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Transtornos de Personalidade - Mirian

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Transtornos de Personalidade
 INTRODUÇÃO 
PERSONALIDADE 
 PERSONALIDADE: Estilo/jeito de ser que cada indivíduo 
tem de lidar com o mundo (“assinatura pessoal”). 
 Resulta da interação entre variáveis neurobiológicas 
inatas (“temperamento”) e experiências ambientais e 
sociais precoces, intra e extra-familiares, que 
contribuem para a construção do “caráter” do 
indivíduo. 
 A combinação de fatores biológicos (temperamento) e 
vivenciais/ambientais (caráter) constitui a 
personalidade. 
TRAÇO DE PERSONALIDADE 
 TRAÇO DE PERSONALIDADE: É uma tendência 
específica de sentir, perceber, pensar e se comportar 
de forma repetida e estereotipada, especialmente 
dentro de contextos interpessoais (desconfiança, 
sedução, hostilidade, teatralidade, manipulação, 
perfeccionismo). 
 Ainda não é considerado patológico. 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE 
 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE: Quando estes 
traços se exageram, causando sofrimento emocional 
e/ou disfunções na área social, interpessoal ou 
profissional. 
EPIDEMIOLOGIA 
NO MUNDO 
 10 a 20% da população em geral. 
 Prevalência internacional estimada de 11%. 
 25% dos pacientes no contexto primário. 
 50% dos pacientes psiquiátricos ambulatoriais. 
 2/3 dos prisioneiros. 
NO BRASIL 
 Prevalência estimada de grupos de transtornos de 
personalidades na região metropolitana de São Paulo: 
 
 
 
CURSO 
 CURSO: 
 Iniciam no final da adolescência/início da idade adulta. 
 Padrão persistente e relativamente estável no tempo. 
 Alguns tendem a atenuar ou remitir com tempo (ex. 
antissocial e borderline); raramente (ex. obsessivo- 
compulsivo e esquizotípico). 
GÊNERO 
 GÊNERO: 
 Não há diferença de prevalência entre os gêneros. 
 São mais diagnosticados em homens (antissocial) e 
mulheres (histriônico, borderline e dependente). 
ETIOLOGIA 
 ETIOLOGIA: Difícil de ser estudada. Os estudos 
disponíveis foram baseados principalmente no 
transtorno de personalidade borderline, por ser um 
dos mais frequentes e que mais se destaca nas 
amostras clínicas. 
MODELO ESTRESSE-DIÁSTASE 
 MODELO ESTRESSE-DIÁSTASE (Paris, 2005): 
 Genes modelam a variabilidade individual de traços e 
temperamentos. 
 Algumas variantes do temperamento (introvertido, 
extrovertido) podem se constituir em vulnerabilidade 
para psicopatologia. 
 Estas variantes se tornam desadaptativas sob o 
impacto de condições ambientais adversas específicas. 
 A interação é bidirecional: 
 Variabilidade genética influencia a forma como as 
pessoas respondem a seu ambiente. 
 Variáveis ambientais (psicossociais) determinam 
como, e se, os genes irão se expresser. 
 Implicações terapêuticas: 
 Intervenções apenas biológicas, ou apenas 
psicológicas, serão frequentemente insuficientes 
no tratamento dos TP. 
FATORES GENÉTICOS 
 FATORES GENÉTICOS: 
 Grupo A: Mais comum em familiares biológicos de 
equizofrênicos. 
 Grupo B: Anti-social é associado com dependência de 
álcool; depressão é comum em familiares de pacientes 
com TP borderline. 
 Grupo C: Personalidade evitativa tem maiores níveis de 
ansiedade. 
 
