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Exame Ectoscópico: Avaliação do Paciente

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Ectoscopia Isadora Furtado - XXIX 
Estado Geral 
 Bom, regular ou ruim 
Nível de Consciência: Leva em conta 
perceptividade, reatividade, reflexos e deglutição. 
 Consciente, confuso ou obnubilado ou em 
coma; obs.: se confuso ou comatoso, fazer 
escala de coma de Glasgow citada 
posteriormente no exame neurológico 
 Coma leve, vígil ou grau I: cometimento 
leve, paciente atende ordens simples, 
deglutição normal. 
 Coma de grau médio ou grau II: perda da 
consciência quase total, paciente tem a 
perceptividade reduzida, deglutição é feita 
com dificuldade e tem reflexos preservados. 
 Coma profundo, carus ou grau III: perda 
da consciência é completa, paciente não 
responde aos estímulos, zero perceptividade, 
não deglute água. 
 Coma depassé ou grau IV: grau 3 + 
comprometimento das funções vitais. É 
quase irreversível. O ECG revela silencia 
elétrico cerebral. 
Fala e Linguagem 
 Afasia: mudo 
 Afonia ou disfonia: alteração no timbre da 
voz 
 Dislalia: alterações menores da fala, 
confusões 
 Disartria: alterações músculos da fala, 
incoordenação cerebral, hipertonia ou perda 
de controle piramidal 
 Disfasia: pertubação na elaboração cortical 
da fala 
Estado de Hidratação hidratado ou normohidratado, 
hiperhidratado ou desidratado 
 Sinais de desidratação no adulto: sede, 
queda abrupta de peso: leve ou primeiro grau 
(<5%); moderada ou segundo grau (entre 5 a 
10%) e elevada (>10%), pele seca, com 
elasticidade e turgor diminuídos, mucosas 
secas, ausência de umidade na fossa axilar, 
olhos fundos, estado geral comprometido, 
prostração, oligúria, hipotensão, taquicardia 
(em casos graves). 
 Em crianças: agitação e irritabilidade 
também são sinais de desidratação. Em 
lactentes: leve: fontanelas normais ou pouco 
fundas; moderada: fontanelas fundas; grave: 
fontanela muito funda e choro sem lágrimas 
Nutrição nutrido ou normonutrido, desnutrido ou 
hiponutrido, obeso (ver imc) 
 Sinais de desnutrição: musculatura 
hipotrófica, IMC abaixo de 18, panículo 
adiposo escasso, pele seca e rugosa, cabelos 
avermelhados, finos, secos e quebradiços; 
sinais de hipovitaminose a, b, c e d. 
 Grau de desnutrição: 
 Primeiro grau: déficit de peso > 10% 
 Segundo grau: déficit de peso > 25% 
 Terceiro grau: déficit de peso > 40% 
Desenvolvimento Físico 
 Hábito grácil: constituição corporal frágil, 
ossos e musculatura fina, abaixo do 
desenvolvimento normal 
 Infantilismo: persistência de características 
infantis 
 Nanismo ou hipodesenvolvimento 
 Gigantismo ou hiperdesenvolvimento 
Fácies: conjunto de traços e feições que identificam 
o paciente. 
 Normal ou atípica: aquela que não 
apresenta traço anatômico ou expressão 
fisionômica típicas de uma doença. 
 Adenoideana: boca semiaberta, nariz 
pequeno e afilado 
 Mongolóide: olhos distantes um do outro, 
lembrando olhos de chineses, rosto redondo 
e boca entreaberta. 
 Depressão: inexpressividade do rosto. 
Cabisbaixo, olho com pouco brilho e fixos 
em um ponto distante. Olhar voltado para o 
chão 
 Renal: edema ao redor dos olhos. Apresenta 
palidez subcutânea. 
 Acromegálica: proeminência das maçãs do 
rosto e maior desenvolvimento do maxilar 
Ectoscopia Isadora Furtado - XXIX 
inferior, aumento do tamanho do nariz, lábios 
e orelhas. 
 Cushingóide Ou De Lua Cheia: 
arredondamento do rosto, atenuação dos 
traços faciais. Apresenta secundariamente o 
aparecimento de acne. 
 Miastênica ou Hutchinson: olhos 
semicerrados; ptose palpebral bilateral que 
obriga o paciente a franzir a testa e levantar a 
cabeça. 
