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Roteiro de Neurofisiologia parte 1

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Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
DIVISÃO FUNCIONAL 
A unidade funcional é o neurônio, onde ocorre as sinapses, composto por corpo 
celular, dendritos, núcleo, axônio e botões terminais 
 Axônio constitui os nervos 
 Corpo celular fica no encéfalo, na medula espinhal ou nos gânglios 
 O que forma o nervo são milhares de axônios 
 Para que um axônio passe um impulso elétrico, é necessário ocorrer 
sinapses elétricas 
 Sinapses químicas ocorre uma liberação de um neurotransmissor 
(serotonina, noroadrenalina, acetilcolina, noroadrenalina, glutamato) 
 Funções Liberação de substâncias químicas 
 Os neurotransmissores são liberados pelos botões terminais 
 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
Encéfalo está dentro da calota craniana 
 Cérebro: telencéfalo e diencéfalo, com estruturas corticais e subcorticais 
 Tronco Encefálico: mesencéfalo, ponte e bulbo (medula oblonga) 
 Cerebelo 
Medula Espinhal: 
 Porção Cervical: faz parte da vértebras cervicais C1 a C8 – nervos espinhais com porções sensorial 
(leva informação da periferia do corpo até o SNC – receptores e nervos sensoriais ou sensitivos ou 
afererências) e motora (resposta, traz informação do SNC para periferia do corpo) 
 Porção Torácica T1 a T12 
 Porção Lombar L1 a L5 
 Porção Sacral S1 a S5 
 Porção Coccígea Terminação 
Obs.: Os nervos espinhais inervam a região somática, da periferia do corpo 
 Áreas de integração pegam informação (impulso elétrico) e convertem/promovem resposta motora ou 
mental 
 Bico de Papagaio é uma calcificação na estrutura óssea das vértebras = compressão da raiz nervosa 
 Hérnia de Disco: o disco entre as vértebras é comprimido 
 Compressão Nervosa do Isquiático: comum por conta da postura (ex.: muito tempo sentado tem um 
afrouxamento das estruturas) 
 ELA: doença motora 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 Nervos espinhais são formados pela união de uma raiz sensorial, como uma raiz motora 
 Todo ramo sensorial penetra na medula espinhal pela região dorsal 
 Os nervos motores saem pela raiz anterior ou ventral da medula espinhal 
 Porção posterior sensorial e porção anterior motora 
 
Substância cinzenta: corpo celular / Substância branca: axônios 
 
 
 
 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
ENCÉFALO 
 
 Lobo Occipital: córtex occipital 
 Lobo Parietal: região sensorial (tato) 
 Lobo Frontal: região motora (córtex pré frontal tem tomada de decisão, planejamento) 
 Lobo Temporal: córtex auditivo 
Obs.: esses lobos são divididos em hemisférios direito e esquerdo 
 Encéfalo é formado pelo cérebro, com os hemisférios direito e esquerdo, que se unem através do 
corpo caloso 
 As estruturas subcorticais estão abaixo do córtex 
 Córtex são circunvoluções onde tem a substância cinzenta. É a estrutura mais complexa 
 
Obs.: Cerebelo é relacionado ao automatismo 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 
Os nervos cranianos, quase todos, saem do crânio encefálico. Existem motores, sensoriais ou motores 
e sensoriais. 
COMO O SISTEMA NERVOSO DECODIFICA OS ESTÍMULOS RECEBIDOS 
Sistema nervoso precisa converter um estímulo em atividade elétrica o que garante a sobrevivência 
do organismo. 
POTENCIAL DE AÇÃO: é o sinal elétrico que o neurônio utiliza como unidade de informação. O PA consiste na 
inversão da polaridade elétrica da membrana devido ao fluxo iônico causado pela abertura seletiva e consecutiva de 
canais de Na+ e K+. 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
Todas as nossas células possuem diferença de potencial elétrico. Ou seja, se pegarmos um eletrodo e 
colocar no meio interno e externo, passa corrente elétrica no voltímetro. A diferença de potencial elétrico é 
em torno de -80mV dentro da célula é 80mV mais negativo do que fora. 
A tendência do potássio é de sair da célula e a do sódio é de 
entrar na célula. Contudo, a bomba de sódio e potássio joga o sódio 
para fora e o potássio para dentro faz isso para manter essa diferença 
de potencial elétrico. Ou seja, preciso manter sempre mais sódio 
extracelular (acúmulo de carga positiva) e mais potássio intracelular 
(acúmulo de carga negativa) 
 
 
Quando uma célula recebe um estímulo, exemplo mecânico, parte da carga positiva seja neutralizada, 
gerando uma abertura dos canais iônicos. Logo, sódio (+) começa a entrar na célula e vai diminuindo sua 
polaridade (despolarização), onde forma potencial de ação. Um estímulo é convertido em impulso nervoso e 
conduzido via sinapse para várias áreas do SN. 
Para voltar ao estado de repouso, os canais de sódio são fechados, potássio começa a sair e a 
negatividade é reestabelecida. 
Potencial de ação se forma ou não se forma. 
Exemplo: anestesia local anestesia a região somática inervada por uma terminação nervosa. O 
anestésico bloqueia mecanicamente os canais de sódio, impossibilitando a formação do potencial de ação. O 
estímulo continua existindo, contudo não é possível sentir algo. Logo, sem potencial de ação, um estímulo 
não é convertido em impulso. 
Hiperpolarização ao invés de voltar a – 80mV, abre canais de cloro, entra carga negativa e a célula 
fica com – 120mV. Logo, tem dificuldade de responder às sinapses. 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 
Sinapse excitatória despolarização da célula, entra carga positiva como sódio ou potássio 
potencial pós sináptico excitatório. 
 
Sinapse inibitória ligação do neurotransmissor ao receptor, entra carga negativa a partir do cloro 
ou sai carga positiva a partir do potássio não se tem resposta biológica. 
 
