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Curso Saúde 10 
Semestral 2020.2 - Apostila 2 
 
 
 
 
 
 
 
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Crise de 1929 e o Nazi-Fascismo 
Aulas 
09 e 10 
ANTECEDENTES 
Após a primeira guerra mundial (1918), os EUA eram o 
país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os 
EUA também eram os maiores produtores de aço, comida 
enlatada, máquinas, petróleo, carvão…. 
Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana 
continuava crescendo causando euforia entre os empresários. 
Foi nessa época que surgiu a famosa expressão ―American 
Way of Life‖ (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o 
estilo de vida dos americanos. 
A década de 20 ficou conhecida como os ―Loucos Anos 
20‖. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, 
bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema 
tornou-se uma grande diversão. 
Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa 
época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia 
econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido 
como o ―Grande Boom‖) era artificial e aparente, portanto logo 
se desfez. 
De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa 
prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas 
empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a 
pior crise econômica da história do capitalismo. 
 
VÁRIOS FATORES CAUSARAM ESSA CRISE: 
– Superprodução agrícola: formou-se um excedente de 
produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não 
encontrava comprador, interna ou externamente. 
 
– Diminuição do consumo: a indústria americana 
cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não 
acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de 
indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias 
delas faliram. 
 
– Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e 
ninguém se metia. 
 
 
Quebra da Bolsa de Nova York 
De 1920 a 1929, os americanos compraram ações de 
diversas empresas. De repente o valor das ações começaram a 
cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém 
queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa 
―Quinta-Feira Negra‖ (24/10/1929 – dia que a Bolsa sofreu a 
maior baixa da história). 
Se o valor das ações de uma empresa está desabando, 
o empresário tem medo de investir capital nessa empresa. Se 
ele investe menos, produzirá menos; se produz menos, então, 
não há motivo para tantos empregados, o que levará o 
empresário a demitir o pessoal. 
Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à 
falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro 
não receberam de volta o empréstimo e faliram também. 
A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. 
Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não 
tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O 
número de mendigos aumentou. 
A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a 
economia norte-americana era a alavanca do 
capitalismo mundial. Para termos uma idéia, logo após a quebra 
da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio 
também quebraram. 
A crise fez com que os EUA importassem menos de 
outros países, como conseqüência os outros países que 
exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias 
encalhadas e, automaticamente, entravam na crise. 
 
 
O NEW DEAL 
Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi 
eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New 
Deal. O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os 
empresários, corrigindo os investimentos arriscados e 
fiscalizando as especulações nas bolsas de valores. 
Outra medida foi a criação de um programa de obras 
públicas. O governo americano criou empresas estatais e 
construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, 
aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas 
voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego 
também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que 
protegiam os trabalhadores e os desempregados. 
Para acabar com a superprodução, o governo aplicava 
medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: 
comprava e queimava estoques de cereais, ou então, pagava 
aos agricultores para que não produzissem. 
O New Deal alcançou bons resultados para a economia 
norte-americana. 
Essa terrível crise que atravessou a década ficou 
conhecida como Grande Depressão. 
Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram 
superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o 
Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a 
ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural 
para a crise do sistema capitalista. 
Na década de 30, ocorreu a chamada ―Política de 
Agressão (dos regimes totalitários – Alemanha, Itália e Japão) e 
Apaziguamento das Democracias Liberais (Inglaterra e França)‖. 
A política de agressão culminou em 1939 quando a 
Alemanha nazista invadiu a Polônia dando por iniciada a 
Segunda Grande Guerra. 
 
 
O NAZI-FASCISMO 
 
O Movimento Nazi-Fascista 
Apregoando um intenso fervor nacionalista, o movimento 
fascista (do latim fascio = feixe), surgido em 1919, logo após o 
findar da Primeira Guerra Mundial, transformou-se num 
fenômeno político internacional. Tendo seu epicentro na Itália, 
mergulhada em profunda crise socio-política, dali o fascismo, 
tornado-se hegemônico sobre os demais partidos da ultra-direita, 
expandiu-se, com maior ou menor presença, por quase todo o 
mundo. No entanto, em cada lugar em que se organizou 
assumiu uma denominação, um líder e uma simbologia própria, 
que diferia das demais agremiações da mesma ideologia. 
 
http://www.infoescola.com/historia/primeira-guerra-mundial/
http://www.infoescola.com/historia/crise-de-1929-grande-depressao/
http://www.infoescola.com/historia/capitalismo/
http://www.infoescola.com/economia/bolsa-de-valores/
http://www.infoescola.com/historia/crise-de-1929-grande-depressao/
http://www.infoescola.com/historia/segunda-guerra-mundial/
 
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4 História 
A Militarização da Política 
No início os seus militantes e principais quadros 
partidários foram largamente preenchidos por ex-combatentes, 
por veteranos da Primeira Guerra Mundial, que se sentiram 
frustrados, excluídos, quando não traídos pelos governos do 
após-guerra. Dai entender-se que tanto os chefes do movimento 
nazi-fascista (como Hitler e Mussolini) como seus seguidores 
mais próximos serem oriundos das trincheiras, e que, mesmo na 
paz, continuavam usando uniforme e celebrando a vida de 
soldados. Comportavam-se eles como se ainda estivesse entre 
seus camaradas no fronte de guerra. O fascismo foi, portanto, 
uma militarização da política, a transposição para a vida civil dos 
hábitos e costumes adquiridos por uma geração inteira de 
europeus que passaram quatro anos da sua existência 
condicionados pela brutal experiência de uma guerra terrível. 
Essa experiência militar deles fez com que 
os partidos fascistas não somente usassem uniforme e 
obedecessem ao seu chefe do mesmo modo que os soldados 
seguem o seu general, como entendessem a política como um 
campo de batalha, na qual seus adversários não era vistos como 
rivais num quadro eleitoral, mas sim inimigos a serem 
encarcerados ou eliminados no futuro. A militarização da vida 
política, com o partido organizado como fosse um regimento do 
exército, disciplinado e obediente à uma hierarquia, teve como 
conseqüência a determinação deles de submeterem a sociedade 
civil por inteiro às regras militares. O que conduziu a que 
levassem a quartelização da sociedade por inteiro. Entendiam 
que travavam agora, finda a guerra, uma batalha para salvar a 
pátria, a sua pátria, ameaçada pela subversão comunista 
(inspirada na revolução bolchevique que ocorria, desde 1917, na 
Rússia), e pela debilidade dademocracia liberal, incapaz de 
concentrar a energia necessária para retirar a nação da profunda 
crise econômica e moral com que saíra da guerra. 
 
Difusão pelo Mundo 
As ruas de Roma, de Munique, de Berlim, de Madri, e 
até do Rio de Janeiro, enchiam-se de desfiles cívicos de 
militantes que marchavam, embandeirados, aos sons marciais, 
enaltecendo o nacionalismo e os valores pátrios 
que, segundo os fascistas, foram esquecidos ou abertamente 
traídos no período do pós-guerra. Cada organização fascista 
tinha o seu símbolo, sua cor e seu líder absoluto: um chefe, um 
duce, um führer, um caudilho, um chefe, que comandava seus 
homens como um general em tempo de guerra, e a quem seus 
seguidores devotavam verdadeira idolatria, considerando-o uma 
espécie de salva-pátria. Obviamente que os fascistas 
detestavam a democracia. 
 
 
Objetivos Políticos e Raciais 
Tinham os nazi-fascistas 
como objetivo maior, deter a 
subversão social representada pelo 
comunismo. O nazi-fascismo 
transformou o bolchevismo no seu 
inimigo de morte e os comunistas 
não-soviéticos eram vistos como 
meros agentes a serviço do domínio 
mundial daquela potência. Pode-se 
dizer que o fascismo assumiu uma conotação mais radical 
exatamente nos países ou nas sociedades que se sentiam mais 
vulneráveis a uma revolução comunista. Naquelas em que a 
hierarquia social, os valores tradicionais e o ordenamento das 
classes, estavam mais sujeitos a serem derrubados. E, onde, no 
passado recente, a frustração ou a humilhação nacional sofrida 
na guerra ainda não fora esquecida. 
 
 
 
O nazismo, a vertente alemã do fascismo, elegeu ainda, 
como seu pior adversário, além dos já citados comunistas, os 
judeus. Seguidores da tradição anti-semita européia , atribuíam 
a eles todas as desgraças e vexações porque a Alemanha 
passara (a direita alemã debitou à derrota de 1918 aos 
comunistas e aos judeus que teriam dado "uma punhalada nas 
costas" do país). O violento anti-semitismo dele e sua política de 
defesa da eugenia - a obsessão pela pureza racial do homem 
ariano -, fez com que os nazistas terminassem por ordenar, 
entre 1939-45, o maior massacre de seres humanos até hoje 
registrado na história: o holocausto de todos os judeus europeus 
e o extermínio de todos aqueles que , segundo eles, "levavam 
uma vida indigna de ser vivida" (os loucos, menores 
excepcionais, portadores de males genéticos, idosos senis, etc.). 
 
