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1 By: Amanda Jang Microbiologia médica - MURRAY. -Cap. 18, 19 e 24 • Microbiologia- Tortora, 12 edição, parte 4, página 675. • Microbiologia- Trabulsi-Alterthum. – Atuação de macrófagos – o ar é filtrado, aquecido e umidificado PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS RELACIONADOS COM INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS BACTERIANAS – Streptococcus pneumoniae – Haemophilus influenzae – Streptococcus pyogenes – Corynebacterium diphtheriae – Bordetella pertussis – Moraxella catarrhalis – Staphylococcus aureus – Mycoplasma pneumoniae. INTEGRIDADE DO TRATO RESPIRATÓRIO • VIAS AÉREAS SUPERIORES: • sistema mucociliar Saliva, lágrimas Enzimas proteolíticas, IgAs • VIAS AÉREAS INFERIORES: • sistema monocítico-fagocitário COMPLICAÇÕES DOS MECANISMOS DE DEFESA • Tosse→ Senilidade • Broncoconstrição→ Doenças inflamatórias crônicas das vias aéreas • Secreção de muco→ Obstrução brônquica • Transporte mucociliar→ Tabagismo, doenças virais COMPLICAÇÕES DOS MECANISMOS DO SISTEMA IMUNE • Imunossupressão medicamentosa • Imunodeficiências primárias ou adquiridas • Estados leucopênicos ▪ Família: Streptococcaceae ▪ Bactérias esféricas Gram positivas ▪ Agrupam-se em pares eu cadeias lineares ▪ Catalase negativo ▪ Mesófilos – Maioria dos hemolíticos – 37oC ▪ Microbiota normal – TR – nariz e garganta ▪ Alfa hemolíticos – hemólise parcial TIPO DE HEMÓLISE Alfa hemolítica FATORES DE VIRULÊNCIA • CÁPSULA: evasão da fagocitose • 90 sorotipos • ADESINAS PROTEICAS DE SUPERFÍCIE: colonização de orofaringe • ACIDO TEICÓICO – indução de inflamação local • PNEUMOLOSINAS: uma enzima lítica semelhante à estreptolisina O de S. pyogenes, se liga ao colesterol da membrana das células do hospedeiro e cria poros. Essa atividade pode destruir as células epiteliais ciliadas e fagocíticas. • PROTEASE DE IGA: A IgA secretora prende as bactérias no muco, ligando-as à mucina pela sua região Fc. A protease IgA bacteriana evita essa interação, aumentando o poder de disseminação MECANISMOS DE INVASÃO 1. Colonização de orofaringe 2. Migração para o trato respiratório inferior 3. Evasão e fagocitária 4. Destruição tecidual Pneumolisina: destrói células epiteliais ciliadas 2 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Amostra: de escarro, aspiração transtraqueal, broncoscopia, lavado broncoalveolar, biópsia de pulmão • Exames complementares: raio X de tórax, testes laboratoriais como: a. Coloração de Gram (Gram positivo) b. Cultura com presença de alfa hemólise (esverdeado), catalase negativo ▪ Morfologia: bacilo, Gram negativo ▪ Crescimento em ágar chocolate ▪ Catalase negativo ▪ Anaeróbio facultativo TRANSMISSÃO Gotículas aéreas FATOR DE VIRULÊNCIA a) Cápsula (6 tipos: a-f, sendo o b o mais frequente nas doenças) para evasão da fagocitose b) Adesinas proteicas de superfície: colonização de orofaringe c) Pili d) Protease de IgA: podem facilitar a colonização dos micro-organismos nas superfícies das mucosas, interferindo na imunidade humoral. e) LPS (ativa sistema complemento pela via alternativa) – Lipopolissacarídeo - indução de inflamação local DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ▪ Amostra: de escarro, aspiração transtraqueal, broncoscopia, lavado broncoalveolar, biópsia de Pulmão ▪ H. Influenzae cresce bem em ágar chocolate. As colônias apresentam, em geral, coloração cinza e branca, são opacas e lisas. ▪ Coloração de Gram – Bacilos gram negativos Indivíduos Imunossuprimidos apresentam maior vulnerabilidade à infecção ▪ Morfologia: cocos em cadeias lineares, Gram positivos, ▪ Crescimento em ágar sangue apresentando beta hemólise ▪ Catalase negativa ▪ Causa faringite estreptocócica TRANSMISSÃO • por gotículas aéreas e contato FATORES DE VIRULÊNCIA • Cápsula e Proteína M e F - adesinas • Estreptolisinas O e S • Estreptoquinases A e B (lisam a fibrina) • Exotoxinas A e B • Desoxirribonuclease • Hialuronidase TIPO DE HEMÓLISE • Beta hemólise DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Amostra: de escarro, aspiração transtraqueal, broncoscopia, lavado broncoalveolar, biópsia de pulmão • Streptococcus pyogenes cresce bem em ágar sangue. • Coloração de Gram – Cocos em arranjos irregulares gram positivos. 