A partir do botão terminal que ocorre uma sinapsetem vesículas com neurotransmissor, fibras 
nervosas pré e pós sináptica. Quando o potencial de ação chega, ocorre abertura dos canais de cálcio, as 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
vesículas se fundem na MP, liberando o neurotransmissor. Que se liga a um receptor e ativa as vias de 
transdução de sinal. 
 Excitatóriocélula despolariza e continua a transmissão de impulso nervoso. 
Ex.: No nosso organismo temos que ter um equilíbrio das sinapses buscopan impede, no músculo 
liso, a sua contração acetilcolina (neurotransmissor do parassimpático) a célula não despolariza e não 
ocorre resposta biológica. 
Ex.: ao dormir, é necessária a redução de sinapses excitatórias. Na insônia, ocorre aumento das 
sinapses excitatórias. Com o uso racional de medicamentos, é potencializada a ação do GABA. Quando ele 
se liga ao receptor, e faz com que a afinidade do GABA com seu receptor fique aumentada abre mais 
canais de sódio hiperpolarização consegue tratar insônia, ansiedade. 
 
Receptor pra dor captura o estimulo e despolariza o neurônio. Ou seja, o estimulo doloroso é 
convertido em impulso elétrico para várias áreas encefálicas. 
Se colocar a mão em uma chapa quente, ocorre um reflexo medular neurônio é despolarizado e 
conduz a informação para a medula espinhal onde ocorre uma resposta motora. Esse neurônio faz sinapse 
com outros neurônios, decodificando as informações, até chegar notálamo. 
 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 
Obs.: Cada receptor recebe estímulos para o qual ele foi formado. 
Um estímulo é capturado por um neurônio ou receptor de células isoladas (tato) ou fibra nervosa. 
Neurônio de primeira ordem é o que conduz a informação do receptor, periferia, para o SNC faz 
sinapse com neurônio de segunda ordem. 
Neurônio de segunda ordem é o que conduz a informação para o cérebro. Dependendo da 
modalidade sensorial, pode ocorrer interpretações feita por esse próprio neurônio. 
Neurônio de terceira ordem sai do tálamo, chega no córtex. 
A informação vai sendo decodificada a medida que ela vai ascendendo ao encéfalo. No córtex 
sensorial que ocorre a decodificação mais complexa. 
Ex.: uma pessoa que teve aneurisma resolvido, foi lesado só o córtex occipital. Esse indivíduo tem 
capacidade se ver se está claro ou não. Dependendo da lesão, leva a perda da capacidade visual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
PARES CRANIANOS 
No SN temos uma área sensorial que leva informações através de impulsos elétricos através das áreas 
de integração. Essas, retornam uma resposta central. 
Nervos Cranianos: 12 pares cranianos são responsáveis pela inervação sensitiva e motora de cabeça, 
pescoço e vísceras 
Nervos Espinhais: porção sensitiva é posterior e porção motora é anterior 
 08 pares cervicais 
 12 pares torácicos 
 05 pares lombares 
 05 pares sacrais 
 01 par coccígeo 
 
I. Nervo Olfatório: Sensitivo 
 Origem: parte olfatória da mucosa das fossas nasais 
 Função sensitiva o epitélio olfatório converte o estímulo em impulso elétrico, que será conduzido 
até várias áreas encefálicas através o nervo olfatório Percepção do olfato 
 Classificado como Aferente Visceral Especial 
 
II. Nervo Óptico: Sensitivo 
 Função sensitiva, condução do impulso elétrico dos cones e bastonetes, para várias áreas encefálicas 
Percepção Visual 
 Origem: região da retina 
 Classificado como Aferente Visceral Especial 
 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
III. Nervo Oculomotor: Motor 
 Função: Controle da movimentação do globo ocular, da pupila e do cristalino 
 Envolvido com o reflexo fotomotor 
 Origem: fossa interpeduncular 
 Fibras Eferentes Somáticas 
 
IV. Nervo Troclear: Motor 
 Função Controle da movimentação do globo ocular 
 Controle do globo ocular 
 Origem: Núcleo motor somático do colículo inferior 
 Fibras Eferentes Somáticas 
 
V. Nervo Trigêmeo: Misto (sensitivo e motor) 
 Função: controle dos movimentos da mastigação (ramo motor), percepções sensoriais da face, seios 
da face e dentes (ramo sensorial) 
 Reflexo da mastigação 
 Relacionado com a neuralgia do trigêmeo 
 Ramos: oftálmico, maxilar e mandibular 
 Origem: entre braço da ponte e pedúnculo cerebelar médio 
 Fibras Aferentes Somáticas Gerais 
 
VI. Nervo Abducente: Motor 
 Função: controle da movimentação do globo ocular 
 Inerva o músculo retro lateral do olho movimentação do globo ocular 
 Origem: sulco bulbopontino 
 Fibras Eferentes Somáticas 
 
VII. Nervo Facial: Misto 
 Controle dos músculos faciais (mímica facial – ramo motor), percepção gustativa no terço anterior da 
língua (ramo sensorial) 
 Origem: sulco bulbopontino 
 Uma raiz motora e uma raiz sensitiva e visceral 
 Fibras Aferentes Viscerais Gerais e Fibras Aferentes Viscerais Especiais 
 
VIII. Nervo Vestíbulococlear: Sensitivo 
 Função: Percepção postural originária do labirinto (ramo vestibular), percepção auditiva (ramo 
coclear) 
 Traz informação auditiva, relacionado ao equilíbrio e postura 
 Origem: sulco bulbopontino 
 Compõe-se de uma parte vestibular e de uma parte coclear 
 Fibras Aferentes Somáticas Especiais 
 