 
 
 
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5 História 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
A.1 (Enem 2019) Essa atmosfera de loucura e irrealidade, 
criada pela aparente ausência de propósitos, é a 
verdadeira cortina de ferro que esconde dos olhos do 
mundo todas as formas de campos de concentração. 
Vistos de fora, os campos e o que neles acontece só 
podem ser descritos com imagens extraterrenas, como se 
a vida fosse neles separada das finalidades deste mundo. 
 
 Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos 
que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível 
que termina levando à aceitação do extermínio como 
solução perfeitamente normal. 
 ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: 
Cia. das Letras, 1989 (adaptado). 
 
 A partir da análise da autora, no encontro das 
temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à 
naturalização do(a) 
a) ideário nacional, que legitima as desigualdades 
sociais. 
b) alienação ideológica, que justifica as ações individuais. 
c) cosmologia religiosa, que sustenta as tradições 
hierárquicas. 
d) segregação humana, que fundamenta os projetos 
biopolíticos. 
e) enquadramento cultural, que favorece os 
comportamentos punitivos. 
 
A.2 (Uece 2019) Atente para as seguintes afirmações a 
respeito dos elementos do totalitarismo nazista: 
I. Ideologicamente o nazismo se utiliza da propaganda e 
de organizações de massa para construir o consenso. 
II. O racismo promovido por meio das Leis de Nuremberg 
e a prática da eutanásia aniquilam a diversidade. 
III. Utiliza o terror por meio da SS, Gestapo e campos de 
concentração para promover a repressão da 
dissidência. 
 
É correto o que se afirma em: 
a) II e III apenas. 
b) I, II e III. 
c) I e II apenas. 
d) I e III apenas. 
 
A.3 (Enem 2017) O New Deal visa restabelecer o equilíbrio 
entre o custo de produção e o preço, entre a cidade e o 
campo, entre os preços agrícolas e os preços industriais, 
reativar o mercado interno – o único que é importante – 
pelo controle de preços e da produção, pela revalorização 
dos salários e do poder aquisitivo das massas, isto é, dos 
lavradores e operários, e pela regulamentação das 
condições de emprego. 
 CROUZET, M. Os Estados perante a crise, In: História geral das 
civilizações. São Paulo: Difel, 1977 (adaptado). 
 Tendo como referência os condicionantes históricos do 
entreguerras, as medidas governamentais descritas 
objetivavam 
a) flexibilizar as regras do mercado financeiro. 
b) fortalecer o sistema de tributação regressiva. 
c) introduzir os dispositivos de contenção creditícia. 
d) racionalizar os custos da automação industrial 
mediante negociação sindical. 
e) recompor os mecanismos de acumulação econômica 
por meio da intervenção estatal. 
 
A.4 (Enem PPL 2017) Mas a Primeira Guerra Mundial foi 
seguida por um tipo de colapso verdadeiramente mundial, 
sentido pelo menos em todos os lugares em que homens e 
mulheres se envolviam ou faziam uso de transações 
impessoais de mercado. Na verdade, mesmo os 
orgulhosos EUA, longe de serem um porto seguro das 
convulsões de continentes menos afortunados, se 
tornaram o epicentro deste que foi o maior terremoto global 
medido na escala Richter dos historiadores econômicos – 
a Grande Depressão do entreguerras. 
 HOBSBAWM, E. J. Era dos extremos: o breve século XX 
(1914-1991). São Paulo: Cia. das Letras, 1995. 
 
 A Grande Depressão econômica que se abateu nos EUA e 
se alastrou pelo mundo capitalista deveu-se ao(à) 
a) produção industrial norte-americana, ocasionada por 
uma falsa perspectiva de crescimento econômico pós-
Primeira Guerra Mundial. 
b) vitória alemã na Primeira Grande Guerra e, 
consequentemente, sua capacidade de competição 
econômica com os empresários norte-americanos. 
c) desencadeamento da Revolução Russa de 1917 e a 
formação de um novo bloco econômico, capaz de 
competir com a economia capitalista. 
d) Guerra Fria, que caracterizou o período de 
entreguerras, provocando insegurança e crises 
econômicas no mundo. 
e) tomada de medidas econômicas pelo presidente norte-
americano Roosevelt, conhecidas como New Deal, que 
levaram à crise econômica no mundo. 
 
 
 
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6 História 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
F.1 (UECE-) São conseqüências da quebra da Bolsa de 
Valores de Nova Iorque, em outubro de 1929: 
a) fortalecimento de regimes democráticos na Itália e na 
Alemanha, e o fortalecimento internacional das 
economias japonesas e alemã. 
b) a crise na produção das nações capitalistas, com uma 
grande onda de desemprego e o fortalecimento dos 
movimentos antidemocráticos. 
c) o fortalecimento dos regimes democráticos nos países 
europeus e o crescimento industrial acelerado nos 
países do terceiro Mundo. 
d) a descolonização das nações africanas e asiáticas. 
 
F.2 (UECE-) Os estados liberais e capitalistas do Ocidente, em 
conseqüência da crise econômica que se seguiu à quebra 
da Bolsa de Nova Iorque, em 1929: 
a) não alteraram a linha tradicional de sua política do 
"Laissez-Faire, Laissez-Passer.‖ 
b) continuaram seguindo a doutrina que estabelece que o 
Estado deve se limitar a garantir a ordem pública, a 
propriedade privada e a segurança das pessoas. 
c) abandonaram a economia de mercado e seguirama 
orientação marxista de socialização dos meios de 
produção. 
d) assumiram o caráter de estado social e passaram a 
intervir na economia para garantir ―o crescimento 
econômico" o emprego e o bem-estar social. 
 
F.3 (UFMG) Após a quebra da Bolsa de Nova York, o sistema 
capitalista parecia estar a beira de um colapso total. Ao 
estudar a natureza do mal que colocava em risco a 
existência do sistema, o economista John Maynard Keynes 
(1883-1946) propôs que: 
a) a classe operária se rebelasse contra a ordem 
capitalista e instaurasse uma ditadura do proletariado. 
b) as grandes empresas monopolistas liderassem o 
movimento de reestruturação do sistema capitalista. 
c) o crescimento da população fosse submetido a 
mecanismos de controle demográfico. 
d) o governo recolhesse o excesso de poupança, 
mediante empréstimos, e o investissem em projetos de 
utilidade social. 
e) os indivíduos procurassem, cada um por si, encontrar o 
emprego mais vantajoso para os seu capital. 
 
F.4 A política do New Deal pelo Presidente Franklin Roosevelt 
nos Estados Unidos contempla os seguintes aspectos, 
exceto: 
a) Representou uma intervenção do Estado na economia 
americana a fim de retirar o país da crise em que se 
encontrava; 
b) Controle, através do governo, do preço dos produtos; 
c) Pode ser caracterizado como capitalismo de Estado; 
d) Ratificar os princípios da livre-iniciativa e livre-
concorrência, de total liberdade para a produção e 
especulação, como elementos norteados da economia 
de mercado norte-americana. 
F.5 (UNIFOR) O New Deal, política de recuperação econômica 
e social adotada pelos Estados Unidos no contexto dos 
desdobramentos da crise de 1929, propunha, dentre outras 
medidas: 
a) a liberação dos preços dos produtos básicos e o 
aumento da jornada de trabalho. 
b) o fim da intervenção do Estado na economia e a 
utilização do trabalho do menor. 
c) a proibição da formação de associações sindicais e a 
extinção da previdência social. 
d) a concessão de empréstimos aos fazendeiros 
arruinados e o aumento dos salários dos operários. 
e) o incentivo à utilização do capital estrangeiro e a 
liberdade para a formação de cartéis. 
 
F.6 (VUNESP) A crise capitalista desencadeada em 1929 nos 
EUA e na Europa Ocidental estendeu-se para a América 
Latina contribuindo para: 
a) a revogação de todas as tarifas protecionistas, o 
intervencionismo estatal e a substituição de 
importações. 
b) abalar o poder das oligarquias e o surgimento de 
regimes populistas e ditaduras conservadoras. 
c) a modernização do campo através do deslocamento de 
mão-de-obra que sobrevivia precariamente nas 
cidades. 
d) Juan Domingo Perón destacar-se como governante 
populista no México. 
e) a ruptura da estrutura de espoliação do povo latino-
americano. 
 
F.7 (UNIFOR) ―... na nossa progressão no rumo de volta ao 
trabalho, necessitamos de duas garantias contra os erros 
da velha ordem: deve haver uma estrita supervisão de 
todos os bancos, créditos e investimentos ... e deve haver 
a previsão de uma adequada e sólida moeda.‖ 
 
As palavras de Roosevelt, ao propor o New Deal, fazem 
uma crítica ao fator responsável pela crise de 1929, 
a) o intervencionismo estatal. 
b) o lastro ouro. 
c) a inflação sazonal. 
d) o liberalismo econômico. 
e) a sociedade de consumo. 
 