 
FATORES BIOLÓGICOS 
 Hormônios: Níveis elevadas de testosterona 
relacionados à traços impulsivos frequentes. 
 Monoaminoxidase plaquetária: Baixos níveis 
plaquetários de MAO estão associadas com maior 
sociabilidade. 
 Movimentos oculares de seguimento suave: São 
irregulares em pessoas que apresentam transtorno da 
personalidade esquizotípica. 
 Não têm aplicação clínica, mas indicam o papel da 
hereditariedade nos transtornos. 
 Neurotransmissores: 
 Endorfinas: Apresentam efeitos de analgesia e 
supressão da excitação, sendo que seus níveis 
elevadas estão relacionados a indivíduos apáticos. 
 Ácido 5-hidróxi-indolacético (5-HIAA): Metabólito da 
serotonina, apresenta níveis baixos em indivíduos que 
tentam suicídio, são impulsivos e agressivos. 
 Serotonina e dopamina: Relação determinada a partir 
da observação de fármacos nesses pacientes. 
 Eletrofisiologia: Alguns pacientes com transtornos de 
personalidade apresentam alterações na condução 
elétrica no eletroencefalograma Ondas lentas no 
EEG. 
FATORES PSICOSSOCIAIS 
 FATORES PSICOSSOCIAIS: É comum a história de 
traumas na infância de pacientes com transtorno de 
personalidade borderline (TPB), embora esta relação 
de traumas e TPB não seja muito clara. 
 Traumas infantis nem sempre estão presentes no TPB e 
muitas pessoas que sofreram abuso não desenvolvem 
transtorno de personalidade borderline. 
 Vários estudos mostraram altas taxas de abuso sexual 
e físico na infância de pacientes com TPB. 
 Em uma grande amostra clínica nos USA, 61% dos 
pacientes com TPB relataram histórias de abuso sexual 
e 59% de abuso físico. 
 Em uma amostra sul-brasileira de pacientes com TPB, 
52% reportaram abuso sexual e 68% abuso físico na 
infância (Schestatsky et al, 2005). 
 Um estudo prospectivo longitudinal de crianças, de 
base populacional, encontrou que abuso e negligência 
na infância estiveram significativamente associados 
com TPB na idade de adulto jovem, após controlar as 
variáveis de nível de educação e psicopatologia dos 
pais. 
IMPLICAÇÕES 
 Maior morbimortalidade: 
 Reino Unido: Menos 19 anos para mulheres/18 
para homens; 
 Maior incidência de suicídio e homicídio; 
 Maior mortalidade por causas cardiovasculares e 
respiratórias; 
 Fatores ligados à estilo de vida: Alta prevalência de 
fumo; álcool; drogas. 
 Alto custo para os sistemas de saúde. 
HISTÓRICO 
 Hipócrates (460-370 AC) e Galeno (129-217 AC): 
 4 tipos de temperamento (fleumático, colérico, 
sanguíneo, melancólico). 
 Bénédict Augustin Morel/Philippe Pinel (França); 
Julius Koch (Alemanha) - Século 18/19: 
 Transtornos neurodegenerativos. 
 James Cowles Prichard: 
 “Insanidade moral”: Sem doença aparente, mas 
com distúrbio grosseiro do comportamento. 
 Kurt Schneider (1923): Descrição + próxima com a 
atual. 
 “Those with personality disorders suffer because of 
their disorders and also cause society to suffer”; 
 Inabilidade de formar e manter relacionamentos 
interpessoais satisfatórios. 
GRUPOS / QUADRO CLÍNICO 
 
Transtornos de 
Personalidade 
Características Dx diferencial e 
Comorbidades 
Grupo A: “MAD” 
Paranoide 
Esquizoide 
Esquizotípico 
 
Desconfiados 
Excêntricos 
Transtornos 
psicóticos 
Autismo 
Grupo B: “BAD” 
Antissocial 
Borderline 
Histriônico 
Narcisista 
 
Dramáticos 
Emocionais 
Transtornos de 
humor 
Transtornos de 
Ansiedade 
Grupo C: “SAD” 
Evitativo 
Dependente 
Obssesivo-
compulsivo 
 
Ansiosos 
Assustados 
Transtornos de 
humor 
Transtornos de 
ansiedade 
 
MANUAIS DIAGNÓSTICOS: CID-10, DSM-5 E CID-
11 
 
CID-10 DSM-5 GRUPOS 
Paranoide Paranoide 
Esquizoide Esquizoide Grupo A 
Não existe Esquizotípico 
Dissocial Antissocial 
Emocionalmente 
instável 
Borderline Grupo B 
Não existe Narcisista 
Histriônico Histriônico 
Anancástico Obsessivo-
compulsivo 
 
Ansioso 
(evitativo) 
Evitativo Grupo C 
Dependente Dependente 
 
 CID 11: Lançada pela OMS em junho de 2018, possui 
Alterações importantes, abandonando o modelo 
 
categórico da tabela anterior, havendo apenas uma 
descrição geral, separando os transtornos em leve, 
moderado e grave. 
 Lançamento oficial em maio de 2019. 
 É o sistema oficial do Brasil para fins de perícia e 
saúde pública. 
 Descrição para transtornos de personalidade: 
1. Problemas no funcionamento de aspectos do self 
e/ou disfunção interpessoal que persistiram 
durante um longo período de tempo (por ex, 2 anos 
ou mais); 
2. Manifesta-se em padrões de cognição, 
experiências emocional, expressão emocional e 
comportamento que é mal adaptativo (por 
exemplo, inflexível ou mal regulado) e se manifesta 
em diversas situações pessoais e sociais (não se 
limita a relacionamentos específicos ou papéis 
sociais); 
3. Os padrões de comportamento não são 
apropriados ao desenvolvimento e não podem ser 
explicados principalmente por fatores sociais ou 
culturais,Incluindo conflitos sócio-políticos; 
4. Está associada ao sofrimento substancial ou 
prejuízo significativo em áreas pessoas, familiares, 
sociais, educacionais, ocupacionais ou outras áreas 
importantes de funcionamento. 
 
