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Tutorial 7: Dor nas cadeiras 1. Revisar a anatomia da medula espinhal e raízes nervosas. TUT 1 MOD 2 2° ANO 2. Estudar dor radicular. Radiculopatia é caracterizada pela lesão ou comprometimento de um ou mais nervos e suas raízes nervosas que passam pela coluna vertebral. Geralmente, a radiculopatia é provocada por uma compressão das raízes nervosas, mas pode acontecer por diversas outras causas. Qualquer localidade da coluna pode ser afetada, entretanto, é mais comum nas regiões lombar e cervical. A DOR RADICULAR é a dor no território de distribuição de uma ou mais raízes sensitivas. Geralmente, é descrita como latejante, em queimação, em choque ou em ferroadas. ✓ COMPRESSÃO MEDULAR Resulta de processos que comprimem ou deslocam os espaços dos líquidos arterial, venoso ou cefalorraquidiano, bem como a própria medula. A compressão da medula espinhal é uma condição devastadora que afeta pessoas de todas as faixas etárias no mundo todo. A epidemiologia depende da causa: Trauma é a principal causa de compressão aguda da medula espinhal entre pessoas de 16 e 30 anos. Queda é a principal causa de lesão medular entre idosos, geralmente relacionada à osteoporose. 805 de todas as pessoas sofrerão dorsalgia relacionada ao disco intervertebral ao longo de sua vida; 90% melhorarão sem cirurgia. 85% de todos os tumores da medula espinhal são metastáticos e acabam causando compressão medular. Principais causas: compressão traumática; secundária ao câncer; abscesso epidural; hematoma epidural. • CAUSAS 1. Hérnias de disco; 2. Estenose do canal vertebral; 3. Artrose da coluna, também conhecida como espondiloartrose; 4. Massas na medula, como tumores ou abscessos; 5. Infecções, como herpes zoster, sífilis, HIV, citomegalovírus ou tuberculose, por exemplo; 6. Radiculopatia diabética; 7. Isquemia, provocada por alterações no fluxo de sangue, em vasculites, por exemplo; 8. Inflamações, como as que ocorrem em casos de polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda e crônica ou na sarcoidose, por exemplo. 9. Traumatismo grave da coluna. 10. Cistos sinoviais. Resultados que indicam compressão da coluna incluem: ✓ Nível sensorial (uma mudança abrupta na sensibilidade abaixo de uma linha horizontal ao longo da coluna vertebral) ✓ Paraparesia flácida ou quadriparesia ✓ Anormalidades de reflexos abaixo do local de compressão ✓ Hiporeflexia de início precoce seguida mais tarde por hiperreflexia ✓ Disfunção do esfíncter. • FISIOPATOLOGIA Lesões na medula espinhal ou das raízes nervosas surgem de alongamento ou pressão. Isso resulta em lesão à substância branca (tratos mielinizados) e à substância cinzenta (corpos celulares) na medula com perda de todas ou algumas das modalidades sensitivas (estímulo doloroso, propriocepção articular, vibração, quente/frio, pressão) e da função motora. A medula espinhal e as raízes nervosas dependem do suprimento constante de sangue para depósitos e substratos energéticos apropriados, para realizar a sinalização axonal. Condições que interferem direta ou indiretamente no suprimento de sangue causarão mau funcionamento das vias de transmissão. Os tratos nervosos mais vulneráveis à pressão mecânica incluem os tratos corticoespinhal e espinocerebelar e as colunas posteriores espinhais. • SINTOMAS Os principais sintomas de radiculopatia dependem do nervo afetado, na maioria das vezes, afetam a região cervical ou lombar, e incluem: Dor; Parestesia; Sensação de dormência; Diminuição dos reflexos; Atrofia dos músculos. https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-da-coluna-vertebral/compress%C3%A3o-da-medula-vertebral ✓ Os sintomas sensoriais são mais comuns que os sintomas motores, e a presença de fraqueza muscular é geralmente um sinal de que a compressão do nervo é mais grave. Os músculos inervados pela raiz motora afetada se tornam fracos e atróficos; também podem ficar flácidos e apresentar fasciculações. O envolvimento da raiz sensorial causa alteração sensorial na distribuição de um dermátomo. Os