3 RESPOSTA IMUNE PARA S. pneumoniae, S. pyogenes e H.influenzae: • Ativação do sistema complemento • Ativação de fagócitos e inflamação • Resposta humoral: anticorpos contra antígenos da cápsula polissacarídica (T- independente) • Antígenos proteicos ativam a resposta T- dependente, com produção de resposta Th1 (RESPOSTA CELULAR) ▪ Na maioria das vezes, têm etiologia viral, mas em alguns casos, a presença de bactérias deve ser considerada, implicando antibioticoterapia. ▪ Mais frequentes: – Faringoamigdalites – Otites – Sinusites – Pneumonias. FARINGOAMIGDALITE--------------- • É caracterizada por uma Inflamação local e febre. • Com frequência, ocorre tonsilite, e os linfonodos do pescoço tornam-se inchados, sensíveis e com exsudato purulento. • A faringite estreptocócica é mais grave. É uma infecção do trato respiratório superior causada por estreptococos do grupo A - Streptococcus pyogenes. • Tratamento: O tratamento de escolha nesses casos continua sendo a penicilina benzatina, dose única. Alternativas incluem: penicilina V. • Os seguintes achados sugerem etiologia bacteriana: – Febre alta, acima de 38,5o C; – Hiperemia e exsudato purulento (“placas de pus”); – Ausência de tosse, coriza, rouquidão e diarreia. PNEUMONIA------------------------ • Infecção do parênquima pulmonar • Principais agentes bacterianos: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae. Em casos raros, Clamídia e Bordetella pertussis, Streptococcus pyogenes. (broncoaspiração) • Contágio: – Inalação, aspiração, hematogênica – Microrganismos com adesinas – Potencialmente infectantes • Etiologia: – Bactérias, vírus, fungos, protozoários, helmintos • Classificação patológica – PNEUMONIA LOBAR: região distinta- localizada – BRONCOPNEUMONIa: região difusa • Diagnóstico: – Pneumonia caracteriza-se por sinais sintomas de: – Febre, Desconforto respiratório e Opacidades à radiografia de tórax. – Portanto, o diagnóstico é feito com base na história clínica, exame físico e radiografia de tórax. • Tratamento: – Assim que estabelecido o diagnóstico de pneumonia bacteriana, seja iniciada antibioticoterapia. – O tratamento de pneumonias bacterianas em nível ambulatorial, são baseadas na forma de apresentação, idade e agentes etiológicos mais frequentes. – Penicilina, amoxicilina ou Macrolídeos PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE- (PAC) é uma infecção aguda do parênquima pulmonar que ocorre em pacientes fora de ambiente hospitalar. PNEUMONIA NOSOCOMIAL: A pneumonia de origem hospitalar é aquela que: Aparece após um período 48 horas da internação - (ANVISA: 72h), Não está incubada no momento da hospitalização 4 DIFTERIA--------------------------- • Corynebacterium diphtheriae • Começa com dor de garganta e febre, seguidas de indisposição e edema do pescoço • Bacilo Gram+, pleomórfico (claviforme) (tumefações irregulares) • Bem adaptada à transmissão pelo ar e muito resistente ao ressecamento • Pseudomembrana diftérica- bloqueia a passagem de ar para os pulmões DIFTERIA RESPIRATÓRIA – Distribuição mundial, particularmente em áreas urbanas, pobres, superpovoadas e com níveis inadequados de imunização. – Originalmente uma doença pediátrica. – Transmissão pessoa-pessoa: gotículas de secreção respiratória e contato com a pele. Fatores de virulência: – O gene tox (fago lisogênico) - exotoxina que interfere na síntese proteica (toxina altamente virulenta pode ser fatal); – Todos os C. diphtheriae toxigênicos são capazes de elaborara mesma exotoxina produtora de doença. – A toxina diftérica é um polipeptídeo termolábil que pode ser letal em uma dose de 0,1 μg/kg. – O C. diphtheriae não invade ativamente os tecidos profundos e praticamente nunca penetra na corrente sanguínea. Patogênese: o Os bacilos crescem nas mucosas ou em abrasões cutâneas – produção de toxina o A toxina diftérica é absorvida pelas mucosas e provoca a destruição do epitélio – inflamação. o Formação de uma “pseudo- membrana”, que surge comumente nas tonsilas, na faringe ou na laringe. o Os linfonodos regionais no pescoço aumentam de tamanho - pescoço de touro. o Os bacilos