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Fisiologia Isadora Furtado - XXIX DIVISÃO FUNCIONAL A unidade funcional é o neurônio, onde ocorre as sinapses, composto por corpo celular, dendritos, núcleo, axônio e botões terminais Axônio constitui os nervos Corpo celular fica no encéfalo, na medula espinhal ou nos gânglios O que forma o nervo são milhares de axônios Para que um axônio passe um impulso elétrico, é necessário ocorrer sinapses elétricas Sinapses químicas ocorre uma liberação de um neurotransmissor (serotonina, noroadrenalina, acetilcolina, noroadrenalina, glutamato) Funções Liberação de substâncias químicas Os neurotransmissores são liberados pelos botões terminais Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Encéfalo está dentro da calota craniana Cérebro: telencéfalo e diencéfalo, com estruturas corticais e subcorticais Tronco Encefálico: mesencéfalo, ponte e bulbo (medula oblonga) Cerebelo Medula Espinhal: Porção Cervical: faz parte da vértebras cervicais C1 a C8 – nervos espinhais com porções sensorial (leva informação da periferia do corpo até o SNC – receptores e nervos sensoriais ou sensitivos ou afererências) e motora (resposta, traz informação do SNC para periferia do corpo) Porção Torácica T1 a T12 Porção Lombar L1 a L5 Porção Sacral S1 a S5 Porção Coccígea Terminação Obs.: Os nervos espinhais inervam a região somática, da periferia do corpo Áreas de integração pegam informação (impulso elétrico) e convertem/promovem resposta motora ou mental Bico de Papagaio é uma calcificação na estrutura óssea das vértebras = compressão da raiz nervosa Hérnia de Disco: o disco entre as vértebras é comprimido Compressão Nervosa do Isquiático: comum por conta da postura (ex.: muito tempo sentado tem um afrouxamento das estruturas) ELA: doença motora Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Nervos espinhais são formados pela união de uma raiz sensorial, como uma raiz motora Todo ramo sensorial penetra na medula espinhal pela região dorsal Os nervos motores saem pela raiz anterior ou ventral da medula espinhal Porção posterior sensorial e porção anterior motora Substância cinzenta: corpo celular / Substância branca: axônios Fisiologia Isadora Furtado - XXIX ENCÉFALO Lobo Occipital: córtex occipital Lobo Parietal: região sensorial (tato) Lobo Frontal: região motora (córtex pré frontal tem tomada de decisão, planejamento) Lobo Temporal: córtex auditivo Obs.: esses lobos são divididos em hemisférios direito e esquerdo Encéfalo é formado pelo cérebro, com os hemisférios direito e esquerdo, que se unem através do corpo caloso As estruturas subcorticais estão abaixo do córtex Córtex são circunvoluções onde tem a substância cinzenta. É a estrutura mais complexa Obs.: Cerebelo é relacionado ao automatismo Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Os nervos cranianos, quase todos, saem do crânio encefálico. Existem motores, sensoriais ou motores e sensoriais. COMO O SISTEMA NERVOSO DECODIFICA OS ESTÍMULOS RECEBIDOS Sistema nervoso precisa converter um estímulo em atividade elétrica o que garante a sobrevivência do organismo. POTENCIAL DE AÇÃO: é o sinal elétrico que o neurônio utiliza como unidade de informação. O PA consiste na inversão da polaridade elétrica da membrana devido ao fluxo iônico causado pela abertura seletiva e consecutiva de canais de Na+ e K+. Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Todas as nossas células possuem diferença de potencial elétrico. Ou seja, se pegarmos um eletrodo e colocar no meio interno e externo, passa corrente elétrica no voltímetro. A diferença de potencial elétrico é em torno de -80mV dentro da célula é 80mV mais negativo do que fora. A tendência do potássio é de sair da célula e a do sódio é de entrar na célula. Contudo, a bomba de sódio e potássio joga o sódio para fora e o potássio para dentro faz isso para manter essa diferença de potencial elétrico. Ou seja, preciso manter sempre mais sódio extracelular (acúmulo de carga positiva) e mais potássio intracelular (acúmulo de carga negativa) Quando uma célula recebe um estímulo, exemplo mecânico, parte da carga positiva seja neutralizada, gerando uma abertura dos canais iônicos. Logo, sódio (+) começa a entrar na célula e vai diminuindo sua polaridade (despolarização), onde forma potencial de ação. Um estímulo é convertido em impulso nervoso e conduzido via sinapse para várias áreas do SN. Para voltar ao estado de repouso, os canais de sódio são fechados, potássio começa a sair e a negatividade é reestabelecida. Potencial de ação se forma ou não se forma. Exemplo: anestesia local anestesia a região somática inervada por uma terminação nervosa. O anestésico bloqueia mecanicamente os canais de sódio, impossibilitando a formação do potencial de ação. O estímulo continua existindo, contudo não é possível sentir algo. Logo, sem potencial de ação, um estímulo não é convertido em impulso. Hiperpolarização ao invés de voltar a – 80mV, abre canais de cloro, entra carga negativa e a célula fica com – 120mV. Logo, tem dificuldade de responder às sinapses. Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Sinapse excitatória despolarização da célula, entra carga positiva como sódio ou potássio potencial pós sináptico excitatório. Sinapse inibitória ligação do neurotransmissor ao receptor, entra carga negativa a partir do cloro ou sai carga positiva a partir do potássio não se tem resposta biológica. A partir do botão terminal que ocorre uma sinapsetem vesículas com neurotransmissor, fibras nervosas pré e pós sináptica. Quando o potencial de ação chega, ocorre abertura dos canais de cálcio, as Fisiologia Isadora Furtado - XXIX vesículas se fundem na MP, liberando o neurotransmissor. Que se liga a um receptor e ativa as vias de transdução de sinal. Excitatóriocélula despolariza e continua a transmissão de impulso nervoso. Ex.: No nosso organismo temos que ter um equilíbrio das sinapses buscopan impede, no músculo liso, a sua contração acetilcolina (neurotransmissor do parassimpático) a célula não despolariza e não ocorre resposta biológica. Ex.: ao dormir, é necessária a redução de sinapses excitatórias. Na insônia, ocorre aumento das sinapses excitatórias. Com o uso racional de medicamentos, é potencializada a ação do GABA. Quando ele se liga ao receptor, e faz com que a afinidade do GABA com seu receptor fique aumentada abre mais canais de sódio hiperpolarização consegue tratar insônia, ansiedade. Receptor pra dor captura o estimulo e despolariza o neurônio. Ou seja, o estimulo doloroso é convertido em impulso elétrico para várias áreas encefálicas. Se colocar a mão em uma chapa quente, ocorre um reflexo medular neurônio é despolarizado e conduz a informação para a medula espinhal onde ocorre uma resposta motora. Esse neurônio faz sinapse com outros neurônios, decodificando as informações, até chegar notálamo. Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Obs.: Cada receptor recebe estímulos para o qual ele foi formado. Um estímulo é capturado por um neurônio ou receptor de células isoladas (tato) ou fibra nervosa. Neurônio de primeira ordem é o que conduz a informação do receptor, periferia, para o SNC faz sinapse com neurônio de segunda ordem. Neurônio de segunda ordem é o que conduz a informação para o cérebro. Dependendo da modalidade sensorial, pode ocorrer interpretações feita por esse próprio neurônio. Neurônio de terceira ordem sai do tálamo, chega no córtex. A informação vai sendo decodificada a medida que ela vai ascendendo ao encéfalo. No córtex sensorial que ocorre a decodificação mais complexa. Ex.: uma pessoa que teve aneurisma resolvido, foi lesado só o córtex occipital. Esse indivíduo tem capacidade se ver se está claro ou não. Dependendo da lesão, leva a perda da capacidade visual. Fisiologia Isadora Furtado - XXIX PARES CRANIANOS No SN temos uma área sensorial que leva informações através de impulsos elétricos através das áreas de integração. Essas, retornam uma resposta central. Nervos Cranianos: 12 pares cranianos são responsáveis pela inervação sensitiva e motora de cabeça, pescoço e vísceras Nervos Espinhais: porção sensitiva é posterior e porção motora é anterior 08 pares cervicais 12 pares torácicos 05 pares lombares 05 pares sacrais 01 par coccígeo I. Nervo Olfatório: Sensitivo Origem: parte olfatória da mucosa das fossas nasais Função sensitiva o epitélio olfatório converte o estímulo em impulso elétrico, que será conduzido até várias áreas encefálicas através o nervo olfatório Percepção do olfato Classificado como Aferente Visceral Especial II. Nervo Óptico: Sensitivo Função sensitiva, condução do impulso elétrico dos cones e bastonetes, para várias áreas encefálicas Percepção Visual Origem: região da retina Classificado como Aferente Visceral Especial Fisiologia Isadora Furtado - XXIX III. Nervo Oculomotor: Motor Função: Controle da movimentação do globo ocular, da pupila e do cristalino Envolvido com o reflexo fotomotor Origem: fossa interpeduncular Fibras Eferentes Somáticas IV. Nervo Troclear: Motor Função Controle da movimentação do globo ocular Controle do globo ocular Origem: Núcleo motor somático do colículo inferior Fibras Eferentes Somáticas V. Nervo Trigêmeo: Misto (sensitivo e motor) Função: controle dos movimentos da mastigação (ramo motor), percepções sensoriais da face, seios da face e dentes (ramo sensorial) Reflexo da mastigação Relacionado com a neuralgia do trigêmeo Ramos: oftálmico, maxilar e mandibular Origem: entre braço da ponte e pedúnculo cerebelar médio Fibras Aferentes Somáticas Gerais VI. Nervo Abducente: Motor Função: controle da movimentação do globo ocular Inerva o músculo retro lateral do olho movimentação do globo ocular Origem: sulco bulbopontino Fibras Eferentes Somáticas VII. Nervo Facial: Misto Controle dos músculos faciais (mímica facial – ramo motor), percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo sensorial) Origem: sulco bulbopontino Uma raiz motora e uma raiz sensitiva e visceral Fibras Aferentes Viscerais Gerais e Fibras Aferentes Viscerais Especiais VIII. Nervo Vestíbulococlear: Sensitivo Função: Percepção postural originária do labirinto (ramo vestibular), percepção auditiva (ramo coclear) Traz informação auditiva, relacionado ao equilíbrio e postura Origem: sulco bulbopontino Compõe-se de uma parte vestibular e de uma parte coclear Fibras Aferentes Somáticas Especiais IX. Nervo Glossofaríngeo: Sensitivo