reflexos tendinosos profundos segmentares correspondentes podem estar diminuídos ou ausentes. ✓ Além de se localizarem na coluna, os sintomas de radiculopatia costumam irradiar para as localidades do corpo que são inervadas pelo nervo comprometido, como braços, mãos, pernas ou pés. Esta área que corresponde à inervação de um nervo é chamada de dermátomo. ✓ A dor pode ser exacerbada por movimentos que transmitem pressão à raiz nervosa através do espaço subaracnóideo (p. ex., movimentar a coluna, tossir, espirrar, manobra de Valsalva). ✓ As lesões na cauda equina, que afetam múltiplas raízes lombares e sacrais, causam sintomas radiculares em ambas as pernas e podem alterar a função esfincteriana e sexual. ✓ Síndrome lombossacral radicular (SLR): dor radicular em uma perna, com ou sem outros sinais irritativos e sintomas neurológicos da raiz do nervo na região lombossacral afetada(s). SLR é frequentemente acompanhada de dor lombar, mas a dor nas pernas está no primeiro plano. Típico para a dor radicular é a irradiação em uma das pernas até a região abaixo do joelho, do tipo pontadas/agulhadas na área de abrangência da raiz do nervo afetado (padrão dermatomal). A causa da SLR é a irritação ou compressão sobre a raiz do nervo, geralmente por uma hérnia de disco. • DAGNÓSTICO ✓ ANAMNESE E EXAME FÍSICO ✓ NEUROIMAGEM ✓ EXAMES ELETRODIAGNÓSTICOS Na anamnese avalia-se: 1. localização e intensidade da dor irradiada; 2. fraqueza e distúrbios sensoriais; 3. tempo de duração, início das queixas e o curso dos sintomas; 4. influência de tosse, espirros e pressão ao defecar na dor nas pernas; 5. influência de repouso, exercício e postura nas queixas; 6. limitações nas atividades diárias; deixar de trabalhar; causas ou efeitos sobre a situação do emprego; 7. episódios anteriores de dores de coluna (inferior); 8. autocuidado e tratamento até o presente. No exame físico avalia-se (lombossacral): 1. localização da dor: de acordo com padrão dermatomal; 2. teste de Lasègue: se positivo, o ângulo em que o paciente relata dor (entre 35 e 70°) configurando lesão em L4, L5 e S1. 3. Sinal das pontas: quando o paciente não consegue caminhar apoiado nos calcanhares que indica compressão de L5 no lado acometido; ou se não consegue andar apoiado na ponta dos pés, o que indica compressão de S1 do mesmo lado. 4. reflexos do tendão de Aquiles e patelar; 5. a sensibilidade da borda lateral e medial do pé e dedos do pé; 6. a força do dedão do pé em extensão, andar na ponta dos pés e calcanhares (diferenças esquerda/direita). Nos exames complementares: 1. Os sintomas radiculares devem ser investigados por TC ou RMN da área afetada, além da radiografia. O RNM é a primeira opção de estudo de imagem para suspeita de compressão da medula de qualquer etiologia. As radiografias serão de valor limitado se as possibilidades de diagnóstico forem prolapso de disco ou estenose da coluna vertebral. No caso de trauma, radiografias combinadas com tomografia computadorizada (TC) são a primeira opção de teste. No diagnóstico de tumores, as radiografias requerem 50% de perda óssea antes que possa ser observada alteração significativa. A TC é mais bem usada em combinação com a mielografia ou quando a RNM não estiver disponível. Pode ser usada para planejamento cirúrgico. Distingue a compressão neural de ossos e ligamentos ou protusão discal. 2. Mielografia só é necessária se RM é contraindicada (p. ex., por causa de um marcapasso implantado ou presença de outros metais) e a TC é inconclusiva. O exame de eletroneuromiografia (ENMG) pode ser útil em muitos casos, pois avalia a presença de lesões que afetam os nervos e músculos, sendo capaz de registrar a condução de um impulso elétrico em um nervo. Este exame é especialmente indicado quando há dúvidas sobre a causa dos sintomas, podendo confirmar se há mesmo uma lesão no nervo ou se háoutros tipos de doenças neurológicas associadas. 