa; título do desenho;
escalas; unidades em que são expressas as dimensões; número da folha para
classificação e arquivamento; datas e assinaturas dos responsáveis pela
execução; verificação e aprovação; indicação de substituição quando for o caso.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Lista de peças, relação de materiais, descrição de modificações e
indicações suplementares quando necessárias, devem ser colocadas
normalmente acima da legenda. Observe as seguintes figuras.
55-- CCaalliiggrraaffiiaa ttééccnniiccaa..
Na maior parte das legendas dos desenhos técnicos empregam-se letras
de traço simples, de rápida execução e bem legíveis. O traçado destas letras
pode ser vertical ou com inclinação para a direita de 65 a 75º com a horizontal,
executado à mão livre ou com auxílio de instrumentos.
Nossa imperfeita percepção visual produz deformações, fazendo por
exemplo, com que uma linha horizontal situada no meio de um retângulo aparenta
estar mais abaixo. Por isso, as letra B, E, K, S, X, A e os números 3 e 8 deverão
sempre ser desenhados com a parte superior menor que a inferior.
O primeiro requisito para o traçado das letras é a forma correta de segurar
o lápis ou a lapiseira. A pressão deve ser firme e uniforme sobre o lápis.
As linhas horizontas e oblíquas são traçadas da esquerda para a direita, e
as verticais, de cima para baixo. Observe as seguintes figuras.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Correto posicionamento e traçado com a lapiseira.
As letras e os algarismos normalizados, verticais e inclinados, são
mostrados a seguir.
Ao representarmos as letras e os algarismos são utilizadas pautas. Estas
pautas são constituídas por três linhas paralelas. A primeira linha é destinada à
base; a segunda à parte superior das minúsculas; a terceira à parte superior das
maiúsculas. No traçado das letras e algarismos, são caracterizados três grupos
distintos:
aa)) TTrraaççaaddoo ccoomm lliinnhhaass rreettaass:: são as letras H, F, E, I, L, N, T e o número 1. As
letras A, V, M, W, K, Y, Z e os números 4 e 7 também são feitos com linhas retas,
mas cada um com características próprias.
bb)) TTrraaççaaddoo ccoommbbiinnaannddoo lliinnhhaass rreettaass ee ccuurrvvaass:: são as letras B, D, J, P, R, U e
os números 2 e 5.
cc)) TTrraaççaaddoo ccuurrvvoo:: são as letras O, Q, C, G, S e os números 3, 6, 8, 9 e 0.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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66-- IIddeennttiiffiiccaaççããoo ddee lliinnhhaass..
A seguinte tabela mostra o emprego dos diversos tipos de linhas.
Tipo Emprego
1
Arestas e contornos visíveis. Ex:
circunferências de cabeça de
engrenagens; cabeça de filetes de
roscas, etc.
Grossa
2 Plano de corte.
3
Fundo de filetes de roscas;
circunferência de pé das
engrenagens.
4
Seções rebatidas; peças colocadas
diante do objeto representado; peças
que possuem movimento ou
posições variáveis em relação a um
deslocamento; indicação de
sobremetal para usinagem.
5 Arestas e contornos invisíveis.
Média
6 Linhas de ruptura.
7 Linhas de chamada; cotas; hachuras.
Fina
8
Eixos de simetria; linhas de centro;
linhas básicas de construção.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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77-- IIddeennttiiffiiccaaççããoo ddee vviissttaass..
Uma peça que estamos observando ou mesmo imaginando, pode ser
desenhada (representada) num plano. A esta representação gráfica dá-se o nome
de “projeção”.
O plano é denominado “plano de projeção” e a representação da peça
recebe, nele, o nome de projeção.
Podemos obter as projeções através de observações feitas em
determinadas posições. Podemos então ter várias “vistas” da peça.
Tomemos por exemplo uma caixa de fósforos. Para representar a caixa
vista de frente, consideramos um plano vertical e vamos representar nele esta
vista.
A “vista de frente” é, por isso, também denominada “projeção vertical” ou
“elevação”.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Reparemos, na figura abaixo, as “projeções verticais” ou “elevações” das
peças. Elas são as “vistas de frente” das peças para o observador na posição
indicada.
Voltemos ao exemplo da caixa de fósforos. O observador quer representar
a caixa, olhando-a por cima. Então, usará um plano que denominaremos de plano
horizontal. A projeção que representa esta “vista de cima“ será denominada
“projeção horizontal”, “vista de cima” ou “planta”.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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A figura abaixo representa a “projeção horizontal”, “vista de cima” ou
“planta” das peças, para o observador na posição indicada.
O observador poderá representar a caixa, olhando-a de lado. Teremos uma
“vista lateral”, e a projeção representará uma vista lateral que pode ser da “direita”
ou da “esquerda”.
Reparemos que uma peça pode ter, pelo que foi esclarecido, até “seis
vistas”. Entretanto, uma peça que estamos vendo ou imaginando, deve ser
representada por um número de vistas que nos dê a idéia completa da peça, um
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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número de vistas essenciais para representá-la a fim de que possamos entender
qual é a forma e quais as dimensões da peça. Estas vistas são chamadas de
“vistas principais”.