F.8 (UFPI) A crise de 1929, iniciada nos Estados Unidos, deve 
ser entendida como: 
a) decorrente da dependência da economia norte-
americana e relação à economia mundial. 
b) conseqüência do mau planejamento dos economistas 
adeptos do liberalismo. 
c) uma crise do sistema capitalista, que, produzindo para 
o lucro, sem que os consumidores tivessem condições 
de consumir, provocou uma crise de superprodução. 
d) uma crise advinda do fato de os produtos serem 
produzidos em pequena escala e do poder aquisitivo do 
consumidor ser muito grande, em face do que as 
mercadorias começam a faltar no mercado. 
e) um erro da tentativa de recuperação econômica 
idealizada por Roosevelt e seus assessores diretos. 
 
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7 História 
F.9 (UFMA) A ascensão do democrata Roosevelt à presidência 
dos Estados Unidos, em 1933, levou à adoção de um 
programa econômico para combater a crise deflagrada em 
1929. O New Deal indicava que: 
a) Tornava-se necessária a intervenção do Estado na área 
social e em alguns setores da economia. 
b) O liberalismo fortalecia-se como base da política 
econômica. 
c) A estatização da economia era a saída para a crise 
americana. 
d) A ação do Estado deveria restringir-se à seguridade 
social. 
e) Nenhuma das respostas anteriores está correta. 
 
F.10 (UFMG) A experiência nazista alemã inaugurou uma nova 
modalidade na política: as grandes manifestações de 
massa. Todas as alternativas apresentam afirmações que 
contêm estratégias utilizadas na mobilização das massas 
no período nazista, EXCETO: 
a) O Fuhrer estimulou o uso do uniforme para dissimular 
as diferenças sociais e projetar a imagem dos alemães 
como uma nação coesa; 
b) o governo alemão atribuía enorme importância à 
política de rua pela capacidade de ela transmitir 
sensação de conforto e encorajamento à multidão; 
c) o governo nazista musicou, filmou e teatralizou os 
assuntos políticos para atrair a multidão aos eventos 
públicos; 
d) o governo alemão estimulou linchamentos e execuções 
em praça pública visando ao incitamento ideológico e à 
difusão do ódio racial contra os muçulmanos; 
e) os nazistas organizaram paradas, desfiles e 
concentrações de rua como grandes espetáculos, com 
a intenção de emocionar e contagiar multidão. 
 
F.11 (UFSM) Observe a figura: 
 
Disponível em www.bricabrac.com.br 
 
Quanto ao Super-Homem, criado em 1938, pode-se 
afirmar que cumpriu o papel de 
a) estimular a conciliação entre americanos e nazistas. 
b) restabelecer os valores que orientaram a formação dos 
EUA. 
c) difundir o ideário da participação coletiva própria do 
capitalismo liberal. 
d) produzir reflexão crítica a respeito do individualismo 
burguês. 
e) fortalecer a auto-estima da sociedade abalada pela 
depressão econômica. 
 
F.12 (IFSP 2011) Em seu discurso de posse, em 1933, o 
presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, tentou 
encorajar seus compatriotas: ―O único medo que devemos 
ter é do próprio temor.Uma multidão de cidadãos 
desempregados enfrenta o grave problema da subsistência 
e um número igualmente grande recebe pequeno salário 
pelo seu trabalho.Somente um otimista pode negar as 
realidades sombrias do momento.‖ 
O problema que atemorizava os EUA, cujos efeitos 
foram desemprego e baixos salários, referido pelo 
presidente Roosevelt, era: 
a) a Primeira Guerra Mundial, em que os EUA lutaram ao 
lado da Tríplice Entente contra a Tríplice Aliança, 
obtendo a vitória após três anos de combate. 
Entretanto, a vitória não trouxe crescimento 
econômico, mas, sim, desemprego e fome. 
b) a Segunda Guerra Mundial, quando os norte-
americanos lutaram ao lado dos Aliados contra o Eixo 
nazifascista. Embora vencedores, o ônus financeiro da 
guerra foi muito pesado. 
c) a Guerra do Vietnã, quando os EUA apoiaram o Vietnã 
do Sul contra o avanço comunista do Vietnã do Norte , 
tendo gasto milhões de dólares em uma guerra 
infrutífera. 
d) a depressão de 1929, causada pela existência de uma 
superprodução, acompanhada de um subconsumo, 
crise típica de um Estado Liberal. 
e) a primeira Guerra do Golfo, quando o Iraque invadiu o 
Kuwait e os EUA , na defesa de seus interesses 
petrolíferos, invadiram o Iraque na defesa de seu 
pequeno estado aliado. 
 
F.13 (IFSP 2011) O período entre guerras (1918-1939) foi 
marcado: 
a) pela vitória das ideias liberais, pelas democraciasna 
Europa, pela crise econômica nos EUA, devido aos 
grandes gastos com a Primeira Guerra Mundial. 
b) pela rápida recuperação da Alemanha, uma das 
nações perdedoras na Primeira Guerra Mundial, 
graças ao Plano Marshall implantado pelos Estados 
Unidos. 
c) pelo gangsterismo nos EUA devido à Lei Seca, pelo 
surgimento de regimes totalitários, como o Nazismo e 
o Fascismo, pelo crescimento da intolerância e do 
racismo. 
d) pelo grande crescimento científico ocorrido 
principalmente com a Primeira Guerra Mundial. O 
homem descobriu novos remédios, como a penicilina, 
e a força atômica, usada pela Alemanha na Segunda 
Guerra Mundial. 
e) pela ―belle époque‖, os chamados anos dourados, pela 
vida luxuosa da burguesia europeia, enriquecida com a 
Primeira Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, a miséria 
devastava a Rússia, o que a levou à 1ª revolução 
socialista da História. 
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8 História 
F.14 (CFTMG 2010) A questão refere-se à tabela seguinte. 
 
Índice de preços e salários nos Estados Unidos 
 
 
Analisando esses dados, conclui-se, corretamente, que a 
crise 
a) fez parte da Grande Depressão atenuada pelos efeitos 
da implementação do New Deal. 
b) afetou os preços da economia americana com impacto 
significativo na massa salarial. 
c) foi de superprodução, pois os preços se elevaram, 
devido à grande quantidade de produtos disponíveis. 
d) constitui uma avaliação histórica equivocada, uma vez 
que no ano de 1929, a economia americana era 
satisfatória. 
 
F.15 (UFMG 2008) Leia este trecho: 
―Camisas negras de Milão, camaradas operários! Há cinco 
anos as colunas de um templo que parecia desafiar os 
séculos desabaram. O que havia debaixo destas ruínas? O 
fim de um período da história contemporânea, o fim da 
economia liberal e capitalista [...] Diante deste declínio 
constatado e irrevogável, duas soluções aparecem: a 
primeira seria estatizar toda a economia da Nação. 
Afastamo-la, pois não queremos multiplicar por dez o 
número dos funcionários do Estado. Outra impõe-se pela 
lógica: é o corporativismo englobando os elementos 
produtores da Nação e, quando digo produtores, não me 
refiro somente aos industriais mas também aos operários. 
O fascismo estabeleceu a igualdade de todos diante do 
trabalho. A diferença existe somente na escala das 
diversas responsabilidades. [...] 
O Estado deve resolver o problema da repartição de 
maneira que não mais seja visto o fato paradoxal e cruel 
da miséria no meio da opulência.‖ 
(Discurso de Mussolini dirigido aos operários milaneses, em 7 de 
outubro de 1934. In: MATTOSO, Kátia M. de Queirós. Textos e 
documentos para o estudo da história contemporânea (1789-
1963). São Paulo: Hucitec: Edusp, 1977. p. 175-177.) 
 
A partir dessa leitura e considerando-se outros 
conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar 
que o fascismo italiano: 
a) era anticapitalista e se propunha instalar uma nova 
ordem social coletivista, sem classes. 
b) fazia uma defesa veemente do trabalho, destacando-o 
como elemento unificador das forças sociais. 
c) propunha a união do capital e do trabalho, mediada 
pelo Estado e baseada no corporativismo. 
d) se considerava criador de um tempo e de um homem 
novos, no que rivalizava com o discurso socialista. 
 
F.16 (UECE) São características dos movimentos fascistas: 
a) a defesa das instituições da democracia liberal; 
b) o combate ao nacionalismo e a defesa do 
cosmopolitismo; 
c) o pacifismo e a não aceitação de quaisquer métodos 
violentos; 
d) o nacionalismo exacerbado e o emprego da violência. 
 
F.17 (FUVEST) Entre as características dos regimes nazi-
fascistas destacam-se: 
a) anti-arianismo e nacionalismo exacerbado; 
b) desenvolvimento artístico sem intervenção do Estado; 
c) política expansionista de características mercantilistas; 
d) sistema de partido único e espaço vital; 
e) tolerância religiosa e pluralismo político e cultural. 
 