Função: Percepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da faringe, laringe e palato Origem: sulco retro-olivar do bulbo Apresenta dois gânglios: superior (jugular) e inferior (petroso), formados por neurônios sensitivos. As fibras são aferentes e eferentes viscerais gerais Fisiologia Isadora Furtado - XXIX X. Nervo Vago: Misto Função: Percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Inervação das císceras torácicas e abdominais Principal divisão parassimpática para inervação de vísceras Origem: sulco retro-olivar do bulbo Com destaque para Fibras Aferentes Viscerais gerais, fibras Eferentes Viscerais Gerais, fibras Eferentes Viscerais Especiais XI. Nervo Acessório: Motor Função: controle motor da faringe, laringe, palato, dos músculos esternoclidomastóideo e trapézio Origem: sulco lateral anterior do bulbo É formado por uma raiz craniana e uma raiz espinhal As fibras cranianas são: Fibras Eferentes Viscerais Especiais e Fibras Eferentes Viscerais Gerais XII. Nervo Hipoglosso: Motor Origem: sulco lateral anterior do bulbo As fibras são consideradas Eferentes Somáticas Função: controle dos músculos da faringe, laringe e língua Divisão Parassimpática: nervo III, VII, V, X e VI. Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Pares Cranianos Envolvidos com o sentido da Visão Perda da Acomodação Visual Mecanismo para manter o objeto constantemente no foco Parassimpático, através do 3 par de nervos cranianos - afetado pelo aneurisma Aproximação do objeto: aumento de impulsos parassimpáticos, contração do músculo ciliar, redução da tensão dos ligamentos suspensores, aumento da curvatura do cristalino Sistema simpático tem leve efeito no relaxamento Distanciamento do objeto: redução de impulsos parassimpáticos, relaxamento do músculo ciliar, aumento da tensão dos ligamentos suspensores, redução da curvatura do cristalino Fisiologia Isadora Furtado - XXIX O cristalino é trocado quando o paciente tem catarata a luz não vai incidir até o fundo do globo ocular, onde estão os cones e bastonetes. O Cristalino tem função de acomodação visual focar o objeto. O músculo ciliar é inervado pelo terceiro par craniano. Quando o objeto se aproxima do indivíduo o nervo contrai o músculo ciliar, os ligamentos do cristalino ficam frouxos, e a luz incide. Quando o objeto está longe, o nervo deixa de enviar impulsos, o músculo ciliar fica relaxado, os ligamentos do cristalino ficam tensos Q que muda o formato do cristalino é o nervo óculo motor. Caso esse nervo seja acometido, o paciente relatará diplopia, incapacidade de movimentar o globo ocular. Reflexo Óculo – Motor Mesencéfalo: II Aferente / III Eferente Pupilas médias ou midriáticas e fixas Ausência de contração pupilar Míose pupilar é quando a pupila contrai em condições normais. Caso não tiver esse mecanismo existe a midríase não responsiva da luz, que pode ser provocada por um medicamento, como colírios para fazer exame fundo de olho. Pode indicar uma lesão da área encefálica. Os nervos cranianos: nervo óptico está captando essa luminosidade, funcionando como um aferente. E o nervo oculomotor, que funciona eferentemente Com a lanterna é possível verificar o funcionamento do encéfalo se não tiver miose, terá midríase não responsiva a luz. Pode ser provocada pelo uso de medicamentos.Em casos de traumatismo craniano, tem miose indício de lesão da área encefálica Nervo óptico captura a luminosidade, envia a informação atpe o tronco encefálico, estimula o nervo oculo motor Na ausência do reflexo oculomotor tem se pupilas midriáticas e fixas. Recto Superior Oculomotor - III (sup) Elevação, adução, rotação medial Recto Inferior Oculomotor - III (inf) Depressão, adução rotação lateral Recto Medial Oculomotor - III (inf) Adução Recto Lateral Abducente - VI Adução Oblíquo Superior Troclear - IV Depressão, adução rotação medial Oblíquo Inferior Oculomotor - III (inf) Elevação, adução, rotação lateral Elevador da Pálpebra Superior Oculomotor - III (sup) Elevação da pálpebra superior Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Reflexo Consensual: a pupila contrária à luz que incidiu a luz também contrai. Obs.: Aneurisma comprimindo o nervo óculo motor paciente pode ter uma midríase não responsiva a luz Reflexo Córneo Palpebral Se tocamos o reflexo é piscar os olhos Pares Cranianos: V par craniano Aferente / VII par craniano Eferente Ausência do reflexo de piscar ao estímulo da córnea Instrumento delicado/Soro Fisiológico Reflexo Óculo Cefálico Mesencéfalo e Ponte: VII Aferente / III, IV, VI Eferente Ausência de movimentos oculares Movimentação rápida da cabeça no sentido horizontal e vertical Reflexo Óculo Vestibular Mesencéfalo e Ponte: VII Aferente / III/VI Eferente Ausência de movimentos oculares Infusao de líquido gelado Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Reflexo da Tosse Bulbo: IX Aferente / X Eferente Ausência de tosse ou movimentos torácicos à aspiração traqueal Ausência de náuseas ou vômitos ao estímulo da faringe posterior SITUAÇÃO DISPARADORA Homem de 51 anos de idade procurou o departamento de emergência com dor lancinante e agonizante na parte média do lado direito da face. Os paroxismos de dor duravam alguns segundos, o que