no interior da membrana continuam a produzir ativamente a toxina. Manifestações clínicas: – Inflamação diftérica nas vias respiratórias - desenvolvimento de faringite e febre baixa; – Uma membrana, contendo fibrina e células humanas e bacterianas mortas, forma-se na garganta e pode bloquear a passagem de ar; 5 – Prostração e dispneia, em virtude da obstrução causada pela membrana, que pode até causar asfixia; – Posteriormente, podem surgir dificuldades de fala ou deglutição. Diagnóstico: – Microscopia inespecífica – Meios não selectivos (ágar-sangue) e selectivos (ágar-cisteína-telurito; ágar-plasma- telurito) – Teste de Elek- PCR- toxina diftérica – TOX Tratamento: – Soro Antitoxina diftérica, e depois penicilina ou eritromicida – Imunização com toxóide diftérico (vacina) COQUELUCHE----------------------- ▪ Bordetella pertussis ▪ Coqueluche (tosse comprida) ▪ Doença grave da infância e contagiosa ▪ Cocobacilo Gram-negativo pequeno ▪ Imóvel ▪ Aeróbio estrito, não fermentador da lactose ▪ Metaboliza aminoácidos, não fermentam carboidratos ▪ Linhagens virulentas produzem cápsula ▪ Produz diversas toxinas – principal: toxina pertussis ▪ Fatores de virulência: – A hemaglutinina filamentosa e as fímbrias atuam como mediadoras da adesão às células epiteliais ciliadas e são essênciais para a colonização traqueal. – Toxina pertussis promove linfocitose - sensibilização à histamina: inflamação. – A citotoxina traqueal inibe a síntese do DNA nas células ciliadas. – LPS - importante na produção de lesão das células epiteliais das vias respiratórias superiores. ▪ Transmissão: – Contato direto de pessoa doente com pessoa susceptível – Gotículas de secreção orofaringe – Objetos contaminados recentemente com secreções – Período de incubação – 7 a 10 dias ▪ Patogênese: 1. Bordetella pertussis - superfície epitelial da traqueia e dos brônquios, onde se multiplica rapidamente e interfere na ação ciliar. 2. As bactérias liberam as toxinas e substâncias que irritam as células superficiais, provocando tosse e linfocitose acentuada (necrose de partes do epitélio). 3. Os invasores secundários, como S. pneumoniae ou H. influenzae, podem dar origem a pneumonia bacteriana. 4. A obstrução dos bronquíolos menores por tampões de muco resulta em atelectasia (colapso total ou parcial do pulmão ou do lóbulo pulmonar, que acontece quando os alvéolos se esvaziam e diminuição da oxigenação do sangue - convulsões em lactentes com coqueluche. ▪ Manifestações clinicas: – Período de incubação - 2 semanas: “estágio catarral”, com tosse leve e espirros - grande número de microrganismos é liberado em forma de aerossol em perdigotos, e o paciente mostra-se altamente infeccioso, embora não esteja muito doente. – Estágio “paroxístico” – acessos de tosse convulsivante, de caráter explosivo com o característico “sibilo” à inspiração, resultando em rápida exaustão e podendo estar associado a vômitos, cianose e convulsões. – Os “sibilos” e as principais complicações são observados predominantemente em lactentes, enquanto a tosse paroxística predomina em crianças maiores e adultos. – ▪ Diagnóstico laboratorial: 1. Cultura (padrão-ouro) - meio de Bordet- Gengou (ágar de batata-sangue-glicerol). a. As placas são incubadas a 35 a 37°C durante 3 a 7 dias em aerobiose e, em ambiente úmido . b. A hemólise do meio de cultura que contenha sangue está associada à 6 pertussis virulenta que produz toxina.→ Sucesso do isolamento: Antes do início de antibioticoterapia (máx.3 dias) 2. PCR – Reação em cadeia da Polimerase ▪ Vacinas: a) Penta (previne hepatite B, tétano, coqueluche difteria e infecções causadas, pelo Haemophilus influenzae B) – 2 meses - 1a dose – 4 meses - 2a dose – 6 meses - 3a dose b) DTP (previne a difteria, tétano e coqueluche) – 15 meses- 1 o reforço – 4 anos- 2 o reforço c) Dupla Adulto (dT) (previne difteria E tétano)- Reforço a cada 10 anos – A partir dos 10 anos d) dTpa- grávidas (Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto)– (previne difteria, Tétano e coqueluche) – Uma dose a cada gestação a partir da 20 a semana de gestação ou no puerpério (até 45 dias após o parto)
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