F.18 (IMES-SP) ―Tudo para o Estado, nada contra o Estado, 
ninguém fora do Estado (...). O Estado (...) deve ser o 
zeloso guardião, o defensor e o propagador da tradição 
nacional, do sentimento nacional, da vontade nacional." 
(Benito Mussolini) 
 O princípio ideológico básico dos regimes políticos 
surgidos na ltália e na Alemanha, no período entre as 
guerras mundiais, tinha por fundamento: 
a) a recusa dos princípios anti-racionais de exaltação da 
força física e da violência; 
b) o apoio político tanto ao internacionalismo proletário 
quanto ao internacionalismo financeiro; 
c) a crença no princípio de que a liberdade individual é o 
fim principal da sociedade industrial-tecnológica; 
d) a afirmação do nacionalismo e a negação dos valores 
da democracia parlamentar e do Estado liberal; 
e) o respeito à existência de diferentes correntes de 
pensamento, expressa na participação de numerosos 
partidos na condução dos problemas nacionais. 
 
F.19 (UESPI 2012) Os sistemas políticos totalitários utilizaram-
se da violência e tumultuaram os sonhos dos democratas 
durante o século XX. Formaram-se ditaduras que 
defendiam a intolerância contra os adversários e o reforço 
das tradições mais conservadoras. Na Espanha, por 
exemplo, o totalitarismo: 
a) ocorreu nas primeiras décadas do século citado, com 
forte apoio do nazismo alemão e com a reação dos 
combates anarquistas. 
b) teve apoio de muitos membros da Igreja Católica e 
perseguiu os anarquistas que lhe faziam oposição. 
c) conseguiu a ajuda militar de Portugal e da Itália, 
ficando no poder durante duas décadas, marcadas, 
assim, pela opressão política. 
d) contou com o apoio de Igreja Católica, mas não firmou 
alianças com os outros totalitarismos da época. 
e) organizou seus principais quadros políticos na cidade 
de Barcelona, criando brigadas e polícias secretas 
violentas. 
 
F.20 (FGV-RJ 2012) O período entre as duas grandes guerras 
mundiais, de 1918 a 1939, caracterizou-se por uma intensa 
polarização ideológica e política. Assinale a alternativa que 
apresenta somente elementos vinculados a esse período: 
a) New Deal; Globalização; Guerra do Vietnã. 
b) Guerra do Vietnã; Revolução Cubana; Muro de Berlim. 
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9 História 
c) Guerra Civil Espanhola; Nazifascismo; Quebra da 
Bolsa de Nova York. 
d) Nazifascismo; New Deal; Crise dos Mísseis. 
e) Doutrina Truman; República de Weimar; Revolução 
Sandinista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO DE FIXAÇÃO 
Questões F1 F2 F3 F4 F5 
Respostas B D D D D 
Questões F6 F7 F8 F9 F10 
Respostas B D C A D 
Questões F11 F12 F13 F14 F15 
Respostas E D C A A 
Questões F16 F17 F18 F19 F20 
Respostas D D D B C 
 
 
Simétrico Pré-Universitário - simetrico.com.br - / cursosimetrico - (85) 3458.1406 - (85) 99708.3232Segunda Guerra Mundial (1939-1945) 
Guerra Fria 
 
Aulas 
11 e 12 
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945) 
 
 
Dia D: Soldados aliados desembarcam na Normandia 
 
INTRODUÇÃO 
 
As Causas da Segunda Guerra Mundial 
Um conflito desta magnitude não começa sem 
importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários 
fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na 
Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia. 
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na 
década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes 
objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o 
nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território 
Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive 
reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália 
estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito 
Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem 
limites. 
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma 
grave crise econômica no início da década de 1930, com 
milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas 
pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, 
principalmente na criação de indústrias de armamentos e 
equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc). 
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de 
expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da 
região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-
se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características 
militares e com planos de conquistas elaborados em comum 
acordo. 
 
 
O Início 
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o 
exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a 
Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a 
política de alianças militares existentes na época, formaram-se 
dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e 
Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ). 
Desenvolvimento e 
Fatos Históricos Importantes 
 O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, 
lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou 
o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e 
territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, 
enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia. 
 Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de 
Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, 
considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados 
Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas. 
 De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com 
as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. 
Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que 
sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os 
aliados ganharam força nas frentes de batalhas. 
 O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região 
de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força 
Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados 
brasileiros conquistam a região, somando uma importante 
vitória ao lado dos Aliados. 
 
 
Final e Consequências 
Este importante e triste conflito terminou somente no ano 
de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último 
país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte 
ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas 
sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação 
desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos 
japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas 
cidades. 
 
 
Bomba Atômica explode na cidade japonesa de Hiroshima 
 
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os 
países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades 
destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas 
incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida 
grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram 
para campos de concentração e mataram aproximadamente seis 
milhões de judeus. 
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU 
(Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria 
a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um 
período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados 
opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma 
disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e 
o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar 
suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados. 
http://www.suapesquisa.com/geografia/asia.htm
http://www.suapesquisa.com/pesquisa/tratado_de_versalhes.htm
http://www.suapesquisa.com/primeiraguerra
http://www.suapesquisa.com/industrial
http://www.suapesquisa.com/paises/japao
http://www.suapesquisa.com/paises/polonia
http://www.suapesquisa.com/paises/alemanha
http://www.suapesquisa.com/paises/noruega
http://www.suapesquisa.com/afric
http://www.suapesquisa.com/pesquisa/havai.htm
http://www.suapesquisa.com/paises/eua
http://www.suapesquisa.com/guerrafria
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/geopolitica.htm
http://www.suapesquisa.com/geografia/socialismo
 
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11 História 
 
HISTÓRIA DA GUERRA FRIA 
 
 
Construção do Muro de Berlim 
 
 
INTRODUÇÃO 
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra 
Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão 
disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo. 
A União Soviética possuía um sistema socialista, 
baseado na economia planificada, partido único 
(Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já 
os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a 
expansão do sistema capitalista, baseado na economia de 
mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na 
segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas 
potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas 
políticos e econômicos. 
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito 
que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um 
embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. 
Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com 
centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto 
significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no 
planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em 
outros países como, por exemplo, na Coreia e no Vietnã. 
 
 
PAZ ARMADA 
Na verdade, uma expressão explica muito bem este 
período: a existência da Paz Armada. As duas potências 
envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando 
exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. 
Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, 
a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo. 
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo 
objetivo era defender os interesses militares dos países 
membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico 
Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados 
Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente 
na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela 
União Soviética e defendia militarmente os países socialistas. 
Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, 
Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, 
Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia. 
Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : 
URSS, Cuba, China, Coreia do Norte, Romênia, Alemanha 
Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia. 
 
Corrida Espacial 
EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que 
se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar 
atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia 
uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar 
para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 
1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o 
primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, 
o mundo todo pôde acompanharpela televisão a chegada do 
homem a lua, com a missão espacial norte-americana. 
 
Caça às Bruxas 
Os EUA liderou uma forte política de combate 
ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, 
a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias 
em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o 
"american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos 
ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao 
socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano 
Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. 
Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, 
como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia 
de ruim no planeta. 
Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e 
seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos 
aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. 
Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. 
Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de 
ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia 
aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os 
serviços secretos soviéticos. 
 
A DIVISÃO DA ALEMANHA 
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em 
duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A 
República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, 
ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A 
República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte 
capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A 
cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que 
venceram a guerra: URSS, EUA, França e Inglaterra. Em 1961 
foi levantado o Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas 
partes: uma capitalista e outra socialista. 
 
“Cortina de Ferro” 
Em 1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) 
fez um famoso discurso nos Estados Unidos, usando a 
expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência da 
União Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. 
Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra 
Mundial, a URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores 
ocidentais (democracia e liberdade, principalmente). 
 
PLANO MARSHALL E COMECON 
As duas potências desenvolveram planos para 
desenvolver economicamente os países membros. No final da 
década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano 
Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através 
de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados 
pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela 
URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os 
países socialistas. 
http://www.suapesquisa.com/cidadesdomundo/berlim.htm
http://www.suapesquisa.com/segundaguerra
http://www.suapesquisa.com/segundaguerra
http://www.suapesquisa.com/geografia/socialismo
http://www.suapesquisa.com/capitalismo
http://www.suapesquisa.com/paises/eua
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/otan.htm
http://www.suapesquisa.com/paises/belgica
http://www.suapesquisa.com/paises/holanda
http://www.suapesquisa.com/paises/dinamarca
http://www.suapesquisa.com/grecia
http://www.suapesquisa.com/historia/china
http://www.suapesquisa.com/paises/coreia_do_norte
http://www.suapesquisa.com/paises/romenia
http://www.suapesquisa.com/paises/polonia
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/comunismo.htm
http://www.suapesquisa.com/musicacultura/cinema_brasileiro.htm
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/ideologia.htm
http://www.suapesquisa.com/paises/alemanha/historia_alemanha.htm
http://www.suapesquisa.com/paises/franca
 
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12 História 
ENVOLVIMENTOS INDIRETOS 
Guerra da Coreia : Entre os anos de 1951 e 1953 a 
Coreia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. 
Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coreia sofre 
pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. 
A região sul da Coreia resiste e, com o apoio militar dos Estados 
Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e 
termina, em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A 
Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema 
socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o sistema 
capitalista. 
Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 
1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os 
soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, 
tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues 
(apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. 
Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos 
combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar 
o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. 
O Vietnã passou a ser socialista. 
 