 Leonina: pele espessa, sem sobrancelhas, 
nariz se espessa e se alarga, lábios grossos e 
proeminentes. Aparecimento de nódulos nas 
bochechas. Barba desaparece. 
 Esclerodérmica: quase completa 
imobilidade facial. Pele se torna 
apergaminhada, endurecida e aderente aos 
planos profundos, com repuxamento dos 
lábios, afinamento do nariz e imobilização 
das pálpebras 
 Etílica: olhos avermelhados e ruborização da 
face. Acompanha-se hálito etílico, voz 
pastosa e um sorriso meio indefinido. 
 Deficiente Mental: traços faciais apagados e 
grosseiros, boca constantemente entreaberta, 
olhar desprovido de objetivo e os olhos se 
movimentam se se fixarem em nada. 
 Mixedematosa: rosto arredondado, pele 
seca, nariz e lábios grossos, acentuação dos 
sulcos. Pálpebras infiltradas e enrugadas. 
Cabelos secos e sem brilho. Destaca-se uma 
expressão fisionômica indicativa de 
desânimo e apatia. 
 Basedowiana: hipertireoidismo; seu traço 
mais característico reside nos olhos para fora 
e brilhantes, destacando-se no rosto magro. 
 Paralisia Facial Periférica: assimetria da 
face, impossibilidade de fechar as pálpebras, 
repuxamento da boca para o lado são. 
 Parkinsoniana: cabeça inclina-se um pouco 
para frente e fica imóvel. O olhar fixo, 
sobrancelhas elevadas, parece espantado. 
 Hipocrática: olhos fundos, parados e 
inexpressivos. Nariz e lábios afilados, com 
rosto quase sempre coberto de suor e palidez 
cutânea. Indica doença grave. 
 Pseudobulbar: crises de riso e choro súbitas 
e involuntárias. 
Atitude: 
Voluntárias: 
 Ortopnéia: paciente permanece sentado à 
beira do leito com os pés no chão ou em uma 
banqueta, e as mãos apoiadas no colchão para 
melhorar um pouco a respiração, que se faz 
com dificuldade. 
 Genupeitoral: paciente posiciona-se de 
joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, 
enquanto a face anterior do tórax põe-se em 
contato com o solo ou colchão. O rosto 
descansa sobre as mãos, que também ficam 
apoiadas no solo ou chão. 
 Cócoras: pacientes descobrem, 
institivamente, que ela proporciona algum 
alívio da hipóxia generalizada. 
 Parkinsoniana: ao se pôr de pé, paciente 
apresenta semiflexão da cabeça, tronco e 
membros inferiores. Ao caminhar, parece 
estar correndo atrás do próprio eixo de 
gravidade. 
Involuntárias: 
 Passiva: o paciente mantém-se na posição 
em que é colocado por outra pessoa, sem 
qualquer contração da musculatura. É 
comum a pacientes comatosos. 
 Ortótono: tronco e membros rígidos 
 Opistótono: contratura da musculatura 
lombar; o corpo se apoia na cabeça e nos 
calcanhares 
 Emprostótono: corpo forma concavidade 
voltada para diante 
 Pleurotótono: Corpo se curva para o lado 
 Posição em gatilho: (hiperextensão da 
cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e 
encurvamento do tronco com concavidade 
para diante 
 De partes do corpo: torcicolo, mão pêndula 
Decúbito preferido: dorsal, ventral, lateral direito ou 
lateral esquerdo 
Mucosas: inspeção: 
 Coloração: normocoradas, hipercoradas, 
hipocoradas ou descoradas: +/4+; ++/4+; 
+++/4+ ou ++++/4+ 
 Cianose: acianóticas, cianóticas: +/4+; 
++/4+; +++/4+ ou ++++/4+ 
 Icterícia: anictéricas, ictéricas: +/4+; ++/4+; 
+++/4+ ou ++++/4+ 
 Leucoplasias: ausentes ou presentes 
 Umidade: normal ou secas 
Pele: 
 Coloração: palidez, hiperemia, fenômeno de 
raynaud, cianose, albinismo, bronzeamento, 
dermatografismo, icterícia 
 Umidade: normal, seca ou sudoreica 
 Textura: normal, lisa ou fina, áspera, 
enrrugada 
Ectoscopia Isadora Furtado - XXIX 
 Espessura: normal, atrófica, hipertrófica ou 
espessa 
 Temperatura: normal, hipertermia ou 
hipotermia 
 Elasticidade: normal, hiperelástica e 
hipoelástica 
 Mobilidade: normal, diminuída ou 
aumentada 
 Turgor: normal oudiminuído 
 Sensibilidade: 1- dolorosa: analgesia, 
hipoalgesia ou hiperestesia 
 2- tátil: normal, anestesia e 
hipoestesia 
 3- térmica (calor e frio): 
normal ou diminuída 
 Lesões elementares: descrição das lesões, 
com sua localização: 
 
Alterações de cor: 
 Mancha ou mácula: alterações na cor 
da pele sem relevo ou depressão. Mácula 
é uma lesão com tamanho até 2cm e 
mancha é uma lesão superior a 2cm. 