Ao selecionar a posição da peça da qual se vai fazer a projeção, escolhe-
se para a vertical aquela vista que mais caracteriza ou individualiza a peça. Por
isso, também é comum chamar a projeção vertical (elevação) de vista principal.
As três vistas, elevação, planta e vista lateral (direita ou esquerda),
dispostas em posições normalizadas pela ABNT, nos darão as suas projeções.
A vista de frente (elevação) e a vista de cima (planta), alinham-se
verticalmente.
A vista de frente (elevação) e a vista de lado (vista lateral), alinham-se
horizontalmente.
Finalmente, temos a caixa de fósforos desenhada em três projeções.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Por este processo, podemos desenhar qualquer peça.
Na vista lateral esquerda das projeções da peça abaixo, existem linhas
tracejadas. Elas representam as “arestas não visíveis”.
Nas projeções abaixo, aparecem linhas de centro.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Nas projeções abaixo, foram empregados eixos de simetria.
As projeções desenhadas anteriormente apresentaram a vista lateral
esquerda, representando o que se vê olhando a peça pelo lado esquerdo, apesar
de sua projeção estar à direita da elevação.
Nos casos em que o maior número de detalhes estiver colocado no lado
direito da peça, usamos a vista lateral direita, projetando-a à esquerda da
elevação, conforme exemplos abaixo:Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Os desenhos abaixo mostram as projeções de várias peças com utilização
de apenas uma vista lateral. De acordo com os detalhes a serem mostrados,
foram utilizadas as laterais esquerda ou direita.
 
 
Em certos casos porém, há necessidade de se usar duas laterais para
melhor esclarecimento de detalhes importantes Quando isto acontece, as linhas
tracejadas desnecessárias podem ser omitidas, como no exemplo abaixo:
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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EExxeerrccíícciiooss::
1- Complete à mão livre as projeções das peças apresentadas e coloque o nome
em cada uma das vistas.
Desenho Técnico
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2- Complete à mão livre as projeções das peças apresentadas.
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Curso Técnico Mecânico
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3- Desenhe à mão livre as plantas e as vistas laterais esquerdas das peças
apresentadas.
Desenho Técnico
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4- Desenhe à mão livre as projeções das peças apresentadas.
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5- Desenhe à mão livre as projeções das peças apresentadas.
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6- Identifique e numere as projeções correspondentes a cada peça apresentada
em perspectiva.
Desenho Técnico
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7- Identifique e numere as projeções correspondentes a cada peça apresentada
em perspectiva.
Desenho Técnico
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8- Coloque abaixo de cada vista, as iniciais correspondentes:
VF – vista de frente.
VS – vista superior.
VLE – vista lateral esquerda.
VLD – vista lateral direita.
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9- Coloque abaixo de cada vista, as iniciais correspondentes:
VF – vista de frente.
VS – vista superior.
VLE – vista lateral esquerda.
VLD – vista lateral direita.
Desenho Técnico
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10- Desenhe à mão livre a terceira vista das projeções apresentadas.
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11- Desenhe à mão livre a terceira vista das projeções apresentadas.
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12- Desenhe à mão livre a terceira vista das projeções apresentadas.
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13- Desenhe à mão livre a terceira vista das projeções apresentadas.
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14- Complete as projeções abaixo:
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15- Complete as projeções abaixo:
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16- Procure nos desenhos abaixo as vistas que estão relacionadas entre si
(elevação e planta), e coloque os números correspondentes como no exemplo
número 1.
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Curso Técnico Mecânico
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17- Procure nos desenhos abaixo as vistas que estão relacionadas entre si
(elevação e lateral esquerda), e coloque os números correspondentes como no
exemplo número 1.
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Curso Técnico Mecânico
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18- Complete as projeções abaixo desenhando a vista lateral direita.
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88-- SSuupprreessssããoo ddee vviissttaass..
Quando representamos uma peça pelas suas projeções, usamos as vistas
que melhor identificam suas formas e dimensões. Podemos usar três ou mais
vistas, como também podemos usar duas vistas e, em alguns casos, até uma
única vista. Nos exemplos abaixo estão representadas peças com duas vistas.
Continuará havendo uma vista principal (vista de frente, no caso), e escolhida
como segunda vista aquela que melhor complete a representação da peça.
Nos exemplos abaixo estão representadas peças por meio de uma única
vista. Neste tipo de projeção é indispensável o uso de símbolos.
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EExxeerrccíícciioo::
1- Empregando duas vistas, desenhe à mão livre as peças apresentadas.
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Curso Técnico Mecânico
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99-- IIddeennttiiffiiccaaççããoo ee lleeiittuurraa ddee ccoottaass,, ssíímmbboollooss ee
mmaatteerriiaaiiss..
Para execução de uma peça, torna-se necessário que seja acrescentado
ao desenho (além das projeções que nos dão idéia da forma da peça) suas
medidas e também outras informações complementares. A isto chamamos de
‘’dimensionamento ou cotagem’’.
A cotagem dos desenhos tem por objetivos principais determinar o
tamanho e localizar exatamente os detalhes da peça. Por exemplo, para
execução da peça a seguir necessitamos saber suas dimensões e a exata
localização do furo.
OObbsseerrvvaaççããoo:: a anotação “esp.8” refere-se à espessura da peça.
Para cotagem de um desenho são necessários três elementos:
- Linhas de cota.