 CLASSIFICAÇÃO DO CID-11: 
 Leve: 
 Afetam algumas áreas do funcionamento. 
 Há problemas em muitos relacionamentos 
interpessoais e/ou alguns relacionamentos são 
mantidos e/ou alguns papéis são 
desempenhados. 
 Não está associada a danos substanciais a si 
mesmo ou a outros, mas pode estar associada a 
sofrimento substancial ou com prejuízo nas 
áreas pessoais, familiares, sociais, educacionais 
e ocupacionais. 
 
 Moderada: 
 Afetam múltiplas áreas do funcionamento da 
personalidade. 
 Algumas áreas do funcionamento da 
personalidade podem ser relativamente menos 
afetadas. 
 Problemas marcantes na maioria das relações 
interpessoais e o desempenho dos papéis 
sociais e ocupacionais às vezes associada a 
danos a si mesmo ou a outros, e está associada 
a acentuado prejuízo nas áreas pessoais, 
familiares, sociais, educacionais, ocupacionais 
ou outras áreas importantes de funcionamento, 
embora o funcionamento em áreas circunscritos 
possa ser mantido. 
 
 Grave: 
 Distúrbios graves no funcionamento do self. 
 Os problemas no funcionamento interpessoal 
afetam seriamente todos os relacionamentos, e 
a capacidade e disposição de desempenhar os 
papéis sociais e ocupacionais esperados está 
ausente ou seriamente comprometida. 
 Afetam a maioria das áreas do funcionamento 
da personalidade, se não todas. 
 Associado a danos a si mesmo ou a outros e 
está associado a graves deficiências em todas ou 
quase todas as áreas da vida, incluindo áreas 
pessoais, familiares, sociais, educacionais, 
ocupacionais e outras áreas importantes do 
funcionamento. 
 
 DIMENSÕES DA PERSONALIDADE (CID-11): Muito 
parecido com o modelo híbrido do DSM-5. 
 Afetividade baixa (alto neuroticismo); 
 Desapego (baixa extroversão); 
 Desinibição (baixa conscienciosidade); 
 Dissociabilidade (baixa agrabilidade); 
 Anancastia (alta conscienciosidade); 
 Padrão Borderline. 
 MODELO HÍBRIDO DO DSM-5: 
 Categórico: Prejuízo em pelo menos 2 áreas 
 Identidade 
 Autodireção 
 Empatia 
 Intimidade 
 Dimensional: 
 Afetividade negative vs estabilidade emocional; 
 Distanciamento vs extroversão; 
 Antagonismo vs conveniência; 
 Desinibição vs conscienciosidade; 
 Psicoticismo vs lucidez. 
DEFINIÇÃO: DSM-5 
 DEFINIÇÃO DSM-5 PARA TRANSTORNOS DE 
PERSONALIDADE: 
 A) Padrão persistente de vivências ou 
comportamentos, que se desviam acentuadamente 
da cultura onde a pessoa vive e que se manifestam 
em 2 ou mais das seguintes áreas: 
 (1) Cognição (modo de perceber a si mesmo, aos 
outros e aos eventos) 
 (2) Afetividade (adequação de respostas 
emocionais, incluindo intensidade, variabilidade e 
labilidade afetiva) 
 (3) Funcionamento interpessoal 
 (4) Controle dos impulsos 
 
 B) O padrão persistente é inflexível e abrange uma 
ampla gama de situações pessoais e sociais. 
 C) Provoca sofrimento significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, ocupacional ou outras áreas 
de vida importantes. 
 D) O padrão é estável, de longa duração, iniciando 
em geral na adolescência ou início da vida adulta. 
 E) Não é melhor explicado como secundário a outro 
transtorno mental. 
 
