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Olímpio Costa - 2020.3 ABORDAGEM DO ACIDENTADO - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Trata-se da prestação de Suporte Básico à Vida (SBV) ou Suporte Avançado à Vida (SAV), por profissional qualificado e habilitado de acordo com a legislação vigente para avaliar, identificar e corrigir, no local da ocorrência, os problemas que comprometem a vida de uma vítima acidentada ou por condições clínicas, transportando-a com segurança ao recurso hospitalar. ● SBV - o paciente não corre risco eminente de morte, sendo possível planejar a conduta que será realizada. As equipes de suporte básico à vida, contam geralmente com técnicos ou auxiliares de enfermagem e o motorista. As ações realizadas pela equipe são simples: averiguar pelos sinais vitais a qualidade de circulação e oxigenação; lançar mão de curativos oclusivos e meios de contenção de sangramento, a fim de obter um bom volume sanguíneo, que não represente risco de morte; fazer a imobilização em prancha longa (superfícies rígidas que não se deformam) e se ater também à imobilização cervical ● SAV - as equipes de suporte avançado à vida devem estar prontas para realizarem procedimentos invasivos, por isso devem contar com médico, técnicos em enfermagem e condutor do veículo. PRINCÍPIOS DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: antes de agir efetivamente, é necessário se situar e analisar três principais pontos: Cena, segurança e situação. Estes têm de ser avaliados simultaneamente. ● Cena: Quando uma equipe de atendimento pré-hospitalar é enviada para a cena, ela começa a considerar vários fatores que podem desempenhar um papel no cuidado do paciente, bem como garantir a sua segurança e a do paciente também. Estes fatores incluem dados como mecanismo da lesão (colisão, explosão), as condições ambientais (iluminação, clima, hora), riscos presentes. Estes aspectos devem ser avaliados antes do atendimento à vítima. Em algumas situações, como em desastres ou em situações táticas, isto se torna ainda mais crítico e pode mudar a forma de atendimento destes pacientes. ● Segurança: É imprescindível garantir a segurança dos socorristas bem como das vítimas, principalmente através do isolamento da área por meio de cones, triângulos, faróis, pisca-alerta, galhos de árvores, etc, afastando os “curiosos”. Além da segurança biológica de quem presta o socorro, que pode se dar através dos chamados “meios de fortuna”, improvisando nos protocolos: por exemplo não tiver luva, usar outros métodos para realizar o procedimento – ex. sacos na mão) ● Situação: A avaliação da cena inclui a triagem das vítimas, de modo que os pacientes mais graves sejam avaliados primeiro. Contudo, se a cena envolver mais de um paciente pu uma cena de risco, a prioridade muda: em vez de dirigir os recursos para o paciente mais grave, deve-se dirigi-los para salvar o maior número possível de vítimas. ABORDAGEM DA VÍTIMA: O êxito da atuação da equipe de atendimento pré-hospitalar está diretamente 3 Olímpio Costa - 2020.3 relacionado com a forma como realizam a abordagem à vítima. Esta deverá reger-se por conhecimentos técnicos e competências de relacionamento interpessoal, de forma a respeitar os direitos e necessidade das vítimas e satisfazer as expectativas de todos os intervenientes. 1. Identificar-se antes de falar com a vítima ou familiar; 2. Questionar se pode se aproximar da vítima, indicando o discurso por ex. “compreendo que não se esteja se sentindo bem, mas estamos aqui para ajudar”; 3. Ter uma atitude calma, postura tranquila e estar ao mesmo nível; 4. Evitar gesticulação rápida e excessiva (pode ser interpretada com uma forma de comunicação agressiva); 5. Mostrar disponibilidade e empatia; 6. Utilizar o contato visual e o toque de forma ponderada. Na utilização do toque, utilizar preferencialmente o braço; 7. Utilizar linguagem simples e clara. Base triangular de sustentação de socorro (joelhos no chão afastado e pés no chão juntos) > posição ideal de abordagem > ao passo que vai se posicionando, começar a avaliar (inspecionar) o paciente > observar se há fraturas, sangramentos, movimentos respiratórios, coloração de mucosa, de lábio, face, leito ungueal etc > aproximar-se do lado esquerdo ou direito do paciente, colocando as mãos no ombro do paciente, segurando firme, chega próximo ao ouvido e se identifique fortemente, para chamar atenção. ANÁLISE PRIMÁRIA COMPLETA.: 1. Avaliar respiração - homem respiração mais abdominal/ mulher – respiração mais torácica; 2. Coloração das mucosas– lábios corados, face corada. Se tiver descorado, e sem sangramento externo, pode estar perdendo para alguma cavidade; 3. Avaliar atividade neurológica, ver se esboçou reação, abriu os olhos, falou (lembra seu nome. Se não respondeu, vai fazer um estímulo doloroso (trapézio do paciente); Obs.: Não deve durar mais de 60 segundos ABCDE A. Airway – permeabilização da via aérea com controle da coluna cervical -> suspeitar sempre de lesão medular espinhal para cada doente, estabilizar manualmente em posição neutra, imobilizar coluna cervical; 4 Olímpio Costa - 2020.3 B. Breathing – ventilação e oxigenação -> visualiza a expansibilidade torácica e/ou diafragmática (hoje não se pratica mais o ver, ouvir e sentir – demora muito tempo); C. Circulation – assegurar a circulação com controle de hemorragia -> uma vez garantida a avaliação e sucesso do B, é importante determinar o estado de perfusão/oxigenação da vítima; procurar sianis de hemorragias fazendo o controle com pressão anual direta sobre o ferimento; verificar pulso do paciente; caso o paciente esteja sem pulso iniciar a sequência CAB e realizar a reanimação cardiopulmonar; verificar pulso radial ou carotídeo com dedo indicador e médio; D. Disability – disfunção neurológica -> AVDI (avaliação rápida – A alerta; V resposta a estímulo verbal; D resposta a estímulo doloroso; I inconsciente). Na avaliação do estado neurológico o socorrista deve realizar a avaliação do nível de consciência e o exame das pupilas (alterações: anisocoria, puntiforme e não reagente a luz); E. Expose/Environment – exposição com controle de temperatura ANAMNESE E AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS - cap. 3 5
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