- Linhas de extensão.
- Valor numérico da cota.
Como vemos na figura anterior, as linhas de cota são de espessura fina,
traço contínuo e limitadas por setas nas suas extremidades. As linhas de
extensão são de espessura fina, traço contínuo, não devendo tocar o contorno do
desenho da peça e devem se prolongar um pouco além da última linha de cota
que abrangem.
O número que exprime o valor numérico da cota pode ser escrito de duas
maneiras diferentes:
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
47
- Acima da linha de cota, eqüidistante dos extremos.
- Num intervalo aberto pela interrupção da linha de cota.No mesmo desenho devemos empregar apenas uma destas duas
alternativas. O valor numérico colocado acima da linha de cota é mais fácil de ser
visualizado e evita a possibilidade de erros.
1100-- RReeggrraass ddee ccoottaaggeemm..
Em desenho técnico normalmente a unidade de medida é o milímetro,
sendo dispensada a colocação do símbolo junto ao valor numérico da cota. Se
houver o emprego de outra unidade, coloca-se o respectivo símbolo ao lado do
valor numérico, conforme indicado na figura a seguir.
As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da
esquerda para a direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Cada cota deve ser indicada na vista que mais claramente representar a
forma do elemento cotado. Devemos evitar a repetição de cotas.
As cotas devem ser colocadas dentro ou fora dos elementos que
representam, atendendo aos melhores requisitos de clareza e facilidade de
interpretação.
Nas transferências de cotas para locais mais convenientes, devemos evitar
o cruzamento das linhas de extensão com as linhas de cota. As linhas de
extensão são traçadas perpendicularmente à dimensão cotada. Em casos
particulares, podem ser traçadas obliquamente, porém conservando o paralelismo
entre si.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Evite a colocação de cotas inclinadas nos espaços inclinados a 30º
conforme indicados na figura a seguir.
Não utilize as linhas de centro e eixos de simetria como linhas de cota. Elas
não devem substituir as linhas de extensão.
Utilize a cotagem por meio de faces de referência (face A e B), conforme
ilustrado na figura abaixo.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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A cotagem de “elementos esféricos” é feita conforme as figuras abaixo.
 
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
51
EExxeerrccíícciiooss::
1- Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas.
Não coloque o valor numérico das cotas. Trace à mão livre, apenas as linhas de
cota e as linhas de extensão.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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2- Faça à mão livre a cotagem completa dos desenhos abaixo.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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1111-- CCoottaaggeemm ddee ddeettaallhheess..
As linhas de cota de raios em arcos levam setas apenas na extremidade
que toca o arco.
Conforme o espaço disponível no desenho, os ângulos podem ser cotados
das seguintes maneiras.
A cotagem de chanfros é feita como indicam as figuras abaixo. Quando o
chanfro for de 45º, podemos simplificar a cotagem usando um dos sistemas
apresentados nas figuras abaixo.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
54
A cotagem de círculos é feita indicando o valor do seu diâmetro por meio
dos recursos apresentados nas figuras abaixo, que são utilizados conforme o
espaço disponível no desenho.
Para cotar em espaços reduzidos, colocamos as cotas como nas figuras
abaixo:
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
55
1122-- SSíímmbboollooss ee ccoonnvveennççõõeess..
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em suas normas NB-
8 e NB-13, recomenda a utilização dos símbolos abaixo, que devem ser
colocados sempre antes dos valores numéricos das cotas.
Quando na vista cotada for evidente que se trata de diâmetro ou quadrado,
os respectivos símbolos podem ser dispensados.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
56
1133-- SSíímmbboollooss eemm mmaatteerriiaaiiss ppeerrffiillaaddooss..
Os símbolos abaixo devem ser colocados sempre antes da designação da
bitola do material.
1144-- CCoonnvveennççõõeess ppaarraa aaccaabbaammeennttoo ddee ssuuppeerrffíícciieess..
 Superfícies em bruto, porém limpas de rebarbas e saliências.
 Superfícies apenas desbastadas.
 Superfícies alisadas.
 Superfícies polidas.
EExxeemmppllooss ddee iinnddiiccaaççããoo::
 
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
57
 Para outros graus de acabamento, devendo ser indicada a
maneira de obtê-los.
 Superfícies sujeitas a tratamento especial, indicado sobre a linha
horizontal. Ex: cromado, niquelado, pintado, etc.
EExxeemmpplloo ddee iinnddiiccaaççããoo::
Quando todas as superfícies de uma peça tiverem o mesmo acabamento, o
respectivo sinal deve ficar em destaque.
Se na mesma peça houver superfícies com graus de acabamento
diferentes dos da maioria, os sinais correspondentes serão colocados nas
respectivas superfícies e também indicados entre parênteses, ao lado do sinal em
destaque.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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EExxeemmpplloo ddee iinnddiiccaaççããoo::
EExxeerrccíícciiooss::
1- Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas.
Não coloque o valor numérico das cotas. Trace à mão livre apenas as linhas de
cota, de extensão e os símbolos necessários.
Desenho Técnico
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____________________________________________________________
Curso Técnico Mecânico
59
2- Qual o tipo de acabamento utilizado nas superfícies indicadas pelas letras?
A - _________________________
B - _________________________
C - _________________________
D - _________________________
E - _________________________
F - _________________________
3- a) Qual o tipo de acabamento geral da peça abaixo?
