Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Suporte Básico de Vida no adulto Emergência Pré-Hospitalar O SBV é submetido por revisões contínuas e atualizadas a partir de novas evidências, com 281 revisores de 39 países, com 491 recomendações em 2020. As principais causas de morte no mundo são cardiovasculares, e seguida neoplasias, trauma e doenças respiratórias respectivamente. Por isso, é muito importante propagar a importância do reconhecimento da parada, de chamar por ajuda, da realização de RCP de alta qualidade e uso do DEA! Observação: Cerca de 2 a 5% dos pacientes voltam apenas com RCP, e 50 a 75% voltam com o uso do DEA. O problema é quando o ritmo não é chocável (assistolia ou AESP). Nesses casos, faz- se a RCP até o ritmo se tornar chocável e então o choque é aplicado. Em virtude do COVID-19, o SBV ressalta a importância da continuidade da realização de RCP, com todos os cuidados necessários, realizando apenas as compressões (com exceção de crianças e vítimas de afogamento!): Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) no adulto A RCP precoce mantém o fluxo do O2 e sangue para o coração e o cérebro do paciente, restaurando a circulação e ventilação, preservando a vida e minimizando sequelas neurológicas. Deve ser iniciada o mais rápido possível, em até 10 segundos. Quanto maior o tempo sem circulação, menor a possibilidade de recuperação cerebral. Avaliação inicial: Realizar primeiro o C (checar circulação → compressões): • Checar responsividade: “senhor, senhor, o senhor está bem?” e tentar se paramentar. • Chamar ajuda: aponte para uma pessoa que esteja no local e diga: “Ei ei, você aí! Ligue para o SAMU 192 agora e solicite um DEA! Não se esqueça de reforçar o DEA!”. • Checar pulso central e respiração: checar pulso carotídeo ipsilateral por 5 a 10 segundos e observar se o tórax se eleva. Se não respira (ou gasping) e não houver pulso... • Realizar compressões torácicas em até 10 segundos a partir do reconhecimento da PCR! Na dúvida, também comprimir. • Depois, realizar o A (abertura das vias aéreas), o B (boa ventilação → 2 ventilações) e o D (desfibrilação). Como comprimir: • Posicionar-se a vítima em superfície firme e plana. • Ajoelhar-se ao lado do paciente, manter a coluna reta e entrelaçar as mãos, com a mão dominante embaixo. • Realizar as compressões torácicas com a região hipotenar das mãos, 2 dedos acima do processo xifoide do paciente, em uma profundidade de 5 a 6 cm, numa frequência de 100 a 120 compressões por minuto. • Permitir que o tórax retorne completamente após a compressão. • Intercalar as compressões com ventilações em uma relação de 30:2, sem interrupção. • Apenas interromper as compressões para: realizar ventilações, analisar o ritmo cardíaco e aplicar o choque com o DEA. • O ideal é que um socorrista fique nas ventilações e outro nas compressões, e que eles troquem de função a cada 5 ciclos 30:2 ou 2 minutos. Como ventilar: • É importante ajustar a máscara e avaliar o tamanho ideal para o paciente. • O socorrista se posiciona atrás da cabeça do paciente. • Pressioná-la com firmeza, lembrando de não ocluir partes moles, “C E” • Administrar 2 ventilações, observando se há elevação do tórax. • Administrar cada ventilação durante 1 segundo, evitando a hiperventilação. • Observação: Sempre faz pressão positiva nos pacientes. Porém, hoje, com o COVID, só se faz pressão positiva se a vítima for criança e/ou vítima de afogamento. Manobra para obtenção de vias aéreas: • Jaw Thrust ou Chin-lift em vítimas de trauma. • Hiperextensão se não houver trauma. Desfibrilador Aparelho capaz de aplicar uma corrente elétrica no coração, com o objetivo de cessar o ritmo anormal e reestabelecer as funções normais (elétricas e mecânicas) do coração. O DEA é completamente autoexplicativo. Ele analisa o ritmo, diz se é chocável ou não, mas não diz qual é o ritmo. Além disso, ele possui uma carga fixa, diferentemente do Desfibrilador Manual, que fala qual o ritmo e te permite escolher a carga que será aplicada na vítima. Ritmos chocáveis: • Fibrilação ventricular (FV): • Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP): Ritmos não-chocáveis: • Assistolia: • Atividade elétrica sem pulso (AESP): Como utilizar o DEA? • Posicionar corretamente as pás (o eletrodo do lado direito do paciente é colado abaixo da clavícula, na linha hemiclavicular; e o eletrodo do lado esquerdo do paciente é posicionado nas últimas costelas, na linha hemiaxilar, abaixo do mamilo esquerdo). Após isso, ligar o DEA. • Não fazer compressões durante a análise do ritmo e durante a aplicação do choque (o DEA pedirá que você se afaste e aperte o botão de aplicação do choque). De resto, realizar as compressões normalmente. • Se o DEA não recomendar o choque, voltar às compressões e analisar o ritmo de novo após 2 minutos. Condições especiais: Tórax peludo (realizar tricotomia), molhado (secar totalmente a área), marcapasso (colocar o eletrodo abaixo de 2 a 3 dedos do marca-passo, visualizado através de uma protuberância visível) e medicamentos em adesivo (não colocar eletrodos sobre eles). Quando parar? Em casos de exaustão da equipe, cena tornou-se de risco, chegada de equipe avançada, que seguirá com ACLS, mudança de prioridade, grande número de vítimas graves necessitando de atendimento e quando há retorno à circulação espontânea. Nem começar as manobras de SBV quando houver carbonização, degola, rigor mortis, decomposição ou evisceração extensa do cérebro ou coração.
Compartilhar