se repetiu várias vezes. “É a pior dor que eu já senti, tenho até medo de me alimentar e desencadear a dor” ele disse ao médico. Uma corrente de ar frio no lado direito da face, um toque em alguns fios de cabelo na região temporal direita do couro cabeludo desencadeava a dor. O paciente não tinha outras queixas e disse que fora a dor, se sentia muito bem. O paciente apontou a área no lado direito da face onde ele sentia dor. Disse que já havia passado por vários médicos, tomado até tramadol e que a dor não cessava. Nevralgia do trigêmeo é considerada uma das piores dores Dor neuropática não resolve com analgésico tradicional tratamento com medicamento que causam inibição da transdução desse nervo, como carbamezapina Risco de prejudicar a mímica facial do paciente SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Sistema involuntário, que faz o controle das nossas funções vegetativas. Ou seja, Função: autonômica, que independe da nossa vontade. É composto por uma porção central e uma porção periférica, com diferenças anatômicas e funcionais. Também é chamado de Sistema Nervoso Visceral, que controla funções neurovegetativas. SNS está relacionado ao sistema de fuga, luta, combate a determinadas situações e o SNP está relacionado ao metabolismo basal. Essas divisões se equilibram, a partir de órgãos que são inervados por uma ou duas divisões. Ex.: ação sobre a velocidade de condução do impulso cardíaco. O coração recebe inervação simpática, que aumenta a velocidade de condução do impulso elétrico do coração e inervação parassimpática, causa redução da velocidade de condução do impulso elétrico, ocasionando um equilíbrio dos batimentos cardíacos. Na localização do SNAS e SNAP têm se as aferências e eferências. Os corpos celulares dos neurônios autonômicos estão localizados no sistema nervoso central. Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Sistema Motor Somático é o sistema voluntário. Ex.: existe um nervo espinhal que sai da região lombar e inerva o dedão do pé. Assim, tem o corpo celular do neurônio localizado no SNC (medula espinhal), o seu axônio sai da região lombar e chega no músculo esquelético neurônio único. Sistema Nervoso Autonômico é composto por dois neurônios. Tem se um neurônio, um gânglio em que está localizado o corpo celular de um neurônio, o axônio e a inervação do órgão efetor. Assim, terá um neurônio pré ganglionar e um neurônio pós ganglionar. O neurônio pré ganglionar faz sinapse com o neurônio pós ganglionar, no gânglio autonômico. O neurônio pós ganglionar inerva o órgão. Ex.: inervação do coração neurônio pré ganglionar está localizado no SNC e o pós ganglionar inerva as fibras musculares cardíacas (órgão efetor). Obs.: Órgão efetor: músculo liso ou tecido glandular ou músculo cardíaco. Ex.: reflexo da defecação autonômico parassimpático. Ou seja, o parassimpático inerva o músculo liso do reto promovendo o reflexo da defecação Sistema Nervoso Autônomo Simpático ou Tocarolombar os corpos celulares dos neurônios pré ganglionares estão localizados entre T1 e L2, na medula espinhal. Faz a sinapse num gânglio com um neurônio pós sináptico. Os gânglios do simpático estão localizados na cadeia paravertebral, ou seja, ao lado da medula espinhal (fora no SNC). O neurônio pré ganglionar simpático é um neurônio curto e o pós ganglionar é longo. Sistema Nervoso Autonômico Parassimpático ou Crânio Sacral os corpos celulares saem dos pares cranianos ou da região sacral, localizados no 3º, 7º, 9º e 10º par craniano e entre a 2º e 4º vértebra sacral – cadeia paravertebral. Sai o neurônio pré ganglionar que faz sinapse com neurônio pós ganglionar que está próximo do órgão efetor. O neurônio pré ganglionar simpático é um neurônio longo e o pós ganglionar é curto. Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Entre uma sinapse e outra existe uma liberação de neutrotransmissores acetilcolina e noroadrenalina. Na imagem, visualizamos um neurônio motor, que sai da medula espinhal ou dos pares cranianos, sendo composto por um único neurônio. Ex.: o axônio do neurônio que inerva o hálux é longo. Sendo a divisão somática ou motora. A divisão autonômica é composta por neurônios pré e pós ganglionar: Simpático neurotransmissor liberado entre os neurônios pré e pós é a acetilcolina e entre o neurônio pós e o órgão efetor é a noroadrenalina. Exceção do simpático: quando inerva a glândula suprarrenal ou adrenal, que fica sobre os rins, produz tanto os hormônios cortisol, testosterona, aldosterona como os hormônios noroadrenalina e adrenalina. Assim, quando o simpático inerva a glândula suprarrenal libera acetilcolina e a medula da suprarrenal libera adrenalina (epinefrina) e noroadrenalina (noroepinefrina) Ex.: coração simpático sobre o músculo cardíaco aumenta a força de contração. A adrenalina e noroadrenalina liberadas pela suprarrenal agem nos mesmos receptores que a noroadrenalina liberada pelo pós ganglionar do simpático e vão também aumentar a força de contração da musculatura cardíaca Parassimpático sinapse entre neurônio pré e pós é a acetilcolina e entre o neurônio pós e o órgão efetor é acetilcolina. Fisiologia Isadora Furtado - XXIX FisiologiaIsadora Furtado - XXIX NEUROTRANSMISSORES