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A ancilostomíase, também chamada de ancilostomose e popularmente conhecida como amarelão, é uma parasitose intestinal que pode ser causada pelo parasita Ancylostoma duodenale ou pelo Necator americanus e que leva ao aparecimento de alguns sinais e sintomas, como irritação na pele, diarreia e dor na barriga, além de poder causar anemia. Agente etiológico: espécies de Ancilostoma duodenale e Necator americanus. A. duodenale: transmissão via transcutânea e oral. Necator americanus: transmissão via transcutânea. Ancilostoma caninum e A. braziliense: São espécies que parasitam cães e gatos. Causam a larva migrans cutânea ou bicho geográfico (não causa a ancilostomose). LARVA MIGRANS CUTÂNEA Os parasitas da espécie A. caninum e A. braziliense infectam o hospedeiro humano, mas não conseguem evoluir, migrando então através do tecido subcutâneo ou visceral, provocando a larva migrans cutânea. DIFERENÇAS DE ESPÉCIES A figura abaixo mostra as diferenças entre as principais espécies, pela cápsula bucal (A): Ancylostoma duodenale (B), com dois pares de dentes na cápsula bucal; Necator americanus (C), com lâminas cortantes na cápsula; A. braziliensis (D), com um par de dentes grandes e um pequeno; A. Caninum (E), com 3 pares de dentes. REPRODUÇÃO E CICLO VITAL A larva rabditóide de 1ª estágio (ou L1) se alimenta ativamente de bactérias e matéria orgânica do solo e cresce de modo que aos três dias tem lugar a 1ª muda; A larva rabditóide de 2º estágio (L2), o esôfago alonga-se, passando a ser de filarioide; Ocorre então a 2ª muda, então teremos a larva filarioide embainhada ou encistada (L3). Uma semana depois torna-se infectante. (Produção de enzimas e perda da cutícula); ancilostomose AULA 6 – AMARELÃO OU DOENÇA DO JECA TATU. introdução L3 não se alimenta, mas passa a consumir suas próprias reservas energéticas; As L3, que entram pela pele, vão pela circulação venosa ou linfática ao coração e aos pulmões, onde tem lugar a 3ª ecdise (L4); As L4 penetram nos alvéolos e bronquíolos, até a faringe, que é o fim do ciclo pulmonar; São deglutidas, indo parar no intestino delgado, onde (L5) e última ecdise, passando a vermes adultos. PATOLOGIA DA ANCILOSTOMÍASE Erupção pápulo eritematosa, edema ou uma dermatite alérgica; No ciclo pulmonar pode ocorrer uma pneumonite disseminada (síndrome de Loeffler) e hemorragias; No período de parasitismo intestinal se observa quase todas as manifestações da ancilostomíase – doença. Nas infestações intensas aparecem entre a 3ª e a 5ª semanas: Mal estar abdominal na região epigástrica; Anorexia, náuseas e vômitos; Pode haver também cólicas, diarreia, febre ligeira, cansaço e emagrecimento. FASE AGUDA Migração das larvas pela pele e pulmões até instalação dos vermes adultos no duodeno; FASE CRÔNICA Sinais e sintomas: Primários: hematofagismo Secundários: anemia e hipoproteinemia ANEMIA MICROCÍTICA E HIPOCRÔMICA A anemia ancilostomótica depende: Da espécie de ancilostomídeo; Da carga parasitária; Ingestão e absorção do ferro alimentar. Também ocorre a leucocitose, eosinofilia e diminuição da hemoglobina. SÉRIE VERMELHA RESULTADOS DO PACIENTE VALORES DE REFERÊNCIA Hemácias 3.20 milhões/mm3 4.2 – 6.3 Hemoglobina 10.4 g/dl 13.0 – 18.0 Hematócrito 29% 39 – 53 VCM 70 fl 80 – 96 HCM 24 pg 27 – 32 CHCM 28% 31 – 35 SINTOMATOLOGIA DA FASE AGUDA O coração apresenta hipertrofia e dilatação; Manifestações pulmonares, em geral, discretas, com tosse seca ou expectoração; Eosinofilia: 30 ou 60% no primeiro mês da doença. PATOGENIA Penetração e migração das larvas reações urticariformes cutâneas erupções pápulo-eritematosas (bactérias) Esfoliação sanguínea anemia ferropriva hipoproteinemia Lesão da mucosa dor abdominal diarreia sanguinolenta SINAIS E SINTOMAS Usualmente assintomática – carga parasitária baixa; Infecções severas (> 50 vermes), prevalência maior em criança; Dermatite e urticária nos locais de penetração das larvas; Anemia; Desnutrição proteico-calórica grave; Diarreia; Geofagia (mania de comer terra ou barro). DIAGNÓSTICO Hoffman; Willis – técnica de escolha (específica para o diagnóstico de ancilostomose); Harada e Mori; Kato-Katz. TRATAMENTO Mebendazol; Albendazol (teratogênico e embriotóxico); Mecanismo de Ação: interferem na síntese da molécula de tubulina, causando destruição na estrutura microtubular de diferentes células do parasita. (Ex. degeneração das células do tegumento e do intestino). DIFERENCIAÇÃO DAS LARVAS DE STRONGYLOIDES STERCORALIS E ANCILOSTOMIDEOS
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