 F) Não decorre de efeitos diretos de uma 
substância ou de uma condição médica geral 
subjacente. 
RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE 
 Os pacientes com transtornos de personalidade são 
difíceis de tratar, avaliar e pesquisar. 
 TP Borderline: “paciente que os psiquiatras odeiam” 
(Lewis &Appleby, 1988). 
 Motivos das dificuldades: 
 Não se consideram doentes; 
 Atribuem aos outros seus problemas; 
 Só buscam tratamento já com outras patologias 
graves associadas; 
 Não cumprem combinações e prescrições; 
 Faltam e interrompem com os tratamentos; 
 Sofrem e fazem os outros sofrer (Schneider, 
1923). 
 Apresentam propensão muito maior a recusar auxílio 
psiquiátrico e a negar seus problemas 
 Representam um desafio para o médico. 
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE (TP) 
TP ESQUIZOTÍPICA 
 
 
 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA: 
Estes pacientes exibem características estranhas ou 
excêntricas, além de distorções cognitivas e 
perceptivas (pensamento mágico, noções peculiares, 
ideias de referência, ilusões e desrealização). 
 Apresentam padrão difuso de déficits sociais e 
interpessoais marcado por desconforto e incapacidade 
para relacionamentos íntimos  isolados, poucos 
amigos. 
 
 Características clínicas: 
 Perturbação do pensamento e comunicação; 
 Fala distinta/peculiar, fazendo sentido apenas para 
eles mesmos; 
 Podem desconhecer seus próprios sentimentos, 
mas são sensíveis e conscientes sobre os do 
próximo; 
 Podem ser supersticiosos/clarividentes; 
 Podem ter relacionamentos imaginários vívidos, 
temores e fantasias infantis; 
 Podem ter ilusões da percepção ou macropsia; 
 Sob estresse, podem ter sintomas psicóticos breves. 
 Epidemiologia: 
 Prevalência em populações clínicas: 0.6-1.9%. 
 Prevalência na população em geral: 3.9%. 
 A proporção entre gêneros é desconhecida. 
 Diagnosticado com frequência em mulheres com 
síndrome do X frágil. 
 Fatores de risco: Há aumento da prevalência em 
famílias de indivíduos com esquizofrenia. 
 Diagnóstico: Baseado nas peculiaridades de 
pensamento, comportamento e aparência do paciente. 
 Diagnóstico diferencial: 
 TP Esquizoide e Evitativo: Se diferencia pela 
presença de excentricidades, sua percepção e 
comunicação, além da frequente história familiar 
de esquizofrenia. 
 TP Esquizotípica: Se diferencia pela ausência de 
psicose e, quando tem, são breves e fragmentados. 
 TP Paranoide: Se diferencia pela presença do 
comportamento estranho. 
 Tratamento: 
 Psicoterapia 
 Antipsicóticos; 
 Antidepressivos. 
TP ESQUIZOIDE 
 
 
 
 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOIDE: 
Caracterizado por padrão de retraimento social. 
Excêntricos, são vistos como isolados ou solitários. Seu 
desconforto com a interação humana, sua introversão 
e seu afeto frio e constrito se destacam. 
 Apresentam distanciamento nas relações sociais e 
capacidade limitada de expressão emocional em 
contextos interpessoais. 
 Preferem ficar sós, tem pouco/nenhum interesse em 
relações sexuais, indiferentes ao que os outros 
pensam. 
 Devaneios são mais gratificantes que a vida real. 
 Características clínicas: 
 Parecem frios, indiferentes, calados, distantes, 
isoladas e insociáveis; 
 Exibem retraimento distante e falta de 
envolvimento com interesses diários e com 
preocupações alheias; 
 Pouca necessidade/vontade de formar laços 
afetivos; 
 Vida sexual pode existir apenas na fantasia; 
 Interesses solitários  Empregos solitários e não 
competitivos; 
Phoebe, de Friends Chapeleiro Maluco, de Alice 
no País das Maravilhas 
Sheldon, de 
The Big Bang Theory 
Homem de Lata, de 
O Mágico de Oz 
 
 Incapacidade de expressar diretamente a raiva; 
 A capacidade de reconhecer a realidade é normal; 
 Atos agressivos são raros. Geralmente lidam com a 
maioria das ameaças através de fantasias. 
 Epidemiologia: 
 Prevalência de 3,1 a 5% da população em geral; 
 Proporção de homens para mulheres de 2:1. 
 Fatores de risco: Prevalência maior entre familiares de 
indivíduos com Esquizofrenia ou TP Esquizotípico. 
 Diagnóstico: Raramente tolera contato visual, afeto 
pode ser constrito, distante ou inadequadamente 
sério, precisam se esforçar para serem engraçados, fala 
dirigida à objetivos, respostas curtas, usam figuras de 
linguagem incomuns e podem ficar fascinados por 
objetos inanimados ou construtos metafísicos. 
 Diagnóstico diferencial: 
 Esquizofrenia: Se diferencia do esquizoide porque 
os esquizofrênicos exibem maior envolvimento 
social, história de comportamento verbalagressivo 
e projeção de sentimentos. 
 TPOC e Evitativa: Se diferencia porque esses dois 
transtornos experimentam a solidão como 
disfórica, têm uma história mais rica de relações 
objetais anteriores e não se entregam com a 
mesma frequência a devaneios autistas. 
 Evitativa: Se diferencia porque os evitativos são 
isolados, mas tem um forte desejo de participar de 
atividades, o que não ocorre nos esquizoides. 
 Esquizotípica: Se diferencia porque os 
esquizotípicos se assemelham mais a um paciente 
com esquizofrenia em relação às estranhezas. 
 Autismo/Asperger: Se diferencia, pois no esquizoide 
a  de interações sociais e 
comportamentos/interesses estereotipados não 
são tão graves. 
 Tratamento: 
 Psicoterapia, antipsicóticos, psicoestimulantes, 
agentes serotonérgicos ( sensibilidade à rejeição) 
e benzodiazepínicos ( ansiedade interpessoal). 
TP PARANÓIDE 
 