Resp. ______________________________
b) Qual o tipo de acabamento para as partes torneadas com 25 mm de diâmetro?
Resp. ______________________________
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
60
1155-- IInnddiiccaaççããoo ddee eessttaaddoo ddee ssuuppeerrffíícciiee..
O desenho técnico além de mostrar as formas e as dimensões das peças,
precisa conter outras informações para representá-lo fielmente. Uma destas
informações é a indicação dos estados das superfícies das peças.
AAccaabbaammeennttoo:: acabamento é um grau de rugosidade observado na superfície da
peça. As superfícies apresentam-se sob diversos aspectos, a saber: em bruto,
desbastadas, alisadas e polidas.
SSuuppeerrffíícciiee eemm bbrruuttoo:: é aquela que não é usinada, mas limpa com a eliminação
de rebarbas e saliências.
SSuuppeerrffíícciiee ddeessbbaassttaaddaa:: é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são
bastante visíveis, ou seja, a rugosidade é facilmente percebida.
SSuuppeerrffíícciiee aalliissaaddaa:: é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são
pouco visíveis, sendo a rugosidade pouco percebida.
SSuuppeerrffíícciiee ppoolliiddaa:: é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são
imperceptíveis, sendo a rugosidade detectada somente pormeio de aparelhos
especiais.
Os graus de acabamento das superfícies são representados pelos
símbolos indicativos de rugosidade da superfície, normalizados pela norma NBR-
8404 da ABNT, baseada na norma ISO-1302. Os graus de acabamento são
obtidos por diversos processos de trabalho e dependem das modalidades de
operações e das características dos materiais adotados.
RRuuggoossiiddaaddee..
Com a evolução tecnológica houve a necessidade de se aprimorarem as
indicações dos graus de acabamento das superfícies. Com a criação de
aparelhos capazes de medir a rugosidade superficial em µm (micrômetro; 1 µm =
0,001 mm), as indicações dos acabamentos de superfície passaram a ser
representadas por classes de rugosidade. Assim, a rugosidade passou a ser
considerada como erros micro geométricos existentes nas superfícies das peças.
.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
61
A norma ABNT NBR-8404 normaliza a indicação do estado de superfície
em desenho técnico por meio dos seguintes símbolos.
SSíímmbboollooss sseemm iinnddiiccaaççããoo ddee rruuggoossiiddaaddee..
Símbolo Significado
Símbolo básico. Só pode ser usado quando seu significado for
complementado por uma indicação.
Caracterização de uma superfície usinada sem maiores detalhes.
Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não é
permitida e indica que a superfície deve permanecer no estado
resultante de um processo de fabricação anterior, mesmo se esta
tiver sido obtida por usinagem ou outro processo qualquer.
SSíímmbboollooss ccoomm iinnddiiccaaççããoo ddaa ccaarraacctteerrííssttiiccaa pprriinncciippaall ddaa rruuggoossiiddaaddee RRaa..
Símbolo.
A remoção de material ...
é facultativa é exigida
não é
permitida
Significado
Superfície com uma rugosidade
de um valor máximo:
Ra = 3,2 µm.
Superfície com uma rugosidade
de um valor:
Máximo: Ra = 6,3 µm.
Mínimo: Ra = 1,6 µm.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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SSíímmbboollooss ccoomm iinnddiiccaaççõõeess ccoommpplleemmeennttaarreess:: estes símbolos podem ser
combinados entre si ou com outros símbolos apropriados, dependendo do caso
específico.
Símbolo Significado
Processo de fabricação: fresar.
Comprimento de amostragem: 2,5 mm.
Direção das estrias: perpendicular ao plano de
projeção da vista.
Sobremetal para usinagem: 2 mm.
Indicação (entre parênteses) de um outro parâmetro
de rugosidade diferente de Ra; por exemplo Rt = 0,4
µm.
A ABNT adota o desvio médio aritmético (Ra) para determinar os valores
da rugosidade, que são representados por classes de rugosidade N1 a N12,
correspondendo cada classe a um valor máximo em µm, como observamos na
seguinte tabela.
Classe de rugosidade
Desvio médio
aritmético (Ra)
N12 50
N11 25
N10 12,5
N9 6,3
N8 3,2
N7 1,6
N6 0,8
N5 0,4
N4 0,2
N3 0,1
N2 0,05
N1 0,025
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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EExxeemmppllooss ddee aapplliiccaaççããoo::
IInntteerrpprreettaaççããoo aa)) :: “1” é o número da peça.
 ao lado do número da peça, representa o acabamento geral, com a retirada
de material, válido para todas superfícies da peça.
“N8” indica que a rugosidade máxima permitida no acabamento é de 3,2 µm
(0,0032 mm).
IInntteerrpprreettaaççããoo bb)) :: “2” é o número da peça.
 o acabamento geral não deve ser indicado nas superfícies. O símbolo
significa que a peça deve manter-se sem a retirada de material.
 dentro dos parênteses devem ser indicados nas respectivas
superfícies.
“N6” corresponde a um desvio aritmético máximo de 0,8 µm (0,0008 mm) e “N9”
corresponde a um desvio aritmético máximo de 6,3 µm (0,0063 mm).