Preciso conhecer as enzimas que degradam e os receptores dos neurotransmissores Síntese, remoção e tempo de ação Acetilcolina: Receptor: muscarínico A enzima que degrada acetilcolina é a acetilcolinesterase. Os medicamentos que inibem essa enzima promovem aumento da concentração livre de acetilcolina. Ex.: paciente que intoxicou com anticolinesterásico tem bradicardia AcetilCoA + colina acetilcolina (enzima colina e acetiltransferade). Fica armazenada dentro da vesícula sináptica, dentro do botão terminal de um neurônio parassimpático É liberada, ligada ao receptor, exerce o efeito fisiológico e depois é degradada Axoplasma fibra colinérgica vesículas Acetilcolinesterase: ACh acetato + colina Dura alguns segundos na fenda sináptica É um neurotransmissor entre um neurônio pré e pós ganglionar (receptor nicotínico) e é um neurotransmissor entre o neurônio pós e órgão efetor (receptor muscarínico) Síntese, remoção e tempo de ação Noroadrenalina ou Norepinefrina Axoplasma e vesículas Remoção por reabsorção (50 a 80%), difusão, degradação por enzimas (monoaminoxidase, catecol – O- metiltransferase) Dura de segundos (fibras simpáticas) a minutos (adrenais) Síntese da noroadrenalina: tirosina (enzima tirosina hidroxilase) DOPA (DOPA descarboxilase) dopamina (transportada para vesículas – dopamina beta hidroxilase)) noradrenalina ou norepinefrina (feniletanolamina-N-metiltransferase) adrenalina ou epinefrina Neurotransmissor do simpático libera noroadrenalina Se liga a receptores adrenérgicos (metabotrópicos, alfa ou beta) Resposta de alarma ou estresse Resposta de Luta ou Fuga EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA OU PARASSIMÁTICA Simpático: = luta ou fuga: aumenta FC, PA e glicemia, dilatação dos bronquíolos e pupilas, desvio do fluxo sanguíneo para músculos esqueléticos) Dilatação da pupila (contração do músculo radial) Glândulas: diminui secreção, mais concentrada Sistema Gastrintestinal: Diminui motilidade, secreção e tônus esfíncteres Coração: efeito cronotrópico aumentado, efeito dromotrópico aumentado, efeito inotrópico aumentado Vasos sanguíneos: vasocronstrição (α1), vasodilatação (β2 – raramente) PA: aumenta débito cardíaco, aumenta resistência – aumenta PA Outras funções: ejaculação, broncodilatação, aumento da glicemia Parassimpático = repouso e digestão (conservação de energia): diminuição da FC, PA, aumento dos movimentos e secreções gastrintestinais, protege a retina contra a luminosidade excessiva Constrição da pupila (contração do músculo circular) Contração do músculo ciliar na focalização do cristalino Glândulas: estimula secreção, mais aquosa Sistema Gastrintestinal: aumenta secreção, motilidade e relaxamento de esfíncteres Coração: efeito cronotrópico diminuído, efeito dromotrópico diminuído, efeito inotrópico diminuído Vasos sanguíneos: vasodilatação (rara – vasos específicos) PA: diminui o débito cardíaco – diminui PA Outras funções: micção, defecação, ereção, broncoconstrição Obs.: Frequência do estímulo na ativação do SNA: baixa frequência de estimulação plena ativação dos efetores; plena ativação autonômica 10 a 20 impulsos/segundo Fisiologia Isadora Furtado - XXIX CÓRTEX SOMATOSSENSORIAL Sensações Somáticas Classificação das sensações somáticas os meus sentidos são classificados quanto categoria, origem do estímulo, organização geral, sensibilidade mediada e receptores periféricos. Viscerais são sensações quanto o estímulo é originado nas vísceras. Calor, frio e dor os receptores são os próprios neurônios. Os demais, tem receptores específicos capazes de capturar os estímulos. Equilíbrio aparelho vestibular. Propriocepção exemplo não precisamos olhar para saber onde está o meu pé direito Posição dos membros em relação ao corpo e do corpo em relação ao ambiente. Cada receptor, com a sua especificidade, convertem o estímulo captado em impulso elétrico, gerando um potencial de ação. Esse impulso é conduzido da medula espinhal para o sistema nervoso central, por dois tipos de vias: Via Coluna Dorsal Lemenisco Medial e Via Antero Lateral: Via Sistema das Colunas Dorsais Lemenisco Medial Composto por fibras nervosas grandes e mielinizadas (30 a 100 m/s) Elevado grau de orientação das fibras nervosas quanto a sua origem Informações que exigem fidelidade espacial e temporal e rapidez Conduzem apenas impulsos originados em mecanoceptores Única via a transmitir a informação de vibração Neurônios centrais possuem descarga mais intensa A cada sinapse (bulbo, tálamo e córtex) ocorre divergência de sinais Transmissão da discriminação entre dois pontos → a discriminação é aumentada pela inibição lateral que ocorre em cada nível sináptico Processa as sensações de tato fino, pressão, discriminação de dois pontos, vibração e propriocepção Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Trajeto: os neurônios aferentes primários têm seus corpos celulares na raiz dorsal. Os axônios ascendem ipsolateralmente até o núcleo grácil e o núcleo cuneiforme do bulbo. A partir do bulbo, os neurônios de segunda ordem cruzam a linha mediana e ascendem até o tálamo contralateral, no qual fazem sinapse com os neurônios de terceira ordem. Os neurônios de terceira ordem ascendem até o córtex bulbo. A