 
 TP PARANÓIDE: Caracterizam-se por suspeita e 
desconfiança em relação às pessoas, vistos como 
ameaçadores, enganadores ou exploradores. 
 Recusam a responsabilidade por seus próprios 
sentimentos e a atribui a outros. 
 Rancores persistentes, sentimentos de humilhação por 
qualquer crítica, suspeitas recorrentes de estar sendo 
traído pela/o parceira/o. 
 Costumam ser hostis, irritáveis e irascíveis. 
 
 Epidemiologia: 
 Prevalência de 2,3 a 4,4% da população em geral. 
 Diagnosticado com maior frequência em homens. 
 Fatores de risco: Familiares esquizofrênicos ou com 
transtorno delirante. 
 Diagnóstico: Costumam estar tensos e perplexos por 
terem que buscar ajuda psiquiátrica. Vasculham o 
ambiente em busca de pistas. São sérios e sem humor. 
A fala é dirigida a objetivos e lógica, mas bases de 
argumentos podem ser falsos. Seus pensamentos 
demonstram projeção, preconceito e referências. 
 Diagnóstico diferencial: 
 Transtorno delirante: Se diferenciam porque os 
paranóide não possuem delírios fixos. 
 Esquizofrenia: Se diferenciam porque os pacientes 
com TP paranoide não têm alucinações nem um 
transtorno manifesto do pensamento. 
 Borderline: Se diferenciam porque os paranoides 
raramente são capazes de envolvimentos 
excessivos ou relacionamentos tumultuosos, como 
os borders. 
 Antissocial: A diferença consiste no fato de que os 
paranóide não possuem a longa história de 
comportamento antissocial. 
 Esquizoide: Se diferenciam porque os esquizoides 
são retraídos e indiferenres e não apresentam 
ideação paranoide. 
 Tratamento: Psicoterapia, ansiolítico e antipsicóticos. 
TP BORDERLINE 
 
 
 TP BORDERLINE: Caracterizam-se por afeto, humor, 
comportamento, relações interpessoais e autoimagem 
extraordinariamente instáveis. 
 Encontram-se no limiar entre neurose e psicose. 
 Impulsividade, ansiedade de separação e sentimentos 
crônicos de vazio são intensos. 
 Há comportamentos recorrentes de gestos ou ameaças 
de suicídio e automutilações. 
 Características clínicas: 
 Mudanças de humor são comuns; 
 Sentimentos crônicos de vazio e tédio; 
Bentinho, de Dom Casmurro 
Capitu não traiu, caraio 
Jeff, de Janela Indiscreta 
Alex, de Atração Fatal 
Britney Spears Amy Winehouse 
 
 Falta de um senso de identidade coerente (difusão 
de identidade); 
 Episódios psicóticos de curta duração; 
 Comportamento imprevisível; 
 É raro que suas realizações estejam no mesmo nível 
de suas capacidades; 
 Atos destrutivos repetidos (automutilação), para 
obter ajuda dos outros, exprimir raiva ou se 
anestesiar do afeto que o consome; 
 Relacionamentos interpessoais tumultuosos 
(dependência e raiva dirigida aos amigos íntimos); 
 Não suportam a solidão  buscam por companhia. 
 Epidemiologia: 
 Prevalência: 1.6 – 5.9 % 
 2x mais comum em mulheres 
 Fatores de risco: O TP Borderline é 5x mais comum em 
parentes biológicos de 1º grau com o mesmo 
transtorno. Há aumento de risco familiar para 
transtornos do humor, de uso de álcool/substâncias e 
de TP antissocial. 
 Diagnóstico diferencial: 
 Esquizofrenia: Se diferenciam porque os borders 
não apresentam episódios psicóticos prolongados 
ou transtornos do pensamento. 
 Esquizotípico: Se diferenciam devido às acentuadas 
peculiaridades de pensamento e ideação estranha 
presente nos esquizotípicos. 
 Paranóide: Se diferenciam porque o TPB não 
apresenta desconfiança extrema como os 
paranóides. 
 Tratamento: Psicoterapia, antipsicóticos, IMAOs, 
antidepressivos, benzodiazepínicos, anticonvulsivantes 
e agentes serotonérgicos. 
TP NARCISISTA 
 
