Estudos Disciplinares 2 - Questionário Unidade I

Prévia do material em texto

Estudos Diciplinares 2 - Questionario 1 
 
Pergunta 1 
Avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. O Direito e a Moral não se confundem, mas 
é possível distingui-los sem separá-los. PORQUE II. A violação das normas jurídicas impõe sanções 
positivadas e a violação das normas éticas sanções derivadas da sociedade e da própria consciência 
humana. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
 
a.As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificação correta da I. 
b.As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificação correta da I. 
c.A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. 
d.A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. 
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
 
Resposta: A 
Comentário: O Direito e a Moral não se confundem, mas é possível distingui-los em separá-los porque a 
violação das normas jurídicas impõe sanções positivadas e a violação das normas éticas, sanções 
derivadas da sociedade e da própria consciência humana. As normas morais são comportamentais e as 
jurídicas positivadas. 
 
Pergunta 2 
Qual dos filósofos a seguir arma que a obrigação jurídica e a obrigação moral são espécies distintas de um 
mesmo gênero, mas há diferenças que se pautam na importância de cada qual na imunidade à alteração 
deliberada, no caráter voluntário dos delitos morais e na forma de pressão moral? 
 
a. Hans Kelsen. 
b. Herbert L. A. Hart. 
c. Jeremy Benthan. 
d. Ronald Dworkin. 
e. Rudolf Von Ihering 
 
Resposta: B 
Comentário: Para Herbert L. A. Hart a obrigação jurídica e a obrigação moral são espécies distintas de um 
mesmo gênero, mas há diferenças que se pautam na importância de cada qual, na imunidade à alteração 
deliberada, no caráter voluntário dos delitos morais e na forma de pressão moral. Em qualquer 
comunidade há uma sobreposição parcial de conteúdo entre a obrigação moral e a obrigação jurídica, são 
espécies jurídicas do mesmo gênero. 
 
Pergunta 3 
Para Herbert L. A. Hart, as regras morais são alteradas em razão da evolução natural da sociedade e as 
regras jurídicas estão sempre aptas à criação, modificação ou extinção por um ato legislativo 
convencional. Isto é assim em razão: 
 
a. da importância das normas jurídicas e morais. 
b. do caráter voluntário dos delitos morais. 
c. da forma de pressão moral. 
d. da imunidade à alteração deliberada. 
e. do caráter vinculativo das normas morais e jurídicas. 
 
Resposta: D 
Comentário: Para Herbert L. A Hart, a obrigação jurídica e a obrigação moral são espécies distintas de um 
mesmo gênero, mas há diferenças que se pautam na importância de cada qual, na imunidade à alteração 
deliberada, no caráter voluntário dos delitos morais e na forma de pressão moral. Em relação à imunidade 
à alteração deliberada, arma-se que as regras morais são alteradas em razão da evolução natural da 
sociedade e as regras jurídicas estão sempre aptas à criação, modificação ou extinção por um ato 
legislativo convencional. 
 
Pergunta 4 
Qual dos pensadores apresentados a seguir arma que uma regra de Direito desprovida de coação jurídica é 
um contrassenso; é um fogo que não queima, uma tocha que não brilha? 
a. Hans Kelsen. 
b. Norberto Bobbio. 
c. Jeremy Benthan. 
d. Ronald Dworkin. 
e. Rudolf Von Ihering 
 
Resposta: E 
Comentário: Para Ihering a coercibilidade é o que distingue o Direito da Moral. 
 
Pergunta 5 
Para Ronald Dworkin, a validade de uma norma decorre dos princípios que a fundamentam e de sua 
justificação moral, pois: 
 
a.as regras jurídicas e as regras morais não pertencem a um mesmo ordenamento jurídico. 
b.os juízes, ao se depararem com as lacunas, devem afastar a aplicação da Moral. 
c.há fusão entre Direito e Moral, as argumentações jurídicas adequadas se fundam na melhor 
interpretação moral possível das práticas vigentes em certa sociedade. 
d. as normas injustas são válidas. 
e.os juízes, ao se depararem com as lacunas, devem ater-se à discricionariedade. 
 
Resposta: C 
Comentário: As regras jurídicas e as regras morais pertencem ao mesmo ordenamento jurídico. As 
normas injustas são inválidas, pois a Moral condiciona a validade das normas. As argumentações 
jurídicas adequadas se fundam na melhor interpretação da moral possível das práticas vigentes em certa 
sociedade. Portanto, os juízes, ao se depararem com as lacunas, devem aplicar a moral e não afastar-se 
dela, muito menos criarem regras justiça das por uma discricionariedade. 
 