partir do bulbo, os neurônios de segunda ordem cruzam a linha mediana e ascendem até o tálamo contralateral, no qual fazem sinapse com os neurônios de terceira ordem. Os neurônios de terceira ordem ascendem até o córtex somatossensorial, no qual fazem sinapse com os neurônios de quarta ordem. Via Sistema Antero Lateral Composto por fibras nervosas menores e mielinizadas (2 a 40 m/s) Pequeno grau de orientação das fibras nervosas quanto a sua origem Transmissão de informações que exigem pouca fidelidade espacial e temporal e rapidez Conduzem impulsos de várias modalidades Processa as sensações de temperatura, dor e tato superficial Trajeto: os neurônios de segunda ordem cruzam a linha mediana até o quadrante anterolateral da medula espinal e ascendem até o tálamo contralateral, no qual fazem sinapse com os neurônios de terceira ordem. Os neurônios de terceira ordem ascendem até o córtex somatossensorial, no qual fazem sinapse com os neurônios de quarta ordem. ] Ex.: Receptor de dor do hálux captura o estímulo da dor converte em impulso elétrico chega a medula espinhal, pelos nervos espinhais (pescoço para baixo) ou pares cranianos (função sensorial). Ou seja, trazem informação da periferia até a medula espinhal. Da medula espinhal, tem se uma ascensão do impulso elétrico, a partir dos neurônios de 2º ordem, formando duas vias: antero lateral ou lemenisco medial. Essas vias terão diferenças funcionais, histológicas e anatômicas. Via antero lateral: conduz vários tipos de impulsos originados em diferentes receptores. Ou seja, conduz impulsos elétricos de dor, temperatura, tato grosseiro, prurido e cócegas. Via lemenisco medial: receptores para tato discriminativo, estereognosia, propriocepção, discriminação de pesos e vibração. Fisiologia Isadora Furtado - XXIX A informação vem do tato epicrítico, chega na medula espinhal, lá no tronco encefálico faz sinapse com o neurônio, passa pelo lado oposto, vai ascender, passar pelo tálamo, até chegar no córtex cerebral. O córtex é a região onde tem uma discriminação mais complexa da informação. Ex.: Se eu peço para alguém pegar uma caneta com os olhos fechadose descrevê-la, imediatamente o tato discriminativo age. É possível inferir informações sem visualizar, usando apenas as pontas dos dedos, através dos receptores de Meisser (pontas dos dedos e lábios). Esses receptores têm como função discriminar um objeto. Ou seja, vai converter o estímulo em impulso elétrico, que é levado pelo trato lemenisco medial até chegar no córtex cerebral, sômato-sensorial. Os fascículos grácil e cuneiforme fazem parte da via lemenisco medial, são ascendentes. Essas vias fazem sinapses com neurônios das vias descendentes, para respostas motoras. Ex.: Ao pisar em um prego, a informação da dor é produzida pela via ascendente, antero lateral. Quando chega a informação no córtex, é preciso ter uma sinapse com a via motora. Para as vias descendentes, o estímulo inicia no córtex. Ex.: AVC: paciente perde a capacidade de deambulação correta, porque teve uma lesão no córtex motor. A informação surge através da via antero lateral ou lemenisco medial e chega no córtex. Dependendo da função, teremos uma participação maior ou menor do tálamo, do bulbo. Cada área do córtex cerebral recebe um tipo de informação. Assim, o córtex foi dividido em áreas de Brodman (divisão funcional): Obs.: Figura invertida – espelhada. Áreas 1,2 e 3 correspondem ao córtex sômato-sensorial. Informações de tato, pressão, vibração, dor, temperatura, cócegas, prurido. Localizado no lobo parietal. Áreas 5 e 7 correspondem a área associativa sômato-sensorial. Recebe informação do córtex sensorial primário, auditivo, visual e interpreta a informação. Diferença dessas áreas: informações sobre a caneta, como textura, formato, peso são geradas a partir das áreas 1, 2 e 3. Quando se pergunta que objeto é esse, a área de informação é dada pelas áreas 5 e 7. Ex.: ao pisar em um prego, não precisa olhar para ver que machucou o hálux. O corpo sabe da origem do estímulo porque o córtex sômato – sensorial primário tem um mapa topográfico da representação das várias áreas do corpo. Representação maior das mãos, pontas dos dedos e lábios, devido à quantidade de receptores sensoriais. Obs.: Lesão motora do lado esquerdo lesão do hesmisfério cerebral direito. Sensação de vibração só é conduzida pela via lemenisco medial Fisiologia Isadora Furtado - XXIX ÁREAS SÔMATO-SENSORIAIS I E II Localização: porção anterior do lobo parietal (áreas 1,2 e 3 de Brodman) A divisão é realizada devido a orientação espacial diferente para cada área do corpo Área sômato-sensorial I possui representação das diferentes regiões do corpo. A extensão da representação dependerá da quantidade de receptores que cada área Promove a percepção da localização exata da fonte da informação Cada lado do córtex recebe informações sensoriais oriundas exclusivamente do lado oposto do corpo Área sômato-sensorial II não tem sua função muito bem estabelecida Área sômato-sensorial II recebe informações oriundas do tronco encefálico, área sômato-sensorial I, áreas visuais e auditivas e outras áreas sensoriais do cérebro A remoção da Área Sômato sensorial I provoca: Perda da capacidade de