 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA: 
Caracterizam-se por senso aguçado de 
autoimportância, ausência de empatia e sentimentos 
grandiosos de serem únicos, com necessidade 
permanente de admiração. 
 Crença de ter direitos exclusivos, explorador nas 
relações interpessoais, comportamento arrogante e 
invejoso. 
 Autoestima frágil e vulnerável às menores críticas. 
 Características clínicas: 
 Sentimento de autoimportância grandioso; 
 Sentimento de merecerem tratamentos especiais; 
 Podem lidar mal com críticas, reagindo com raiva, 
ou podem ser totalmente indiferente à elas; 
 Ambição em obter fama e fortuna; 
 Fingem simpatia para alcançar seus objetivos; 
 Frágil autoestima  suscetíveis à depressão; 
 Crises de meia idade  lidam mal ao 
envelhecerem. 
 Epidemiologia: 
 1 a 6% em amostras da comunidade. 
 50-75% são homens. 
 Fatores de risco: Filhos de pais com este transtorno 
apresentam maior risco de desenvolvê-lo, pois os pais 
podem transmitir uma ideia irrealista de onipotência, 
grandiosidade, beleza e talento. 
 Diagnóstico diferencial: Frequentemente 
acompanhados 
 Borderline: Se diferenciam porque os narcisistas 
apresentam menor ansiedade que os borderlines e 
são menos propensos à vida caótica e suicídio. 
 Histriônica: Dx diferencial mais difícil, pois ambos 
apresentam exibicionismo e manipulação. 
 Antissocial: A diferença consiste no fato de os 
antissociais terem impulsividade relacionada à 
drogas de abuso, com história de problemas legais. 
 Tratamento: Psicoterapia, lítio e antidepressivos. 
TP HISTRIÔNICA 
 
 
 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA: São 
excitáveis e emotivos, comportando-se de forma 
teatral, dramática, florida e extrovertida. 
 Características clínicas: 
 Busca persistente por atenção; 
 Comportamentos sedutores e provocantes; 
 Pensamentos e sentimentos exagerados; 
 Necessidade de tranquilização infinita; 
 Incapacidade de ligações profundas e duradouras; 
 Epidemiologia: 
 Prevalência de 1 a 3%; 
 10 a 15% em unidades psiquiátricas; 
 Mais diagnosticado em mulheres. 
 Fatores de risco: 
 Diagnóstico: Detalhismo exagerado, gesticulações e 
exclamações dramáticas, linguagem pitoresca. 
 Diagnóstico diferencial: 
 Borderline: Se diferenciam porque os borders 
apresentam mais tentativas de suicídio, difusão de 
Identidade e episódios psicóticos breves. 
 Transtorno de sintomas somáticos (Síndrome de 
Briquet): Podem ocorrer em conjunto. 
 Tratamento: Psicoterapia, antidepressivos, ansiolíticos 
e antipsicóticos. 
Dr House Cersei, de Game of Thrones 
Tokio e Palermo, de 
La Casa de Papel 
 Carminha, de 
 Avenida Brasil 
 Tereza Cristina, de 
 Fina Estampa 
 
TP ANTISSOCIAL 
 
 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL: São 
incapazes de se adequarem às regras sociais, violam e 
desconsideram os direitos alheios. 
 Características clínicas: 
 Podem parecer normais, simpáticos e lisonjeiros; 
 Irritados, agressivos, impulsivos e irresponsáveis; 
 Tendência à manipulação, mentiras e trapaças; 
 Ausência de remorso, ansiedade e depressão; 
 Atitudes ilegais são frequentes. 
 Epidemiologia: 
 Prevalência de 0,2 a 3,3% na população em geral; 
 75% da população carcerária; 
 Mais comum em homens. 
 Fatores de risco: Risco 5x maior entre familiares de 1º 
grau com o mesmo transtorno. 
 Diagnóstico: Parecem calmos e estáveis, mas 
escondem tensão, hostilidade, irritabilidade e fúria, 
podendo ser necessária entrevistade estresse com 
confrontação. 
 Diagnóstico diferencial: 
 Comportamento criminoso: Se diferenciam porque 
o comportamento ilegal visa apenas a ganhos e não 
está acompanhado pelos traços de personalidade 
rígidos, mal-adaptativos e persistentes de um 
transtorno da personalidade. 
 Abuso de substâncias: Dx diferencial mais difícil. 
 Tratamento: Psicoterapia, antagonistas β-
adrenérgicos, antiepilépticos, psicoestimulantes. 
 Polo mais grave do TP Antissocial: PSICOPATA! 
 Emoções ausentes: Medo, vergonha, amor e culpa. 
 Não se conhece forma satisfatória de tratamento. 
TP OBSESSIVA-COMPULSIVA 
 