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Os símbolos e inscrições devem estar orientados de maneira que possam ser
lidos tanto com o desenho na posição normal como pelo lado direito. Se
necessário, o símbolo pode ser interligado por meio de uma linha de indicação.
O símbolo dever ser indicado uma vez para cada superfície, e se possível, na
vista que leva a cota ou que representa a superfície.
 
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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1166-- EEssccaallaa..
Escala é a razão existente entre as medidas no papel de desenho e as
medidas reais do objeto.
EExxeemmpplloo:: representar o comprimento real de 20 metros de um dado mecanismo
num formato de papel, usando a dimensão de 200 mm. Assim, a escala terá a
seguinte correlação: 200 m / 20 m ou 200 mm / 20.000 mm ou 1/100.
Pela divisão executada, uma unidade no papel corresponderá a 100
unidades reais. A escala do desenho deverá, obrigatoriamente, ser indicada na
legenda.
As escalas de desenho podem ser: natural, de redução e de ampliação.
Tipo de escala
Notação da
escala (ABNT)
Emprego
Natural 1:1
Em desenho de objetos que são
representados em seu tamanho real.
Redução
1:2 ; 1:2,5
1:5 ; 1:10
1:20 ; 1:25
1:50 ; 1:100
1:200 ; 1:500
Usadas para o desenho de objetos de
grandes dimensões.
Ampliação
2:1
5:1
10:1
Usadas para o desenho de objetos de
pequenas dimensões.
Na régua milimetrada quando convenciona-se que 1 cm valerá 1 metro
real, cria-se a escala de 1:100, ou seja, 1 cm do papel corresponde a 100 cm
reais (ou 1 metro real). Na escala de 1:50, a fração duas vezes maior que 1:100, 1
metro real seria representado por 2 cm.
EExxeerrccíícciiooss::
1- Complete as lacunas com os valores correspondentes:
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
66
2- A peça abaixo está representada em escala natural. Marque qual das
alternativas representa a mesma peça em escala 2:1.
1177-- PPeerrssppeeccttiivvaa..
A perspectiva, por ser um desenho ilustrativo, auxilia a interpretação das
peças, embora em muitos casos, não seja capaz de mostrar todos os detalhes
construtivos.
Peça desenhada em perspectiva isométrica.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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PPeerrssppeeccttiivvaa iissoommééttrriiccaa..
 A perspectiva isométrica (medidas iguais) é uma das mais simples e
eficientes. É composta de parte de três eixos a 120º (isométricos), sobre os quais
marcamos as medidas da peça. As arestas paralelas da peça são traçadas na
perspectiva isométrica por meio de linhas paralelas também.
 
Os quadros de 1 a 6 da seguinte figura mostram a seqüência do traçado, à
mão livre, de uma perspectiva isométrica.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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EExxeerrccíícciioo::
1- Desenhe à mão livre as perspectivas isométricas das peças abaixo.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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PPeerrssppeeccttiivvaa ccaavvaalleeiirraa..
Outro tipo de perspectiva empregado em desenho técnico para auxiliar a
representação e visualização das peças é a perspectiva cavaleira. Esta
perspectiva é caracterizada por sempre representar a peça com sendo vista por
frente.
As medidas horizontais e verticais na perspectiva cavaleira normalmente
não sofrem redução. O ângulo da perspectiva cavaleira pode ser de 30º, 45º ou
60º. A medida marcada nesta linha inclinada sofrerá redução de 1/3 quando o
ângulo for de 30º; de 1/2 quandoo ângulo for de 45º e 2/3 quando o ângulo for de
60º.
Este tipo de perspectiva é empregado com vantagem quando a peça
apresenta superfícies curvas. Vejamos o exemplo do cilindro abaixo,
representado pelos dois tipos de perspectiva. Na isométrica, o círculo é
representado por uma forma oval, e na cavaleira, por um círculo.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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EExxeerrccíícciioo::
1- Desenhe à mão livre a perspectiva cavaleira das peças abaixo.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
71
1188-- CCoorrtteess..
Os “cortes” são utilizados em desenhos de peças e conjuntos para facilitar
a interpretação de detalhes internos que, através das vistas convencionais,
seriam de difícil entendimento para execução. Vimos que as vistas principais
apresentam detalhes internos com linhas tracejadas, indicando os contornos e
arestas não visíveis, como nos exemplos abaixo.
Se empregamos o corte, tais detalhes internos passarão a ficar visíveis.
Imaginemos que uma peça seja cortada no sentido longitudinal e a parte da frente
seja retirada. Na projeção, teremos a elevação em corte.
OObbsseerrvvaaççããoo:: o corte é imaginário. A parte hachurada na projeção corresponde a
parte da peça que foi atingida pelo corte. A região não hachurada indica a região
não atingida pelo corte. Observe as seguintes figuras.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
72
Imaginemos agora que a peça seja cortada no sentido transversal. Na
representação, teremos a vista lateral em corte.
A seguir temos outro exemplo em que a peça foi cortada por um plano
horizontal, e a parte de cima foi retirada. Na representação teremos a planta em
corte.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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OObbsseerrvvaaççããoo:: pelo que foi dito até agora, vimos que as vistas que não são
atingidas pelos cortes não sofrem alteração na sua representação.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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1199-- HHaacchhuurraass..