IX. Nervo Glossofaríngeo: Sensitivo 
 Função: Percepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da faringe, laringe e 
palato 
 Origem: sulco retro-olivar do bulbo 
 Apresenta dois gânglios: superior (jugular) e inferior (petroso), formados por neurônios sensitivos. 
As fibras são aferentes e eferentes viscerais gerais 
 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
X. Nervo Vago: Misto 
 Função: Percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Inervação das císceras 
torácicas e abdominais 
 Principal divisão parassimpática para inervação de vísceras 
 Origem: sulco retro-olivar do bulbo 
 Com destaque para Fibras Aferentes Viscerais gerais, fibras Eferentes Viscerais Gerais, fibras 
Eferentes Viscerais Especiais 
 
XI. Nervo Acessório: Motor 
 Função: controle motor da faringe, laringe, palato, dos músculos esternoclidomastóideo e trapézio 
 Origem: sulco lateral anterior do bulbo 
 É formado por uma raiz craniana e uma raiz espinhal 
 As fibras cranianas são: Fibras Eferentes Viscerais Especiais e Fibras Eferentes Viscerais Gerais 
 
XII. Nervo Hipoglosso: Motor 
 Origem: sulco lateral anterior do bulbo 
 As fibras são consideradas Eferentes Somáticas 
 Função: controle dos músculos da faringe, laringe e língua 
 
 
Divisão Parassimpática: nervo III, VII, V, X e VI. 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 
Pares Cranianos Envolvidos com o sentido da Visão 
 
 
Perda da Acomodação Visual 
 Mecanismo para manter o objeto constantemente no foco 
 Parassimpático, através do 3 par de nervos cranianos - afetado pelo aneurisma 
 Aproximação do objeto: aumento de impulsos parassimpáticos, contração do músculo ciliar, redução 
da tensão dos ligamentos suspensores, aumento da curvatura do cristalino 
 Sistema simpático tem leve efeito no relaxamento 
 Distanciamento do objeto: redução de impulsos parassimpáticos, relaxamento do músculo ciliar, 
aumento da tensão dos ligamentos suspensores, redução da curvatura do cristalino 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
O cristalino é trocado quando o paciente tem catarata a luz não vai incidir até o fundo do globo 
ocular, onde estão os cones e bastonetes. 
O Cristalino tem função de acomodação visual focar o objeto. O músculo ciliar é inervado pelo 
terceiro par craniano. 
Quando o objeto se aproxima do indivíduo o nervo contrai o músculo ciliar, os ligamentos do 
cristalino ficam frouxos, e a luz incide. Quando o objeto está longe, o nervo deixa de enviar impulsos, o 
músculo ciliar fica relaxado, os ligamentos do cristalino ficam tensos Q que muda o formato do cristalino 
é o nervo óculo motor. Caso esse nervo seja acometido, o paciente relatará diplopia, incapacidade de 
movimentar o globo ocular. 
 
 
Reflexo Óculo – Motor 
 Mesencéfalo: II Aferente / III Eferente 
 Pupilas médias ou midriáticas e fixas 
 Ausência de contração pupilar 
Míose pupilar é quando a pupila contrai em condições normais. Caso não tiver esse mecanismo 
existe a midríase não responsiva da luz, que pode ser provocada por um medicamento, como colírios para 
fazer exame fundo de olho. Pode indicar uma lesão da área encefálica. 
Os nervos cranianos: nervo óptico está captando essa luminosidade, funcionando como um aferente. 
E o nervo oculomotor, que funciona eferentemente 
Com a lanterna é possível verificar o funcionamento do encéfalo se não tiver miose, terá midríase 
não responsiva a luz. Pode ser provocada pelo uso de medicamentos.Em casos de traumatismo craniano, tem miose indício de lesão da área encefálica 
Nervo óptico captura a luminosidade, envia a informação atpe o tronco encefálico, estimula o nervo 
oculo motor 
Na ausência do reflexo oculomotor tem se pupilas midriáticas e fixas. 
Recto Superior 
Oculomotor - III 
(sup) 
Elevação, adução, rotação 
medial 
Recto Inferior 
Oculomotor - III 
(inf) 
Depressão, adução rotação 
lateral 
Recto Medial 
Oculomotor - III 
(inf) 
Adução 
Recto Lateral Abducente - VI Adução 
Oblíquo Superior Troclear - IV 
Depressão, adução rotação 
medial 
Oblíquo Inferior 
Oculomotor - III 
(inf) 
Elevação, adução, rotação 
lateral 
Elevador da Pálpebra 
Superior 
Oculomotor - III 
(sup) 
Elevação da pálpebra 
superior 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 
Reflexo Consensual: a pupila contrária à luz que incidiu a luz também contrai. 
 
Obs.: Aneurisma comprimindo o nervo óculo motor paciente pode ter uma midríase não responsiva a luz 
 
Reflexo Córneo Palpebral 
 Se tocamos o reflexo é piscar os olhos 
 Pares Cranianos: V par craniano Aferente / VII par craniano Eferente 
 Ausência do reflexo de piscar ao estímulo da córnea 
 Instrumento delicado/Soro Fisiológico 
 
Reflexo Óculo Cefálico 
 Mesencéfalo e Ponte: VII Aferente / III, IV, VI Eferente 
 Ausência de movimentos oculares 
 Movimentação rápida da cabeça no sentido horizontal e vertical 
 
Reflexo Óculo Vestibular 
 Mesencéfalo e Ponte: VII Aferente / III/VI Eferente 
 Ausência de movimentos oculares 
 Infusao de líquido gelado 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 Reflexo da Tosse 
 Bulbo: IX Aferente / X Eferente 
 Ausência de tosse ou movimentos torácicos à aspiração traqueal 
 Ausência de náuseas ou vômitos ao estímulo da faringe posterior 
 
 SITUAÇÃO DISPARADORA 
Homem de 51 anos de idade procurou o departamento de emergência com dor lancinante e agonizante 
na parte média do lado direito da face. Os paroxismos de dor duravam alguns segundos, o que se repetiu várias 
vezes. “É a pior dor que eu já senti, tenho até medo de me alimentar e desencadear a dor” ele disse ao médico. 
Uma corrente de ar frio no lado direito da face, um toque em alguns fios de cabelo na região temporal direita 
do couro cabeludo desencadeava a dor. O paciente não tinha outras queixas e disse que fora a dor, se sentia 
muito bem. O paciente apontou a área no lado direito da face onde ele sentia dor. Disse que já havia passado 
por vários médicos, tomado até tramadol e que a dor não cessava. 
 