localizar o local exato da fonte da informação Incapacidade de avaliar intensidade diferente de pressão sobre o corpo Incapacidade de avaliar o peso dos objetos Incapacidade de reconhecer a forma dos objetos (astereognosia) Incapacidade de reconhecer a textura dos objetos ÁREA DE ASSOCIAÇÃO SÔMATO SENSORIAL Localização: porção posterior do lobo parietal (áreas 5 e 7 de Brodman) Recebe informações oriundas da ASSI, várias regiões do tálamo, do córtex visual e do córtex auditivo Promove integração e interpretação das sensações ao combinar informações provenientes de múltiplos pontos Promove o armazenamento de memórias de experiências sensoriais, permitindo o relacionamento destas memórias com as experiências do momento CAMADAS DO CÓRTEX SÔMATO SENSORIAL E SUAS FUNÇÕES Possui 06 camadas, de I a VI, da superfície para a profundidade. Os neurônios de cada camada desempenham funções diferentes As 06 camadas estão divididas em colunas. Cada coluna é responsável por uma modalidade sensorial Tálamo: retransmite informações para o córtex sômato sensorial, discrimina diretamente sensações táteis e tem papel fundamental na discriminação da dor e da temperatura Tronco encefálico: papel fundamental na discriminação da dor e da temperatura DERMÁTOMOS Segmentos da pele inervado por nervo espinhal Fisiologia Isadora Furtado - XXIX SENTIDO NOCIRRECEPTIVO - DOR A função da dor é de proteção ao organismo. Fundamental para a sobrevivência. Se essa dor entra em um ciclo, ela passa a ser lesiva. DOR RÁPIDA Aguda, em pontada Conduzida por fibras Aδ (mielínicas) (6 a 30 m/s ): condução do impulso nervoso por essas fibras mielínicas é mais rápido Localização precisa Originada normalmente por estímulos mecânicos e térmicos Aparece 0,1 s após a lesão Duração mais curta Tecidos superficiais, que promovem uma localização precisa Ex.: furar a mão com a agulha. A dor aparece 0,1 segundo após a lesão porque normalmente pé promovida por estímulos mecânicos. DOR LENTA Crônica, latejante, em queimação Conduzida por fibra C (amielínicas) ( 0,5 a 2 m/s) Originada por estímulos polimodais Aparece 1 s após a lesão Localização pouco precisa Tecidos profundos O que estimula os nociceptores são substâncias liberadas na lesão e não a lesão em si Obs.: Uma dor rápida pode ser convertida em uma dor lenta (ex.: processo inflamatório). COMPONENTES DA DOR Discriminativo sensorial: localização, intensidade... Afetivo motivacional: a dor faz sinapses, na aferência, com estruturas que estão relacionadas com o sistema límbico, que é a estrutura que promove esse componente afetivo emocional. Ou seja, a dor traz consigo medo, ansiedade, angústia Obs.: Receptor nociceptor é uma terminação nervosa livre, ou seja, as terminações do neurônio captura o estímulo doloroso (diferente da visão que tem cones e bastonetes que são receptores especializados): TIPOS DE ESTÍMULOS DOLOROSOS Mecânicos: ex.: corte de dedo com faca, bater o dedinho na quina da mesa Isquêmico: ex.: infartos isquemia, que gera acúmulo de lactato, que estimula os nociceptores, devido a hipoxemia Térmico: ex.: dedo em água fervendo Químico: ex.: HCl na úlcera, colocar a mão no ácido Espasmo muscular: É tanto mecânico quanto isquêmico - ex.: cólica Obs.: Dor inflamatória é uma dor liberada por estímulos químicos DUPLA TRANSMISSÃO DA DOR PARA O SNC A transmissão da dor para o encéfalo é realizada pelo Sistema antero-lateral. A dor rápida é conduzida ao encéfalo sem muita modulação → não há muitas sinapses A dor crônica é conduzida ao encéfalo com grande modulação → há muitas sinapses Fisiologia Isadora Furtado - XXIX Há sinapse com o componente funcional do Sistema Límbico → Sistema cerebral aversivo, responsável pelo componente afetivo motivacional aversivo da dor O receptor nociceptivo captura o estímulo, despolariza, gera potencial que será transmitido a várias áreas encefálicas até chegar ao córtex sômatossensorial. As fibras A ou C chegam no corno dorsal da medula espinhal (os nervos espinhais tem um componente sensorial e motor. O sensorial chega no corno dorsal da medula), formando os nervos espinhais ou a parte sensorial dos pares cranianos. Em seguida, ascende ao encéfalo, pela via ântero lateral, formada por uma série de tratos, no caso o espino-talâmico.O trato neoespinotalâmico (conjunto de axônios que passam por essas estruturas até chegar ao cortes) conduz a dor rápida e o trato Paleoespinotalâmico (sai da medula até o tálamo e depois chega ao córtex sômatossensorial) conduz a dor lenta. Os dois tratos passam pela substância reticular do bulbo. As aferências nociceptivas passam por essa substância, que controlam o ciclo sono-vigília. Ocorre excitação da vigília, ex.: quando estou com dor eu não consigo dormir. Está relacionado ao componente discriminativo sensorial da dor. Ex.: paciente com doenças crônicas tem prejuízo do sono que pode ser estimulada tanto pela aferência nociceptiva tanto pelo sistema límbico (esse não necessariamente precisa ser estimulado pela dor). O tálamo é uma estrutura subcortical e funciona, em algumas situações, como retransmissor. Para a dor, o tálamo é importante, visto que em exames neurológicos de pessoas com lesões no córtex sômato senrorial não interferia