Hachuras são linhas finas paralelas (que normalmente são desenhas a
45º), utilizadas para representar a parte cortada de uma peça. Todos os cortes
executados devem sempre conservar o mesmo tipo de representação de hachura.
Observe o exemplo abaixo; nele as hachuras distinguem claramente as
partes que foram cortadas.
Nos desenhos de conjunto, peças adjacentes devem figurar com hachuras
diferindo pela direção ou pelo espaçamento. As hachuras também são
empregadas para identificar de que material a peça será executada (norma ABNT
antiga).
De acordo com esta norma, as hachuras para os materiais mais usados
nas indústrias são as seguintes.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
75
Seções finas como guarnições, juntas, etc., em vez de hachuradas, devem
ser enegrecidas.
2200-- LLiinnhhaa ddee ccoorrttee..
O plano de corte é indicado no desenho por meio de linha grossa, com
traço e ponto, denominada de “linha de corte”. O corte é indicado numa vista e
representado em outra. Havendo necessidade de registrar no desenho o sentido
em que é observada a linha de corte, este é indicado por setas nos extremos da
linha de corte.
Quando houver necessidade de identificarmos uma vista em corte e o
respectivo plano, empregamos letras maiúsculas repetidas ou em seqüência (AA,
BB, AB, CD, etc.), colocadas ao lado das setas nos extremos da linha de corte,
escrevendo-se tais letras junto a vista em corte correspondente, como no exemplo
abaixo.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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2211-- CCoorrttee ttoottaall..
O corte total ocorre quando a peça é cortada imaginariamente, em toda sua
extensão. Deve ficar claro que, para o traçado da vista em corte, imaginamos
retirada a parte da peça que impedia a visão; porém, para o traçado das outras
vistas, a referida parte é considerada como não retirada.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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2222-- MMeeiioo ccoorrttee..
Quando uma peça é simétrica, não há necessidade de empregarmos o
corte total para mostrar seus detalhes internos. Podemos utilizar o “meio corte”
mostrando a metade da peça em corte, com seus detalhes internos, e a outra
metade em vista externa, conforme os exemplos abaixo.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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OObbsseerrvvaaççããoo:: por convenção, não se indicam os detalhes “não visíveis”, mesmo
na parte não cortada.
2233-- CCoorrttee ppaarrcciiaall..
Corte parcial é o corte utilizado para mostrar apenas uma parte interna do
objeto ou peça, possibilitando esclarecer pequenos detalhes internos sem
necessidade de recorrer ao corte total ou meio corte.
 
 
OObbsseerrvvaaççããoo:: neste corte, permanecem as “linhas de contorno” e as “arestas não
visíveis”, não atingidas pelo corte parcial.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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2244-- SSeeççõõeess..
As seções indicam, de modo prático e simples, o perfil ou parte de peças,
evitando vistas desnecessárias que nem sempre identificam a peça.
Seção traçada acima da vista.
Seção traçada dentro da própria vista.
Seção traçada com a interrupção da vista.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
80
Seções traçadas fora da vista.
2255-- RRuuppttuurraass..
Rupturas são representações convencionais utilizadas para o desenho de
peças que, devido ao seu comprimento, necessitam ser encurtadas para melhor
aproveitamento de espaço no desenho. De acordo com a sua forma, obedecem
as convenções abaixo.
A representação de ruptura é empregada quando, na parte que se imagina
retirada, não houver detalhes que necessitem ser mostrados.
OObbsseerrvvaaççããoo:: o comprimento real da peça é dado pelo valor numérico da cota.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
81
2266-- OOmmiissssããoo ddee ccoorrttee..
Nervuras e braços de peças não são atingidos pelo corte no sentido
longitudinal, conforme os exemplos abaixo.
Nos desenhos de conjunto, eixos, pinos, rebites, chavetas, parafusos e
porcas também não são considerados cortados quando atingidos prelo corte no
sentido longitudinal, conforme os exemplos abaixo.
Entretanto, quando necessário, cortes parciais poderão ser empregados.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
82
OObbsseerrvvaaççããoo:: eixos, quando cortados no sentido transversal, aparecem
hachurados.
EExxeerrccíícciiooss::
1- Assinale com um “x” a representação correta.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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2- Assinale com um “x” a representaçãocorreta.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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2277-- VViissttaa aauuxxiilliiaarr..
A “vista auxiliar” é empregada para se obter a forma real de partes que
estejam fora das posições horizontal e vertical. Obtém-se a vista auxiliar
projetando-se a parte inclinada paralelamente à sua inclinação, conforme os
seguintes exemplos.
As vistas auxiliares são consideradas vistas parciais. Elas mostram apenas
os detalhes que seriam representados de maneira “deformada ou irregular” se
empregássemos o rebatimento de vistas convencinal. Observe outro exemplo.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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EExxeerrccíícciiooss::
1- Observe atentamente o seguinte desenho técnico e responda às questões:
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Item Pergunta Resposta
1
Que denominação é dada para as vistas 2 e
4?
2 Qual é o valor da cota B?
3 Qual é o valor da cota D?
4
Que número na vista2 corresponde a letra G
da vista 1?
5
Que letra na vista 1 corresponde ao número 3
da vista 3?
6
Que número na vista 2 corresponde a letra E
da vista 1?