 Nevralgia do trigêmeo é considerada uma das piores dores 
 Dor neuropática não resolve com analgésico tradicional tratamento com medicamento que causam 
inibição da transdução desse nervo, como carbamezapina 
 Risco de prejudicar a mímica facial do paciente 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
Sistema involuntário, que faz o controle das nossas funções vegetativas. Ou seja, Função: 
autonômica, que independe da nossa vontade. É composto por uma porção central e uma porção periférica, 
com diferenças anatômicas e funcionais. Também é chamado de Sistema Nervoso Visceral, que controla 
funções neurovegetativas. 
SNS está relacionado ao sistema de fuga, luta, combate a determinadas situações e o SNP está 
relacionado ao metabolismo basal. Essas divisões se equilibram, a partir de órgãos que são inervados por 
uma ou duas divisões. Ex.: ação sobre a velocidade de 
condução do impulso cardíaco. O coração recebe inervação 
simpática, que aumenta a velocidade de condução do 
impulso elétrico do coração e inervação parassimpática, 
causa redução da velocidade de condução do impulso 
elétrico, ocasionando um equilíbrio dos batimentos 
cardíacos. 
Na localização do SNAS e SNAP têm se as 
aferências e eferências. Os corpos celulares dos neurônios 
autonômicos estão localizados no sistema nervoso central. 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 
Sistema Motor Somático é o sistema voluntário. Ex.: existe um nervo espinhal que sai da região 
lombar e inerva o dedão do pé. Assim, tem o corpo celular do neurônio localizado no SNC (medula 
espinhal), o seu axônio sai da região lombar e chega no músculo esquelético neurônio único. 
Sistema Nervoso Autonômico é composto por dois neurônios. Tem se um neurônio, um gânglio em 
que está localizado o corpo celular de um neurônio, o axônio e a inervação do órgão efetor. Assim, terá um 
neurônio pré ganglionar e um neurônio pós ganglionar. 
O neurônio pré ganglionar faz sinapse com o neurônio pós ganglionar, no gânglio autonômico. O 
neurônio pós ganglionar inerva o órgão. Ex.: inervação do coração neurônio pré ganglionar está 
localizado no SNC e o pós ganglionar inerva as fibras musculares cardíacas (órgão efetor). 
Obs.: Órgão efetor: músculo liso ou tecido glandular ou músculo cardíaco. Ex.: reflexo da defecação 
autonômico parassimpático. Ou seja, o parassimpático inerva o músculo liso do reto promovendo o 
reflexo da defecação 
Sistema Nervoso Autônomo Simpático ou 
Tocarolombar os corpos celulares dos neurônios pré 
ganglionares estão localizados entre T1 e L2, na medula 
espinhal. Faz a sinapse num gânglio com um neurônio pós 
sináptico. 
Os gânglios do simpático estão localizados na cadeia 
paravertebral, ou seja, ao lado da medula espinhal (fora no 
SNC). O neurônio pré ganglionar simpático é um neurônio 
curto e o pós ganglionar é longo. 
Sistema Nervoso Autonômico Parassimpático ou 
Crânio Sacral os corpos celulares saem dos pares cranianos 
ou da região sacral, localizados no 3º, 7º, 9º e 10º par craniano 
e entre a 2º e 4º vértebra sacral – cadeia paravertebral. 
Sai o neurônio pré ganglionar que faz sinapse com 
neurônio pós ganglionar que está próximo do órgão efetor. O 
neurônio pré ganglionar simpático é um neurônio longo e o 
pós ganglionar é curto. 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
Entre uma sinapse e outra existe uma liberação de neutrotransmissores acetilcolina e 
noroadrenalina. 
 
Na imagem, visualizamos um neurônio motor, que sai da medula espinhal ou dos pares cranianos, 
sendo composto por um único neurônio. Ex.: o axônio do neurônio que inerva o hálux é longo. Sendo a 
divisão somática ou motora. 
A divisão autonômica é composta por neurônios pré e pós ganglionar: 
 Simpático neurotransmissor liberado entre os neurônios pré e pós é a acetilcolina e entre o 
neurônio pós e o órgão efetor é a noroadrenalina. 
 Exceção do simpático: quando inerva a glândula suprarrenal ou adrenal, que fica sobre os rins, 
produz tanto os hormônios cortisol, testosterona, aldosterona como os hormônios noroadrenalina e 
adrenalina. Assim, quando o simpático inerva a glândula suprarrenal libera acetilcolina e a medula da 
suprarrenal libera adrenalina (epinefrina) e noroadrenalina (noroepinefrina) 
 Ex.: coração simpático sobre o músculo cardíaco aumenta a força de contração. A adrenalina e 
noroadrenalina liberadas pela suprarrenal agem nos mesmos receptores que a noroadrenalina liberada 
pelo pós ganglionar do simpático e vão também aumentar a força de contração da musculatura 
cardíaca 
 Parassimpático sinapse entre neurônio pré e pós é a acetilcolina e entre o neurônio pós e o órgão 
efetor é acetilcolina. 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 
 