Pergunta 6 
Para Hans Kelsen, a validade de uma norma reside no próprio ordenamento jurídico, independentemente 
de sua concordância com um sistema moral único e absoluto, devendo se ater: 
 
a. à bilateralidade atributiva. 
b. ao imperativo autorizante. 
c. ao imperativo categórico. 
d. à norma hipotética fundamental. 
e. ao positivismo analítico.: 
 
Resposta: D 
Comentário: Para Hans Kelsen, a validade de uma norma reside no próprio ordenamento jurídico, na 
norma hipotética fundamental. 
 
Pergunta 7 
Hans Kelsen constatou que a Moral e o Direito são dois sistemas diversos. Qual das afirmativas a seguir 
não corrobora com o positivismo kelseniano? 
 
a.A distinção entre Moral e Direito habita como elas prescrevem as regras de comportamento, como deve 
ou não ser determinada conduta. 
b.As sanções jurídicas consistem na aprovação da conduta conforme as normas e na desaprovação da 
conduta contrária às normas. 
c.O Direito prescreve as regras, ligando-as à sanção, à Moral resta inconcebível a aplicação da coação 
como força física. 
d.Ao mesmo tempo em que uma ordem jurídica pode ser considerada injusta ante um sistema moral, ela 
pode ser entendida justa se analisada por critérios ou medidas fornecidas por um sistema moral diverso. 
e.O Direito é um conjunto de normas que procura obter a conduta humana, ligando à conduta oposta um 
ato de coerção socialmente organizado. 
 
Resposta: B 
Comentário: As sanções morais consistem na aprovação da conduta conforme as normas e na 
desaprovação da conduta contrária às normas, como no exemplo das filas. 
 
Pergunta 8 
A armação de que o Direito implica uma relação entre duas ou mais pessoas, segundo certa ordem de 
exigibilidade, consagra: 
 
a. a teoria dos círculos concêntricos. 
b. a teoria dos círculos secantes. 
c. a bilateralidade atributiva. 
d. a teoria dos círculos opostos. 
e. o positivismo analítico. 
 
Resposta: C 
Comentário: Na teoria da bilateralidade atributiva, a norma jurídica tem quatro elementos: envolve 
pessoas, resulta da atribuição de pretender alguma coisa, possibilita o exercício de uma pretensão e traz a 
certeza do cumprimento do reconhecimento da relação. 
 
Pergunta 9 
Entre os aspectos fundamentais do Direito, podemos armar que o Estado impõe regras que regem a vida 
social organizada, pois o Direito é: 
 
a. “norma agendi”. 
b. “facultas agendi”. 
c. Direito objetivo. 
d. Direito natural. 
e. Direito positivo. 
 
Resposta: A 
Comentário: O Direito é o conjunto de regras positivadas que regem avida social organizada. 
 
Pergunta 10 
O Direito é a ciência do dever ser. Assim, podemos armar que: 
 
a. as regras disciplinadoras do Direito dispensam a positividade. 
b. o Direito não visa garantir a harmonia social. 
c. entre o Direito Natural e o Direito Positivo há uma antinomia real. 
d.o Direito não deve ser visto como um fenômeno histórico-cultural, deve primar por sua rigidez ao 
passar pelas contingências socioeconômicas. 
e.o Direito é o conjunto de regras que disciplinam a vida em sociedade e que se caracterizam pelo caráter 
genérico e jurídico. 
 
Resposta: E 
Comentário: As regras disciplinadoras da vida em sociedade necessitam de emanação do poder 
competente, em razão de serem positivadas. O Direito é uma disciplina da alteridade, pois visa garantir a 
harmonia social, preservando a paz e a boa-fé, mediante o estabelecimentode regras de conduta, com 
sanções institucionalizadas. O Direito deve ser visto como um fenômeno histórico-cultural, pois há uma 
solução de continuidade nas contingências socioeconômicas vividas por uma sociedade, por ser um fato 
da convivência ordenada. Entre o Direito Natural e o Direito Positivo há uma antinomia aparente, pois na 
realidade um é fonte de inspiração do outro. O Direito Natural tende a converter-se em Direito Positivo.