na dor, mas perde grande capacidade de discriminar tato/pressão. Já no tálamo, percebe-se alteração da dor em lesões talâmicas é como se o indivíduo estivesse recebendo estímulo doloroso o tempo todo. Dor neuropática é a que tem uma lesão na fibra nervosa ou em regiões centrais. Ex.: no tálamo, no trigêmeo, que comprime um nervo. A dor nociceptiva é uma lesão no tecido, que não é o tecido nervoso. Ex.: Herpes Zooster, infecta um gânglio sensorial (origem da lesão) causando bolhas; paciente sente dor neuropática; estou com dor de cabeça, é uma dor nociceptiva; enxaqueca é dor nociceptiva e neuropática; Fisiologia Isadora Furtado - XXIX FORMAÇÃO RETICULAR, TÁLAMO e CÓRTEX CEREBRAL NA APRECIAÇÃO DA DOR A formação reticular do bulbo e o tálamo parecem causar a percepção consciente da dor O córtex cerebral desempenha importante papel na interpretação da qualidade da dor SUPRESSÃO ENDÓGENA DA DOR Temos liberação de encefalinas endógenas, que funcionam como se fosse um analgésico natural da dor, tem substâncias que vão atuar no eixo de supressão endógena da dor, minimizando a sensação dolorosa. Ou seja, essas substâncias endógenas funcionam como analgésicos naturais. São liberadas quando passamos por situações de estresse físico e mental, nosso organismo aciona o sistema de supressão endógena da dor. Atividade física melhor dor crônica porque libera endorfina, que participa dessa supressão endógena da dor. Observando a fibra A ou C, que traz informação da dor, faz sinapse com neurônio da via antero lateral, se for dor rápida será pelo trato neoespinotalâmico e se for dor lenta será pelo trato paleoespinotalâmico, ocorre ascenção do impulso nervoso, passando por todas as estruturas, até que passa pelo tálamo, sinto a dor, chega ao córtex sômato sensorial e eu percebo a dor. A analgesia endógena impede a ascenção do impulso doloroso. O interneuronio inibitorio inibe a sinapse entre o neurônio que trouxe a informação da fibra A ou C e o neurônio que faz parte do sistema Fisiologia Isadora Furtado - XXIX antero lateral. Ou seja, libera íons cloro que faz a inibição pré sináptica. Se eu inibo essa sinapse, a ascenção do impulso doloroso é inibida. Esse interneurônio inibitório é estimulado da seguinte forma: 1. Neurônio que sai dos núcleos perioventrivulares (corpos celulares de neurônios que circundam os ventrículos, que espaços onde localiza líquido encefaloraquidiano ) 2. Neurônio que sai da substância cinzenta periaquedutal (corpos celulares de neurônios) Essas regiões iniciam o sistema de analgesia endógena, com ação de áreas encefálicas supeiores. Ou seja, o sistema límbico, por exemplo, tambem é capaz de estimular essa via. Esses núcleos perioventerivulares fazem sinapse na substância cinzenta periaquedutal. Os dois neurônios são encefalinérgicos. Assim liberam encefalina, na sinapse do núcleo magno da rafe (núcleo com um corpo celular de neurônio serotoninérgico, localizado na ponte, no tronco encefálicos), com um neurônio serotoninérgico, que libera serotonina, fazendo uma sinapse com o interneuronio inibitório, estimulando-o. Ou seja, libera cloro que vai inibir essa sinapse, inibindo a ascenção do impulso doloroso. INIBIÇÃO DA TRANSMISSÃO DA DOR POR SINAIS TÁTEIS Dor Referida: Normalmente a dor é em uma víscera e referida à superfície da pele Acontece porque ocorre uma convergência de sinais. A víscera possui terminações nociceptivas difusas que ao penetrarem na medula espinhal fazem sinapses com neurônios de 2ª. ordem que receberam informações sobre a pele Relacionada com o segmento dermatômico de origem do órgão visceral no embrião. Nessa fase, temos a mesma origem nervosa e posteriormente uma terminação que vai para o coração e pra pele por exemplo. Quando ocorre a convergência, temos a dor referida No infarto, tem uma isquemia das coronárias que causa um estímulo da fibra nociceptica traz a informação no corno dorsal, onde faz sinapse com um neurônio que também faz sinapse com a pele do braço, da mandíbula, do pescoço. Como teve convergência, do mesmo neurônio, com percepção da dor no braço, na pele da mandíbula, do pescoço. Ou seja, o neurônio que faz parte da via antero lateral recebe informações da pele, do coração. Dor Visceral: Útil em diagnóstico clínico Causas: Isquemia tecidual, Lesão química, Espasmo do músculo liso das vísceras, Hiperdistensão de víscera oca (estiramento excessivo do próprio tecido, isquemia) Fisiologia Isadora Furtado - XXIX DOR DO MEMBRO FANTASMA Exemplo: indivíduo tem a perna amputada por causa de uma úlcera varicosa. Contudo, o paciente ainda queixa dor na região que estava a úlcera. Explicação I (Clássica): Ocorre devido a atividade dos neurônios sensoriais (impulsos originados na região proximal) do membro amputado que é interpretada pelo SNC como se viessem do membro amputado Explicação II: Ocorre devido a organização do lobo parietal, como se nosso cérebro fosse programada geneticamente para garantir as sensações dos 04 membros ESCALAS DA DOR Escala Visual Analógica – EVA Escalas de Fácies: utilizada para crianças ou pacientes com alterações cognitivas Fisiologia Isadora Furtado - XXIX NATUREZA E CARACTERÍSTICAS DA DOR
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