 Manchas vásculo-sanguíneas: ocorrem 
por vasodilatação, constrição, ou pelo 
extravasamento de hemácias. 
Eritema: mancha vermelha por vasodilatação, que 
desaparece com digito ou vitropressão. Pode ser 
classificado em: 
 Cianose: eritema arroxeado, causado por 
congestão venosa e gera diminuição da 
temperatura da área arroxeada. 
 Rubor: eritema de coloração avermelhada 
causado por congestão arterial ou pelo 
aumento de temperatura. 
 Enantema: eritema de mucosas 
 Exantema: eritema agudo, disseminado e 
efêmero. Pode ser 
rubeoliforme/morbiliforme (difuso, 
entremeado com pele normal) ou 
escarlatiforme (difuso e uniforme) 
 Eritema figurado: formado por bordas bem 
definidas e eventualmente elevadas 
 Eitrodermia: eritema generalizado, 
persistente e com descamação 
Púrpura: mancha vermelha por extravasamento de 
hemácias, não desaparece com vitropressão; muda de 
coloração de acordo com o tempo por alteração da 
hemoglobina, tornando-se arroxeada e depois verde-
amarelada. É chamada de petéquia quando possui até 
1cm e de equimose quando possui mais de 1cm. 
Lividez: mancha de temperatura fria causada por 
isquemia, cor arroxeada chumbo, pode apresentar 
tecido necrosado. 
Mancha angiomatosa: aumento do número de 
capilares da região (hiperplasia vascular) 
Mancha anêmica: mancha branca causada por 
agenesia vascular (não houve desenvolvimento de 
vasos sanguíneos na região 
Telangectasia: consiste na vasodilatação dos 
capilares dérmicos 
 Manchas pigmentares: manchas 
pigmentares ou discromias resultam de 
diminuição ou aumento de melanina ou 
depósitos de outros pigmentos e substâncias 
na derme. 
Leucodermia: mancha branca por diminuição ou 
ausência de melanina. 
Hipocromia: redução da pigmentação ou melanina 
Acromia: ausência completa de pigmentação ou 
melanina 
Hipercromia: cor variável por aumento de melanina 
ou outros pigmentos como sais biliares e 
carotenóides. 
 Elevações edematosas: são elevações 
circunscritas causadas por edema na derme 
ou hipoderme. 
Urticária: elevação efêmera, irregular, de tamanho e 
cor variável do branco-róseo ao vermelho 
Pruriginosa: resulta do extravasamento de plasma 
com formação de edema dérmico. 
Angioedema: área de edema circunscrito, que pode 
ocorrer no subcutâneo, causando tumefação. 
 Formações sólidas: resultam de processo 
inflamatório ou neoplásico, atinge 
isoladamente ou conjuntamente epiderme, 
derme e hipoderme. 
Pápula: lesão sólida, circunscrita, elevada e menor 
que 1 cm. 
Placa: lesão elevada, de superfície geralmente plana, 
maior que 1 cm, pode apresentar superfície 
descamativa, crostosa ou queratinizada, pode ser 
formada pela confluência de Pápulas. 
Nódulo: lesão sólida, circunscrita, saliente ou não de 
1 a 3 cm de tamanho. Apresenta conteúdo purulento 
Nodosidade ou tumor: lesão sólida, circunscrita e 
maior que 3 cm, o termo tumor é utilizado 
preferencialmente para neoplasia. 
Goma: nódulo ou nodosidade que se liquefaz na 
porção central, podendo ulcerar e eliminar material 
necrótico. 
Vegetação: lesão sólida e pedunculada, com aspecto 
de couve-flor e superfície friável. 