 
FIM DA GUERRA FRIA 
A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas 
repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do 
socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de 
Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da 
década de 1990, o então presidente da União Soviética 
Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país 
e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA 
e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim 
de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O 
capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos 
países socialistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
A.1 (UECE 2020) O muro de Berlim foi destruído no dia 9 de 
novembro de 1989; com ele caiu o símbolo concreto da 
Guerra Fria e terminou uma fase histórica importante do 
mundo contemporâneo. O muro, que cercava a zona oeste 
da cidade, foi construído na noite entre os dias 12 e 13 de 
agosto de 1961, pelo governo da 
a) República Federal da Alemanha. 
b) União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. 
c) Organização das Nações Unidas. 
d) República Democrática Alemã. 
A.2 (ENEM (Libras) 2017) 
 
 
 
 Produzido e divulgado nos Estados Unidos durante a 
Segunda Guerra Mundial, o cartaz tinha o objetivo político 
de 
a) promover o término do conflito. 
b) justificar o extermínio de judeus. 
c) difundir o sentimento xenofóbico. 
d) reforçar o revanchismo dos derrotados. 
e) enfraquecer o nacionalismo exacerbado. 
 
A.3 (UNICHRISTUS 2020) 
 
 
 
 
 A imagem representa um importante momento de luta dos 
a) estadunidenses na Guerra do Vietnã. 
b) vietnamitas pela independência do colonialismo francês. 
c) brasileiros contra decretação do AI-5. 
d) tchecoslovacos contra a ocupação dos nazistas. 
e) franceses pela ampliação dos direitos civis. 
 
 
 
http://www.suapesquisa.com/historia/guerra_do_vietna.htm
http://www.suapesquisa.com/geografia/florestas_tropicais.htm
http://www.suapesquisa.com/paises/vietna/
 
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13 História 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
F.1 (FGV) Em junho de 1947, o governo dos EUA passou a 
implementar um projeto de reconstrução da Europa 
denominado Plano Marshall. Qual dos tópicos a seguir 
NÃO é uma causa desse plano: 
a) o temor trazido pela criação do Mercado Comum 
Europeu (MCE); 
b) o deslocamento do controle do capitalismo da Europa 
para os EUA e sua crescente influência sobre os 
países europeus; 
c) a necessidade que a Europa tinha de reunir recursos 
para pagar o seu principal credor, os EUA, que lhe 
forneceram desde alimentos até materiais bélicos 
durante a II Guerra Mundial; 
d) a necessidade de se reconstruírem as cidades e de 
recuperarem a indústria e a agropecuária européia, 
devastadas durante a II Grande Guerra; 
e) o interesse que os Estados Unidos tinham em 
fortalecer a ordem capitalista na Europa Ocidental e, 
assim, impedir a expansão do socialismo no 
continente. 
 
F.2 (CESGRANRIO) Com o final da 2• Guerra Mundial, os 
países vitoriosos procuraram criar vários mecanismos 
internacionaisque buscassem o desenvolvimento do 
planeta de forma mais harmônica. É dessa época a criação 
do seguinte organismo: 
a) ONU- para a constituição de um exército internacional 
para pôr fim às guerras. 
b) OTAN - para a desmilitarização dos países ocidentais 
e a diminuição das zonas de conflito. 
c) GATT - para a implantação de uma tarifa única sobre 
os produtos e serviços internacionais. 
d) UNESCO - para a melhoria da qualidade alimentar das 
populações miseráveis do Terceiro Mundo. 
e) FMI - para ajudar financeiramente aos países 
membros, quando em dificuldades. 
 
F.3 (FATEC) "É lógico que os EUA devem fazer o que lhes for 
possível para ajudar a promover o retorno ao poder 
econômico normal do mundo, sem o que não pode haver 
estabilidade política nem garantia de Paz." 
(Plano Marshall - 5.VI.1947) 
 
O Plano Marshall se constituiu 
a) na principal meta da política externa norte-americana, 
que era pacificar o Extremo Oriente. 
b) num projeto de ajuda industrial aos países da América 
Latina. 
c) num importante instrumento de expansão do 
comunismo na Europa. 
d) na definição da política externa isolacionista dos EUA, 
paralela à montagem do complexo industrial militar. 
e) num dos meios de penetração dos capitais norte-
americanos nas economias européias. 
 
F.4 (FATEC) A ocupação da Polônia marca o início da 
Segunda Guerra Mundial. A tentativa de manter a paz a 
qualquer custo, como foi feito em Munique, se revelou 
impossível. Hitler não se dava por satisfeito com a 
reconquista do "espaço vital", queria mais e mais. Sobre a 
Segunda Guerra, é correto afirmar: 
a) A Itália, aliada da Alemanha desde a assinatura do 
Pacto de Aço, declarou guerra à Inglaterra e à França 
em junho de 1940. Em setembro do mesmo ano, a 
Itália atacou o Egito e a Turquia. 
b) Em 1941, tropas alemãs invadiram o território soviético 
e dominaram definitivamente Leningrado e Moscou. 
c) A partir dos sucessos na frente ocidental, da invasão e 
conquista da Bélgica, Holanda e França e do recuo 
inglês para o outro lado do canal, Hitler voltou sua 
atenção para a Polônia. 
d) O sucesso definitivo alemão deveu-se à sua tática 
militar, conhecida como "guerra relâmpago"; essa 
consistia no uso de forças motorizadas, tanques e 
aviação, conjugados e combinados entre si, em uma 
ação defensiva. 
e) A partir da declaração de guerra, feita por Inglaterra e 
França contra a Alemanha, outros países foram 
entrando no conflito, de ambos os lados. A cada novo 
beligerante, a relação de forças se alterava, e a guerra 
entrava em uma nova fase. Inicialmente uma guerra 
européia, estendeu-se paulatinamente à Ásia e a 
África. 
 
F.5 (FEI) Não pode ser considerado um fator que propiciou a 
eclosão da Segunda Guerra Mundial: 
a) A ascensão de regimes totalitários na Itália e na 
Alemanha nos anos 20 e 30. 
b) Os efeitos da crise de 29 na economia européia. 
c) As cláusulas punitivas do Tratado de Versalhes, 
imposto à Alemanha ao final da Primeira Guerra 
Mundial. 
d) A vitória dos republicanos na Guerra Civil Espanhola 
barrando o avanço do fascismo na Espanha. 
e) A união entre a Áustria e a Alemanha empreendida por 
Hitler. 
 
F.6 (FUVEST) O Plano Marshall, aplicado pelo governo norte-
americano após a Segunda Guerra Mundial, visava à: 
a) ratificação do Tratado do Atlântico Norte. 
b) preservação da paz mundial com a formação da 
Organização das Nações Unidas (ONU). 
c) concessão de apoio político e econômico aos países 
do Terceiro Mundo. 
d) recuperação econômica da Europa para neutralizar o 
expansionismo soviético. 
e) formulação de princípios que impediam a intervenção 
dos EUA nas questões internacionais. 
 
F.7 (FUVEST) "Esta guerra, de fato, é uma continuação da 
anterior." 
 (Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento em 21 de 
agosto de 1941). 
 
A afirmativa acima confirma a continuidade latente de 
problemas não solucionados na Primeira Guerra Mundial 
que contribuíram para alimentar os antagonismos e 
levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Entre 
esses problemas identificamos: 
a) crescente nacionalismo econômico, aumento da 
disputa por mercados consumidores e por áreas de 
investimentos. 
 
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14 História 
b) desenvolvimento do imperialismo chinês na Ásia, com 
abertura para o Ocidente. 
c) os antagonismos austro-ingleses que giraram em torno 
da questão Alsácia-Lorena. 
d) oposição ideológica que fragilizou os vínculos entre os 
países, enfraquecendo todo tipo de nacionalismo. 
e) a divisão da Alemanha que levou a uma política 
agressiva de expansão marítima. 
 
F.8 "O termo globalização refere-se à reorganização das 
estruturas produtivas e ao aumento dos fluxos comerciais 
e financeiros, configurando uma crescente 
interdependência mundial, no presente contexto de 
aceleração do desenvolvimento tecnológico. 
(BOLIVAR LAMOUNIER, "Papers", Fundação Konrad Adnauer, 
citado pela Revista "Veja", nº 1438, pág. 93, 3/abril/1996) 
 
A partir da leitura do texto, é correto afirmar: 
01. A confirmação da teoria de Francis Fukuyama do "Fim 
da História" e do triunfo inconteste do neo-liberalismo 
no cenário econômico mundial. 
02. A grande indústria encaminha-se para uma produção 
pulverizada, ao redor do mundo, segundo sua 
conveniência de custo. 
03. O grande comércio adota uma política de vendas 
voltada para tantos mercados nacionais, quanto 
possível, e a grande finança para acima das fronteiras. 
04. O recrudescimento das soluções nacionalistas para o 
comércio mundial. 
05. No mundo do trabalho internacionalizado o que 
assombra é o fantasma do desemprego abrindo 
margem para a emergência do neo-nazismo. 
06. O novo giro do capitalismo mundial apresenta uma 
solução inexorável: quem fica à margem do 
internacionalismo econômico está condenado ao 
atraso e quem se adapta a ele, usufrui de prosperidade 
e bem-estar social. 
 