FisiologiaIsadora Furtado - XXIX 
NEUROTRANSMISSORES 
Preciso conhecer as enzimas que degradam e os receptores dos neurotransmissores 
Síntese, remoção e tempo de ação Acetilcolina: 
 Receptor: muscarínico 
 A enzima que degrada acetilcolina é a acetilcolinesterase. Os medicamentos que inibem essa enzima 
promovem aumento da concentração livre de acetilcolina. Ex.: paciente que intoxicou com anticolinesterásico 
tem bradicardia 
 AcetilCoA + colina acetilcolina (enzima colina e acetiltransferade). Fica armazenada dentro da vesícula 
sináptica, dentro do botão terminal de um neurônio parassimpático 
 É liberada, ligada ao receptor, exerce o efeito fisiológico e depois é degradada Axoplasma fibra colinérgica 
vesículas 
 Acetilcolinesterase: ACh acetato + colina 
 Dura alguns segundos na fenda sináptica 
 É um neurotransmissor entre um neurônio pré e pós ganglionar (receptor nicotínico) e é um neurotransmissor 
entre o neurônio pós e órgão efetor (receptor muscarínico) 
Síntese, remoção e tempo de ação Noroadrenalina ou Norepinefrina 
 Axoplasma e vesículas 
 Remoção por reabsorção (50 a 80%), difusão, degradação por enzimas (monoaminoxidase, catecol – O-
metiltransferase) 
 Dura de segundos (fibras simpáticas) a minutos (adrenais) 
 Síntese da noroadrenalina: tirosina (enzima tirosina hidroxilase) DOPA (DOPA descarboxilase) 
dopamina (transportada para vesículas – dopamina beta hidroxilase)) noradrenalina ou norepinefrina 
(feniletanolamina-N-metiltransferase) adrenalina ou epinefrina 
 Neurotransmissor do simpático libera noroadrenalina 
 Se liga a receptores adrenérgicos (metabotrópicos, alfa ou beta) 
 Resposta de alarma ou estresse Resposta de Luta ou Fuga 
EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA OU PARASSIMÁTICA 
 Simpático: = luta ou fuga: aumenta FC, PA e glicemia, dilatação dos bronquíolos e pupilas, desvio do fluxo 
sanguíneo para músculos esqueléticos) 
 Dilatação da pupila (contração do músculo radial) 
 Glândulas: diminui secreção, mais concentrada 
 Sistema Gastrintestinal: Diminui motilidade, secreção e tônus esfíncteres 
 Coração: efeito cronotrópico aumentado, efeito dromotrópico aumentado, efeito inotrópico aumentado 
 Vasos sanguíneos: vasocronstrição (α1), vasodilatação (β2 – raramente) 
 PA: aumenta débito cardíaco, aumenta resistência – aumenta PA 
 Outras funções: ejaculação, broncodilatação, aumento da glicemia 
 
 Parassimpático = repouso e digestão (conservação de energia): diminuição da FC, PA, aumento dos 
movimentos e secreções gastrintestinais, protege a retina contra a luminosidade excessiva 
 Constrição da pupila (contração do músculo circular) 
 Contração do músculo ciliar na focalização do cristalino 
 Glândulas: estimula secreção, mais aquosa 
 Sistema Gastrintestinal: aumenta secreção, motilidade e relaxamento de esfíncteres 
 Coração: efeito cronotrópico diminuído, efeito dromotrópico diminuído, efeito inotrópico diminuído 
 Vasos sanguíneos: vasodilatação (rara – vasos específicos) 
 PA: diminui o débito cardíaco – diminui PA 
 Outras funções: micção, defecação, ereção, broncoconstrição 
Obs.: Frequência do estímulo na ativação do SNA: baixa frequência de estimulação plena ativação dos efetores; 
plena ativação autonômica 10 a 20 impulsos/segundo 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
CÓRTEX SOMATOSSENSORIAL 
Sensações Somáticas 
 
 Classificação das sensações somáticas os meus sentidos são classificados quanto categoria, origem 
do estímulo, organização geral, sensibilidade mediada e receptores periféricos. Viscerais são sensações 
quanto o estímulo é originado nas vísceras. 
Calor, frio e dor os receptores são os próprios neurônios. Os demais, tem receptores específicos 
capazes de capturar os estímulos. 
Equilíbrio aparelho vestibular. 
Propriocepção exemplo não precisamos olhar para saber onde está o meu pé direito Posição dos 
membros em relação ao corpo e do corpo em relação ao ambiente. 
Cada receptor, com a sua especificidade, convertem o estímulo captado em impulso elétrico, gerando 
um potencial de ação. Esse impulso é conduzido da medula espinhal para o sistema nervoso central, por dois 
tipos de vias: Via Coluna Dorsal Lemenisco Medial e Via Antero Lateral: 
 Via Sistema das Colunas Dorsais Lemenisco Medial 
 Composto por fibras nervosas grandes e mielinizadas (30 a 100 m/s) 
 Elevado grau de orientação das fibras nervosas quanto a sua origem 
 Informações que exigem fidelidade espacial e temporal e rapidez 
 Conduzem apenas impulsos originados em mecanoceptores 
 Única via a transmitir a informação de vibração 
 Neurônios centrais possuem descarga mais intensa 
 A cada sinapse (bulbo, tálamo e córtex) ocorre divergência de sinais 
 Transmissão da discriminação entre dois pontos → a discriminação é aumentada pela inibição lateral 
que ocorre em cada nível sináptico 
 Processa as sensações de tato fino, pressão, discriminação de dois pontos, vibração e propriocepção 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 Trajeto: os neurônios aferentes primários têm seus corpos celulares na raiz dorsal. Os axônios ascendem 
ipsolateralmente até o núcleo grácil e o núcleo cuneiforme do bulbo. A partir do bulbo, os neurônios de 
segunda ordem cruzam a linha mediana e ascendem até o tálamo contralateral, no qual fazem sinapse com os 
neurônios de terceira ordem. Os neurônios de terceira ordem ascendem até o córtex bulbo. A partir do bulbo, 
os neurônios de segunda ordem cruzam a linha mediana e ascendem até o tálamo contralateral, no qual fazem 
sinapse com os neurônios de terceira ordem. Os neurônios de terceira ordem ascendem até o córtex 
somatossensorial, no qual fazem sinapse com os neurônios de quarta ordem. 
 