Ectoscopia Isadora Furtado - XXIX 
Verrucosidade: lesão sólida, elevada, de superfície 
dura e inelástica, formada por hiperqueratose. 
 Coleções líquidas: lesões de conteúdo 
líquido que pode ser serosidade, sangue ou 
pus. 
Vesícula: elevação circunscrita de até 1cm, com 
conteúdo claro (seroso) 
Bolha ou flictena: difere-se da vesícula apenas pelo 
tamanho, que é maior que 1cm. 
Pústula: elevação de até 1cm e de conteúdo 
purulento. 
Abscesso: possui tamanho variável, é formado por 
coleção purulenta da pele ou tecidos subjacentes. 
Sinais flogísticos podem estar presentes: edema, dor, 
rubor, calor. 
Hematoma: formada por derrame de sangue na pele 
ou tecidos subjacentes, difere-se da equimose por 
haver alteração de espessura. Pode infectar e haver 
presença de sinais flogísticos, e o conteúdo 
hemorrágico pode tornar-se purulento. 
 Alterações de espessura 
Queratose: espessamento da pele por aumento da 
camada córnea, tornando-se áspera e com a superfície 
amarelada. 
Liquenificação: espessamento da pele com 
acentuação dos sulcos e da cor própria, apresentando 
aspecto quadriculado. Decorre principalmente por 
causa do aumento da camada Malpighiana. 
Edema: aumento de espessura, depressível, cor da 
própria pele ou rósea-avermelhada por 
extravasamento de plasma. Na avaliação, empregam-
se sinais de cruz (+). 
Esclerose: alteração da espessura com aumento da 
consistência da pele, tornando-se lardácea ou 
coriácea. A pele pode estar espessada ou adelgaçada, 
havendo hiper ou hipocromia associadas. Resulta de 
fibrose do colágeno. 
Atrofia: diminuição da espessura da pele. Ocorre 
redução do número e volume dos constituintes 
teciduais. Quando ocorre de forma linear, é chamada 
de víbice. 
Infiltração: aumento da consistência da pele pela 
presença de infiltrado celular na derme. Os limites 
naturais e as linhas são imprecisas. 
 Perdas e reparações teciduais: lesões 
oriundas da eliminação ou destruição 
patológicas e de reparações em tecidos 
subcutâneos. 
Escama: massa furfurácea, micácea ou foliácea que 
se desprende as superfície cutânea por alteração de 
queratinização. 
Exulceração ou erosão: perda superficial somente 
de epiderme, curando sem deixar cicatriz. 
Ulceração: perda circunscrita de epiderme e derme, 
podendo atingir hipoderme e tecidos subjacentes. 
Cura com cicatriz 
Úlcera: ulceração crônica 
Fissura ou ragádia: perda linear da epiderme e 
derme, no contorno de orifícios naturais ou em áreas 
de pregas e dobras. 
Crosta: concreção de cor amarela, esverdeada ou 
vermelha escura, que se forma em área de perda 
tecidual. Resulta do dessecamento da serosidade, 
pus ou sangue misturado a restos epiteliais. 
Cicatriz: lesão de aspecto variável, pode ser saliente 
ou deprimida, móvel ou aderente. Não possui poros 
ou anexos cutâneos. Resulta da reparação de 
processo destrutivo da pele, associado a atrofia, 
fibrose e discromia. 
Quelóide: cicatriz saliente, cujo tecido extravasa 
pelas bordas cicatriciais. Geralmente associada à 
prurido e ardor. 
Cicatriz hipertrófica: cicatriz saliente, cujo tecido 
não extravaza pelas bordas cicatriciais. 