 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVA-
COMPULSIVA: Apresentam um padrão global de 
perfeccionismo e inflexibilidade. Caracterizam-se por 
constrição emocional, organização, perseverança, 
teimosia e indecisão. 
 Características clínicas: 
 Perdem tempo com limpeza, listas, detalhes, 
regras, organização, e horários; 
 Moralistas, centralizadores, rígidos e teimosos; 
 Incapazes de descartar objetos usados; 
 Mesquinhos com dinheiro; 
 Desejam sempre a perfeição; 
 Não toleram o que consideram infrações. 
 Epidemiologia: 
 Prevalência de 2 a 8%. 
 Mais comum em homens. 
 Diagnóstico diferencial: Traços vs transtorno. 
 Tratamento: Psicoterapia, clonazepam, clomipramina, 
fluoxetina e nefazodona. 
TP DEPENDENTE 
 
 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE: 
Apresentam necessidade excessiva de serem cuidados, 
criando comportamentos de submissão e apego. 
 Características clínicas: 
 Subordinam suas próprias necessidades e 
responsabilidades à terceiros. 
 Não têm autoconfiança e ficam desconfortáveis ao 
ficarem sozinhas por medo irreal de abandono. 
 Não conseguem realizar projetos por conta própria. 
 Pessimismo, insegurança, passividade, temor de 
expressar sentimentos sexuais e agressivos. 
 Epidemiologia: 
 Prevalência de 0,49% a 0,6%. 
 Mais comum em mulheres. 
 Diagnóstico diferencial: 
 Histriônica e Borderline: Dependentes possuem 
relacionamentos + duradouras e não manipulam. 
 Esquizoide e esquizotípica: Dx difícil. 
 Agorafobia: Ansiedade elevada, pânico. 
 Tratamento: Psicoterapia, antidepressivos, ansiolíticos. 
TP EVITATIVO 
 
 
 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE EVITATIVO: 
Tímidos, com complexo de inferioridade, exibem 
sensibilidade extrema à rejeição. Possuem um enorme 
desejo por companhia, mas não o faz por medo de ser 
rejeitado. 
Prefiro nem dizer o 
nome do atleta 
Frank, de 
House of Cards 
Jesse, de 
Breaking Bad 
Lineu, de A 
Grande Família 
Miranda Bailey, de 
Grey’s Anatomy 
Woody Allen Foto aleatória do 
Google imagens 
 
 Características clínicas: 
 Inibição social, reservado, retraído; 
 Sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a 
avaliações negativas; 
 Vê-se socialmente incapaz, sem atrativos pessoais 
ou inferior aos outros; 
 Evita relacionamentos íntimos com receio de 
rechaço, de ser humilhado ou ridicularizado. 
 Epidemiologia: 
 Prevalência de 2 a 3% na população em geral. 
 Diagnóstico diferencial: 
 Esquizoide: Se diferem porque evitativos querem 
interagir, enquanto esquizoides preferem ficar só. 
 Borderline e Histriônica: Diferentes, pois os 
evitativos não são tão exigentes, irritáveis e 
imprevisíveis. 
 Dependente: Estes possuem temor maior do 
abandono e de não ser amado do que os evitativos. 
 Tratamento: Psicoterapia, antagonista β-adrenérgico, 
agentes serotonérgicos e dopaminérgicos. 
ANÁLISE DO MODELO CATEGORIAL DO 
DSM 
CRÍTICAS VANTAGENS 
Comorbidade excessiva Relativamente simples 
Heterogeneidade dentro 
dos próprios transtornos 
Se parece com o DSM-IV 
Dx + comum: TP sem outra 
especificação 
Segue a estrutura de 
categorias usada no DSM-5 
 Continua sendo a 
perspectiva oficial da APA 
COMORBIDADES 
 
 COMORBIDADES: Mais de um TP no mesmo paciente. 
 Transtorno depressivo recorrente ou TAG. 
 Maior explicação para recorrência de outros 
transtornos 
 Frequentemente, o TP não é tratado. 
 A maioria dos diagnosticados com um transtorno de 
personalidade satisfazem critérios para pelo menos 
outro distúrbio de personalidade. 
 Uma  proporção de pacientes possui pelo menos um 
transtorno comórbido, particularmente depressão, 
ansiedade e transtorno de uso de álcool e drogas. 
 