3. Se a imagem não detectar anormalidades anatômicas, analisa-se o LCR para verificar causas infecciosas ou inflamatórias e faz-se uma glicemia de jejum para avaliar diabetes. Os exames laboratoriais geralmente não são úteis para estabelecer o diagnóstico para compressão da medula associada a tumor, trauma ou disco, mas pode auxiliar no diagnóstico de infecção. VHS e PCR são marcadores inespecíficos de infecção e inflamação. A elevação persistente pode indicar osteomielite ou abscesso epidural. Biópsia no caso de tumor. Estudos urodinâmicos são úteis para avaliar o grau e a causa da disfunção do esfíncter, assim como para monitorar a recuperação da função da bexiga após a cirurgia de descompressão. • TRATAMENTO ✓ Dor aguda requer analgésicos adequados (p. ex., paracetamol, AINEs, às vezes, opioides). Se os sintomas não são aliviados com analgésicos não opioides, corticoides podem ser administrados sistemicamente ou como uma injeção epidural. ✓ Pode ser difícil tratar dor crônica; paracetamol e AINEs costumam ser apenas parcialmente eficazes e o uso crônico de AINEs tem riscos substanciais. Opioides têm alto risco de vício. Antidepressivos tricíclicos e anticonvulsivantes podem ser eficazes, assim como fisioterapia e consulta com um profissional de saúde mental. Para alguns pacientes, tratamentos médicos alternativos (p. ex., estimulação elétrica nervosa transdérmica, manipulação espinhal, acupuntura, ervas medicinais) podem ser experimentados se todos os outros tratamentos são ineficazes. Além de antibióticos, no caso de abscessos. ✓ Inclui também a realização de fisioterapia, com exercícios de alongamento, manipulação das vértebras e fortalecimento muscular, por exemplo, o que pode levar à cura dos sintomas ou, pelo menos, aliviá-los. ✓ O médico pode recomendar a cirurgia da coluna. O objetivo da cirurgia é aliviar os sintomas e prevenir ainda mais danos através da remoção da causa de pressão sobre as raízes do nervo espinhal. A síndrome da cauda equina precisa de descompressão de emergência do canal vertebral dentro de 48 horas após o início dos sintomas. ✓ Em pacientes com radiculopatia e dor radicular, nem sempre é fácil identificar corretamente a raiz espinal comprometida, seja porque os métodos de imagem mostram doença em mais de uma raiz, seja pela associação com dor de outras etiologias (p. ex., osteoartrose do quadril), ou ainda pela dificuldade de avaliar pacientes. Nesses pacientes, a infiltração do nervo espinal correspondente com anestésicos locais pode ser um eficiente auxiliar diagnóstico. A localização da vértebra correta (geralmente lombar) é feita por radioscopia ou tomografia axial computadorizada (TAC) e a agulha é direcionada para o forame intervertebral por meio da punção paravertebral. O contato da agulha no nervo deveria provocar parestesia e dor com a localização e característica da dor pesquisada. A radiculalgia deve desaparecer ao menos pelo tempo de duração do anestésico em um bloqueio de sucesso. A partir de um bloqueio positivo, o neurocirurgião pode planejar a descompressão cirúrgica. https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/diabetes-melito-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-de-carboidratos/diabetes-melito-dm#v988339_pt https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dor/dor-cr%C3%B4nica#v1033749_pt https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/t%C3%B3picos-especiais/reabilita%C3%A7%C3%A3o/medidas-de-reabilita%C3%A7%C3%A3o-para-tratamento-da-dor-e-inflama%C3%A7%C3%A3o#v1129280_pt https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/t%C3%B3picos-especiais/reabilita%C3%A7%C3%A3o/medidas-de-reabilita%C3%A7%C3%A3o-para-tratamento-da-dor-e-inflama%C3%A7%C3%A3o#v1129280_pt https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/t%C3%B3picos-especiais/medicina-integrativa,-complementar-e-alternativa/quiropraxia https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/t%C3%B3picos-especiais/medicina-integrativa,-complementar-e-alternativa/acupuntura https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/t%C3%B3picos-especiais/suplementos-alimentares/vis%C3%A3o-geral-dos-suplementos-alimentares
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