Escoriação: erosão traumática 
Escara: área de cor lívida/preta, associada com 
necrose tecidual. Nesse tipo de ferida, pode-se 
utilizar curativos com carvão ativado 
 Lesões específicas: 
Alopécia: ausência de pelos em área pilosa 
Calo: área circunscrita de hiperceratose que se 
introduz, causando dor, devido à irritação ou pressão 
mecânica 
Calosidade: hiperceratose circunscrita em áreas de 
pressão, principalmente nas mãos e nos pés 
Comedão: rolha de material sebáceo e queratina, 
alojada no infundíbulo (abertura) de um folículo 
piloso 
Corno: excrescência cutânea circunscrita, elevada e 
dura, formada por queratina 
Mílio: pequeno cisto superficial, branco amarelado, 
comporto de queratina 
 
Ectoscopia Isadora Furtado - XXIX 
Fâneros: 
 Cabelos: 1- implantação: isossexual ouanisossexual 
 2- distribuição: uniforme, alopécia 
universal, alopécia areata 
 3- quantidade: normal ou diminuída 
 4- coloração e brilho: normais ou 
alterados 
 Pêlos: distribuição isossexual, distribuição 
anisossexual, hirsutismo, hipertricose 
 Unhas: distrofia, leuconíquias, onicólise, 
unhas em vidro de relógio, palidez, cianose, 
onicomicose, perioníquias, onicofagia 
Tecido celular subcutâneo: celulite, fibromas, 
lipomas e cistos sebáceos 
Panículo adiposo: inspeção e palpação 
 Quantidade: normal, aumentada ou 
diminuída 
 Distribuição: ginecóide, andróide, 
centrípeta, gibosidade, lipomas 
Musculatura: inspeção e palpação 
 Tonicidade (quanto a contração): 
normotônica, hipertônica ou espástica ou 
rígica, hipotônica ou flácida 
 Troficidade: normotrófica, hipertrófica ou 
hipotrófica 
 
Movimentos involuntários: 
 Tremores: classificar se são de repouso, 
atitude, de ação ou vibratório 
 Movimentos coreicos: involuntários, 
amplos, desordenados, inesperados, 
multiformes, arrítmicos. Associado a 
doenças degenerativas 
 Movimentos atetósicos ou atetose: lentos e 
estereotipados, ocorrem nas extremidades e 
estão relacionados ao acometimento de 
lesões 
 Hemibalismo: abruptos, de grande 
amplitude, rápidos, geralmente limitados a 
uma metade do corpo 
 Mioclonias: contrações musculares leves 
 Mioquinias: contrações fibrilares 
ondulatórias, que surgem em músculos 
íntegros 
 Asterix- flapping: movimentos rápidos que 
ocorrem nos segmentos distais, 
assemelhando-se ao bater das asas 
 Tiques: movimentos involuntários, que 
aparecem repetidamente em grupos, podem 
ser voluntários 
 Convulsões: movimentos súbitos, 
incoordenados, involuntários e paroxísticos, 
podendo ser generalizadas ou não. Podem ser 
tônicas (permanentes e imobilizam a 
circulação), clônicas (rítmicas) ou tônico – 
clônicas 
 Tetania: movimentos involuntários clônicos 
 Fasciculações: contrações breves e rítmicas 
 Discenesias Orofaciais: movimentos 
rítmicos, repetitivos, bizarros, acometendo a 
face, caretas, franzir, morder os lábios, 
desvios mandibulares 
 Distonias: movimentos lentos e 
estereotipados que atingem grupos 
musculares maiores 
Enfisema subcutâneo: presente ou ausente bolhas 
de ar subcutâneas 
Linfonodos: submandibulares, submentonianos, pré-
auricular, retroauricular, supra e infraclaviculares, 
axilares, inguinais e poplíteos 
 Localização, tamanho, consistência, 
mobilidade, sensibilidade, alterações na pele 
adjacentes 
Veias superficiais: desenho venoso, varizes, 
microvarizes, flebite 
Pulsos: temporais, carotídeos, axilares, braquiais, 
radiais, femorais, poplíteos, pediosos e tibiais 
posteriores 
 Comparar o pulso homólogo imediatamente 
após o término da análise 
 Estado da parede arterial: normal, 
endurecida, irregular, tortuosa 
 Frequência (contar durante 1 minuto na 
artéria radial e no precórdio: normal: 60 a 
100 bpm): normal, taquisfigmia, 
bradisfigmia, déficit de pulso: fc >frequência 
do pulso 
 Ritmo: regular ou irregular 
 Amplitude: ampla, mediana ou pequena 
 Tensão: duro ou mole 
 Tipos de onda: normal, célere ou em martelo 
d’água, filiforme, alternante ou paradoxal. 
Circulação colateral: consiste na presença de 
circuito venoso anormal visível ao exame de pele. 