 Via Sistema Antero Lateral 
 Composto por fibras nervosas menores e mielinizadas (2 a 40 m/s) 
 Pequeno grau de orientação das fibras nervosas quanto a sua origem 
 Transmissão de informações que exigem pouca fidelidade espacial e temporal e rapidez 
 Conduzem impulsos de várias modalidades 
 Processa as sensações de temperatura, dor e tato superficial 
 Trajeto: os neurônios de segunda ordem cruzam a linha mediana até o quadrante anterolateral da medula 
espinal e ascendem até o tálamo contralateral, no qual fazem sinapse com os neurônios de terceira ordem. Os 
neurônios de terceira ordem ascendem até o córtex somatossensorial, no qual fazem sinapse com os neurônios 
de quarta ordem. 
] 
Ex.: Receptor de dor do hálux captura o estímulo da dor  converte em impulso elétrico  chega a 
medula espinhal, pelos nervos espinhais (pescoço para baixo) ou pares cranianos (função sensorial). Ou seja, 
trazem informação da periferia até a medula espinhal. Da medula espinhal, tem se uma ascensão do impulso 
elétrico, a partir dos neurônios de 2º ordem, formando duas vias: antero lateral ou lemenisco medial. Essas 
vias terão diferenças funcionais, histológicas e anatômicas. 
Via antero lateral: conduz vários tipos de impulsos originados em diferentes receptores. Ou seja, 
conduz impulsos elétricos de dor, temperatura, tato grosseiro, prurido e cócegas. 
Via lemenisco medial: receptores para tato discriminativo, estereognosia, propriocepção, 
discriminação de pesos e vibração. 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
A informação vem do tato epicrítico, chega na medula espinhal, lá no tronco encefálico faz sinapse 
com o neurônio, passa pelo lado oposto, vai ascender, passar pelo tálamo, até chegar no córtex cerebral. O 
córtex é a região onde tem uma discriminação mais complexa da informação. 
Ex.: Se eu peço para alguém pegar uma caneta com os olhos fechadose descrevê-la, imediatamente o 
tato discriminativo age. É possível inferir informações sem visualizar, usando apenas as pontas dos dedos, 
através dos receptores de Meisser (pontas dos dedos e lábios). Esses receptores têm como função discriminar 
um objeto. Ou seja, vai converter o estímulo em impulso elétrico, que é levado pelo trato lemenisco medial 
até chegar no córtex cerebral, sômato-sensorial. 
Os fascículos grácil e cuneiforme fazem parte da via lemenisco medial, são ascendentes. Essas vias 
fazem sinapses com neurônios das vias descendentes, para respostas motoras. 
Ex.: Ao pisar em um prego, a informação da dor é produzida pela via ascendente, antero lateral. 
Quando chega a informação no córtex, é preciso ter uma sinapse com a via motora. Para as vias 
descendentes, o estímulo inicia no córtex. 
Ex.: AVC: paciente perde a capacidade de deambulação correta, porque teve uma lesão no córtex 
motor. 
A informação surge através da via antero lateral ou lemenisco medial e chega no córtex. Dependendo 
da função, teremos uma participação maior ou menor do tálamo, do bulbo. Cada área do córtex cerebral 
recebe um tipo de informação. Assim, o córtex foi dividido em áreas de Brodman (divisão funcional): 
 
Obs.: Figura invertida – espelhada. 
Áreas 1,2 e 3 correspondem ao córtex sômato-sensorial. Informações de tato, pressão, vibração, 
dor, temperatura, cócegas, prurido. Localizado no lobo parietal. 
Áreas 5 e 7 correspondem a área associativa sômato-sensorial. Recebe informação do córtex 
sensorial primário, auditivo, visual e interpreta a informação. 
Diferença dessas áreas: informações sobre a caneta, como textura, formato, peso são geradas a partir 
das áreas 1, 2 e 3. Quando se pergunta que objeto é esse, a área de informação é dada pelas áreas 5 e 7. 
Ex.: ao pisar em um prego, não precisa olhar para ver que machucou o hálux. O corpo sabe da 
origem do estímulo porque o córtex sômato – sensorial primário tem um mapa topográfico da representação 
das várias áreas do corpo. Representação maior das mãos, pontas dos dedos e lábios, devido à quantidade de 
receptores sensoriais. 
Obs.: Lesão motora do lado esquerdo  lesão do hesmisfério cerebral direito. 
 Sensação de vibração só é conduzida pela via lemenisco medial 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
ÁREAS SÔMATO-SENSORIAIS I E II 
 Localização: porção anterior do lobo parietal (áreas 1,2 e 3 de Brodman) 
 A divisão é realizada devido a orientação espacial diferente para cada área do corpo 
 Área sômato-sensorial I possui representação das diferentes regiões do corpo. A extensão da 
representação dependerá da quantidade de receptores que cada área 
 Promove a percepção da localização exata da fonte da informação 
 Cada lado do córtex recebe informações sensoriais oriundas exclusivamente do lado oposto do corpo 
 Área sômato-sensorial II não tem sua função muito bem estabelecida 
 Área sômato-sensorial II recebe informações oriundas do tronco encefálico, área sômato-sensorial I, 
áreas visuais e auditivas e outras áreas sensoriais do cérebro 
A remoção da Área Sômato sensorial I provoca: 
 Perda da capacidade de localizar o local exato da fonte da informação 
 Incapacidade de avaliar intensidade diferente de pressão sobre o corpo 
 Incapacidade de avaliar o peso dos objetos 
 Incapacidade de reconhecer a forma dos objetos (astereognosia) 
 Incapacidade de reconhecer a textura dos objetos 
 