Agora, marque os únicos itens corretos: 
a) 01, 03 e 06; 
b) 02, 03 e 05; 
c) 02, 03 e 04; 
d) 01, 05 e 06; 
e) 02, 04 e 05. 
 
F.9 (UFPB) A desagregação do Leste europeu e o fim da 
guerra Fria tornaram mais evidentes os impasses atuais do 
mundo capitalista. Impõe-se um novo paradigma político 
nas relações Norte-Sul a partir de projetos neoliberais. 
Seus pressupostos são: 
a) Estado e governo comprometidos com a 
regulamentação das atividades econômicas; 
b) distribuição de renda a partir de novos impostos sobre o 
capital e reformas estruturais; 
c) desregulamentação estatal e aposta nas forças auto-
reguladoras do mercado; 
d) Estado do bem-estar social e economia com produção 
para o mercado externo; 
e) formação de blocos econômicos complementares a 
partir do reforço das economias estatais e da seleção 
de matérias-primas essenciais. 
 
F.10 Sobre a "guerra fria" é correto afirmar que: 
a) foi a principal causa da Segunda Guerra Mundial; 
b) EUA e URSS jamais cogitaram realmente em colocar 
em funcionamento seus arsenais nucleares, já que o 
confronto direto nunca foi previsto; 
c) significou a disputa entre os países ocidentais e 
orientais pelo controle da tecnologia espacial; 
d) o enfrentamento entre EUA e URSS provocou conflitos 
localizados em áreas do Terceiro Mundo, como Coréia 
e Vietnã; 
e) foi uma disputa ideológica entre capitalismo e 
socialismo que jamais chegou a ameaçar a paz 
mundial. 
 
F.11 (CESCEM) O Plano Marshall e a Doutrina Truman tinham 
em comum o fato de: 
a) fixarem uma política econômica para o Sudeste Asiático 
após a derrota japonesa; 
b) permitirem que a Grécia ficasse sob a influência dos 
países do leste europeu; 
c) concordarem com os termos do acordo Ribbentrop-
Molotov de setembro de 1939; 
d) estabeleceram a necessidade da destruição total do 
império econômico da Alemanha; 
e) apresentarem uma estratégia para deter o 
expansionismo da Rússia Soviética. 
 
F.12 (CARLOS CHAGAS)A invasão da Tchecoslováquia 
(1968), por tropas do Pacto de Varsóvia, significou: 
a) o recrudescimento da tensão existente entre as duas 
Alemanhas sobre o problema de Berlim; 
b) a aproximação de Tito, da Iugoslávia, com o mundo 
ocidental, a fim de garantir o seu governo; 
c) o início de uma política agressiva dos Estados Unidos 
para impedir a invasão da Hungria; 
d) a retomada da guerra fria, após um longo período de 
calma, resultante da política externa de Kruschev; 
e) o término de uma experiência de liberalização de um 
regime comunista proposta por Dubcek. 
 
F.13 "Os acontecimentos de 1989-1991 pegaram todo o mundo 
de surpresa: políticos, intelectuais, filósofos, artistas... e 
até astrólogos de um só golpe, etiquetas políticas 
consagradas como esquerda e direita perderam o sentido. 
Tudo o que era considerado verdade absoluta por grande 
parcela da humanidade deixou de ter valor, ou, ao 
contrário, foi muito relativizado... Sobrou no mundo uma 
grande dose de perplexidade, confusão política e 
ideológica. Mas o que foi que aconteceu?" 
ARBEX JR. José. Revolução em 3 tempos. SP. Moderna, 1993. 
 
Após a leitura do texto acima, assinale o acontecimento 
que mais se identifica com a opinião do autor: 
a) a Guerra do Líbano que envolveu várias facções 
políticas, entre elas, o Partido Socialista Cristão; 
b) a desintegração do "Império Soviético" que permitiu 
emergir todas as contradições do socialismo stalinista, 
além de acentuar a crise econômica da URSS; 
c) a Primavera de pequim que através da manifestação 
estudantil, apoiada pelos intelectuais liberais chineses, 
permitiu uma mudança radical no socialismo maoísta; 
 
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15 História 
d) a Primavera de Praga que deu acesso ao controle 
direto da Rússia sobre a Tchecoslováquia, esmagando 
totalmente as tendências anti-socialistas; 
e) a Guerra do Golfo que promoveu a aproximação entre 
EUA e URSS, através do Estado de Israel, facilitando o 
avanço das relações diplomáticas no Oriente Médio. 
 
F.14 (FATEC-SP) O macarthismo na década de 1950 nos 
Estados Unidos foi um movimento que visava a: 
a) conceder igualdade de oportunidades às minorias 
negras norte-americanas; 
b) afastar de cargos públicos e de posições importantes 
na economia e na sociedade elementos que pudessem 
ter simpatias pelo regime soviético; 
c) levar à presidência da República o general Douglas 
McArthur, o comandante e chefe das forças aliadas no 
Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial; 
d) impedir a integração racial nos estados do sul dos 
Estados Unidos durante a presidência do general 
Eisenhower; 
e) conter o expansionismo soviético através de uma 
delimitação clara das zonas de influência norte-
americanas. 
 
F.15 (UNIFOR) Segundo alguns historiadores, a Guerra Fria foi 
utilizada, até o final dos anos 80, como: 
a) instrumento essencial para impedir a expansão dos 
princípios da filosofia comunista no Leste Europeu. 
b) instrumento básico, do ponto de vista econômico, para 
reduzir o subdesenvolvimento dos países do Terceiro 
Mundo. 
c) peça essencial, do ponto de vista político, para a 
integração dos dois blocos na recuperação da 
economia da Europa Ocidental. 
d) estratégia de política internacional para reduzir os 
conflitos entre o Norte (países ricos) e o Sul, (países 
pobres). 
e) peça fundamental, do ponto de vista ideológico, para 
perpetuação da dominação dos países desenvolvidos 
sobre o Terceiro Mundo. 
 
F.16 (UECE) A política econômica conduzida por Ronald 
Reegan, nos E.U.A., e por Margareth Tatcher, na 
Inglaterra, caracterizou-se por: 
a) aumentar a presença no Estado na economia pela 
nacionalização de setores produtivos, pela criação de 
empresas públicas e pela regulamentação do mercado 
de bens e de trabalho. 
b) fortalecimento da política trabalhista de criação de 
empregos públicos e regulamentação do mercado de 
trabalho e aumento dos gastos governamentais com a 
assistência social aos pobres. 
c) adoção das idéias da social democracia e 
fortalecimento dos sindicatos. 
d) diminuir a proteção social aos carentes e os gastos com 
programas sociais e defender o poder do mercado para 
a solução dos problemas sociais, adquirindo as 
características de neoliberalismo. 
F.17 (UECE) Assinale a afirmação correta sobre o Plano 
Marshall: 
a) ―Foi um plano de ajuda econômica criado pelos EUA e 
destinado aos países europeus com a economia 
fragilizada pela Segunda Guerra Mundial; inseriu-se no 
contexto da Guerra Fria, pois a ajuda econômica era 
destinada aos países que se opunham à influência da 
ex-URSS‖. 
b) ―Foi um plano militar de defesa, agrupando os países 
capitalistas do Atlântico Norte, numa aliança para 
enfrentar as ameaças vindas da URSS e dos países 
comunistas, na Guerra Fria.‖ 
c) ―Foi um plano de ajuda aos países subdesenvolvidos da 
América Latina, para enfrentar as pressões 
revolucionárias dos movimentos comunistas no 
contexto da Guerra Fria‖. 
d) ―Foi um plano de reorganização da economia japonesa, 
depois da Segunda Guerra, para enfrentar a influência 
soviética nos países asiáticos. 
 
F.18 (UFPB) O texto abaixo: 
 
―Decepcionados com o presente e descrentes do futuro, 
negavam o sistema através da música, da droga, como 
LSD, e da reclusão em comunidades afastadas, onde o 
amor, o sexo e o corpo eram mais liberados e o contato 
com a natureza era maior e cuidadosamente preservado. 
Acreditando no ‗poder do amor e da flor‘, buscavam a paz, 
o prazer, a liberdade e o lúdico, voltando-se para a dança 
e o misticismo oriental.‖ 
(Alves, Júlia Falivene. A invasão cultural norte-americana. 16 ed., São 
Paulo: Moderna, 1988, p. 100). 
 
