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A diversidade cultural

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A diversidade cultural
Uma das grandes questões que se colocam à humanidade é a de saber de que modo conciliar o respeito pelas diferenças constitutivas com a crítica às atitudes e valores que consideramos reprováveis. 
O diálogo intercultural, isto é, a capacidade de os indivíduos de diferentes culturas establecerem laços comunicaivos constitui por si só um autêntico desafio. A dificuldade pode residir no establecimento de critérios trans-subjetivos de valoração, isto é, de parâmetros que ultrapassem a dimensão puramente subjetiva de cada indivíduo ou cultura. É importante promover valores, atitudes e comportamentos que fomentem o diálogo, a não-violência, a tolerância e a reaproximação de culturas. O diálogo entre culturas é, portanto, um fator essencial para a construção de uma cultura de paz. Simultaneamente, tem um papel muito importante na coesão social, já que as sociedades são cada vez mais heterogéneas e possuem elementos de diferentes origens culturais. Este fenómeno faz das sociedades um organismo extremamente rico e em constante mudança. Para além disso, o diálogo intercultural contribui ainda para a riqueza das produções culturais e artísticas, já que favorece sincretismos e o surgimento de diferentes leituras e interpretações de um único bem cultural. O diálogo entre culturas tem também um papel essencial para a riqueza das produções culturais e artísticas, onde há uma base de acordo, direitos fundamentais trans-subjetivos e transculturais que permite a aproximação e a cooperação entre culturas, mas não inviabiliza a censura ou critica daquilo que viola os referidos direitos fundamentais, destacando-se a dignidade humana. Assim, nem tudo é tolerável como o relativismo proclama e nem todas as diferenças são condenáveis como proclama o etnocentrismo.
A tolerância cultural, religiosa e moral è considerada uma das soluções de compromisso para enfrentar as limitações, quer do relativismo cultural, quer de prespetivas etnocêntricas, implica a adoção de critérios que ultrapassem a dimensão do indivíduo e das culturas particulares. Deste modo, a tolerância terá de ser apoiada em critérios que ultrapassem a subjetividade dos indivíduos e das culturas, nomeadamente os valores da liberdadade e dos direitos humanos. Além disso, a tolerância deve também ser apoiada, paradoxalmente, numa capacidade de aceitação mútua e no respeito pela diferença. É possível com a aceitação de critérios trans-subjetivos e transculturais, como os DH, exercer uma tolerância ativa, onde nem tudo pode ser tolerado. Sem esses critérios, ficamos reféns do relativismo e inibidos de exercer uma atitude crítica perante práticas cruéis e desumanas, assim como uma atitude de diálogo e cooperação entre culturas - interculturalismo.

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