Essa rede anormal é diferente da topografia 
anatômica comum. Avalia localização, direção do 
fluxo sanguíneo, existência de frêmito e/ou sopro 
Ectoscopia Isadora Furtado - XXIX 
 Tipo braquiocefálica: aparecimento de 
veias superficiais ingurgitadas em ambos os 
lados da parte superior da face anterior do 
tórax, com o sangue fluindo de fora para 
dentro, na direção das veias mamárias, 
toracoaxilares e jugulares anteriores. Esse 
tipo de circulação colateral pode apresentar 
variações, na dependência do tronco venoso 
comprometido. Assim, se o obstáculo estiver 
no tronco braquicefálico direito em 
decorrência de adenomegalia ou aneurisma 
do joelho anterior da crossa da aorta, haverá 
estase na veia jugular externa direita, que 
permanece não pulsátil. Se o obstáculo 
estiver no tronco braquicefálico esquerdo em 
consequência de adenomegalia ou aneurisma 
da convexidade da crossa da aorta, surgirão 
os seguintes sinais: jugular esquerda túrgida 
e não pulsátil e empastamento da fossa 
supraclavicular esquerda 
 Tipo cava superior: a rede venosa colateral 
vai se distribuir na metade superior da face 
anterior do tórax; às vezes, também na parte 
posterior, nos braços e no pescoço. A direção 
do fluxo sanguíneo é toracoabdominal, 
indicando que o sangue procura alcançar a 
veia cava inferior através das veias 
xifoidianas e torácicas laterais superficiais 
 Tipo porta: o obstáculo pode estar situado 
nas veias supra hepáticas (síndrome de Budd 
Chiari), no fígado (cirrose hepática) ou na 
veia porta (pielflebite). A rede venosa 
vicariante localiza-se na face anterior do 
tronco, principalmente nas regiões 
periumbilical, epigástrica e face anterior do 
tórax. O fluxo sanguíneo seguirá de baixo 
para cima, do abdome para o tórax, na 
direção da veia cava superior através das 
veias xifoidianas e longas torácicas 
superficiais. Quando a circulação colateral se 
torna mais intensa, é possível ver os vasos 
nos flancos e fossas ilíacas. Neste caso, a 
direção da corrente sanguínea é de cima para 
baixo, do abdome para os membros 
inferiores, à procura da veia cava inferior. 
Outras vezes, a rede venosa colateral se 
concentra 
 Tipo cava inferior: o obstáculo situa-se na 
VCI e a circulação colateral vai se localizar 
na parte inferior do abdome, região 
umbilical, flancos e face anterior do tórax. O 
sangue fluirá no sentido abdome tórax à 
procura da VCS. A causa mais frequente 
desse tipo de circulação colateral é 
compressão extrínseca por neoplasias intra-
abdominais. 
Obs.: Sinais de insuficiência venosa periférica 
crônica: eczema de estase, úlceras de estase, 
dermatite ocre, dermatofibrose e edema 
Edema: 
 Localização: localizado ou generalizado 
(anasarca) 
 Intensidade: utilizando a polpa digital de um 
dedo, preferencialmente o polegar, faz-se a 
compressão da área. Com a descompressão, 
ocorre o aparecimento de uma região 
determinada fóvea. Mede-se a profundidade 
da fóvea com a utilização de sinais + (sinal 
de cacifo – profundidade da fóvea): +/4+; 
++/4+; +++/4+ ou ++++/4+ - porto 
 Consistência: duro ou mole 
 Elasticidade: elástico ou inelástico 
 Temperatura da pele adjacente: normal, 
diminuída ou aumentada 
 Sensibilidade: doloroso ou indolor 
 Coloração: cianose, hiperemia ou palidez 
 Textura da pele: lisa, brilhante, espessa ou 
enrugada 
Postura na posição de pé: boa postura, má postura 
 Cifose: é uma alteração da forma da coluna 
dorsal com concavidade anterior, 
vulgarmente designada "corc nda'~ 
 Escoliose: é o desvio lateral da coluna em 
qualquer segmento vertebral, sendo mais 
frequente na coluna lombar ou lombodorsal. 