Caracteriza o seguinte movimento: 
a) Naturalismo b) Hippie 
c) Punk d) Mangue beat 
e) Tropicalismo 
 
F.19 (UFPB) A hegemonia estadunidense, durante a Guerra 
Fria, impôs compromissos políticos, econômicos e 
ideológicos ao bloco capitalista. Nos tempos atuais, os 
Estados Unidos mantêm forte intervenção em algumas 
áreas do globo, mesmo recebendo oposição na ONU. 
Desta forma, o bloqueio econômico norte-americano à 
Cuba: 
a) demonstra alinhamento com a política da Comunidade 
Econômica Européia na América Latina. 
b) obedece aos princípios da ONU sobre a 
autodeterminação dos povos. 
c) procura derrubar o governo de Fidel e o socialismo 
cubano para restabelecer seu domínio naquela ilha do 
Caribe. 
d) obedece à convenção sobre biodiversidade, aprovada 
na ECO - 92, realizada no Rio de Janeiro. 
e) procura conquistar Cuba para o NAFTA (Mercado 
Comum da América do Norte), visto que aquele país 
detém altos níveis de educação e saúde. 
 
F.20 (UECE) As nações da Europa Ocidental, lideradas pela 
França e pela Alemanha, depois da Segunda Guerra 
Mundial: 
a) seguiram uma linha de entendimento político e 
cooperação econômica que levou à criação do Mercado 
 
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16 História 
Comum Europeu e à União Européia que visa à 
unificação econômica, monetária e política dos países 
membros. 
b) entraram em atrito político e militar com os Estados 
Unidos, rejeitando sua ajuda econômica, e apoiaram a 
URSS no período da Guerra Fria. 
c) continuaram divididas pelas rivalidades políticas e 
militares entre a França e a Alemanha e não avançaram 
no processo de unificação continental. 
d) superaram as rivalidades políticas e militares, porém 
não progrediram na cooperação econômica e na 
unificação dos mercados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO DE FIXAÇÃO 
Questões F1 F2 F3 F4 F5 
Respostas A E E E D 
Questões F6 F7 F8 F9 F10 
Respostas D A B C D 
Questões F11 F12 F13 F14 F15 
Respostas E E B B E 
Questões F16 F17 F18 F19 F20 
Respostas D A B C A 
 
 
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Temas Atuais 
(Descolonização da África e da Ásia) 
Aulas 
13 e 14 
INTRODUÇÃO 
Após a Segunda Guerra Mundial, movimentos que 
lutavam pela independência de seus países em relação às 
potências coloniais ganharam força na África e na Ásia. 
Além dessas lutas internas, cada vez mais ficava 
evidente no cenário internacional a contradição entre o discurso 
de liberdade usado na guerra contra o nazifascismo na Europa e 
a manutenção de impérios coloniais. 
Nesse contexto, a segunda metade do século XX 
assistiu a diversos povos dos continentes africano e asiático 
conquistarem sua independência do domínio colonial e 
formarem novos países. 
 
CONTEXTO HISTÓRICO 
Ainda durante o século XIX, diversos países europeus 
utilizaram seu poder militar e força econômica para implantar um 
domínio imperialista sobre outros países, em especial na África e 
na Ásia. 
Essa política ficou conhecida como neocolonialismo, e 
perdurou ao longo da primeira metade do século XX, além de ter 
sido uma das principais causas da Primeira Guerra Mundial. 
Contudo, após o final da Segunda Guerra Mundial, os 
países que ainda possuíam colônias, em especial Inglaterra e 
França, além de atravessarem graves dificuldades econômicas, 
passam a ser cada vez mais questionados pela manutenção de 
suas colônias. 
Não apenas os movimentos internos de libertação nas 
áreas coloniais reclamavam sua independência, como a 
existência de colônias era considerada incompatível com os 
princípios defendidos pelas mesmas potências coloniais na 
esfera internacional, como na Declaração de Direitos Humanos, 
promulgada pela ONU em 1948, por exemplo. 
Diante desse quadro geral, podemos elencar as causas 
principais que levaram aos processos de descolonização a partir 
da década de 1940: 
 Declínio das potências coloniais depois da Segunda Guerra 
Mundial, em especial Inglaterra e França; 
 Apoio das duas superpotências, Estados Unidos e União 
Soviética, aos processos de descolonização, com o objetivo 
de conquistar influência sobre os novos regimes que seriam 
formados; 
 O crescimento de movimentos nacionalistas, que defendiam 
seu direito à autodeterminação e a ruptura com a antiga 
ordem colonial. 
Essas causas gerais, aliadas ao contexto interno de 
cada país e sua relação com a metrópole, moldaram os 
processos de descolonização africano e asiático no século XX, 
como veremos a seguir. 
 
 
A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA 
Ainda antes da Segunda Guerra Mundial, ex-colônias 
britânicas, como Egito e Iraque, conquistaram suas 
independências, em 1922 e 1932, respectivamente. 
Na década de 1940, outros territórios como a 
Transjordânia, Palestina e Líbano também se libertaram da 
dominação colonial. Com isso, percebemos que a luta pela 
independência do domínio colonial esteve presente na disputa 
política em diferentes momentos do século XX. 
Contudo, mesmo após a Segunda Guerra, o grande 
território colonial inglês, a Índia, permanecia sob condição de 
dominação. Nesse país, os movimentos contra a colonização já 
atuavam desde o século XIX, mas ainda sem obter sucesso. 
 
Índia x Paquistão 
A partir da década de 1940, os líderes hindus Mahatma 
Gandhi e Jawaharial Nehru intensificaram os protestos pela 
independência indiana. A marca de suas ações era a 
desobediência civil: ao contrário de outros movimentos de 
libertação nacional, Gandhi pregava a resistência através do não 
pagamento de impostos e do boicote aos produtos ingleses, por 
exemplo. 
Em resposta a ação desses grupos, para manter seu o 
domínio na Índia, a Inglaterra fez uso de expedientes como a 
exploração dos conflitos entre os hindus e os muçulmanos, que 
também viviam no país e eram liderados por Muhammad Ali 
Jinnah. 
Apesar dos esforços ingleses em prosseguir com a 
dominação colonial, a Índia conquistou sua independência em 
1947, mas sem a criação de um único Estado. Além da 
República da Índia, majoritariamente hindu, foi criada a 
República Muçulmana do Paquistão, país de maioria 
muçulmana. 
Mesmo com a conquista de seus estados nacionais, o 
conflito entre hindus e muçulmanos persistiu, o que culminou 
com o assassinato de Gandhi em 1948 por um militante de um 
grupo hindu radical, que discordava da política pacifista do líder 
indiano. 
As desavenças entre Índia e Paquistão persistiram após 
a morte de Gandhi, e resultaram em uma guerra em 1965. As 
constantes ameaças entre os dois países fizeram com que 
ambos passassem a investir no desenvolvimento de armas 
nucleares, criando um cenário de tensão permanente na região. 
A Conferência de Bandung e a descolonização da África 
Alguns anos depois dos acontecimentos na Índia, em 
1955, 29 países, sendo 23 africanos e 6 asiáticos, se reuniram 
em Bandung, na Indonésia, para discutir a posição dos novos 
Estados na ordem mundial bipolar, característica da Guerra Fria. 
Além da política de não alinhamento automático a 
nenhuma das duas superpotências, os países presentes na 
Conferência afirmaram seu direito a autodeterminação e o 
repúdio a todas as formas de colonialismo. Nesse sentido, o 
principal resultado da Conferência de Bandung foi o impulso 
dado aos movimentos de independência no continente africano. 
Os processos de descolonização na África se deram, 
principalmente, a partir da pressão de movimentos de dentro das 
colônias. Contudo, esses movimentos não possuíam atuação 
uniforme, por isso fizeram uso de estratégias diferentes para 
conquistar a independência de seus países. 
Alguns desses movimentos desencadearam conflitos 
militares contra as metrópoles, como no caso das antigas 
colônias da Argélia, Congo Belga e África Oriental, contra 
França, Bélgica e Inglaterra, respectivamente, que resultaram na 
criação de novos países. 
Em outros prevaleceram as negociações diplomáticas, 
que inclusive preservaram interesses econômicos das 
metrópoles. Dentre os diferentes casos, também cabe destacar 
as colônias portuguesas, como Angola, Moçambique e Guiné-
Bissau, que conquistaram sua independência entre 1973 e 1975, 
algumas das últimas do continente africano. 
Nesse contexto, observamos que os conflitos internos 
existentes em Portugal, que culminaram na Revolução dos 
Cravos, derrubando a ditadura portuguesa, contribuíram com a 
luta dos movimentos de libertação desses países africanos. 
 
 
 
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18 História 
CONCLUSÃO 
Apesar de terem conquistado a independência de seus 
países, os movimentos de libertação africanos foram marcados 
por diversos conflitos internos, o que acabou por estimular 
guerras civis e processos de segregação. 
As próprias fronteiras artificiais estabelecidas pelas 
potências coloniais no século XIX, que não respeitavam traços 
étnicos e culturais, contribuíram com o surgimento desses 
conflitos. 
O resultado é que, apesar de conquistarem sua 
independência administrativa, esses países africanos 
continuaram, em maior ou menor grau, dependentes das antigas 
potências coloniais, bem como reféns de disputas internas que 
restringiram seu potencial de desenvolvimento. 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
A.1 (UECE 2019) A independência de Moçambique ocorreu 
em 1975, após um longo processo que começou com a 
organização da FRELIMO (Frente de Libertação de 
Moçambique), um movimento político nacionalista que foi 
fundado em 25 de junho de 1962, com o objetivo de lutar 
pela libertação do domínio colonial 
a) português. 
b) inglês. 
c) francês. 
d) alemão. 
 