CONSEQUÊNCIAS 
 Menor resposta aos tratamentos; 
 Menor número de remissões completas; 
 Maior número de suicídios; 
 Maior tendência à cronificação; 
 Maior número de reinternações; 
 Maior associação com abuso de substâncias; 
 Pior nível de readaptação social. 
TRATAMENTO 
 NÃO HÁ TRATAMENTO ESPECÍFICO PARA TP. 
 A base de evidências para o tratamento efetivo de 
transtornos de personalidade é insuficiente. 
 A maioria das evidências existentes é para borderline: 
 Pequenos tamanhos de amostras; 
 Curto acompanhamento em ensaios clínicos; 
 Ampla gama de medidas de desfecho; 
 Controle deficiente de psicopatologia comórbida. 
 Intervenção psicológica ou psicossocial é 
recomendada. 
 A farmacoterapia deve ser apenas tratamento 
adjuvante. 
 O grupo A, os tipos estranhos, excêntricos, com 
aversão social, são menos adaptáveis e menos 
tratáveis. 
 O grupo B, os tipos desregulados emocionalmente e 
comportamentalmente, tem grandes dificuldades de 
adaptação social e tratabilidade variável. 
 O grupo C, os tipos ansiosos e neuróticos, têm as falhas 
adaptativas menos severas e a melhor perspectiva e 
tratabilidade. 
ABORDAGENS PSICOTERÁPICAS 
 Psicoterapias psicodinâmicas: 
 Foco: Conflitos intrapsíquicos e interpessoais 
 Psicoterapias cognitivo-comportamentais: 
 Foco: Idéias e comportamentos disfuncionais. 
 Psicofármacos: 
 Foco: Variáveis neurobiológicas (temperamento). 
ALGORITMO DO TTO FARMACOLÓGICO 
 Tratamento sintoma-específico, com foco do 
tratamento em quatro dimensões: 
 1. Instabilidade afetiva; 
 2. Inibição da ansiedade; 
 3. Distúrbios cognitivo-perceptivos; 
 4. Agressão e impulsividade. 
DESREGULAÇÃO AFETIVA 
 Manifestações: Humor lábil, hipersensibilidade a 
rejeições, raiva intensa, “colapsos” depressivos, crises 
de agitação. 
 
 Drogas de escolhas: ISRS 
 Doses superiores às usuais (Markowitz, 2001): 
 Fluoxetina até 80 mg 
 Sertralina até 400 mg 
 Venlafaxina de 300 a 450 mg 
 
 Ocorrência de desinibição acentuada da raiva: 
 Haloperidol: 2-4 mg 
 Risperidona: 1-4 mg 
 Olanzapina: 2,5 – 10 mg 
 Clozapina: 30-70 mg 
 
DESCONTROLE IMPULSIVO-
COMPORTAMENTAL 
 Manifestações: Agressão impulsiva, automutilações, 
comportamentos autodestrutivos (promiscuidade, 
abuso de drogas, gastos exagerados). 
 Droga de escolha: ISRS 
 Potencialização com lítio 
 Associação com antipsicóticos ou estabilizadores 
DISTORÇÕES COGNITIVO-PERCEPTUAIS 
 Manifestações: Desconfiança, ideias de referência, 
ideação paranoide, ilusões, desrealização, 
despersonalização, pseudoalucinações. 
 Drogas de escolha: Antipsicóticos 
 (Desde pequenas doses até doses padrão); 
 Melhora dos sintomas psicóticos e do humor 
depressivo, impulsividade; 
 Raiva e hostilidade associadas. 
OBSERVAÇÕES 
 Nenhuma evidência de resultados dos fármacos no 
alívio dos seguintes sintomas: 
 Ansiedades de separação; 
 Tentativas exageradas na evitação de abandonos; 
 Sentimentos crônicos de vazio; 
 Perturbações da Identidade; 
 Dissociações e despersonalizações; 
 Melhor tratados por intervenções psicoterapêuticas. 
DIFICULDADES DA PESQUISA DE 
TRATAMENTOS 
 As populações do estudo são heterogêneas; 
 Diferentes critérios utilizados por diferentes estudos; 
 O transtornos de personalidade tem muita 
comorbidade com outros transtornos mentais; 
 A melhora sintomática de um transtorno comórbido 
durante o tratamento é difícil de distinguir da 
verdadeira mudança de personalidade subjacente; 
 Mais de 70% de todos os estudos de drogas eram em 
participantes com transtorno de personalidade 
borderline e quase todos foram patrocinados pela 
indústriafarmacêutica.

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