ÁREA DE ASSOCIAÇÃO SÔMATO SENSORIAL 
 Localização: porção posterior do lobo parietal (áreas 5 e 7 de Brodman) 
 Recebe informações oriundas da ASSI, várias regiões do tálamo, do córtex visual e do córtex 
auditivo 
 Promove integração e interpretação das sensações ao combinar informações provenientes de 
múltiplos pontos 
 Promove o armazenamento de memórias de experiências sensoriais, permitindo o relacionamento 
destas memórias com as experiências do momento 
 
CAMADAS DO CÓRTEX SÔMATO SENSORIAL E SUAS FUNÇÕES 
 Possui 06 camadas, de I a VI, da superfície para a profundidade. Os neurônios de cada camada 
desempenham funções diferentes 
 As 06 camadas estão divididas em colunas. Cada coluna é responsável por uma modalidade sensorial 
 Tálamo: retransmite informações para o córtex sômato sensorial, discrimina diretamente sensações 
táteis e tem papel fundamental na discriminação da dor e da temperatura 
 Tronco encefálico: papel fundamental na discriminação da dor e da temperatura 
DERMÁTOMOS 
Segmentos da pele inervado por nervo espinhal 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
SENTIDO NOCIRRECEPTIVO - DOR 
A função da dor é de proteção ao organismo. Fundamental para a sobrevivência. Se essa dor entra em um 
ciclo, ela passa a ser lesiva. 
DOR RÁPIDA 
 Aguda, em pontada 
 Conduzida por fibras Aδ (mielínicas) (6 a 30 m/s ): condução do impulso nervoso por essas fibras 
mielínicas é mais rápido 
 Localização precisa 
 Originada normalmente por estímulos mecânicos e térmicos 
 Aparece 0,1 s após a lesão 
 Duração mais curta 
 Tecidos superficiais, que promovem uma localização precisa 
 Ex.: furar a mão com a agulha. A dor aparece 0,1 segundo após a lesão porque normalmente pé 
promovida por estímulos mecânicos. 
DOR LENTA 
 Crônica, latejante, em queimação 
 Conduzida por fibra C (amielínicas) ( 0,5 a 2 m/s) 
 Originada por estímulos polimodais 
 Aparece 1 s após a lesão 
 Localização pouco precisa 
 Tecidos profundos 
 O que estimula os nociceptores são substâncias liberadas na lesão e não a lesão em si 
Obs.: Uma dor rápida pode ser convertida em uma dor lenta (ex.: processo inflamatório). 
COMPONENTES DA DOR 
 Discriminativo sensorial: localização, intensidade... 
 Afetivo motivacional: a dor faz sinapses, na aferência, com estruturas que estão relacionadas com o 
sistema límbico, que é a estrutura que promove esse componente afetivo emocional. Ou seja, a dor 
traz consigo medo, ansiedade, angústia 
Obs.: Receptor nociceptor é uma terminação nervosa livre, ou seja, as terminações do neurônio captura o estímulo 
doloroso (diferente da visão que tem cones e bastonetes que são receptores especializados): 
TIPOS DE ESTÍMULOS DOLOROSOS 
 Mecânicos: ex.: corte de dedo com faca, bater o dedinho na quina da mesa 
 Isquêmico: ex.: infartos isquemia, que gera acúmulo de lactato, que estimula os nociceptores, 
devido a hipoxemia 
 Térmico: ex.: dedo em água fervendo 
 Químico: ex.: HCl na úlcera, colocar a mão no ácido 
 Espasmo muscular: É tanto mecânico quanto isquêmico - ex.: cólica 
Obs.: Dor inflamatória é uma dor liberada por estímulos químicos 
DUPLA TRANSMISSÃO DA DOR PARA O SNC 
 A transmissão da dor para o encéfalo é realizada pelo Sistema antero-lateral. 
 A dor rápida é conduzida ao encéfalo sem muita modulação → não há muitas sinapses 
 A dor crônica é conduzida ao encéfalo com grande modulação → há muitas sinapses 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 Há sinapse com o componente funcional do Sistema Límbico → Sistema cerebral aversivo, 
responsável pelo componente afetivo motivacional aversivo da dor 
 
O receptor nociceptivo captura o estímulo, despolariza, gera potencial que será transmitido a várias 
áreas encefálicas até chegar ao córtex sômatossensorial. 
As fibras A ou C chegam no corno dorsal da medula espinhal (os nervos espinhais tem um 
componente sensorial e motor. O sensorial chega no corno dorsal da medula), formando os nervos espinhais 
ou a parte sensorial dos pares cranianos. Em seguida, ascende ao encéfalo, pela via ântero lateral, formada 
por uma série de tratos, no caso o espino-talâmico.O trato neoespinotalâmico (conjunto de axônios que 
passam por essas estruturas até chegar ao cortes) conduz a dor rápida e o trato Paleoespinotalâmico (sai da 
medula até o tálamo e depois chega ao córtex sômatossensorial) conduz a dor lenta. 
Os dois tratos passam pela substância reticular do bulbo. As aferências nociceptivas passam por essa 
substância, que controlam o ciclo sono-vigília. Ocorre excitação da vigília, ex.: quando estou com dor eu 
não consigo dormir. Está relacionado ao componente discriminativo sensorial da dor. Ex.: paciente com 
doenças crônicas tem prejuízo do sono que pode ser estimulada tanto pela aferência nociceptiva tanto pelo 
sistema límbico (esse não necessariamente precisa ser estimulado pela dor). 
O tálamo é uma estrutura subcortical e funciona, em algumas situações, como retransmissor. Para a 
dor, o tálamo é importante, visto que em exames neurológicos de pessoas com lesões no córtex sômato 
senrorial não interferia na dor, mas perde grande capacidade de discriminar tato/pressão. Já no tálamo, 
percebe-se alteração da dor em lesões talâmicas é como se o indivíduo estivesse recebendo estímulo 
doloroso o tempo todo. 
Dor neuropática é a que tem uma lesão na fibra nervosa ou em regiões centrais. Ex.: no tálamo, no 
trigêmeo, que comprime um nervo. A dor nociceptiva é uma lesão no tecido, que não é o tecido nervoso. 
Ex.: Herpes Zooster, infecta um gânglio sensorial (origem da lesão) causando bolhas; paciente sente dor neuropática; 
estou com dor de cabeça, é uma dor nociceptiva; enxaqueca é dor nociceptiva e neuropática; 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
FORMAÇÃO RETICULAR, TÁLAMO e CÓRTEX CEREBRAL NA APRECIAÇÃO DA DOR 
 A formação reticular do bulbo e o tálamo parecem causar a percepção consciente da dor 
 O córtex cerebral desempenha importante papel na interpretação da qualidade da dor 
SUPRESSÃO ENDÓGENA DA DOR 
 