A.2 (Enem 2016) 
 
 
 
 O regime do Apartheid adotado de 1948 a 1994 na África 
do Sul fundamentava-se em ações estatais de 
segregacionismo racial. 
 Na imagem, fuzileiros navais fazem valer a ―lei do passe‖ 
que regulamentava o(a) 
a) concentração fundiária, impedindo os negros de tomar 
posse legítima do uso da terra. 
b) boicote econômico, proibindo os negros de consumir 
produtos inglesessem resistência armada. 
c) sincretismo religioso, vetando os ritos sagrados dos 
negros nas cerimônias oficiais do Estado. 
d) controle sobre a movimentação, desautorizando os 
negros a transitar em determinadas áreas das cidades. 
e) exclusão do mercado de trabalho, negando à 
população negra o acesso aos bens de consumo. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
F.1 (ENEM 2015) Voz do sangue 
 
Palpitam-me 
os sons do batuque 
e os ritmos melancólicos do blue. 
 
Ó negro esfarrapado 
do Harlem 
ó dançarino de Chicago 
ó negro servidor do South 
 
Ó negro da África 
negros de todo o mundo 
 
Eu junto 
ao vosso magnífico canto 
a minha pobre voz 
os meus humildes ritmos. 
 
Eu vos acompanho 
pelas emaranhadas áfricas 
do nosso Rumo. 
 
Eu vos sinto 
negros de todo o mundo 
eu vivo a nossa história 
meus irmãos. 
 Disponível em: www.agostinhoneto.org. 
Acesso em: 30 jun. 2015. 
 
 Nesse poema, o líder angolano Agostinho Neto, na década 
de 1940, evoca o pan-africanismo com o objetivo de 
a) incitar a luta por políticas de ações afirmativas na 
América e na África. 
b) reconhecer as desigualdades sociais entre os negros 
de Angola e dos Estados Unidos. 
c) descrever o quadro de pobreza após os processos de 
independência no continente africano. 
d) solicitar o engajamento dos negros estadunidenses na 
luta armada pela independência em Angola. 
e) conclamar as populações negras de diferentes países 
a apoiar as lutas por igualdade e independência. 
 
F.2 (UECE 2019) A crise do Canal de Suez se iniciou em julho 
de 1956 quando o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser 
nacionalizou o canal, a única ligação entre o Mediterrâneo 
e o Mar Vermelho e principal via para transporte de 
petróleo dos países árabes para a Europa. Além da perda 
econômica muito significativa para a França e a Inglaterra, 
a crise de Suez demonstrou de modo definitivo 
a) a força da manobra de motivação colonialista junto aos 
EUA. 
b) o fim da hegemonia colonial europeia no mundo. 
c) a união com vistas a reforçar o colonialismo europeu 
nos países árabes. 
d) um desestímulo aos movimentos de independência 
nas possessões coloniais francesas. 
 
 
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19 História 
F.3 (UECE 2016) O pan-africanismo foi um movimento plural 
que nasceu no Continente Americano nos séculos XVIII e 
XIX e terminou no final dos anos 1960. Esse movimento 
lutou pela integração regional e a descolonização 
econômica da África, defendeu a luta dos negros em favor 
da libertação e contra a exploração e dominação dos 
brancos, e teve como princípio unificador 
a) a vontade de lutar contra as potências coloniais. 
b) a inserção do continente africano nas Nações Unidas. 
c) o ideal republicano. 
d) a independência da Rodésia do Sul (atual Zimbábue) 
da Grã-Bretanha. 
 
F.4 (UECE 2015) Há muito tempo o continente africano tem 
sido palco de conflitos violentos. Em Angola, o confronto 
envolveu organizações armadas que disputavam o poder 
desde a independência daquele país. Na República 
Democrática do Congo, as disputas envolveram o Estado e 
grupos armados; na Serra Leoa, a guerra civil durou de 
1991 a 2002. Intermediários interessados na guerra, em 
alguns casos, a estimulam fornecendo armas e soldados; 
em outros casos, apoiam governos ou a guerrilha de 
oposição. Os produtos disputados pelo Estado e por 
grupos armados nesses três países Africanos são 
a) diamante e petróleo. 
b) defensivos agrícolas e gás natural. 
c) metais e produtos farmacêuticos. 
d) alimentos industrializados e tecidos. 
 
F.5 (ENEM 2012) 
 
 
 
 O cartum, publicado em 1932, ironiza as consequências 
sociais das constantes prisões de Mahatma Gandhi pelas 
autoridades britânicas, na Índia, demonstrando 
a) a ineficiência do sistema judiciário inglês no território 
indiano. 
b) o apoio da população hindu a prisão de Gandhi. 
c) o caráter violento das manifestações hindus frente à 
ação inglesa. 
d) a impossibilidade de deter o movimento liderado por 
Gandhi. 
e) a indiferença das autoridades britânicas frente ao 
apelo popular hindu. 
 
F.6 (UECE 2010) Vários fatores contribuíram para o processo 
de descolonização afro-asiática que culminou, de fato, na 
quebra dos elos coloniais há muito tempo presentes no 
continente africano e no continente asiático. Assinale a 
alternativa que melhor sinaliza os principais fatores desse 
processo. 
a) Perda da hegemonia europeia, graças ao desgaste 
material e humano provocado pelas duas grandes 
guerras, e o desenvolvimento do sentimento 
nacionalista nos povos colonizados. 
b) Os acordos pactuados entre os EUA e a União 
Soviética, após a Primeira Guerra Mundial, 
comprometendo-se em não interferir em ambos os 
continentes. 
c) Várias insurreições e movimentos emancipatórios dos 
vários países afro-asiáticos que se organizaram 
livremente e lutaram por sua independência após o 
final da Primeira Guerra Mundial. 
d) Ausência de princípios de autodeterminação entre os 
diferentes povos afro-asiáticos que os impulsionasse a 
se libertar do domínio europeu. 
 
F.7 (UECE 2008) Observe os versos da canção de Chico 
Buarque: 
 
Foi bonita a festa, pá 
Fiquei contente 
E inda guardo, renitente 
Um velho cravo para mim 
Já murcharam tua festa, pá 
Mas certamente 
Esqueceram uma semente 
Nalgum canto do jardim 
 (Chico Buarque - 1978) 
 
 Nessa canção, Chico Buarque sugere acontecimentos do 
dia 25 de Abril de 1974 em Portugal, quando chega ao fim 
o regime político autoritário iniciado em 1926. Sobre esse 
acontecimento, assinale o correto. 
a) Trata-se da Revolução Festiva, quando flores foram 
distribuídas por populares que destituíram as forças 
militares do poder. 
b) Trata-se da Revolução Patrícia, ou "pá", quando, em 
seu final, uma grande festa celebrou a vitória. 
c) Trata-se da Revolução dos Cravos quando um grupo 
de jovens oficiais militares depôs o governo ditatorial. 
d) Trata-se da Revolução das Flores quando agricultores 
se rebelaram contra jovens oficiais militares atirando-
lhes cravos murchos. 
 
 
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20 História 
F.8 (ENEM 2005) Um professor apresentou os mapas a seguir 
numa aula sobre as implicações da formação das 
fronteiras no continente africano. 
 
 
 
 Com base na aula e na observação dos mapas, os alunos 
fizeram três afirmativas: 
I. A brutal diferença entre as fronteiras políticas e as 
fronteiras étnicas no continente africano aponta para a 
artificialidade em uma divisão com objetivo de atender 
apenas aos interesses da maior potência capitalista na 
época da descolonização. 
II. As fronteiras políticas jogaram a África em uma 
situação de constante tensão ao desprezar a 
diversidade étnica e cultural, acirrando conflitos entre 
tribos rivais. 
III. As fronteiras artificiais criadas no contexto do 
colonialismo, após os processos de independência, 
fizeram da África um continente marcado por guerras 
civis, golpes de estado e conflitos étnicos e religiosos. 
 
É verdadeiro apenas o que se afirma em 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) l e ll. 
e) ll e lll. 
 
F.9 (ENEM 2002) 1 - "(...) O recurso ao terror por parte de 
quem já detém o poder dentro do Estado não pode ser 
arrolado entre as formas de terrorismo político, porque este 
se qualifica, ao contrário, como o instrumento ao qual 
recorrem determinados grupos para derrubar um governo 
acusado de manter-se por meio do terror". 
 Em outros casos "os terroristas combatem contra um 
Estado de que não fazem parte e não contra um governo 
(o que faz com que sua ação seja conotada como uma 
forma de guerra), mesmo quando por sua vez não 
representam um outro Estado. Sua

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