7
Que letra da vista 4 corresponde ao número 3
da vista 3?
8 Qual é o valor da cota C?
9 Qual é o valor da cota A?
10
Quantos furos de 5/16” serão broqueados
(furados com broca) na peça?
11 Qual é a abertura da parte cilíndrica da peça?
12
Qual é o diâmetro do furo vazado na parte
cilíndrica?
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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2- Desenhe a elevação, a planta em corte AB e uma vista auxiliar da superfície
oblíqua (inclinada), da seguinte peça. Utilize a escala 1:1.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
88
2288-- VViissttaa aauuxxiilliiaarr ssiimmpplliiffiiccaaddaa..
A “vista auxiliar simplificada”, pela facilidade de sua interpretação, é da
maior importância no desenho técnico. Ela consiste em representar a peça em
vista única, e por meio de linhas finas, completar o desenho com os detalhes que
não ficaram esclarecidos na vista apresentada. Observe as figuras abaixo.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
89
EExxeerrccíícciioo::
1- Desenhe a peça abaixo em vista única, aplicando a vista auxiliar simplificada.
Utilize a escala 1:1.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
90
2299-- RRoottaaççããoo ddee ddeettaallhheess oobbllííqquuooss..
A “rotação de detalhes oblíquos” tem por finalidade evitar o encurtamento
que resultaria da verdadeira projeção de detalhes inclinados. Faz-se a rotação
destes detalhes de modo a projetá-los sem deformação. Observe o seguinte
exemplo.
Este tipo de representação também é aplicado em peças mostradas em
corte.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
91
EExxeerrccíícciioo::
1- Complete a vista de frente e desenhe a vista lateral esquerda da peça
apresentada. Aplique corte e utilize a escala 1:1. Os 3 furos de Ø13 e as 3
nervuras de espessura de 6 mm são igualmente espaçadas (120º).
3300-- VViissttaass ppaarrcciiaaiiss..
Certas peças, embora simples, necessitam devido a pequenos detalhes, de
mais de uma vista para sua inteira compreensão. A representação destas peças
pode ser simplificada, deixando-se de desenhar a segunda vista por inteiro, mas
apenas o detalhe. É o caso por exemplo, de uma peça com chanfro ou furo
escareado. Oserve os seguintes exemplos.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
92
EExxeerrccíícciioo::
1- Desenhe a vista de frente e a vista parcial da peça abaixo. Utilize a escala 1:1.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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3311-- CCoonnjjuunnttooss mmeeccâânniiccooss..
Os “conjuntos mecânicos” geralmente são desenhados de duas formas:
a) Desenho de detalhe: as peças são desenhadas separadamente.
b) Desenho de conjunto: as peças são desenhadas em conjunto, dando uma idéia
de montagem.
Nos exemplos abaixo, estão desenhados detalhes e conjuntos de uma
chave de fenda de hastes permutáveis (intercambiáveis).
Desenho de conjunto.
Lista de material.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
96
A escolha das vistas para os desenhos de conjunto obedece aos mesmos
princípios utilizados nas projeções das peças. As peças componentes de um
conjunto são identificadas, no desenho, por números colocados dentro de
pequenas circunferências.
Nos desenhos de conjunto existe uma tabela, colocada normalmente acima
da legenda, que indica a quantidade, o número, o nome e o material de cada
peça, além de outras informações que sejam necessárias.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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EExxeerrccíícciiooss::
1- Responda as seguintes questões referentes à “Bomba de Graxa”.
Item Pergunta Resposta
1 De quantas peças é composto este conjunto?
2 Como é denominada a peça número 4?
3 Que utilização terá a peça número 7?
4
De que material será confeccionada a peça
número 8?
5 Qual é o comprimento do embolo?
6
Descreva a denominação das linhas
empregadas no desenho da bucha.
7
Qual é o limite superior no Ø14 mm do furo da
peça número 2?
8
Quais são as dimensões da parte cônica da
peça número 1?
9
Em que escala foi desenhado o detalhe da
peça número 6? Porque?
10
Indique as dimensões do furo cego no
embolo.
11
Quantas roscas internas terão que ser feitas
neste conjunto e em quais peças serão
executadas?
12
Indique as dimensões internas da peça
número 2.
13
Qual é a profundidade do furo cego no apoio
(peça número 3)?
14 De que material será confeccionado o pistão?
15
Descreva os tipos de rosca e a posição
destas na peça número 1.
16
O que tornou possível a representação da
bucha em apenas uma vista?
17
Qual é o número de peças que será
introduzido na peça número 5 (embolo)?
18
Descreva o motivo pelo qual será utilizado
bronze ou latão na bucha (peça número 8).
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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2- Estude cuidadosamente o desenho de conjunto abaixo (Prensa-Estopa) e
responda às seguintes questões.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Item Pergunta Resposta
1
Qual o material indicado para construção da
peça 4?
2 Qual a medida A?
3 Qual a medida B?
4 Qual a medida C?
5 Qual a medida D?6 Quantas peças existem no conjunto?
7 Qual o comprimento do flange 1?
8 Qual o maior diâmetro da peça 3?
9 Quanto mede o ângulo assinalado por F?
10 Qual é a distância de centro dos prisioneiros?
11
Que comprimentos de roscas tem os
prisioneiros?