Temos liberação de encefalinas endógenas, que funcionam como se fosse um analgésico natural da 
dor, tem substâncias que vão atuar no eixo de supressão endógena da dor, minimizando a sensação dolorosa. 
Ou seja, essas substâncias endógenas funcionam como analgésicos naturais. 
São liberadas quando passamos por situações de estresse físico e mental, nosso organismo aciona o 
sistema de supressão endógena da dor. 
Atividade física melhor dor crônica porque libera endorfina, que participa dessa supressão endógena 
da dor. 
Observando a fibra A ou C, que traz informação da dor, faz sinapse com neurônio da via antero 
lateral, se for dor rápida será pelo trato neoespinotalâmico e se for dor lenta será pelo trato 
paleoespinotalâmico, ocorre ascenção do impulso nervoso, passando por todas as estruturas, até que passa 
pelo tálamo, sinto a dor, chega ao córtex sômato sensorial e eu percebo a dor. 
A analgesia endógena impede a ascenção do impulso doloroso. O interneuronio inibitorio inibe a 
sinapse entre o neurônio que trouxe a informação da fibra A ou C e o neurônio que faz parte do sistema 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
antero lateral. Ou seja, libera íons cloro que faz a inibição pré sináptica. Se eu inibo essa sinapse, a ascenção 
do impulso doloroso é inibida. 
Esse interneurônio inibitório é estimulado da seguinte forma: 
1. Neurônio que sai dos núcleos perioventrivulares (corpos celulares de neurônios que circundam os 
ventrículos, que espaços onde localiza líquido encefaloraquidiano ) 
2. Neurônio que sai da substância cinzenta periaquedutal (corpos celulares de neurônios) 
Essas regiões iniciam o sistema de analgesia endógena, com ação de áreas encefálicas supeiores. Ou 
seja, o sistema límbico, por exemplo, tambem é capaz de estimular essa via. 
Esses núcleos perioventerivulares fazem sinapse na substância cinzenta periaquedutal. Os dois 
neurônios são encefalinérgicos. Assim liberam encefalina, na sinapse do núcleo magno da rafe (núcleo com 
um corpo celular de neurônio serotoninérgico, localizado na ponte, no tronco encefálicos), com um neurônio 
serotoninérgico, que libera serotonina, fazendo uma sinapse com o interneuronio inibitório, estimulando-o. 
Ou seja, libera cloro que vai inibir essa sinapse, inibindo a ascenção do impulso doloroso. 
INIBIÇÃO DA TRANSMISSÃO DA DOR POR SINAIS TÁTEIS 
Dor Referida: 
 Normalmente a dor é em uma víscera e referida à superfície da pele 
 Acontece porque ocorre uma convergência de sinais. A víscera possui terminações nociceptivas 
difusas que ao penetrarem na medula espinhal fazem sinapses com neurônios de 2ª. ordem que 
receberam informações sobre a pele 
 Relacionada com o segmento dermatômico de origem do órgão visceral no embrião. Nessa fase, 
temos a mesma origem nervosa e posteriormente uma terminação que vai para o coração e pra pele 
por exemplo. Quando ocorre a convergência, temos a dor referida 
 
 
No infarto, tem uma isquemia das coronárias que causa um estímulo da fibra nociceptica traz a 
informação no corno dorsal, onde faz sinapse com um neurônio que também faz sinapse com a pele do 
braço, da mandíbula, do pescoço. Como teve convergência, do mesmo neurônio, com percepção da dor no 
braço, na pele da mandíbula, do pescoço. Ou seja, o neurônio que faz parte da via antero lateral recebe 
informações da pele, do coração. 
Dor Visceral: 
 Útil em diagnóstico clínico 
 Causas: Isquemia tecidual, Lesão química, Espasmo do músculo liso das vísceras, Hiperdistensão de 
víscera oca (estiramento excessivo do próprio tecido, isquemia) 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
DOR DO MEMBRO FANTASMA 
 Exemplo: indivíduo tem a perna amputada por causa de uma úlcera varicosa. Contudo, o paciente 
ainda queixa dor na região que estava a úlcera. 
 Explicação I (Clássica): Ocorre devido a atividade dos neurônios sensoriais (impulsos originados na 
região proximal) do membro amputado que é interpretada pelo SNC como se viessem do membro 
amputado 
 Explicação II: Ocorre devido a organização do lobo parietal, como se nosso cérebro fosse 
programada geneticamente para garantir as sensações dos 04 membros 
 
ESCALAS DA DOR 
Escala Visual Analógica – EVA 
 
Escalas de Fácies: utilizada para crianças ou pacientes com alterações cognitivas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia Isadora Furtado - XXIX 
 
NATUREZA E CARACTERÍSTICAS DA DOR

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