Pode ser de origem congênita ou secundária 
a alterações nas vértebras ou dos músculos 
paravertebrais 
 Lordose (cervical ou lombar): é o 
encurvamento da coluna vertebral, formando 
concavidade para trás. Decorre de alterações 
de vértebras ou de discos intervertebrais, 
podendo ser citada como exemplo a 
espondilite reumatoide 
 Cifoescoliose: combinação de desvio lateral 
com encurvamento posterior 
Biotipo: Brevilíneo, mediolíneo ou longilíneo 
(ângulo de Charpy) 
Marcha: modo de andar do paciente. Deve ser 
realizado descalço, de olhos abertos e fechados, indo 
e voltando 
 Normal 
 Hemiplégica: membro superior fletido e em 
adução, e mão fechada em leve pronação, 
membro inferior espástico e joelho não 
flexionado,a perna arrasta pelo chão 
descrevendo um semicírculo 
 Anserina ou do pato: observada 
principalmente em pacientes que apresentam 
fraqueza nos músculos pélvicos. A pessoa 
Ectoscopia Isadora Furtado - XXIX 
tenta se equilibrar andando com as pernas 
afastadas. 
 Parkinsoniana: o início da marcha se torna 
mais complicada por conta de uma rigidez 
generalizada dos músculos. A pessoa 
costuma dar passos curtos e sem movimentar 
os braços 
 Cerebelar ou do ébrio ou atáxica: O 
paciente apresenta um caminhar com a 
base alargada, onde as pernas são 
projetadas para frente e para os lados e os 
movimentos são largos e imprecisos. 
Apresentam desequilíbrios e o olhar 
voltados para os membros inferiores. É 
uma marcha típica das lesões cerebelares. 
 Tabética: paciente olha fixamente para o 
chão, pés levantados abruptamente e 
explosivamente tocados no chão novamente 
 De pequenos passos ou de passos miúdos: 
O paciente apresenta uma marcha com 
uma postura típica de flexão da cabeça, 
tronco, ombro e cotovelo, punhos, joelhos 
e tornozelos, com passos curto de maneira 
lenta, rígida e arrastada. O balanceio 
característico do braço também fica 
comprometido. 
 Vestibular: quando a origem do problema 
encontra-se no ouvido. A parte interna do 
nosso ouvido é responsável por manter o 
equilíbrio do corpo. Quando algum problema 
ocorre neste mecanismo, como uma lesão 
podemos ter sérias dificuldades em nos 
manter equilibrados. Causas típicas de 
anormalidade na marcha decorrentes de 
problemas vestibulares são vertigem 
e labirintite 
 Escavante: ao andar, a pessoa toca o chão 
com a ponta do pé, como se estivesse 
escavando. Ocorre por lesões no nervo 
fibular, que impede a dorsiflexão do pé 
 Claudicante 
 Em tesoura ou espástica: observa-se uma 
alternância cruzada em cada passo, devido a 
uma paralisia cerevral ou doença de Little 
Icterícia: examinar a mucosa conjuntival e o freio da 
língua; ausente ou +/4+; ++/4+; +++/4+ ou ++++/4+ 
Cianose: pesquisar ao redor dos lábios, na ponta do 
nariz, nos lobos das orelhas e extremidades das mãos 
e pés- leito ungueal e polpas digitais. 
 Classificar em leve, moderada ou intensa 
 Generalizada: vista na pele toda 
 Localizada ou segmentar: segmento corporal 
Turgência ou estase jugular a 45
0
: presente ou 
ausente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECTOSCOPIA NORMAL 
 Paciente em bom estado geral (beg), 
fácies atípica; decúbito preferido é o dorsal; boa 
postura na posição de pé; ausência de 
movimentos involuntários; mediolíneo; altura: 
1,70 m; peso: 72 kg; desenvolvimento físico 
normal; pele de características normais, ausência 
de lesões elementares; pele e mucosas coradas, 
acianóticas e anictéricas; cabelos de aspecto 
normal e implantação isossexual; pêlos e unhas 
normais; tecido celular subcutâneo normal; 
panículo adiposo em quantidade normal e 
distribuição andróide; musculatura normotônica 
e normotrófica; veias superficiais normais, 
ausência de circulação colateral; ausência de 
edema; ausência de enfisema subcutâneo; 
nutrido; hidratado; fala e linguagem normais; 
marcha normal; consciente e orientado; ausência 
de adenomegalias; pulsos periféricos rítmicos, de 
amplitude normal, simétricos, com boa perfusão 
capilar; ausência de déficit de pulso. Eupneico, 
afebril, ausência de turgência jugular. 
Sinais vitais: PA: 120x80 mmHg; pulso: 84 bpm; 
FR: 18 ipm; Temperatura axilar: 36,20 
 
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/labirintite

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