12 Qual a medida E?
13 Qual é a altura da peça 3?
14
Qual o acabamento indicado para as partes
internas que devem ser usinadas?
15 Qual é a altura da peça 4?
16 Quantos furos roscados tem a peça 3?
17
Quanto mede o diâmetro externo dos
prisioneiros?
18
Qual o diâmetro do eixo onde será aplicado o
conjunto?
19
Qual o diâmetro da circunferência que passa
pelos 4 furos de fixação E?
20
Nos prisioneiros, qual o comprimento da parte
com rosca grossa?
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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3- Estude o conjunto da “Polia Tensora” abaixo e responda às seguintes
questões:
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
101
Item Pergunta Resposta
1 Em que escala está desenhado o conjunto?
2 Quantos rolamentos existem no conjunto?
3 Quantos parafusos existem no conjunto?
4
Em função do diâmetro da polia, qual a letra
do perfil padrão da correia?
5
Que tipo de arruela está representada no
conjunto?
6
Qual o tipo de rolamento empregado no
conjunto?
7
Qual o nome do tipo da cabeça dos parafusos
indicados no desenho?
8 Quantas peças há no conjunto?
9 O eixo do conjunto é fixo ou rotativo?
10 Qual a rosca empregada no eixo?
11 Quantos graus mede o ângulo A?
12 Qual a utilidade da peça P?
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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4- Responda as seguintes questões referentes ao “Esmeril”.
Item Pergunta Resposta
1
Qual o nome da máquina representada pelos
desenhos?
2
Qual é a quantidade de peças necessárias à
montagem desta máquina?
3 Quantos parafusos serão utilizados?
4
Como é denominado o corte representado no
desenho de montagem?
5
Qual é o espaço máximo permitido entre as
buchas, quando colocadas na base?
6
Em que escala está o desenho da
montagem?
7
Qual o tipo dos parafusos utilizados para fixar
as barras (peça número 7) na base?
8
Quais são os tipos de acabamento indicados
na peça número 1?
9
Qual é a altura total da base (peça número
1)?
10
Qual a necessidade do raio de 68,5 indicado
na peça número 1?
11
Qual o valor da cota que localiza o centro do
furo do diâmetro de 21 H7 na peça número 1?
12
Qual é a cota que localiza na peça número 1
o furo de diâmetro de 3/8” em relação ao eixo
de simetria?
13
Qual é o nome e número da peça a ser fixada
na base através da rosca W 5/16”?
14
O que significa na peça número 4 o detalhe
hachurado?
15
As hachuras indicadas no corte da peça
número 3 são diferentes das hachuras
indicadas na peça número 5. Esta diferença
tem algum significado especial? Esclareça.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
103
Continuação:
16
Quais são as três principais dimensões da
peça número 7?
17
Indique o número das peças onde serão feitos
“rasgos”.
18
O que significa no desenho da peça número 9
a indicação “1x45º”?
19 Como a polia será fixada no eixo?
20
Quais as dimensões dos escareados da peça
número 3?
21
Na peça número 12, qual é a profundidade do
rebaixo cujo diâmetro mede 44?
22
O comprimento total do desenho foi
representado por 32 e o valor indicado na
cota é de 16. Cite o motivo
23
Que significa as linhas finas cruzadas
indicadas no desenho da peça número 19?
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
104
3322-- RReepprreesseennttaaççããoo ddee ccoonnjjuunnttooss mmeeccâânniiccooss..
Um conjunto mecânico também pode ser desenhado apenas com o
objetivo de mostrar os seus componentes e a nomenclatura destes, como é o
exemplo do desenho da “Serra Alternativa tipo Mecânica” apresentada abaixo.
Note que o conjunto foi representado em vista única e não houve preocupação
com os seus detalhes, pois o objetivo era apenas em apresentar a nomenclatura
das peças componentes da Serra Alternativa.
Também poderia ter sido utilizada a representação em perspectiva, que
nos mostraria o conjunto com suas três dimensões; no entanto, sempre que é
possível, devemos evitar esta representação por ser de difícil e demorada
elaboração. Estes desenhos de conjunto são mais utilizados em manuais de
instrução e em catálogos.
1- Manípulo da morsa.
2- Arco da serra.
3- Corrediça do arco.
4- Suporte guia da corrediça.
5- Contrapeso.
6- Parafuso da morsa.
7- Morsa.
8- Lâmina.
9- Suporte do contrapeso.
10- Engrenagem de transmissão.
11- Volante da biela.
12- Capa da engrenagem.
13- Polia.
14- Pinhão de transmissão.
15- Base da morsa.
16- Peça.
17- Desligador automático da chave
elétrica.
18- Manivela.
19- Barramento.
20- Motor elétrico.
21- Pés.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
105
Outro tipo de desenho de conjunto muito empregado é o da “Vista
Explodida”, mostrando o conjunto como se estivesse desmontado, porém,
fazendo uma correspondência às posições de cada detalhe no conjunto.
Embora de difícil e demorada elaboração, é também muito usado em
catálogos comerciais e em manuais de instrução. O desenho abaixo apresenta
um exemplo de vista explodida.
Desenho Técnico
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Curso Técnico Mecânico
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Referências Bibliográficas
COLEÇÃO BÁSICA SENAI.

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